Olá
Acalme-se, que não há razão para essa fúria.
O que eu disse foi que o Francisco Ferreira tem habilitações para falar sobre a matéria. Acho que isso não pode ser contestado. O Francisco Ferreira não tem apenas uma licenciatura: tem uma licenciatura em Engenharia do Ambiente. Não é, portanto, uma daquelas pessoas que trabalha atrás de uma secretária e que não sabe do que está a falar, como disse o Paulo C. Foi só isso que quis mostrar. Nada mais!
Não vou obviamente contestar a sua opinião. Cada um tem direito à sua. Umas são opiniões informadas, outras não. Quais é que lhe merecem mais crédito?
Quando disse que não concordava com os números apresentados por outro forista, não o fiz numa perspectiva de contestação. Acho que não existe essa estatística (daí a minha expressão "atirou para o ar", que não pretendia, de maneira nenhuma, ser insultuosa), portanto, contestaria o quê? Simplesmente, acho que esse forista (desculpem, mas já não faço ideia de quem seja) é muito optimista, e, se calhar, eu sou muito pessimista (defeito meu, é verdade). A ideia que eu tenho é que 90% dos donos são irresponsáveis. Senão, como explica a quantidade de cães abandonados que vão largar "dejectos" nas praias? Pode haver muitos donos sensbilizados para o problema dos dejectos, mas não os suficientes. Para verificar isso, não deve ir espreitar os locais onde há muitos cães vadios, mas sim as zonas residenciais, onde as pessoas saem à rua para passear os seus animais.
Já agora, não o disse na minha mensagem anterior, mas eu não sou contra a presença de cães nas praias. Simplesmente, as medidas que o proibem resultam da falta de civismo das pessoas. A mesma falta de civismo que revelam ao deixar o areal um nojo ao fim do dia, a mesma falta de civismo que revelam ao pôr a criancinha a fazer as necessidades num buraco na areia ou até mesmo na água (o chichi, não será problemático, mas ver um cocó a boiar mesmo ao nosso lado não tem lá muita graça). Mas claro que não passa pela cabeça de ninguém proibir as criancinhas pequenas de irem à praia. Já se sabe que, nisto de leis, paga o justo pelo pecador. É assim mesmo, não há nada a fazer. As leis são feitas para as maiorias, e não para as minorias.
Mas também pergunto uma coisa: não arranjam um lugar melhor (para o cão, e não para os veraneantes) para ir passear o cão durante a época balnear? Eu, por mim, é época em que nem lá ponho os pés! Por que não um passeio no campo? Os cães não estariam muito mais à vontade?
Fique bem
Florinda Lopes
praias cães e quercus
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Não é, portanto, uma daquelas pessoas que trabalha atrás de uma secretária e que não sabe do que está a falar, como disse o Paulo C. Foi só isso que quis mostrar. Nada mais!
Cara Florinda,
Eu não disse que ele é, porque não o conheço, mas sim que DEVE SER! Porque o que vejo e oiço, efectivamente, leva-me a crer que sim! Aliás, as informações que nos dá acerca das 'actividades' do Sr. em questão, ainda me leva mais a pensar isso....!! Não é só atras de mesas de reuniões, parece que é também atrás de secretárias das salas de aula das universidades. Geralmente os grandes teóricos são pouco práticos, se é que me entende!
Eu não digo que não seja necessário civilismo nas praias a respeito dos cães. Como sabe, porque já anda por aqui há algum tempo, eu defendo com unhas e dentes a responsabilização dos donos! De facto eu não acho que os cães devam andar livremente nas praias, não só defecando, mas também incomodando as pessoas! O que me surpreendeu na entrevista deste senhor é que com tantas coisas importantes para falar como causas de poluição e para as quais urge sensibilizar, este senhor vai precisamente usar o pouco tempo que tem para falar dos 'perigos' que representam os cães na praia?!!!!
Durante a epoca balnear já estou habituado a ouvir 'bocas' simplesmente porque passeio os meus cães À TRELA no pontão das praias da Costa. O que mais me irrita é que a maioria dessas bocas ( e acredite que são muitas) partem de gajos carregados com a lancheira frigorifica e com 3 filhos hiperactivos pela mão. Os mesmos gajos que depois deixam as latas de cerveja vazias, as fraldas das criancinhas, os vidros e demais objectos espalhados pela praia quando se vão embora! Os mesmos gajos que jogam à bola, berram (eles, os putos e a telefonia), enchem a praia de toalhas e guardas sol e mais ninguém pode disfrutar do espaço, etc.... Estes gajos, estupidamente gordurentos e burros como portas, depois de ouvirem o Sr. da Quercus falar vão sentir ainda maior legitimidade para mandar me as 'bocas', e vão fazer exactamente o mesmo que faziam com os seus lixos e comportamento!!
Não é que cães soltos na praia na epoca balnear não esteja mal, mas é tudo uma questão de valores e prioridades!
Quanto à limpeza das praias antes e depois, eu não me referia a diferenças entre Inverno e Verão!! Eu referia-me a diferenças entre Sexta-feira e Sabado passados... as marés não mudaram de repente com o arranque da epoca balnear, mas olhe que o ambiente mudou muito! E não são objectos inofensivos... muitos são mesmo objectos perigosos!!
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periquito FALCANITO
A minha experiência pessoal nas praias deste país é a mesma que a minha experiência pessoal nas estradas deste país.
Má educação e falta de respeito pelos outros.
Como esperam que as pessoas possam ter respeito pelos animais se não conseguem ter respeito pelas outras pessoas ?
Tenho sido muito mais "chateada" pelos jogadores da bola (eu adoro futebol) que inclusive já deram uma bolada num bébé da minha família, que por todos os cães que passeiam nas praias.
E os "meus" do rádio aos berros ?
Claro que um mal não justifica outro mal.(a propósito, aquele Sérgio Sá falou da crueldade para com outros animais - os de alimentação e passarinhos - se bem me lembro, como se essa crueldade justificasse a outra, a que se faz aos cães.Não é idiota ?)
O que eu quero dizer é que se as pessoas tivessem um mínimo de educação pensariam antes de fazer alguma coisa se estão a pertubar os outros indevidamente ou se dali podem resultar danos sérios para as outras pessoas.
Faz aos outros como gostarias que fizessem contigo.
Má educação e falta de respeito pelos outros.
Como esperam que as pessoas possam ter respeito pelos animais se não conseguem ter respeito pelas outras pessoas ?
Tenho sido muito mais "chateada" pelos jogadores da bola (eu adoro futebol) que inclusive já deram uma bolada num bébé da minha família, que por todos os cães que passeiam nas praias.
E os "meus" do rádio aos berros ?
Claro que um mal não justifica outro mal.(a propósito, aquele Sérgio Sá falou da crueldade para com outros animais - os de alimentação e passarinhos - se bem me lembro, como se essa crueldade justificasse a outra, a que se faz aos cães.Não é idiota ?)
O que eu quero dizer é que se as pessoas tivessem um mínimo de educação pensariam antes de fazer alguma coisa se estão a pertubar os outros indevidamente ou se dali podem resultar danos sérios para as outras pessoas.
Faz aos outros como gostarias que fizessem contigo.
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Olá, Paulo
Claro que concordo com o que dizes. A falta de civismo, infelizmente, é cada vez mais generalizada, e não é só nas praias.
Também estou familiarizada com o cenário que descreves, de famílias a emporcalhar a praia toda, os rádios aos berros, os craques da bola a fazer pontaria a quem está descansado a apanhar um solinho (já agora, também é proibido jogar à bola na praia, pelo menos na Costa), as criancinhas a correr aos guinchos e a atirar areia para cima das pessoas ... enfim. Essa não é a minha ideia de um dia bem passado, e, por isso mesmo, há uns 15 anos que não vou à praia. Mas digo-te que, em comparação ao cenário habitual, preferia mil vezes os cães!
Ainda em relação ao Francisco Ferreira... Há muitos teóricos naquela faculdade, incluindo no departamento de Ambiente, mas eu não o colocaria nesse grupo. Em relação ao facto de ter aproveitado tão mal o pouco tempo que tinha, se calhar, não foi bem assim. Até era capaz de apostar que ele disse coisas muito mais importantes, mas quem decide o que põe na peça é o jornalista, e a gente já sabe como são os jornalistas, não é? O que interessa é causar polémica! Por isso, vá lá, dá o benefício da dúvida ao senhor.
Em relação às bocas, ignora! Vozes de burro não chegam ao Céu!
Fica bem
Florinda
Claro que concordo com o que dizes. A falta de civismo, infelizmente, é cada vez mais generalizada, e não é só nas praias.
Também estou familiarizada com o cenário que descreves, de famílias a emporcalhar a praia toda, os rádios aos berros, os craques da bola a fazer pontaria a quem está descansado a apanhar um solinho (já agora, também é proibido jogar à bola na praia, pelo menos na Costa), as criancinhas a correr aos guinchos e a atirar areia para cima das pessoas ... enfim. Essa não é a minha ideia de um dia bem passado, e, por isso mesmo, há uns 15 anos que não vou à praia. Mas digo-te que, em comparação ao cenário habitual, preferia mil vezes os cães!
Ainda em relação ao Francisco Ferreira... Há muitos teóricos naquela faculdade, incluindo no departamento de Ambiente, mas eu não o colocaria nesse grupo. Em relação ao facto de ter aproveitado tão mal o pouco tempo que tinha, se calhar, não foi bem assim. Até era capaz de apostar que ele disse coisas muito mais importantes, mas quem decide o que põe na peça é o jornalista, e a gente já sabe como são os jornalistas, não é? O que interessa é causar polémica! Por isso, vá lá, dá o benefício da dúvida ao senhor.

Em relação às bocas, ignora! Vozes de burro não chegam ao Céu!
Fica bem
Florinda