Brinquedos de plástico? (em inglês)

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

Guida__F
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Registado: terça dez 02, 2003 7:14 pm

quarta mar 03, 2004 5:52 pm

Não podemos ter os nossos animais fechados em redomas de vidro.

Se pensarmos assim então nem vale a pena atravessar a estrada porque podemos ser atropelados.

Os riscos existem e devemos tentar evita-los, mas não será a vida feita de riscos?
tigris
Membro Veterano
Mensagens: 421
Registado: terça mar 02, 2004 7:00 pm

quarta mar 03, 2004 6:07 pm

É mais ou menos isso, jujubele. Pelo que tenho lido, as vacinas antigas eram de vírus morto e as de hoje são de vírus vivo modificado (à excepção da vacina da raiva, julgo eu). As vacinas de vírus morto precisavam de ser repetida várias vezes, pois precisavam de se reforçar a elas próprias para se obter melhor protecção. Por esse motivo, eram dadas vacinas de reforço anualmente. As novas vacinas, de vírus vivo modificado, não se reforçam e são desde logo eficazes se administradas correctamente. O problema é que continuam a ser tratadas como se fossem de vírus morto.

Hoje assume-se que a imunidade conferida pelas vacinas contra a esgana e parvovirose, por exemplo, pode durar vários anos ou até mesmo a vida inteira do animal. Para quê então sobrecarregar-lhes o organismo com vacinações anuais? É que os riscos de uma vacinação excessiva não se resumem a um eventual cancro. Vários efeitos secundários nocivos têm sido associados às vacinas (graves reacções alérgicas, anemias hemolíticas auto-imunes e fibrossarcomas no local da inoculação).

Além de que todas as vacinas reduzem as defesas do sistema imunitário durante duas a três semanas, o que poderá atrasar a imunidade (enquanto o corpo cria anticorpos) e fazer com que o corpo se torne susceptível a outras doenças. E, quanto mais vacinas forem dadas de uma vez, maior a pressão sobre o sistema imunitário (pois tem de desenvolver anticorpos contra mais doenças).

Por outro lado, também não podemos ter garantias de que a vacina surtiu efeito. Vacinação não é garantia de imunidade. Quantos animais não sofrem doenças contra as quais tinham sido vacinados?

Nos Estados Unidos, alguns veterinários já começaram a alterar o protocolo de vacinação, tendo a revacinação anual passado a tri-anual. Mas sei que também há quem dê apenas as primeiras vacinas e depois nunca mais vacine os seus cães. Como mencionei anteriormente, cada um fará aquilo que entender com as informações que recolhe. Pesando os prós e os contras, optei pela revacinação tri-anual. Os meus cães mais jovens tomaram as primeiras vacinas e vacinas de reforço recomendadas, foram revacinados um ano depois e só voltarão a ser vacinados daqui a 3 anos (excepção feita à vacina da raiva, que é obrigatória).

Quanto ao teste que a Guida menciona, seria uma forma excelente de contornarmos esta problemática, mas a titulação de anticorpos não é 100% fiável. Um cão pode estar totalmente imune mas, se não tiver sido exposto à doença há algum tempo, os anticorpos poderão não estar presentes na corrente sanguínea para mostrar a imunidade, o que poderia indicar um valor mais reduzido do que na realidade é. Este artigo aborda essa questão: http://www.caberfeidh.com/Titers.htm

Quanto às vacinas norte-americanas serem diferentes da europeias, esse medo não se justifica. Desde que o fabricante seja de confiança (Intervet, Merial, etc.) as vacinas serão certamente de boa qualidade e o período de imunidade quando bem administradas será igualmente longo.

Mais uma vez, esta é a minha opinião pessoal. Não pretendo convencer ninguém a não vacinar os seus animais anualmente. Para quem se quiser informar melhor acerca desta questão e tirar as suas próprias conclusões, poderá consultar o site que já indiquei anteriormente (http://www.critteradvocacy.org/) e este que se segue, que também é muito informativo: http://www.knowbetterdogfood.com/dogcar ... nation.php

SarahKay, os brinquedos aconselhados serão os de borracha natural e não de plástico/PVC. É uma questão de os procurar numa loja que venda artigos para animais (os brinquedos vendidos nos hipermercados não costumam ter indicação dos seus compostos, mas parecem-me ser de plástico). Por acaso hoje encontrei à venda brinquedos nessas condições (passando a publicidade, os brinquedos da Karlie são em borracha sólida natural e não são tóxicos). De resto, é como a Guida diz, os riscos existem e, sabendo nós quais são, podemos tentar evitá-los.

Cumprimentos a todos,
Isabel

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"Saving just one animal won't change the world... but, surely, the world will change for that one animal."
jujubele
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Rita (cadela) ,Mimosa (gata), Tobias (gato) 1 caturra

quinta mar 04, 2004 9:16 am

Agradeço o seu esclarecimento, membro Tigris, e fiquei realmente espantada, com o que acabou de dizer.
Vou procurar me informar melhor sobre esse assunto.
Muito obrigado.
Anita_ra
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Localização: Dálmata -Sniff
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quinta mar 04, 2004 11:32 pm

Em relação aos brinquedos que damos ao Sniff são de borracha, mas daqueles que não se desfazem, servem apenas para estar distraído a tentar roer, ou morder, ao mesmo tempo que faz uma massagem às gengivas. ;)

Fiquem bem,
Ana
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