Olá,Olá,
Tive a ler as vossas respostas e devo confessar que mesmo não sendo criadora, e tendo sim bastante interesse por cães, gatos, enfim tudo o que é animal, e lendo bastante acerca do assunto-uma vez que desde pequena lidei com animais de perto, (o gosto pelos animais vem de familia) á cerca de dois anos a minha Goldie (Cocker Spaniel) teve uma ninhada de 6 machos e uma fêmea, claro que de um pai muito bem escolhido, para que os filhotes saíssem perfeitinhos e ainda mais apurados a nivel de estalão, sendo que ambos os pais têm o pedigree, desde o dia em que a Goldie foi mãe, que ela se mostrou uma excelente progenitora, não saía ao pé dos pequenitos nem para beber água. Resumindo, (todos os cachorros ficaram fantásticos, foram todos vendidos exceptuando 3, que ficaram para o meu sogro, para uma amiga e a única menina que nasceu ficou para mim), todos sobreviveram e o próprio veterinário ficou encantado com uma ninhada tão perfeita e bem cuidada, ao ponto de querer um para ele, mas como já não tinha espaço para mais ficou para uma próxima. Até o veterinário do meu sogro que é em Coimbra se "passou" com exemplares tão bonitos e bem tratados.
Isto para dizer, que para ter uma boa ninhada, na minha opinião nãom se tem que ser um criador conceituado, ou algo assim parecido, basta uma pessoa se interessar e gostar realmente dos animais e saber dar-lhes aquilo que eles precisam, amor, carinho e sobretudo muita atenção com tudo, desde a saúde, ás brincadeiras.
A minha experiência como "avó" foi fantástica, não sei se volto a repetir apenas porque me custa muito quando os pequenitos vão embora,(era sempre um mar de lágrimas quando um ía embora ). Mas tenho a certeza que quem ficou com os meus netinhos, ficou satisfeito, porque eram todos perfeitinhos, e muito saudáveis
Antes de mais deixe-me dar-lhe os parabéns pelos seus maravilhosos Discus. É um peixe que eu admiro particularmente e tenho pena de não poder ter um 'cardume' deles...hehehehe! Já consegui fazer criação em tempos, mas depois desisti. Agora tenho só dois.
Mas voltemos aos cães.....
Toda a gente é livre de fazer criação. Infelizmente, não há nehuma Lei e nem nenhuma entidade que impeça as pessoas de cruzarem os seus cães ( quer sejam rafeiros ou de raças) se não estiverem reunidas todas as condições necessárias a uma criação responsável e bem planeada. Nesta base, qualquer pessoa que tenha uma cadela pode cruzá-la com um cão qualquer. Pode até essa pessoa achar que a cadela é maravilhosa, que os cão é maravilhoso e que os cachorros são maravilhosos. Mas a não ser que essa pessoa seja um 'expert' conhecedor da raça, como poderá avaliar? A única forma é sujeitando a cadela e o cão à avaliação de quem sabe, ou seja, os juízes em exposições. Não é o veterinário ( que não tem NENHUMA formação em avaliar raças) que vai dizer se um cão é bom exemplar da raça ou não! Ele pode até dizer que acha o nosso cão ou cadela bonitos, mas isso é apenas uma opinião sujectiva de mais uma pessoa.
Posso dar como exemplo que o meu Rottweiler macho é tido como muito bonito e excelente representante da raça por todos os veterinários por onde passou. A maioria das pessoas que o vêem na rua ( dos que não fogem a sete pés
) acha que ele é "lindo", "maravilhoso", um "espectáculo", etc. Nem imagina a quantidade de pedidos de pessoas que têm fêmeas eu tenho tido para que o deixe cobri-las! Nem imagina a quantidade de 'encomendas' de cachorros filhos dele, se viessem a existir, eu tive ao longo destes anos ! Mas se me perguntar a mim se eu o acho um excelente exemplar digno de ser reproduzido, eu respondo-lhe de imediato que não, e o mesmo de certeza lhe dirá qualquer conhecedor da raça. Tudo isto para dizer que nem sempre o facto das pessoas e dos veterinários acharem que os nosso cães são muito bons, isso quer dizer que eles os sejam de facto.Como na minha prespectiva a criação deve ter associado sempre o beneficiamento da raça, cruzas que em nada contribuam para esse beneficiamento são dispensáveis.
Se é um cão que se quer, independentemente destas coisas todas de 'beneficiamento', etc. e tal, então qualquer um cão serve de facto, mas 'quaiquer uns' há muitos por esse país fora à espera de serem adoptados e salvos da morte. Se se quer um cão de raça, e nos importamos com ela, então há que ser 'esquisito' e ter em conta estas coisas de 'beneficiamento' e de escolha de exemplares efectiva e comprovadamente bons. Não porque um amigo, um vizinho ou o veterinário disse que eram bons, mas sim a avaliação em ringue a que foram sujeitos.
Abraços
Paulo C.