Este post é longo, mas necessário. A Parvovirose é altamente mortal, e muitas vezes o sucesso depende da nossa acção imediata!
Prevenção:
Única prevenção é a vacina, mas não é 100% eficaz.
Evitar que cachorros sem a vacinação completa entrem em contacto com outros cães e que andem na rua.
(Atenção que nós podemos transportar o virus para casa nos nossos sapatos, mas...)
Tratamento:
A eficacia do tratamento depende de trÊs factores:
1) Acção imediata do dono do cão
2) Força e resistência do organismo do cão
3) Acção do veterinário
Mais vale dar 25€ por uma consulta e não ser nada, do que esperar pelo dia seguinte e assinar a sentença de morte do seu cão:
Sintomas:
- Febre (desidratação)
- apatia
- falta de apetite
- Feses em diarreia
- Vómitos (com sangue)
- Diarreia (com sangue)
- MORTE
Em cachorros com menos de 2 meses é imprescindivel que se tire a temperatura 1 vez por dia...dessa forma poderá detectar qualquer anomalia antes que essa se transforme num grnade problema.
As Viroses são as principais causadoras de morte nos filhotes, mas atingem também cães adultos. Estes vírus NÃO atingem o ser humano.
A contaminação dá-se normalmente através de urina, fezes e secreções de cães doentes. Anos em que o Inverno seja seco, traduzem-se em anos de risco e propagação de viroses. As pessoas devem evitar que os seus animais andem em zonas onde existam cães de rua ou cães não vacinados; devem evitar o contacto do seu cão com outros que não conheçam e que não ofereçam qualquer garantia de estarem vacinados; e evitar o contacto com qualquer tipo de dejecto animal na via pública – a importância de andar sempre munido com sacos próprios para apanhar os dejectos do seu cão não se rezume á limpeza e respeito pelos outros, reveste-se igualmente de importância capital para a prevenção da propagação de viroses. Por favor, por respeito á saude do seu cão e dos outros, apanhe sempre os dejectos com um saco de plastico próprio, feche-o e deite-o fora num contentor/caixote do lixo.
Alguns vírus continuam a ser eliminados pela urina ou fezes dos animais que conseguiram sobreviver à doença, por vários meses. Esses são dados bastante importantes. Assim, deixar de vacinar um cão e levá-lo para as ruas é um risco muito grande. Da mesma forma, os filhotes podem ter contato com o meio exterior e com outros cães somente após terminada a fase de vacinação.
Dentre as doenças, as mais temidas são a Esgana e a Parvovirose, por serem bastante violentas e altamente contagiosas, causando a morte de muitos animais. A vacinação é o único meio de proteger os nossos animais dessas doenças, mas infelizmente não é eficaz a 100%.
Há também que considerar que o Parvovirus é um virus mutante, e recentemente foram descobertas novas estirpes (mutações) do virus, mutações essas que não são acompanhadas pela vacina existente.
Caso note estes sinais: prostramento, apatia, temperatura alta ou baixa, com ou sem diarreia, com ou sem vomitos, falta de apetite - deverá levar o seu animal imediatamente ao veterinário. Pode não ser nada de grave, mas o mais certo é ser...penso que não vale a pena arriscar. Esta doença tem cura, mas depende da rapidez e precocidade com que é diagnosticada. O tratamento faz-se através da administração de antibióticos especificos e de fluidos intervenosos. É fundamental prevenir a desidratação do animal e evitar a febre alta, ou reduzi-la ao valor mais baixo possível, e potenciar o sistema imunitário do animal para que lute contra o virus. Embora a medicina convencional não apresente grandes sucessos no combate a esta grave virose, isso deve-se principalmente á inércia dos donos, que resolvem esperar para ver se o animal melhora...a apatia e febre num animal é um sinal de perigo que não deve ser ignorado. Esperar um dia é por vezes assinar a sentença de morte do seu cão.
No site
http://www.rottpt.net podem ler o seguinte:
PARVOVIROSE
Doença de cães séria e altamente contagiosa, em particular nos Rottweiler. A infecção dá-se pelo Parvovirus Canino que tem um curto período de incubação.
Manifestação:
Os sintomas mais comuns são de morte súbita quando tivermos o modo cardíaco, com depressão e disfunções respiratórias. Vómitos, diarréias e desidratações são os sintomas do modo gastroentestinal que tem como sinal principal fezes sanguinolentas.
Dado que a Raça Rottweiler faz parte de um conjunto de raças que é extremamante susceptível a esta perigosa doença, deve haver um especial cuidado na vacinação precoce e no reforço periódico da vacinação do seu cão.
Como referi, e dada a sua importância, será dado mais algum desenvolvimento à informação sobre esta doença
Introdução
No fim do ano de 1978, uma nova doença viral de cães, caracterizada por diarréia hemorrágica severa e vómitos, foi reconhecida. A doença causada por um parvovírus manifesta-se de duas formas, que são a forma entérica e a forma miocárdica. A forma entérica é mais freqüentemente reconhecida, por mostrar sinais evidentes. A forma miocárdica é geralmente diagnosticada no post-mortem, pois a maioria dos animais morre subitamente sem mostrar sinais clínicos.
Onde a doença se originou e por que ela apareceu subitamente e quase que espontaneamente em várias partes do mundo ao mesmo tempo não é sabido. Tem sido sugerido que, devido à semelhança antigênica com o vírus da panleucopenia felina, o vírus da parvovirose canina seja um mutante de uma linhagem de campo do vírus felino.
Patogênese
As fezes contaminadas são a fonte primária de infecção da parvovirose canina. Após a exposição oral, o vírus estabelece-se e infecta os linfonodos regionais da faringe e tonsilas (amígdalas). A partir desse evento o vírus ganha a corrente circulatória (fase de viremia) e invade vários tecidos, incluindo o timo, o baço, os linfonodos, a medula óssea, os pulmões, o miocárdio e finalmente o jejuno distal e o íleo, onde ele continua a replicar-se. A replicação causa a necrose das criptas do epitélio do intestino delgado, com eventual destruição das vilosidades. O vírus também pode causar lesões noutros órgãos que invade, contribuindo para múltiplos sintomas como linfopenia (medula óssea), miocardite (coração) e sinais respiratórios (faringe).
O parvovírus tem sido isolado de conteúdo intestinal e fezes de cães afectados. O mesmo vírus causa as duas formas da doença. O vírus apenas se multiplica em tecidos em rápido crescimento.
Até cerca das quatro semanas de idade, o crescimento do epitélio intestinal é muito lento, se comparado com o tecido do coração, mas à medida que o cão envelhece (acima de 5 semanas de idade) a infecção se estabelece no intestino, levando à enterite.
Como mencionamos acima, alterações no músculo cardíaco em infecções subclínicas podem predispor ao aparecimento de doenças cardíacas quando o animal tiver mais idade.
Forma Entérica
A doença apresenta-se normalmente como um episódio gastroentérico severo, altamente contagioso e às vezes hemorrágico em filhotes (com mais de 3 semanas de idade). Os animais afectados apresentam inicialmente vómitos profusos para depois desenvolverem uma diarréia severa. Em muitos casos, os animais afectados podem desidratar-se rapidamente e morrer 24 ou 48 horas após o aparecimento dos sintomas.
Os sinais clínicos geralmente aparecem de 2 a 4 dias após a exposição inicial (infecção). No começo do curso da doença (de 1 a 3 dias após a infecção), ocorre uma profunda viremia antes do aparecimento da gastroenterite, e a temperatura do animal pode subir bastante. É durante a fase virémica que uma profunda leucopenia, especialmente linfopenia, pode ser observada.
A leucopenia transforma-se rapidamente em leucocitose devido à infecção secundária por bactérias, à medida que os sinais clínicos se tornam mais evidentes. Durante a fase clínica da doença (do 4º ao 10º dia após a infecção), grandes quantidades de vírus são eliminadas nas fezes. A fase de eliminação do vírus não é muito longa e dura de 10 a 14 dias.
Animais com eliminação crónica não têm sido encontrados. À medida que a doença evolui, a temperatura geralmente volta ao normal, antes de se tornar subnormal, quando então o animal morre por choque. Durante a fase de recuperação, os sinais clínicos regridem rapidamente dentro de 5 a 10 dias depois do seu aparecimento. É possível que cães recuperados possam apresentar a forma miocárdica numa idade mais avançada, devido às lesões iniciais causadas no músculo cardíaco. No exame histopatológico dessa enfermidade, encontramos alterações muito semelhantes àquelas encontradas na panleucopenia felina. O exame post-mortem revela lesões no trato gastrointestinal que são morfologicamente idênticas àquelas vistas na panleucopenia felina.
Forma Miocárdica
A doença apresenta-se como uma miocardite em filhotes afectados (de 3 a 8 semanas) e raramente em cães adultos. Cães que se recuperam de forma entérica podem ser afetados mais tarde, durante a vida, pela forma miocárdica. Isso também pode ocorrer em cães que apresentaram uma doença subclínica. Em casos típicos, filhotes aparentemente sadios morrem subitamente ou minutos após um período de angústia. Os filhotes aparentemente sucumbem de edema pulmonar, atribuído a falha cardíaca. Nos cães que são afectados mas não sucumbem imediatamente, nota-se ao exame radiográfico uma cardiomegalia. Os sinais clínicos são devidos a ataque do miocárdio pelo vírus e subseqüente degeneração e inflamação do músculo cardíaco. É possível que a miocardite em filhotes resulte de infecção neonatal ou intrauterina do feto.
Diagnóstico
As alterações hispatológicas em cães infectados, apesar de serem características, só podem ser usadas para confirmação post-mortem. O exame ao microscópio electrónico de extractos fecais é diagnosticamente confiável. O exame de imunofluorescência directa em esfregaços de intestino e o isolamento do vírus também têm sido empregados. A sorologia, empregando os métodos de inibição da hemoaglutinação (HI) e soroneutralização (SN) podem ser usados mas, por si só, não são conclusivos, pois os títulos de HI e SN podem ser elevados pela vacinação em adição à exposição natural. Somente a detecção do vírus nas fezes e/ou a demonstração de anticorpos IgM no soro confirmam positivamente a infecção aguda.
Inativação do Vírus
O parvovírus é muito resistente às intempéries do meio ambiente. Uma vez que o local esteja contaminado, fica muito difícil eliminar o vírus. Acredita-se que o vírus possa sobreviver por mais de seis meses em condições normais de temperatura e humidade no meio ambiente. A maneira mais eficiente de desinfecção é o uso de formalina a 1% ou de hipoclorito de sódio a 5,25% diluído na proporção de 1:30 em água. Deve-se minimizar o contacto do animal susceptível com cães afectados e suas fezes.
Profilaxia da Parvovirose Canina
A única maneira para se controlar a parvovirose canina é por meio de um programa de imunização eficiente. As vacinas não devem proteger somente o indivíduo, mas também a população, evitando a eliminação de vírus quando o animal sofre uma exposição ao vírus de campo. Desde que seja provável que o parvovirus canino continue a circular na população indefinidamente, a imunização contra a parvovirose deve ser incluída no programa rotineiro de vacinação.
Antes de comentarmos o esquema de vacinação, devemos ressaltar o papel dos anticorpos maternos na proteção dos filhotes e sua influência sobre a vacinação. Os níveis de anticorpos maternos (adquiridos pelo colostro) nos filhotes variam de acordo com os níveis de anticorpos encontrados na cadela. Quanto mais alto for o título de anticorpos da cadela, mais altos serão os títulos encontrados nos filhotes e, portanto, mais duradoura será a imunidade passiva. No entanto, como o nível da cadela pode ser variável, a duração da imunidade passiva também será variável. Têm-se encontrado filhotes que com 6 semanas de idade já não apresentam títulos detectáveis, e filhotes que mantiveram títulos até a 18ª semana de idade. Se o animal for vacinado e ainda apresentar títulos de anticorpos, esses vão inutilizar a vacina. Assim, para se ter a certeza de uma eficiente imunização em filhotes, deve-se dar a primeira dose entre 6 e 8 semanas de idade, a segunda entre 10 e 12 semanas e a terceira entre 16 e 18 semanas de idade. A revacinação deve ser anual. Para assegurar uma boa imunidade aos filhotes, deve-se vacinar as cadelas antes da cobertura. Não se deve vacinar cadelas prenhes, apesar de não existirem evidências de interferência sobre o desenvolvimento normal do feto.