raio X / displasia

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Moderador: mcerqueira

angel
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terça out 08, 2002 2:03 pm

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Última edição por angel em terça out 08, 2002 6:22 pm, editado 1 vez no total.
boerboelfan
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terça out 08, 2002 5:44 pm

Um raio x conclusivo sobre a existência de displasia só deverá ser efctuado após o términus do crescimento do esqueleto do cão o que no caso dos rotts mais ou menos a pertir dos dezoito meses .Isto porque as imagens obtidas antes deste tempo , dentro de certos limites ,podem -se revelar enganadoras.Todavia , cachorros com seis meses já podem evidenciar nos raios x sintomas evidentes de displasia sendo , nestes casos , normalmente graus de displasia bastante elevados. Por isso ,se o cachorro não evidenciar alguns dos sintomas inerentes á displasia que , como já foram ditos são, dificuldade no levantar , coxear, correr á "coelho" , arqueamento das costas , talvez seja preferível evitar-lhes o esforço nas patas que o exame obriga bem como, a anestesia.Nesse caso efectua-lo apenas a partir da idade de total constituição do esqueleto.
O despiste da displasia não deve ser apenas efectuado por quem faça criação ( neste caso é evidente para evitar a proliferação dos genes em descedências futuras ) mas também por quem queira o cahorro para companhia isto porque , se ele apresentar algum grau de displasia existem várias recomendações a seguir como seja no tipo de piso que ele percorre , alimentação , possibilidade de ministrar algumas drogas para minorar o efeito ,etc. .Tudo isso para que , apesar do problema , lhe possamos dar uma vida mais prolongada e de qualidade .
Saudações
SeaLords
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terça out 08, 2002 6:10 pm

Última edição por SeaLords em terça nov 18, 2008 6:47 am, editado 1 vez no total.
boerboelfan
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quarta out 09, 2002 8:50 am

Ola Sealords
É exactamente pelo facto de haver cães radiologicamente displásicos e que não apresentam sintomas que se deve fazer o despiste.Conheço cães com displasia grau C que não apresentam sintomas evidentes do facto. Porém se o dono não o souber, provavelmente não irá impedir o cão de fazer determinados esforços ,ou exercícios, ou alimentação que podem vir a agravar a displasia para um grau D ou E. Salvo a devida comparação é como quando nós humanos vamos ao médico fazer um "check up" . Normalmente não é pelo facto de nos sentirmos doentes mas para verificar se existe algo cujos sintomas ainda não são evidentes e podermos tomar as medidas aconselhadas. Também não me parece necessário estar a fazer o despiste a cachorros antes de o esqueleto estar constituido a não ser que existam sintomas que possam evidenciar displasia. Porém parece-me aconselhável o despiste,especialmente nas raças médias / grandes , e principalmente naquelas que se sabe ter a displasia uma incidência mais proeminente.
Saudações
casadiscaes
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quarta out 09, 2002 9:30 am

Primeiro que tudo, não acredito que a displasia da anca seja genética, ou se o é, é numa percentagem muito pequena... Mesmo os veterinários hoje em dia reconhecem que o grosso das displasias que aparecem são devida a factores ambientais - alimentação, tipo de pisos, tipo de exercício, etc... claro que se cruzarmos cães displásicos constantemente com cães displásicos, vamos obter uma displasia com características genéticas porque é uma característica que está a ser apurada.

Em raças de médio e grande porte (25kg para cima), não se justifica fazer um diagnóstico definitivo antes dos 2 anos... a não ser que seja uma displasia de tal forma elevada em que o acetábulo já esteja completamente destruido e haja a luxação completa da cabeça do fémur - felizmente estes casos são raros...

Agora certos diagnósticos que tenho visto por aí à lá gardere, em cachorros de 5 e 6 meses... é absolutamente ridículo... ví algumas radiografias destas, feitas por veterinários conhecidos da nossa praça, num dos casos o veterinário disse ao dono do cão que a radiografia não tinha ficado muito bem porque este se tinha mexido, mas que dava para ver que tinha displasia grave (aos dois anos foi radiografado de novo e era HD A do lado direito e HD A- do lado esquerdo)

Não olho para as coxas de um cão antes dos 15 meses e só no caso de haver algo que me chame a atenção, senão nunca é radiografado antes dos dois anos.
<p>Gon&ccedil;alo</p>
<p>Imagem</p>
SeaLords
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quarta out 09, 2002 10:10 am

Estranho, lá por fora ninguém tem dúvidas de que a displasia tem uma componente genética muito forte e que o ambiente só vem afectar a expressão, em maior ou menor grau, da doença. Se assim não fosse, porque (re)carga de águas se faria o despiste de displasia aos cães? Se não for hereditário, não vale a pena fazer.

Já agora, o que é que é A- ?
"Quando o s&aacute;bio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo"&nbsp; (prov&eacute;rbio chin&ecirc;s)
angel
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quarta out 09, 2002 11:53 am

Pelo que tenho lido e ouvido sobre a displasia coxo-femoral, esta é hereditária. Havendo por isso um importante componente (s) genético (s). Que pode estar presente nos progenitores e herdados pelos filhos, podendo-se manifestar ao nascer ou mais tarde. Tendo depois, influência, os factores ambientais, alimentares, excesso de exercicio, etc. O comportamento genético <<recesivo>> pode ocultar a presença de carácter, que pode não aparecer nos pais, e, em troca só aparecer nos filhos. Se não fosse hereditário, o porquê de os vets, aconselharem sempre a não cruzar esse animal?
Repare que não sou nem vet nem especialista nesta matéria, mas, procurei minimamente estar informada, porque tenho um cão displásico.
O meu cão recuperou, porque foi operado a ambas as pernas (excisão de ambas as cabeças de fémur), não coxeia, não tem dôres, então porque não cruzá-lo???? :o :o
Pois, o tal (s) gene (s), está lá!!!!!!!!!!
Os vets sempre me disseram para o não cruzar, e, não o farei.
Nesse caso tambem não seriam necessários os despistes, não??
Concordo com a Sealords, embora, volte a frizar, que me estou baseando na experiência com o meu cão, e, com o que li e me explicaram.
CMNogueira
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quarta out 09, 2002 12:40 pm

Viva,
O raio X para despiste de displasia (o tal que se faz a partir dos 12, dos 15, dos 18 ou dos 24 meses, consoante o gosto do freguês)...
Comentário de SEALORDS


Gostaria de esclarecer a minha ideia em relação ao seguinte:

Sem suspeitas de Displasia da Anca:

Sempre ouvi por veterinários, bem como por criadores que afim de garantir uma leitura final mais realista, a mesma deverá ser feita num periodo relativamente curto após a conclusão da formação ossea. Com algumas variações, o periodo sugerido ronda os 18 meses de idade. O cão nesta altura atingiu a sua maturidade e está em melhores condições, sobre todos os aspectos, para se expor ao exame.

Quanto a referir que o exame poderá ser feito a partir dos 15 meses, tem a ver com o facto e de acordo com o Rottweiler Clube de Portugal, os respectivos exames sejam aceites (naquele clube) como definitivos a partir dessa data. Dado que quem colocou o post é proprietário de um Rottweiler, achei por bem dar esta informação. Talvez, não o tenha feito da forma mais clara.

Quanto mais cedo (fase de crescimento) for feito o exame, menor é a fiabilidade do mesmo em termos futuros. Sabemos que há casos de animais classificados com A aos seis meses e com um ano e meio tem B. Talvez para algumas pessoas, seja interessante fazê-lo relativamente cedo...

Pessoalmente, nunca tendo tido suspeitas, das duaz vezes que efectuei o exame, foi por volta dos 20 meses. Dentro dos periodos que normalmente se consideram aceitáveis para uma análise mais fiavel, faço o mais tarde possivel.

Estou consciente que a evolução do cão pode vir a ditar no futuro outro resultado, contudo obtenho uma orientação em relação à doença.


Suspeitas de Displasia

Quando tal acontece, deve ser feito um despiste o mais rápido possivel e de acordo com o parecer de um veterinário.

Contudo, no caso dos Rottweiler’s e dado que na fase de crescimento podem trazer alguns problemas a nivel de articulações/Ligamentos, as pessoas tendem logo para a Displasia da Anca. Muitas vezes (de acordo com a observação de um veterinário), os referidos, problemas resolvem-se com repouso e alguns anti-inflamatórios.

As minhas razões para efectuar o exame

1 - Evitar qualquer surpresa futura, em relação a Displasias Anca/Cotovelo. Garantir o mais possivel, que controlo o bem estar dos meus fieis amigos, no presente e estar precavido para o futuro...

Soube de alguns casos, “curiosos”:

Cães que não evidenciavam sinais de Displasia da Anca, ao efectuarem o exame revelaram um grau elevado e desqualificativo para reprodução.

2 - Poder, com o acompanhamento de um criador reputado e aconselhado por este, efectuar um cruzamento.

3 - Consciente que acompanho o crescimento de um cachorro com os cuidados recomendados, quero de alguma forma e na altura certa, saber o que comprei.

Caso confronte o criador com um problema de Displasia numa idade mais avançada do cão, já sei que vou ouvir que a mesma foi causada por efeitos ambientais ou comportamentais. Se for na altura certa, já não há “desculpas”...

Cavalo dado, não se olha o dente, mas como pago, exijo.
casadiscaes
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quarta out 09, 2002 1:52 pm

Quanto ao facto de a displasia ser hereditária, mesmo o Dr. Mário santos do Hospi. Vet. do Porto (que para mim diagnostica e opera um bocadinho rápido de mais) reconheceu que a percentágem genética não ultrapassa os 25%... a tendência actual é que não seja mais de 10%... esta questão da heriditariedade da displasia começou com dois veterinários alemães, que depois de analizarem os resultados de cruzamentos controlados pelo clube alemão do Rottweiler, chegaram à conclusão que o nível de incidencia da displasia da anca não tinha decrescido significativamente ao fim de mais de 30 anos de selecção continuada para a ausência de displasia (isto com normas extremamente rígidas sobre quais os cães a cruzar). Por isso voltaram a analizar os factores exogenos (ambientais) como a alimentação, o tipo de pisos em que os animais cresciam, a forma como eram criados... as conclusões a que chegaram foram que a principal causa era a alimentação, mesmo as melhores marcas do mercado pela forma como são preparadas têm insuficiências, pisos lisos e escorregadios são terriveis para uma boa estrutura óssea, bem como excesso de exercício em cães jovens ser extremamente pernicioso.

Quanto ao A- é quando pelo metodo de normberg os 105º de referência ainda não ultrapassaram o limite mas estão muito perto da B (assim me explicou a veterinária que assiste aos meus cães).
<p>Gon&ccedil;alo</p>
<p>Imagem</p>
SeaLords
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quarta out 09, 2002 2:08 pm

Última edição por SeaLords em terça nov 18, 2008 6:51 am, editado 1 vez no total.
aisd
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periquito FALCANITO

quarta out 09, 2002 4:39 pm

Desculpem lá a ignorância, mas como em princípio a minha cadelinha será mãe - o criador apenas me disse que aos 18 meses devia fazer o despiste da displasia da anca, também me falou do perigo do excesso de exercício e dos pisos escorregadios mas não me disse nada acerca da alimentação.
Que cuidados devo ter nesta àrea ?
Ela come Royal Canin maxi breed junior.Precisa de algum suplemento ?
Eu fiquei bem impressionada pela ração 'Canidae' de que falou uma forista.
Que características devo procurar para saber se é apropriada ?
boerboelfan
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quarta out 09, 2002 6:15 pm

É na realidade aceite pelas principais organizações ortopédicas caninas ( veja-se por exemplo a Orthopedic Foundation for Animals (OFA) nos EUA ) que a displasia é essencialmente hereditária apesar de o meio envolvente ( obesidade , condições em que o cão vive ,etc.) poder potenciá-la. A sua causa não é porém de um único gene mas de uma pool de genes. É por esse facto que não se deve fazer criação com cães displasicos para não possibilitar a transmissão desses genes á descendência. Porém ,a genética não é exactamente como a Matemática isto é, não é certo que pelo facto de os pais serem displásicos os filhos tenham que o ser obrigatóriamente . Todavia , a probabilidade de o serem é bastante elevada.Também é possível que tendo os filhos os genes da displasia o ambiente do seu crescimento não a potencie e , nesse caso ,apresentarem graus de displasia inferiores aos registados pelos pais.
Relativamente á alimentação trata-se de ajustar a composição da mesma ao já inerente factor exponencial de crescimento de cada raça ( por isso é que normalmente esta questão se pôe quando falamos de raças médias/grandes).Significa que uma alimentação rica em protéinas (não falando do cálcio ) que potencie o crescimento rápido do cão em raças que já de si têm crescimentos rápidos poderemos estar a provocar um aumento do volume ( e peso ) do cão sem ser acompanhado por uma correcta consolidação da sua estrutura óssea. Só como exemplo : o meu Boerboel até aos nove meses de idade comeu ração para cães adultos de raças pequenas ( menos rica em proteínas ) de forma a retardar-lhe o crescimento e a partir desta data ração para puppy misturada com a anterior para a transição. Apenas a partir dos doze meses iniciou a ração adulto large breed. E isso não significou que não crescesse pois tem agora 72 cm á cruz com 65 kg de peso. Só que cresceu mais lentamente mas mais consistentemente.
Saudações
SeaLords
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quarta out 09, 2002 7:55 pm

Última edição por SeaLords em terça nov 18, 2008 6:53 am, editado 2 vezes no total.
gary
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sexta out 11, 2002 9:47 pm

Olá

Pergunta ;

Vale a pena operar um rottweiler com displasia da anca :?: :?:

Considerando que é um cão pesado e se é operado é porque tem um grau elevado de displasia , será que aguenta as próteses :?: :?: será que vai ter qualidade de vida :?: :?: além de estarmos a falar de, mais coisa menos coisa, de 400 contitos. se for operado aos 2 anos e se viver até aos 10 como é que vão ser os 8 anos :?: :?: :?:
Um abra&ccedil;o
angel
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sexta out 11, 2002 10:19 pm

gary Escreveu: Olá

Pergunta ;

Vale a pena operar um rottweiler com displasia da anca ? ?

Considerando que é um cão pesado e se é operado é porque tem um grau elevado de displasia , será que aguenta as próteses ? ? será que vai ter qualidade de vida ? ? além de estarmos a falar de, mais coisa menos coisa, de 400 contitos. se for operado aos 2 anos e se viver até aos 10 como é que vão ser os 8 anos ? ? ?

Gary
Mas o seu rott tem que levar as próteses???
Sei que a raça do seu e do meu são diferentes, em questão de estrutura, etc. Mas o meu foi operado e não levou próteses. O grau de displasia do meu era D.
São necessárias mesmo as próteses? Sei que há diferentes graus de displasia...
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