Pois Texuga.
Eu quando adoptei os 2 manos a Susie e o Pierre, foi com a consciência de que estariam melhor 2 em casa durante o tempo da minha ausência.
Aí vi logo a grande diferença que é ter 2 em vez de um.
Quando fiquei com o Zé Maria/Pacholas, foi depois de muito pensar e até resisti à vontade de o pedir logo. Quando resolvi ficar com ele foi sabendo perfeitamente qual seria o aumento das despesas e a minha capacidade para lhe dar tudo o que ele necessita.
Além disso a minha idade também me leva a analisar tudo muito bem. Aí já existe um risco maior e mais próximo, de me acontecer alguma coisa e eles ficarem ainda cá. Mas também sei que se eu morrer tenho família que me cuidará deles como eu o faço.
Para mim não é verdade de quem pode ter um, pode ter dois ou três, ou mais, porque as despesas são grandes e nem toda a gente as pode suportar.
Para além disso o espaço físico também conta e já por aqui tenho lido apelos às pessoas para arranjarem um cantinho nem que seja numa varanda, quintal ou dispensa e às vezes e como dizes e muito bem, não são apelos, são quase imposições aos outros, porque elas, ou eles, têm a lotação esgotada. (sobre isto nem faço mais comentários).
Espero não perder a cabeça de todo e no futuro não me venha a deixar arrastar só pelas emoções, perdendo toda a razão.
As pessoas que não consideram os animais só um bichinho decorativo, sabem perfeitamente que não é de restos de comida e um canto qualquer que é suficiente para os ter, necessitam dos cuidados e tratamentos de qualquer pessoa que tenhamos em casa.
Esta é a minha opinião e espero continuar com a lucidez necessária para a manter.
Isabel
A vida de quem dá tudo pelos cães...
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periquito FALCANITO
Bem dito.As pessoas que não consideram os animais só um bichinho decorativo, sabem perfeitamente que não é de restos de comida e um canto qualquer que é suficiente para os ter, necessitam dos cuidados e tratamentos de qualquer pessoa que tenhamos em casa
É uma vergonha que se tente pressionar a ajudar.
Ajuda quem pode e quer - material e psicológicamente.
Não se pode obrigar a ajudar.
Não se deve sobrecarregar quem ajuda.
Mais - quem ajuda não pode deixar que o sobrecarreguem.
Um mundo melhor constrói-se com o esforço de todos - não com a heroicidade solitária de uns poucos.
Por isso é importante sermos conscientes, lúcidos e corajosos.
Que até para dizer NÃO é preciso coragem...
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
descobri que é tipo uma doença:
O acumulador de animais ou aquele que recolhe os animais da rua para sua própria casa é uma figura que existe em todas as comunidades. Nos casos típicos, esta pessoa é descoberta vivendo em condições de higiene precárias rodeada por dezenas a centenas de animais. Estes animais encontram-se muitas vezes subnutridos, cheios de fome, e doentes. Os gatos contagiam-se uns aos outros com leucemia felina, síndrome da imunodeficiência felina, tinha, parasitoses entre outros. Os cães também poderão estar afectados por diversas doenças contagiosas. Os animais que morrem poderão não ser retirados para fora da habitação. O chão normalmente está sujo com fezes e urina, e para que os técnicos consigam entrar no local muitas vezes necessitam de máscaras por causa do cheiro. O acumulador de animais não deve ser confundido com as associações/abrigos de animais (APAFF) ou com uma pessoa que até tenha muitos animais em casa, mas em boas condições. O acumulador de animais não tem a noção da falta de higiene onde vive, do perigo para a sua saúde e para a saúde dos próximos, para além de não ter a noção de que se calhar os animais viveriam melhor na rua do que na sua própria casa.
Um grupo de investigação chamado de The Hoarding of Animals Research Consortium definiu um acumulador de animais como:
- alguém que acumula um grande número de animais sem lhe dar a garantia da cobertura das necessidades básicas (comida, cuidados de saúde e de higiene)
- alguém que não tem a capacidade de entender a deterioração progressiva da saúde e higiene dos seus animais (não reconhece a doença, a morte e a fome) e do meio onde se encontram (sobrelotação e más condições higiénicas)
O estereótipo do acumulador de animais corresponde à senhora de idade que vive sozinha e que é conhecida pelos vizinhos como “a senhora dos gatos”. Porém, pessoas de todas as profissões, idades e estrato social podem ser acumuladores de animais.
O local onde estas pessoas vivem já não cumpre as necessidades para o qual foi projectado. Tudo encontra-se negligenciado. Muitas vezes não há electricidade, a canalização está irrecuperável e não é possível utilizar espaços para confeccionar alimentos. A degradação da casa muitas vezes leva a que as tarefas higiénicas diárias sejam comprometidas. Toda a manutenção da habitação deixou de ser uma prioridade, sendo que cada problema que surja que requira reparação julga-se imediatamente como irremediável e sem importância.
Os familiares dependentes do acumulador de animais (pessoas de idade, crianças, deficientes) acabam por se tornar vítimas da situação.
Como os animais de estimação partilham tão intimamente a nossa vida, é facto conhecido que quando há negligência em relação a um animal estamos perante a “ponta do iceberg”, sendo esta uma manifestação dum problema social maior em que os outros familiares do “acumulador” são sujeitos a abusos/negligência. Assim, a maneira como tratam os animais constitui um indicador de como provavelmente serão tratados os outros dependentes humanos.
Ser acumulador de animais ainda não é considerado como uma patologia de foro psiquiátrico, embora esteja provado que estes indivíduos tenham muita dificuldade em tomar decisões racionais e de tomarem conta de si próprios na medida do básico.
Também não conseguem conceber situações que não possam controlar. Normalmente a morte de um qualquer animal leva a uma sensação de angústia muito forte.
Os acumuladores de animais não conseguem dizer não a colocar mais um animal em sua casa, por muito cheio que já esteja o local, por muito doente que seja o animal (podendo contagiar todos os outros) e por muito incompatível que seja em termos de personalidade em relação aos outros que já alberga. O acumulador de animais vê-se a si próprio como uma entidade com capacidades para salvar todo e qualquer animal, e que qualquer animal abandonado se encontrará mais feliz junto dele do que integrado nos locais próprios para o efeito, como as associações animais ou serviços oficiais. Para eles o enfrentar da verdade é tido como uma ofensa, negando que os seus animais se encontrem em condições lastimáveis. Não tendo possibilidades de investir nos cuidados de saúde dos mesmos, muitas vezes estes animais vão até situações limite de sofrimento por doença, sendo que a eutanásia é tida como um caminho a nunca pisar. A esterilização dos animais também torna-se impossível por questões monetárias, levando ao aumento da população dentro da casa sem que seja preciso a incorporação de novos elementos. A sobrepopulação animal pode levar muitas vezes a inconcebíveis actos de violência entre os animais, que são considerados pelo “acumulador” como inexistentes ou incontornáveis.
Quando acontece uma situação deste género gera-se uma toda problemática envolvente. Estas situações são perigosas em termos de saúde pública e têm de ser geridas com tacto, uma vez que sem um acompanhamento psicológico adequado, obrigar à mudança do estilo de vida de um acumulador de animais com o resgate dos animais afectados e higienização do local apenas resolverá o problema momentaneamente, uma vez que o ciclo se reiniciará (especialmente com a quantidade de animais abandonados que existem). Os serviços de autoridade são considerados como malévolos. Muitas vezes o resgate destes animais é considerado como uma morte psicológica pela parte destes “acumuladores”. Para conseguirem fugir às autoridades ou quando a pressão dos vizinhos devido ao barulho dos animais e maus cheiros os acumuladores podem chegar a mudar de casa em casa com alguma frequência, sendo auxiliados por pessoas que não se apercebem da gravidade da situação julgando estar a fazer uma boa acção.
Artigo adaptado de Gary Patronek, VMd, PhD, Center of Animals and Public Policy, Tufts University School of Veterinary Medicine, 200 Westboro Road, North Grafton, Massachusetts, MA 01701, USA
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Olá a todos
Desde que li este post que muito me tem passado pela cabeça.
Eu ainda tenho aquilo que chamo o "factor pais" a travar um pouco a minha vontade de ajudar tudo o que me passa pela frente.
Mas quando vejo um animal com uma ferida, com fome ou com sede é dificil conter-me.
Tal como ja foi dito, existem pessoas que tudo dão pelos animais. Mas, e quando já nada mais resta para dar e lhes passa pela frente mais um necessitado??
Eu, felizmente, já houve pessoas que me ajudaram, os meus veterinarios são impecaveis e ando sempre com comida de cão ou de gato comigo.
Mas, e até eu pergunto isto a mim mesma, e quando a minha mesada já não chegar, quando os veterinarios e amigos já nãopuderem ajudar?
Angustia-me pensar que um dia posso ver um animal em necessidade e que vou ter de virar a cara e nada fazer...
O que fariam vocês nesta situação??
Quando nada mais estivesse ao vosso alcance o que fariam??
Cumprimentos
Suri
Desde que li este post que muito me tem passado pela cabeça.
Eu ainda tenho aquilo que chamo o "factor pais" a travar um pouco a minha vontade de ajudar tudo o que me passa pela frente.
Mas quando vejo um animal com uma ferida, com fome ou com sede é dificil conter-me.
Tal como ja foi dito, existem pessoas que tudo dão pelos animais. Mas, e quando já nada mais resta para dar e lhes passa pela frente mais um necessitado??
Eu, felizmente, já houve pessoas que me ajudaram, os meus veterinarios são impecaveis e ando sempre com comida de cão ou de gato comigo.
Mas, e até eu pergunto isto a mim mesma, e quando a minha mesada já não chegar, quando os veterinarios e amigos já nãopuderem ajudar?
Angustia-me pensar que um dia posso ver um animal em necessidade e que vou ter de virar a cara e nada fazer...
O que fariam vocês nesta situação??
Quando nada mais estivesse ao vosso alcance o que fariam??
Cumprimentos
Suri
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Eu pessoalmente choraria de desespero (já o fiz por não poder ficar com 4 gatinhos abandonados aqui perto d mim)...
Tentaria pedir ajuda a todo o custo, mas pronto, há muita gente que nos acha maluquinhos...
Já agora, aquilo que a YolaeFifi colocou faz-me lembrar aquela personagem que todos conhecemos d filmes, livros e até da vida real que se designa "a-senhora-dos-gatos"...
Quem nunca conheceu uma??? Eu conheci uma que vivia com uns 40 gatos em casa, aquilo cheirava mal que só visto e todos meio escanzelados e remelosos... um dia numa reunião de condominio decidiu-se por fim ao caso, os gatos foram (pra grande infelicidade nossa mas para bem da saude e higiene) entregues ao canil e a senhora saiu de lá para um lar (já era bem velhota, devia ter mais de 70 anos de certeza)... sei que alguns gatos tiveram direito a terem novo dono, nomeadamente pessoal do prédio que até gostava mais d um ou d outro, mas o resto ficou entregue ao destino....
Tentaria pedir ajuda a todo o custo, mas pronto, há muita gente que nos acha maluquinhos...
Já agora, aquilo que a YolaeFifi colocou faz-me lembrar aquela personagem que todos conhecemos d filmes, livros e até da vida real que se designa "a-senhora-dos-gatos"...
Quem nunca conheceu uma??? Eu conheci uma que vivia com uns 40 gatos em casa, aquilo cheirava mal que só visto e todos meio escanzelados e remelosos... um dia numa reunião de condominio decidiu-se por fim ao caso, os gatos foram (pra grande infelicidade nossa mas para bem da saude e higiene) entregues ao canil e a senhora saiu de lá para um lar (já era bem velhota, devia ter mais de 70 anos de certeza)... sei que alguns gatos tiveram direito a terem novo dono, nomeadamente pessoal do prédio que até gostava mais d um ou d outro, mas o resto ficou entregue ao destino....
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Suri,
É aí que tem de entrar a racionalidade... Se não pudermos mesmo fazer mais nada, divulga-se a situação e espera-se...
Não podemos salvar o mundo, e não tem lógica teres por exemplo X dinheiro no bolso e em vez de comprares comida para ti, pagas um vet para o animal com que te cruzaste, percebes? Isto foi só um exemplo ilustrativo para entenderes melhor a minha posição.
Nós não podemos salvar TODOS os animais que nos aparecem à frente, fazemos o que pudemos e a mais não somos obrigados. Quantas vezes já não tive de virar a cara e fazer como tantas pessoas fazem, passar ao lado? Se me perguntares "mas isso não te custa?" eu respondo-te "custa, e muito, mas tenho de ter consciencia de onde estão os meus limites, e o meu limite chegou". Entendes?
Quem disse que a vida era justa enganou-se... "Life is not fair, you know..."
Xuga
É aí que tem de entrar a racionalidade... Se não pudermos mesmo fazer mais nada, divulga-se a situação e espera-se...
Não podemos salvar o mundo, e não tem lógica teres por exemplo X dinheiro no bolso e em vez de comprares comida para ti, pagas um vet para o animal com que te cruzaste, percebes? Isto foi só um exemplo ilustrativo para entenderes melhor a minha posição.
Nós não podemos salvar TODOS os animais que nos aparecem à frente, fazemos o que pudemos e a mais não somos obrigados. Quantas vezes já não tive de virar a cara e fazer como tantas pessoas fazem, passar ao lado? Se me perguntares "mas isso não te custa?" eu respondo-te "custa, e muito, mas tenho de ter consciencia de onde estão os meus limites, e o meu limite chegou". Entendes?
Quem disse que a vida era justa enganou-se... "Life is not fair, you know..."
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E um tema tão actual que cai no esquecimento... 

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Xuga às vezes até pareces, uma "bruxinha", ao reler este Tópico, baixei à terra, já andava, novamente a pensar no cão que gostaria de voltar a ter.
Um dos depoimentos que mais me impressionaram, desde sempre, sobre este tema, foi o da Siioux. Já lho disse uma vez (ou por outra, escrevi) e tem servido, não só para mim, como para orientar as minhas afilhadas, também.
Até nas ajudas que possa dar, me tornei mais selectiva, não quero passar pelo desgosto, como já aconteceu por três vezes, de ajudar hoje e dias depois saber que o animal estava tão mal que morreu.
Como não se consegue ajudar todos, temos que assentar os pés na Terra e tentar deixar de pensar com o coração.
Voltar a ter um cão, para mim, é só mais um sonho que já não se vai realizar. Para poder manter os meus gatos com aquilo que eles devem ter, tenho que ficar por aqui.
Fico a aguardar por mais uma insónia tua
Para que surja mais textos com a qualidade que lhes sabes imprimir
Fui mázinha, não fui??
Isabel
Um dos depoimentos que mais me impressionaram, desde sempre, sobre este tema, foi o da Siioux. Já lho disse uma vez (ou por outra, escrevi) e tem servido, não só para mim, como para orientar as minhas afilhadas, também.
Até nas ajudas que possa dar, me tornei mais selectiva, não quero passar pelo desgosto, como já aconteceu por três vezes, de ajudar hoje e dias depois saber que o animal estava tão mal que morreu.
Como não se consegue ajudar todos, temos que assentar os pés na Terra e tentar deixar de pensar com o coração.
Voltar a ter um cão, para mim, é só mais um sonho que já não se vai realizar. Para poder manter os meus gatos com aquilo que eles devem ter, tenho que ficar por aqui.
Fico a aguardar por mais uma insónia tua





Fui mázinha, não fui??
Isabel
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Ehehehe!!
Não Isabel, não foste mázinha, foste realista
Mas quanto ao relato da Siioux, bem podes dizer que impressiona, a vida dela não é complicada, é um total CAOS... Sabes que viver torna-se complicado quando se tem à sua responsabilidade tantos animais, e não só pelos animais, mas por TUDO o que envolve a casa onde eles vivem...
Desde o alojamento dos cães, as asneiras que eles fazem, os xixis e os cocós fora do sítio, sim porque não são só os cachorros que fazem fora do sítio
, se chega alguém a casa tens 10 cães a cheirar as pernas, mais 15 a ladrar às visitas, tens o gato que vai para a zona dos cães e é a última vez que passeia
, enfim, uma panóplia de coisas que acontecem no dia a dia destas pessoas...
E acredita que chega a uma altura que a pessoa se farta de cães, deixou de ter prazer em ter cães, já nem pode ouvir falar de cães...
Mas eu puxei este tópico porque há por aqui muita gente nova, e assim pode ser que aprendam qualquer coisa
Bjs
xuga
Não Isabel, não foste mázinha, foste realista


Mas quanto ao relato da Siioux, bem podes dizer que impressiona, a vida dela não é complicada, é um total CAOS... Sabes que viver torna-se complicado quando se tem à sua responsabilidade tantos animais, e não só pelos animais, mas por TUDO o que envolve a casa onde eles vivem...
Desde o alojamento dos cães, as asneiras que eles fazem, os xixis e os cocós fora do sítio, sim porque não são só os cachorros que fazem fora do sítio


E acredita que chega a uma altura que a pessoa se farta de cães, deixou de ter prazer em ter cães, já nem pode ouvir falar de cães...

Mas eu puxei este tópico porque há por aqui muita gente nova, e assim pode ser que aprendam qualquer coisa

Bjs
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- Localização: 1 DA (dakar), 2 rafeiros (tripé e zulu), 2 periquitos, 2 agapornis e 2 gatos (tobias e Riscas)
Bom dia a todos,
Só agora li este tópico!
De facto, apesar de reconhecermos o mérito das pessoas que fazem tudo pelos cães - deixam de ter vida pelos cães, deixam de ir de férias pelos cães, deixam de ser felizes pelos cães - isso não chega! Não são as nossas palmadinhas nas costas que vão surtir algum efeito para o melhoramento da condição de vida dessa pessoa.
Eu dou imenso valor a essas pessoas, no entanto nem de perto nem de longe quero essa vida para mim! Até porque tendo exemplos por perto e conhecendo alguns casos, só se fosse burra que nem um calhau é que me iria afundar no mesmo poço que essas pessoas.
Eu ADORO animais, mas gosto mais de mim! Para além dos animais, gosto da minha família, gosto dos meus amigos, gosto das minhas férias, gosto da minha casa, gosto de conhecer sítios novos, gosto de coisas bonitas...enfim, gosto de VIVER e de aproveitar as coisas boas que a vida tem para oferecer, porque infelizmente, quer queiramos quer não, as coisas más também nos esbarram à frente.
Não me considero uma pessoas fútil, adoro ajudar, adoro oferecer, adoro abrir as portas...mas adoro fazê-lo com qualidade, como tal não posso dar o passo maior que a perna!
É óbvio que me sinto pequenina e que considero que não ajudo nada comparativamente com outras pessoas, que secalhar com menos recursos conseguem ajudar muito mais do que eu.
É óbvio que adorava poder ajudar mais, mas provavelmente acabaria como estes casos que a Texuga referiu...provavelmente acabaria sozinha!
Por isso prefiro pensar que vou fazendo aquilo que posso, que quero, que apesar de ser uma pequena gota no oceano, que se todos fossemos gotas, já seriamos um oceano e que tudo seria bem mais fácil.
Também eu faço alguns sacrificios para manter os meus 4 cães e 1 gato e ajudar mais alguns. Não vou ao cabeleireiro todas as semanas, nem ao cinema, nem jantar fora todos os dias...mas isso para mim nem são prioridades...prefiro ter a quantidade de animais que tenho e abdicar dessas coisas...mas abdicar de viver??!! Naaaa, chamem-me egoísta se quiserem!
Ainda no outro dia resolvi ajudar um animal e pensei que se pedisse ajuda para a contribuição dos gastos que se teve com ele, ia facilitar as coisas e que por isso não me importaria nada de o ajudar, de lhe proporcionar a FAT até ter um dono. Pois é, para além de FAT tive que pagar tudo o que foram despesas porque ninguém ligou ao meu apelo e ninguém contribuiu. Não faz mal, felizmente consegui tratar de tudo sozinha, mas mais uma vez serviu-me de lição que "contar com o ovo no cú da galinha" é um perfeito disparate!
O meu Zulu por exemplo é um caso que acontece a muitas das pessoas que vão recolhendo cães: - trouxe-o da associação onde sou voluntária porque foi lá deixado com a restante ninhada e à medida que o tempo foi passando notava-se que ele ia ficando mais fraquinho e os irmãos cada vez maiores. Resolvi levá-lo para casa pensando - ahh, ele deve andar a comer mal... lá em casa vou desparazitá-lo, vigiá-lo na alimentação, fazer-lhe a engorda e fica como novo...depois trago-o novamente para junto dos irmãos e arranja-se um dono!
Pois é...o problema do Zulu não era só engordar...era muito mais que isso...foi a n veterinários, pesava 900 gramas e já tinha 3 meses, enquanto os irmãos com a mesma idade já pesariam uns 3 kilos ou mais. O tempo foi passando, ele continuava com 0% de gordura naquele corpinho, o Inverno era rigoroso e agora? Volta para o canil? Nem pensar, morreria de frio...Xii, tem uma insuficiencia pancreática, precisa de medicação até ao fim da sua vida...ninguém vai querer um esqueleto andante, todo preto e de medicamentos atrás. Que treta, tenho que ficar com ele! E pronto, lá ficou a Snowie, uma cadelinha do canil que eu andava a namorar e a pensar trazer para casa, mas que por causa do Zulu acabou por ficar prejudicada.
E para não me aparecerem mais Zulus pela frente, muitas vezes temos que ser fortes e virar a cara ao problema...não podemos fazer milagres, nem mudar o mundo em dois dias!
Agradeço à Texuga por esta chamada de atenção. Que seja útil e que obrigue as pessoas a pensarem realmente nas suas prioridades e necessidades de vida!
Saudações,
Filipa
Só agora li este tópico!
De facto, apesar de reconhecermos o mérito das pessoas que fazem tudo pelos cães - deixam de ter vida pelos cães, deixam de ir de férias pelos cães, deixam de ser felizes pelos cães - isso não chega! Não são as nossas palmadinhas nas costas que vão surtir algum efeito para o melhoramento da condição de vida dessa pessoa.
Eu dou imenso valor a essas pessoas, no entanto nem de perto nem de longe quero essa vida para mim! Até porque tendo exemplos por perto e conhecendo alguns casos, só se fosse burra que nem um calhau é que me iria afundar no mesmo poço que essas pessoas.
Eu ADORO animais, mas gosto mais de mim! Para além dos animais, gosto da minha família, gosto dos meus amigos, gosto das minhas férias, gosto da minha casa, gosto de conhecer sítios novos, gosto de coisas bonitas...enfim, gosto de VIVER e de aproveitar as coisas boas que a vida tem para oferecer, porque infelizmente, quer queiramos quer não, as coisas más também nos esbarram à frente.
Não me considero uma pessoas fútil, adoro ajudar, adoro oferecer, adoro abrir as portas...mas adoro fazê-lo com qualidade, como tal não posso dar o passo maior que a perna!
É óbvio que me sinto pequenina e que considero que não ajudo nada comparativamente com outras pessoas, que secalhar com menos recursos conseguem ajudar muito mais do que eu.
É óbvio que adorava poder ajudar mais, mas provavelmente acabaria como estes casos que a Texuga referiu...provavelmente acabaria sozinha!
Por isso prefiro pensar que vou fazendo aquilo que posso, que quero, que apesar de ser uma pequena gota no oceano, que se todos fossemos gotas, já seriamos um oceano e que tudo seria bem mais fácil.
Também eu faço alguns sacrificios para manter os meus 4 cães e 1 gato e ajudar mais alguns. Não vou ao cabeleireiro todas as semanas, nem ao cinema, nem jantar fora todos os dias...mas isso para mim nem são prioridades...prefiro ter a quantidade de animais que tenho e abdicar dessas coisas...mas abdicar de viver??!! Naaaa, chamem-me egoísta se quiserem!
Ainda no outro dia resolvi ajudar um animal e pensei que se pedisse ajuda para a contribuição dos gastos que se teve com ele, ia facilitar as coisas e que por isso não me importaria nada de o ajudar, de lhe proporcionar a FAT até ter um dono. Pois é, para além de FAT tive que pagar tudo o que foram despesas porque ninguém ligou ao meu apelo e ninguém contribuiu. Não faz mal, felizmente consegui tratar de tudo sozinha, mas mais uma vez serviu-me de lição que "contar com o ovo no cú da galinha" é um perfeito disparate!
O meu Zulu por exemplo é um caso que acontece a muitas das pessoas que vão recolhendo cães: - trouxe-o da associação onde sou voluntária porque foi lá deixado com a restante ninhada e à medida que o tempo foi passando notava-se que ele ia ficando mais fraquinho e os irmãos cada vez maiores. Resolvi levá-lo para casa pensando - ahh, ele deve andar a comer mal... lá em casa vou desparazitá-lo, vigiá-lo na alimentação, fazer-lhe a engorda e fica como novo...depois trago-o novamente para junto dos irmãos e arranja-se um dono!
Pois é...o problema do Zulu não era só engordar...era muito mais que isso...foi a n veterinários, pesava 900 gramas e já tinha 3 meses, enquanto os irmãos com a mesma idade já pesariam uns 3 kilos ou mais. O tempo foi passando, ele continuava com 0% de gordura naquele corpinho, o Inverno era rigoroso e agora? Volta para o canil? Nem pensar, morreria de frio...Xii, tem uma insuficiencia pancreática, precisa de medicação até ao fim da sua vida...ninguém vai querer um esqueleto andante, todo preto e de medicamentos atrás. Que treta, tenho que ficar com ele! E pronto, lá ficou a Snowie, uma cadelinha do canil que eu andava a namorar e a pensar trazer para casa, mas que por causa do Zulu acabou por ficar prejudicada.
E para não me aparecerem mais Zulus pela frente, muitas vezes temos que ser fortes e virar a cara ao problema...não podemos fazer milagres, nem mudar o mundo em dois dias!
Agradeço à Texuga por esta chamada de atenção. Que seja útil e que obrigue as pessoas a pensarem realmente nas suas prioridades e necessidades de vida!
Saudações,
Filipa
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Bom tópico, Texuga.....
Tambem conheço pessoas novas assim.....e tambem muitas vezes me questiono se fazem bem ou mal.... mas o que é certo, é que fazem o que acham melhor!
Tambem fui salvar um cão ao canil, (qd. tinha prometido a mim, que nunca lá entraria), mas não o consegui deixar de o fazer.....e sabendo que não o poderia levar para casa (por várias razões diferentes).... tive que arranjar uma FAT, e outra a seguir.... e por sorte, antes da minha ida de férias ( são poucas, mas ainda as tenho!) encontrámos os donos, que poderão não ser os melhores, mas alimentam-no e tratam-no bem....
Tudo poderia ter corrido bem pior, mas chegou para mais uma vez prometer a mim mesma que não o voltaria a fazer....
Porque foi um stress......
Imagino a "vida" da Sioux e de tantas outras pessoas, como ela!!!!
Dá-me vómitos, as pessoas que não estão dispostas a dar tanto delas, estarem sempre a criticarem os que dão.....cada um faz o que pode e o que pensa ser o melhor.....se é muito, pouco ou demasiado.....ninguem tem nada a ver com isso....é o que podem e querem dar.....
Quando a situação se descontrola, o que não deve ser dificil dado o stress em que estas pessoas vivem, talvez caiba aos outros tentar fazê-las ver isso.....agora, criticar???? Linchar????(como já cá foi feito)....

Tambem conheço pessoas novas assim.....e tambem muitas vezes me questiono se fazem bem ou mal.... mas o que é certo, é que fazem o que acham melhor!
Tambem fui salvar um cão ao canil, (qd. tinha prometido a mim, que nunca lá entraria), mas não o consegui deixar de o fazer.....e sabendo que não o poderia levar para casa (por várias razões diferentes).... tive que arranjar uma FAT, e outra a seguir.... e por sorte, antes da minha ida de férias ( são poucas, mas ainda as tenho!) encontrámos os donos, que poderão não ser os melhores, mas alimentam-no e tratam-no bem....
Tudo poderia ter corrido bem pior, mas chegou para mais uma vez prometer a mim mesma que não o voltaria a fazer....

Imagino a "vida" da Sioux e de tantas outras pessoas, como ela!!!!

Dá-me vómitos, as pessoas que não estão dispostas a dar tanto delas, estarem sempre a criticarem os que dão.....cada um faz o que pode e o que pensa ser o melhor.....se é muito, pouco ou demasiado.....ninguem tem nada a ver com isso....é o que podem e querem dar.....
Quando a situação se descontrola, o que não deve ser dificil dado o stress em que estas pessoas vivem, talvez caiba aos outros tentar fazê-las ver isso.....agora, criticar???? Linchar????(como já cá foi feito)....

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