Estas situações descritas durante as idas à rua nem sempre são agradáveis. Umas vezes são cómicas, outras vezes não existe qualquer tolerância por parte das pessoas (e dos cães, é bom dizê-lo) e pior ainda é quando à falta de tolerância se junta a falta de civismo.
Eu não vou contar nenhum episódio passado com os meus cães, até porque não me lembro de nenhuma história que mereça ser contada. O que me faz intervir é verificar que existem pessoas em relativo grande número, que efectivamente têm medo de cães, sejam de raças perigosas, sejam pequenos ou grandes. Têm medo ou porque já foram mordidas e ficaram traumatizadas (conheço algumas) ou porque têm preconceitos ou por qualquer outro motivo. Mas têm realmente medo e isso é mais evidenciado quando acompanham crianças.
Eu não me lembro como era quando passeava os meus filhos (já lá vão uns anitos). Na altura havia muito menos cães. E nos dias que correm também não tenho essa experiência. Não tenho netos... (aqui para nós, ainda não tenho idade para os ter
).Provavelmente teria algum cuidado. Questionaria o/a dono/a do cão se a criança poderia fazer uma festa. Mas temos que compreender que nem toda a gente tem essa preparação. Eu continuo a dizer que nós aqui no fórum vivemos num mundo à parte. Conhecemos determinadas regras, conceitos e adquirimos uma "cultura canina" que a maioria das pessoas de facto não tem. E não temos o direito de lhes cobrar essa "cultura".
Eu respeito profundamente as pessoas que por vezes manifestam algum medo quando passo com os meus cães. Uma coisa é eu ter a certeza absoluta (que nunca é absoluta, isto é uma força de expressão) de que eles não são ofensivos; outra coisa é a incerteza das pessoas que realmente não adivinham ou não têm a certeza absoluta de que eles são inofensivos. É que realmente nem têm obrigação disso.