sexta jan 24, 2003 12:17 pm
O que se passou com o Afonso foi o seguinte (atenção, eu sei que não serve de justificação para alguns erros que eu sei que estou a cometer em relação à sua educação, mas parte-nos o coração), mas deixo aqui a minha história, talvez possa ajudar alguém na mesma situação:
O Afonso foi comprado num criador aconselhado pelo CPC, e tinha todas as garantias, nomeadamente a que mais nos preocupava que era a questão da displasia da anca, pois é uma doença muito comum nos labradores). Acontece que após alguns sinais, aos 5 meses foi diagnosticada displasia acentuada do cotovelo (agora ele tem 14 meses), mas não foi muito fácil chegar a este diagnóstico pois o tipo de displasia que ele apresentava era das mais raras e complicadas (na anca o panorama é só um, enquanto que no cotovelo, podemos ter 3 situações diferentes, e ele infelizmente apresenta os 3 em simultâneo).
Até se chegar a um diagnóstico preciso passou algum tempo, muitos exames, radiografias, TAC, várias opiniões dos especialistas, nem vale a pena dizer quanto $ pois isso era o menos importante para a saúde dele.
Finalmente no final de Setembro ele foi operado à primeira pata, que correu bem e hoje está a 90% da sua capacidade total. Teve foi um processo muito longo e doloroso de recuperação e algumas complicações que à vezes surgem neste tipo de situação: fisioterapia diária e muito dolorosa para ele; sessões de eléctrodos durante 40 minutos para estimular o múscolu; gelo 3 vezes por dia...
Em relação à segunda pata, não conseguimos o mesmo sucesso, pois o tempo decorrido entre a 1ª operação e a 2ª (dia 10 de Dezembro) foi um pouco longo devido ao que já comentei acima. O que fez com que já não valesse a pena realizar uma operação tão incisiva quanto a primeira pois já não iria trazer nenhum valor acrescentado à sua saúde. Resultado: a 2ª pata está aí nos 60%, e vai durante toda a sua vida sentir um pouco de dor, nomeadamente quando estiver muito frio, quando realizar exercìcio em demasia, mas vai estar sempre muito bem controlado para diminuir ao máximo essa situação.
O que aconteceu durante o curto período da vida dele é que só saíu de casa aos 4 meses, a partir dos 5/6 foi submetido a muitos exames e consultas, aos 9 foi operado, aos 12 foi operado novamente, e até hoje ele está submetido a um regime de saídas e brincadeira com outros cães muito limitado. Está á practicamente 4 meses de clausura.
Nunca mais vejo a hora de podermos regressar à vida normal, que penso que será já em Fevereiro, poi enttretanto ele também rebentou a bolsa sinuvial o que fez uma formação de líquido no cotovelo, que está a ser tratada.
Com tudo isto, eu não resisto aos olhinhos tristes que só eles sabem fazer a pedir mimos (mais uma vez, eu sei que não é desculpa).
Obrigada pela atenção neste longo testamento.
Cumprimentos a todos.
Renata