Sabes, eu também sou da tua opinião, mas é como te digo, faz-me confusão o deixar morrer a tradição destes cães, apesar de achar muito mais importante investir na conservação das já reconhecidas... Se me dessem a escolher entre investir numa que não é reconhecida e numa reconhecida que esteja a desaparecer escolheria sem duvida alguma trabalhar a raça reconhecida!SeaLords Escreveu:Respondeste na perfeição à tua dúvida.Tudo bem que realmente a verdade é que se existem raças reconhecidas a desaparecer e que mais raças e ainda por cima quase totalmente desconhecidas era quase de certeza para o mesmo caminho,
Cão de gado Transmontano
Moderador: mcerqueira
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<p>Joana Gonçalves</p>
<p>Terras da Fénix Kennel</p>
<p>-Não existem raças perigosas, existem sim donos e pseudocriadores perigosos!-</p>
<p>Terras da Fénix Kennel</p>
<p>-Não existem raças perigosas, existem sim donos e pseudocriadores perigosos!-</p>
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Dificilmente se irá reconhecer outra raça, para mais se é morfológicamente tão semelhante.
Mais um exemplo do detergente fairy ( não testado em animais :p )
As aldeias de VIlarriba e Vilabajo digladiam-se.
Será que o Uderzo e o Goscinny inspiraram-se nesta rixa entre trasmontanos e alentejanos para " O Grande Fosso" ?
Argh.
Quem perde ?
O nosso património cultural.
Mais um exemplo do detergente fairy ( não testado em animais :p )
As aldeias de VIlarriba e Vilabajo digladiam-se.
Será que o Uderzo e o Goscinny inspiraram-se nesta rixa entre trasmontanos e alentejanos para " O Grande Fosso" ?
Argh.
Quem perde ?
O nosso património cultural.
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
A raça é a mesma, isto é, supõe-se que a origem destes cães seja a mesma tendo sido levados para Trás-os-Montes por pastores de transumância.
E, nos Concursos realizados anualmente em Vinhais, os juizes do CPC julgavam estes cães pelo estalão do Rafeiro do Alentejo. E, segundo as más linguas
os criadores Alentejanos vão aí buscar cães para "refrescar as suas linhas"
O problema é que integrar 400 cães com várias gerações transmontanas como "Alentejanos" é coisa que os transmontanos não aceitam... e tirar o nome de "Alentejano" ao Rafeiro, e chamar-lhe Português (ou Mastim Português) foi considerado "traição à pátria alentejana" pelos alentejanos, que até beneficiam de um subsidio da UE para criar este "Produto Regional" nos Canis da Câmara Municipal de Monforte.
E, nos Concursos realizados anualmente em Vinhais, os juizes do CPC julgavam estes cães pelo estalão do Rafeiro do Alentejo. E, segundo as más linguas


O problema é que integrar 400 cães com várias gerações transmontanas como "Alentejanos" é coisa que os transmontanos não aceitam... e tirar o nome de "Alentejano" ao Rafeiro, e chamar-lhe Português (ou Mastim Português) foi considerado "traição à pátria alentejana" pelos alentejanos, que até beneficiam de um subsidio da UE para criar este "Produto Regional" nos Canis da Câmara Municipal de Monforte.
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Para quem conhece um pouco da sociologia portuguesa dos seculos XVIII e XIX pode entender um pouco sobre a origem deste cão. Havia grupos de agricultores no interior portugues norte e centro que vinham trabalhar durante as ceifas no alentejo. É muito provável que então tenham levado cães do alentejo para as sua regiões para guardar propriedades, haveres e pessoas e assim tenham criado o cão de gado transmontano. Como o yakov disse, desde o neolítico que se faz transomancia nas zonas mediterrânicas, Inverno nas planícies e montanhas no Verão. Logo é natural que os pastores tenham levado mastins que deram origem ao cão de gado transmontano. Uma coisa é certa e independentemente de toda a controvérsia, se ninguem pega no "cão de gado transmontano" lá se vai mais património genético português para o cesto da extinção, tal como já aconteceu em muitos outros animais e plantas.
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Para quem conhece um pouco da sociologia portuguesa dos seculos XVIII e XIX pode entender um pouco sobre a origem deste cão. Havia grupos de agricultores no interior portugues norte e centro que vinham trabalhar durante as ceifas no alentejo. É muito provável que então tenham levado cães do alentejo para as sua regiões para guardar propriedades, haveres e pessoas e assim tenham criado o cão de gado transmontano. Como o yakov disse, desde o neolítico que se faz transomancia nas zonas mediterrânicas, Inverno nas planícies e montanhas no Verão. Logo é natural que os pastores tenham levado mastins que deram origem ao cão de gado transmontano. Uma coisa é certa e independentemente de toda a controvérsia, se ninguem pega no "cão de gado transmontano" lá se vai mais património genético português para o cesto da extinção, tal como já aconteceu em muitos outros animais e plantas.
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Yakov
É simples, um grupo de conheçedores da "raça", sejam eles alentejanos transmontanos, algarvios, alfaces, saloios, tripeiros ou outra região qualquer, pegam na "raça" e mantem-na viva até daqui alguns anos quando as raças portuguesas estarem na moda e haver um buummm e depois apresentam os animais para reconhecimento ou fusão co rafeiro alentejano ou seja lá o que for. Uma coisa é certa as pessoas que fizerem este trabalho têm que ser poucas, conhecedoras e "manterem-se há sombra" caso contrário já sabemos o que vai acontecer
É simples, um grupo de conheçedores da "raça", sejam eles alentejanos transmontanos, algarvios, alfaces, saloios, tripeiros ou outra região qualquer, pegam na "raça" e mantem-na viva até daqui alguns anos quando as raças portuguesas estarem na moda e haver um buummm e depois apresentam os animais para reconhecimento ou fusão co rafeiro alentejano ou seja lá o que for. Uma coisa é certa as pessoas que fizerem este trabalho têm que ser poucas, conhecedoras e "manterem-se há sombra" caso contrário já sabemos o que vai acontecer

É o que tem sido feito. A Direcção do Parque Nacional de Montesinho tem mantido os efectivos sob controlo, e organiza (ou organizava, já não sei) todos os anos um Concurso em Vinhais onde verifica a evolução dos cães.
O problema é que não os querem registar como Rafeiros do Alentejo, os Alentejanos não aceitam mudar o nome da raça, e criar uma nova raça com as mesmas caracteristicas de uma já existente é impossivel.
O problema é que não os querem registar como Rafeiros do Alentejo, os Alentejanos não aceitam mudar o nome da raça, e criar uma nova raça com as mesmas caracteristicas de uma já existente é impossivel.