Pastor Alemão

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

TheOne
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domingo mar 14, 2010 8:22 pm

mjoaomarques Escreveu:Só quero chamar a atenção para o seguinte aspecto:
Segundo a opinião de pedopsicólogos, é muito difícil uma criança até aos 14 anos ultrapassar a morte de um cão (ou gato) e por isso aconselham os pais a ter em conta a esperança média de vida do animal e a não se comprar o cachorro até aos 6-7 anos de uma criança.
Peço desculpa mas isto é absolutamente mentira.

A minha filha tem agora 6 anos, e toda a vida teve animais com ela, e inevitavelmente já perdeu alguns, desde ratazanas, a gatos e mesmo cães. Quando ela tinha 3/4 anos, o que ela achava era que os animais depois voltavam à vida, tal como nos desenhos animados, depois lá percebia que não voltavam.
Mais tarde, até hoje, já percebe que a morte faz parte da vida, vê a morte naturalmente, e só chorou uma única vez pela morte de uma ratazana, a favorita dela, mas infelizmente morta pela nossa cadela, tal como todas as outras ratazanas... Ela chorou pela violência da morte, porque ela diz a ratazana não morreu de doença ou de velhinha.
Eu até considero isto positivo, mais positivo do que uma criança enfrentar a morte pela primeira vez aos 7 ou 8 anos.
mjoaomarques
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segunda mar 15, 2010 9:53 am

doglover80 Escreveu:
mjoaomarques Escreveu:Só quero chamar a atenção para o seguinte aspecto:
Segundo a opinião de pedopsicólogos, é muito difícil uma criança até aos 14 anos ultrapassar a morte de um cão (ou gato) e por isso aconselham os pais a ter em conta a esperança média de vida do animal e a não se comprar o cachorro até aos 6-7 anos de uma criança.
Por isso não concordo, acho que só faz bem a psique de uma criança perceber que existe a morte, e que ela faz parte da vida...
As crianças hoje em dia nem têm estratégias de coping para ultrapassar um momento em que a professora lhes tira o telemóvel, como vimos na televisão, quanto mais para coisas mais fortes... sem viver não se aprende.
Absolutamente de acordo!
Maria João
klap
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terça mar 16, 2010 11:21 pm

Mesmo sendo da mesma raça, sexo e idade podem ter caracter muito diferente.
Também concordo que a parte inata é importante, mas a adquirida no meu ponto de vista tem muita mais peso.
gocha
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quarta mar 17, 2010 9:05 pm

mjoaomarques Escreveu:Só quero chamar a atenção para o seguinte aspecto:
Segundo a opinião de pedopsicólogos, é muito difícil uma criança até aos 14 anos ultrapassar a morte de um cão (ou gato) e por isso aconselham os pais a ter em conta a esperança média de vida do animal e a não se comprar o cachorro até aos 6-7 anos de uma criança.
aposto 5 euros como os pedopsicólogos nem um canário tiveram quando eram pequeninos :roll:
tenho precisamente 14 anos. desde que nasci, que 2 cãezinhos meus foram para o céu. para dizer a verdade, eu mal me importei com isso, desde que viesse outro para o lugar deles, por mim era na boa :oops:
a verdade é que, à medida que vou crescendo, sinto cada vez mais medo de perder um dos meus bichinhos :cry:
resumindo: os pedopsicólogos falam do que não sabem 8)

vá, mas pronto, Pastores Alemães... um desses cães que foram para o céu quando eu era pequena, era mesmo uma Pastora Alemã chamada Diana. quando eu nasci ela já cá andava há algum tempo e, se tivesse pachorra para digitalizar metade do meu albúm de infância, mostrava-vos as mil uma fotografias em que eu estou às cavalitas dela ou a puchar-lhe as orelhas. houve uma vez que eu acordei de noite com um pesadelo e, em vez de ir dormir na cama com a minha mãe, fui para a rua ter com a Diana (história da qual me orgulho cada vez mais :D :D )... claro que o resultado não foi nada agradável e passei a semana seguinte internada no hospital com uma pneumonia... mas táss...
então, se eu fosse a si arranjava já o cãozinho! mas, mas...! ...o ideal era mesmo adoptar... há tantos bichos a morrer nas ruas, que é um desperdício :(
mjoaomarques
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quinta mar 18, 2010 11:27 am

TheOne Escreveu:
mjoaomarques Escreveu:Só quero chamar a atenção para o seguinte aspecto:
Segundo a opinião de pedopsicólogos, é muito difícil uma criança até aos 14 anos ultrapassar a morte de um cão (ou gato) e por isso aconselham os pais a ter em conta a esperança média de vida do animal e a não se comprar o cachorro até aos 6-7 anos de uma criança.
Peço desculpa mas isto é absolutamente mentira.
Espero que esteja a discordar do que eu postei e não a questionar a informação que eu veículei.

Falando por mim e pelas minhas crianças mais velhas, não estou de acordo, mas lá está, também passámos pela morte de vários pequenos animais de estimação e qdo enfrentamos a morte do 1º cão ( e a ligação com um cão é muito maior), aceitámos como parte da vida. Mas também vi como a morte do meu cão Bonga afectou as minhas crianças mais novas (8 e 13 anos). Foi devastador (especialmente para a mais nova), talvez pq não tivesse passado pela morte de um animal de estimação anteriormente, não sei! Então pela minha experiência (e tb pq para mim um animal de estimação é um forte contributo não só nos relacionamentos das crianças mas tb como aprendisagem das responsabilidades) a minha sugestão é inicialmente começar-se por pequenos animais de estimação e qdo as crianças já forem maiorzinhas, 5-6 anos, que já podem ter como tarefas colocar a ração na tigela, mudar a água, escovar o pêlo, então sim, arranjar-se um cão (ou gato).

Outra coisa, o pastor alemão, bem sociabilizado, é um perfeito cãopanheiro de crianças. Cuidadoso, brincalhão e com um sentido inato de "tomar conta " é uma excelente escolha para companhia dos mais novos.

E ainda um off topic,

Num programa de tv, ouvi um pedopsicólogo indicar que não se deve explicar a morte a uma criança de tenra idade como (estrelinha que foi para o céu) pq as crianças ficam sempre na expectativa da volta da pessoa que perderam. Pois é verdade. Com as minhas crianças aconteceu realmente e uma delas (2 anos acabados de fazer) até perguntou se a gata (foi assim que eu expliquei a morte de um animal querido para eles) não podia apanhar um avião para voltar. Só depois de mais crescidas é que compreenderam que o animal tinha morrido e não voltava. Mas essa altura foi pacífica e não lhes notei qualquer transtorno. Foi um processo natural.
Maria João
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