Então se o criador que teve que arcar com todas as despesas inerentes a uma ninhada (alimentação da mãe e cachorros, vacinação, desparasitação, registos da ninhada, etc) ainda lhe dá dinheiro pelo cachorro (porque está a pensar nele), que é que quer mais?
Se já sabia que tinha asma porque é que escolheu uma raça que tem pêlo para dar, vender e ainda deixar pelo chão?
Quem é que deve sair penalizado pelo seu erro? O cachorro? O criador? Eu, sinceramente, penso que nenhum dos dois...
Acho que você não está a ver bem o filme! O criador não ‘DÁ’ dinheiro pelo cachorro, o criador DEVOLVE o dinheiro que o Comprador deu pelo cachorro!
O Criador teve todas essas despesas e a justa compensação por elas é o preço que os compradores PAGAM pelo cachorro. A devolução do cachorro ao fim de apenas uma semana, não me parece que poderia resultar num prejuízo para o criador, uma vez que se repunha a situação inicial de há uma semana atrás. O Comprador recebia o dinheiro que despendeu, e o Criador voltava a ter o cachorro para vender e a outro comprador recebendo a justa compensação pelo seu trabalho e gastos. Volto a salientar que se estivéssemos a falar de um cachorro comprado com 8 semanas e devolvido com 3 ou 4 meses, compreendia perfeitamente uma desvalorização. Agora 8 – 9 semanas, não vejo porquê penalizar a retoma com uma ‘desvalorização’.
Mas claro, isto é a minha opinião e o criador pode fazer o que quiser, inclusivamente dizer que só aceita o cachorro se este for devolvido de graça. Não se trata de uma obrigação ou de uma responsabilidade legal (creio eu). No entanto, tem de estar preparado para o reflexo negativo que isso tenha em termos da imagem que prevalece enquanto Negociante/Comerciante, e não de Criador de cães.
É certo que a pessoa que comprou o cachorro, não fez os trabalhos de casa e cometeu um erro. No entanto, não vejo quaisquer motivos
nas actuais circunstâncias para que daí resulte um prejuízo para quem quer que seja.