LuluB Escreveu:ovcharka Escreveu:NunoNunes Escreveu:E se optar por um jovem adulto ou um adolescente, não terá surpresas quanto ao carácter.
Acho bem as pessoas adoptarem cães, mas não concordo com a frase dita, pois uma das coisas más destes cães é não sabermos o seu carácter, o seu verdadeiro temperamento.
Os cães de raça existem para que as pessoas possam escolher, qual se adequa mais a si.
O que o nuno diz está mais do que provado. Se quer ter boas garantias de que vai ter um cao obdiente, adquirir um cao do canil, por mais que me custe dizer, é um tiro no escuro. Ou consegue um que tenha passado por poucos traumas ( antes dos 3 meses) ou entao pode ter problemas
Eu nunca cesso de me espantar
com a quantidade de lugares-comuns que se debitam orgulhosamente por estas páginas fora...
E são precisamente estas coisas que fazem reagir contra o fanatismo por raças.
Cão é sempre cão, quer tenha um pedigree do tamanho de um braço, quer seja o mais puro rafeiro abandonado que por aí apareça. O convívio que os humanos lhe dão, o amor, o carinho e acima de tudo a educação que se lhe dá, é que fazem de todos eles os companheiros que queremos e desejamos.
Que um desgraçado de um rafeiro que tenha andado meses ou anos ao deus-dará e a apanhar pancada de todos os bípedes que encontrou se mostre desconfiado, tímido, medroso ou até mesmo agressivo, é um facto que se verifica vezes demais - mas deve-se ao comportamento dos humanos para com ele, e não a nenhuma característica inerente à não-raça.
Ao mesmo, os cães de raça com LOP e cheios de pergaminhos e garantias não são inexoravelmente iguais como duas gotas de água nem apresentam todos sem excepção um carácter plano e sem defeitos. Ao lado de um boxer encantador e cheio de bom feitio, por exemplo, encontra-se frequentemente um irmão de raça, e até de ninhada, torcido, tímido, desconfiado, mesmo agressivo. E isto vale para todas as raças. Chamem-lhe o que quiserem, atavismo, regressão, seja o que for. Acontece, e quando se leva um cachorro de raça para casa também não se sabe o que se leva. Há mais probabilidades de ser um cão-padrão, mas também pode não vir a sê-lo.
Com um rafeiro, dá-se exactamente a mesma coisa. O que acontece quando se adopta um tirando-o de uma má e sofredora vida num canil ou na rua para lhe dar aquilo que todos os cães, sem excepção, precisam - um lar -, o que se verifica (e há centenas e milhares de casos que o provam) é que o animal fica tão reconhecido e apega-se tanto aos donos que depressa faz esquecer a sua falta de pergaminhos.
Para finalizar, em parte nenhuma eu recomendei ao fmgomes que fosse buscar um a um canil de abate, cheio de traumas e de doenças físicas e taras. Há muito cão para adoptar que já está devidamente tratado e estudado, do qual já se conhece o carácter e o comportamento. Para um dono em primeira viagem e sem fixação na raça A ou B, este seria o melhor caminho.
Continuo a defender os SRD por serem os desgraçados abandonados vilipendiados e perseguidos que são. Mas isso não me leva a anatemizar os cães de raça, que, coitados, não têm culpa nenhuma dos preconceitos dos humanos. Portanto, façam o favor de me respeitar as escolhas, tal como eu respeito as vossas.