Alimentar ou não os cães da rua
Moderador: mcerqueira
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Olá Gary
Vá lá Gary, diga lá onde quer chegar, porque a esta hora da manhã ainda estou um pouco enublada e não entendi. Ou aliás se calhar até entendi mas tenho esperança de estar errada.
Fique bem
Vá lá Gary, diga lá onde quer chegar, porque a esta hora da manhã ainda estou um pouco enublada e não entendi. Ou aliás se calhar até entendi mas tenho esperança de estar errada.
Fique bem
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Ai Gary, uma pessoa está aqui a tentar ir mais "fundo" e você é tão básico.
Então agora está a transcrever sinónimos do dicionário, ou do prontuário?!
Para quê?!
Alguém lhe perguntou o significado de alguma palavra?!
Ou você continua sem perceber?
Porque é que é tão linear?!!
O que pretende alcançar, transcrevendo as nossas frases?
Desculpe lá, mas agora quem não percebeu, fui eu!
Palavras para quê?!! Para tudo, meu caro, para tudo! É com as palavras que comunicamos. Se não as encontra, consulte lá, novamente, esse livrinho...
Aposto, que se achou brilhante nessa intervenção, mas infelizmente, continuou sem responder à essência da questão... mas também, já percebi que não vale a pena!
Enfim, desculpem lá qualquer coisinha, porque tenho andado tremendamente equivocada, nas pessoas que busco para uma conversa, mais recheada de riqueza e respeito pela vida!
Tchau!!!
Então agora está a transcrever sinónimos do dicionário, ou do prontuário?!
Para quê?!
Alguém lhe perguntou o significado de alguma palavra?!
Ou você continua sem perceber?
Porque é que é tão linear?!!
O que pretende alcançar, transcrevendo as nossas frases?
Desculpe lá, mas agora quem não percebeu, fui eu!
Palavras para quê?!! Para tudo, meu caro, para tudo! É com as palavras que comunicamos. Se não as encontra, consulte lá, novamente, esse livrinho...
Aposto, que se achou brilhante nessa intervenção, mas infelizmente, continuou sem responder à essência da questão... mas também, já percebi que não vale a pena!
Enfim, desculpem lá qualquer coisinha, porque tenho andado tremendamente equivocada, nas pessoas que busco para uma conversa, mais recheada de riqueza e respeito pela vida!
Tchau!!!
WASSERLUFT
DIGA-ME UMA COISA A SUA ESTUPIDEZ É NATURAL, OU PASSA AS NOITES ACORDADO A PENSAR NAS M....S QUE DIZ DURANTE O DIA E DEPOIS APROVEITA PARA AS ESCREVER AQUI ???
É QUE SE ASSIM FOR ACHO QUE AINDA TENHO VALIUM EM CASA....
DIGA-ME UMA COISA A SUA ESTUPIDEZ É NATURAL, OU PASSA AS NOITES ACORDADO A PENSAR NAS M....S QUE DIZ DURANTE O DIA E DEPOIS APROVEITA PARA AS ESCREVER AQUI ???
É QUE SE ASSIM FOR ACHO QUE AINDA TENHO VALIUM EM CASA....
WASSERLUFT
DIGA-ME UMA COISA A SUA ESTUPIDEZ É NATURAL, OU PASSA AS NOITES ACORDADO A PENSAR NAS M....S QUE DIZ DURANTE O DIA E DEPOIS APROVEITA PARA AS ESCREVER AQUI ???
É QUE SE ASSIM FOR ACHO QUE AINDA TENHO VALIUM EM CASA....
DIGA-ME UMA COISA A SUA ESTUPIDEZ É NATURAL, OU PASSA AS NOITES ACORDADO A PENSAR NAS M....S QUE DIZ DURANTE O DIA E DEPOIS APROVEITA PARA AS ESCREVER AQUI ???
É QUE SE ASSIM FOR ACHO QUE AINDA TENHO VALIUM EM CASA....
WASSERLUFT
DIGA-ME UMA COISA A SUA ESTUPIDEZ É NATURAL, OU PASSA AS NOITES ACORDADO A PENSAR NAS M....S QUE DIZ DURANTE O DIA E DEPOIS APROVEITA PARA AS ESCREVER AQUI ???
É QUE SE ASSIM FOR ACHO QUE AINDA TENHO VALIUM EM CASA....
DIGA-ME UMA COISA A SUA ESTUPIDEZ É NATURAL, OU PASSA AS NOITES ACORDADO A PENSAR NAS M....S QUE DIZ DURANTE O DIA E DEPOIS APROVEITA PARA AS ESCREVER AQUI ???
É QUE SE ASSIM FOR ACHO QUE AINDA TENHO VALIUM EM CASA....
WASSERLUFT
DIGA-ME UMA COISA A SUA ESTUPIDEZ É NATURAL, OU PASSA AS NOITES ACORDADO A PENSAR NAS M....S QUE DIZ DURANTE O DIA E DEPOIS APROVEITA PARA AS ESCREVER AQUI ???
É QUE SE ASSIM FOR ACHO QUE AINDA TENHO VALIUM EM CASA....
DIGA-ME UMA COISA A SUA ESTUPIDEZ É NATURAL, OU PASSA AS NOITES ACORDADO A PENSAR NAS M....S QUE DIZ DURANTE O DIA E DEPOIS APROVEITA PARA AS ESCREVER AQUI ???
É QUE SE ASSIM FOR ACHO QUE AINDA TENHO VALIUM EM CASA....
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- Registado: terça jun 25, 2002 3:43 pm
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caríssimo Wasserluft,
(de repente o seu nick soa a alemão....), lamento dizer isto mas voce é capaz de ser das pessoas mais "imbecis" (usando adjectivos seus) que já passaram por este forum...
O que é que interessa se voce tem um Tervtretas ou um cão a pilhas....
voce não quer o cão por gostar dele ....voce só quer o cão por uma questão de status. ainda por cima está convencido que alguém iria ficar impressionado com a sua odisseia para obter um cão tãooooo raro....
....não sei se já reparou como estva enganado....ninguém se podia estar mais a borrifar para a raça do seu cão
A mim só me resta dizer-lhe que tenho pena que pessoas como voce tenham acesso à internet, porque infelizmente usam este meio para divulgar teorias tão agoniantes como a sua.... Coitado so seu cão...fez uma viagem tão grande (do Canadá, não foi?) para depois lhe calhar um dono como voce...teve azar o pobre bicho!!!!!
Ah...não se esqueça que pode vir a ter problemas se andar por aí a acenar com cruzes suásticas e a gritar "Heil Hitler"...não é de bom tom....
Modere-se e "get a live"!
(de repente o seu nick soa a alemão....), lamento dizer isto mas voce é capaz de ser das pessoas mais "imbecis" (usando adjectivos seus) que já passaram por este forum...
O que é que interessa se voce tem um Tervtretas ou um cão a pilhas....
voce não quer o cão por gostar dele ....voce só quer o cão por uma questão de status. ainda por cima está convencido que alguém iria ficar impressionado com a sua odisseia para obter um cão tãooooo raro....

A mim só me resta dizer-lhe que tenho pena que pessoas como voce tenham acesso à internet, porque infelizmente usam este meio para divulgar teorias tão agoniantes como a sua.... Coitado so seu cão...fez uma viagem tão grande (do Canadá, não foi?) para depois lhe calhar um dono como voce...teve azar o pobre bicho!!!!!
Ah...não se esqueça que pode vir a ter problemas se andar por aí a acenar com cruzes suásticas e a gritar "Heil Hitler"...não é de bom tom....

Modere-se e "get a live"!
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- Membro
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- Registado: segunda abr 29, 2002 11:48 am
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atacar um xou? eu os afasto não por eles estaram a fazer mal ou ameaçar alguem que esteja comigo. mas muitos deles querem "mimos" e acabo toda suja, porque não resisto, nunca me viraram o dente mas se me ameaçassem acho que não rosnava o máximo que eles podiam fazer se eu rosnasse era olhar assimmAragao Escreveu:Tinonii Escreveu: Ainda bem que a Ch0kita ainda não levou dentada de nenhum, mas nem todos se afastam com xou xou ou com rosnadelas...
Tinonii
Há uma forte diferença. um cão pode atacar um xou, mas raramente uma rosnadela.
O xou é um acto de agressão imediato (não o xou, mas o gesto de mãos e corpo)
O rosnar segue o padrão do cão, responde ao desafio, ainda á uma série de passos antes da fase de luta, como seja mostrar dentes, olhares, posições avançadas e só depois, se não tiver sido encontrado um acordo, é que surge a luta.




nunca os afastei com as mãos mas se batermos com os pés como eu faço, eles retráiem-se porque? porque os cães de rua todos nós sabemos que á muitos imbecis que lhes dão pontapés e eles associam o bater de pés com a bancada e fogem logo para não se magoarem é instintivo.


Sandra
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- Registado: segunda jan 01, 2001 12:00 am
- Localização: Chihuahuas
Viva atodos,
queria aproveitar este tópico, para pedir informações.
uma amiga minha vive num bairro c/ cães vadios alimentados pela vizinhança. Já tentous pedir ajuda a algumas instituíções , mas em vão.
o pessoal do bairro dela decidiu quotizar-se e vacinar/desparasitar e esterelizar os animais.
O que eles me pediram era se eu sabia de veterinários que fizessem isto por preços mais baixos que os corrrentemente praticados.
Agradecia qq. informação.
queria aproveitar este tópico, para pedir informações.
uma amiga minha vive num bairro c/ cães vadios alimentados pela vizinhança. Já tentous pedir ajuda a algumas instituíções , mas em vão.
o pessoal do bairro dela decidiu quotizar-se e vacinar/desparasitar e esterelizar os animais.
O que eles me pediram era se eu sabia de veterinários que fizessem isto por preços mais baixos que os corrrentemente praticados.
Agradecia qq. informação.
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- Membro Veterano
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- Localização: labradora retriever ZORRA
periquito FALCANITO
Sempre que leio estes tópicos tão discutíveis há uma aspecto que me deixa "banzada" !
A imensa vaidade e orgulho dos seres humanos.
Temos toda a razão para estar orgulhosos !
Pegámos num planeta e práticamente arruinámo-lo.
Quantas espécies já conseguimas extinguir ? Animem-se os predadores que ainda há muitas mais para destruir !
Deve ser a isto que se referem (orgulhosamente) quando falam dos grandes feitos da humanidade !
E agora uma novidade :
O homem não é naturalmente bom ! (o Rosseau deve ter vivido de olhos fechados!)
O homem é naturalmente mau !
É por isso que foram e são necessários os Cristos, os Buda, as Teresas de Calcutá, os Ghandi, etc.
É por isso que a história da civilização não é o homem a ir até à Lua, é o homem a evoluir do mal para o bem.
A conceber que a sua barriga não é o centro de tudo.
Que a sua família não é o cerne do mundo.
Que a sua espécie não é o alfa e omega da vida.(bem, talvez seja o ómega, ié, o fim de toda a vida !)
Usemos a razão ?!
E aonde é que ela nos levou até hoje ? À conta bancária ?
Os maiores avanços da humanidade (esses sim, realmente grandes) foram feitos pela via do Amor e não do raciocínio.
Já dizia Fernando Pessoa - "maior que tudo isto foi Jesus Cristo e não consta que tivesse biblioteca !"
Desculpem-me o àparte, mas não resisto a meter a minha colherada !
Nada disto tem a ver com o assunto em causa.
Ou talvez tenha !
A imensa vaidade e orgulho dos seres humanos.
Temos toda a razão para estar orgulhosos !
Pegámos num planeta e práticamente arruinámo-lo.
Quantas espécies já conseguimas extinguir ? Animem-se os predadores que ainda há muitas mais para destruir !
Deve ser a isto que se referem (orgulhosamente) quando falam dos grandes feitos da humanidade !
E agora uma novidade :
O homem não é naturalmente bom ! (o Rosseau deve ter vivido de olhos fechados!)
O homem é naturalmente mau !
É por isso que foram e são necessários os Cristos, os Buda, as Teresas de Calcutá, os Ghandi, etc.
É por isso que a história da civilização não é o homem a ir até à Lua, é o homem a evoluir do mal para o bem.
A conceber que a sua barriga não é o centro de tudo.
Que a sua família não é o cerne do mundo.
Que a sua espécie não é o alfa e omega da vida.(bem, talvez seja o ómega, ié, o fim de toda a vida !)
Usemos a razão ?!
E aonde é que ela nos levou até hoje ? À conta bancária ?
Os maiores avanços da humanidade (esses sim, realmente grandes) foram feitos pela via do Amor e não do raciocínio.
Já dizia Fernando Pessoa - "maior que tudo isto foi Jesus Cristo e não consta que tivesse biblioteca !"
Desculpem-me o àparte, mas não resisto a meter a minha colherada !
Nada disto tem a ver com o assunto em causa.
Ou talvez tenha !
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- Membro Veterano
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- Registado: sábado mar 23, 2002 11:30 am
- Localização: Caniche muito anão (Hortelã), farrusco tricolor quatro olhos (Patolas)
caro gary:
´ faça um save ou print da sua intervenção e volte a lê-la quando tiver uns 60 anos!!!!!!!! Não seja muito duro para consigo mesmo nessa altura.
aisd
De acordo. Infelizmente. A 300 por cento.
Fernando Pessoa diz mais do Cristo : ... que não sabia nada de finanças... (o que o tornaria num zero, hoje em dia)
Cumprimentos
Jluis
´ faça um save ou print da sua intervenção e volte a lê-la quando tiver uns 60 anos!!!!!!!! Não seja muito duro para consigo mesmo nessa altura.
aisd
De acordo. Infelizmente. A 300 por cento.
Fernando Pessoa diz mais do Cristo : ... que não sabia nada de finanças... (o que o tornaria num zero, hoje em dia)
Cumprimentos
Jluis
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- Membro Veterano
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- Registado: quarta dez 12, 2001 12:10 am
- Localização: Pastores Alemães, Rottys, F. S.Miguel
Olá Sandrara
Por vezes escrevemos , dizemos e fazemos coisas e quando se proporciona uma "reprise" ficamos banzados .
E não tenho dúvidas quando aquele momento, que a Sandrara tanto deseja , acontecer vai ficar
Um abraço
Por vezes escrevemos , dizemos e fazemos coisas e quando se proporciona uma "reprise" ficamos banzados .
E não tenho dúvidas quando aquele momento, que a Sandrara tanto deseja , acontecer vai ficar



Um abraço
Um abraço
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- Membro Veterano
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- Registado: segunda jan 01, 2001 12:00 am
- Localização: Cães e gatos
Olá Gary
Mais uma vez não entendi a sua mensagem
Se queiser pode-me responder em pm, porque talvez se esteja afugir um pouco ao tema do tópico.
Qual é o momento que poderá acontecer e em que eu ficarei
????
Até já
Mais uma vez não entendi a sua mensagem

Se queiser pode-me responder em pm, porque talvez se esteja afugir um pouco ao tema do tópico.
Qual é o momento que poderá acontecer e em que eu ficarei



Até já
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- Membro Veterano
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- Registado: segunda jan 01, 2001 12:00 am
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Olá Gary
Mais uma vez não entendi a sua mensagem
Se queiser pode-me responder em pm, porque talvez se esteja a fugir um pouco ao tema do tópico.
Qual é o momento que poderá acontecer e em que eu ficarei
????
Até já
Mais uma vez não entendi a sua mensagem

Se queiser pode-me responder em pm, porque talvez se esteja a fugir um pouco ao tema do tópico.
Qual é o momento que poderá acontecer e em que eu ficarei



Até já
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- Membro Veterano
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- Registado: terça set 24, 2002 8:18 am
- Localização: Três whippets
- Contacto:
Olá a todos
Já há uns dias que estive tentado a intervir neste tópico, mas não tive disponibilidade para o fazer. Entretanto o tema parece ter-se esgotado, depois de tantas opiniões e de muita polémica.
Foram lançadas muitas achas para a fogueira, o assunto foi ao rubro e foi pena que algumas dessas achas tivessem sido fracas e apenas tivessem dado fumo. De facto, perdeu-se muito tempo com a intervenção de um senhor que, segundo percebi, é canadiano (...?) e tem um cão muito importante. Bom, esta parte li-a muito em diagonal, pois nem o senhor nem o cão mereceram a minha atenção.
Também houve uma exposição muito teórica e muito palavrosa dedicada à felicidade do cão que, sinceramente, também não tive pachorra para seguir com atenção.
As opiniões ficaram divididas. Dum lado, a maioria das pessoas concorda que se devem alimentar os cães vadios; do outro, segundo a posição minoritária defendida essencialmente pelo PauloC, deve atacar-se o problema de forma mais radical e profundamente, usando mecanismos legais e outros, no sentido de acabar de vez com este problema. Aparentemente, dum lado estão os bonzinhos, do outro os cruéis, sem piedade, isto é, os que só têm teorias.
Sinto-me obrigado a dar a minha opinião, porque estou inteiramente de acordo com o PauloC, mas, no terreno, na prática, sou incapaz de negar a esmola a um pobre.
Como é então? Uma no cravo e outra na ferradura? Não. Eu vou tentar explicar.
Alguém atrás referiu que esta questão pode ser encarada com a razão ou com o coração. Ora, assim sendo, as opiniões nem estarão assim tão divididas, porque normalmente se estabelece a confusão de simultâneamente se usarem as duas vias: o coração e a razão. O coração diz-nos que devemos alimentar os cães vadios; a razão dita-nos que a sociedade assim não está bem e que deve evoluir.
Este assunto é polémico e mexe muito connosco (daí tantas intervenções), porque é muito o espelho da nossa sociedade. Tem muito a ver connosco portugueses. Vejamos:
Nós herdámos dos antepassados o vivermos sempre à custa de dádivas: foram as especiarias da Índia, o ouro do Brasil, a exploração das colónias, as remessas dos emigrantes, depois vieram os subsídios da CEE e por aí fora. E não vale a pena preocuparmo-nos, porque quando acabar uma mama há-de aparecer por aí outra qualquer.
E assim, cá vamos cantando e rindo. Com um clima verdadeiramente excepcional, uma costa invejável para o turismo e para a pesca, um terreno que dá de tudo o que é bom, etc., etc., continuamos de mão estendida e na cauda da Europa.
Isto é, os problemas de fundo nunca, mas nunca se resolvem. Remedeiam-se. Remenda-se aqui, tapa-se um furo acolá e as responsabilidades nem se sabe muito bem de quem são. Vão-se declinando de governo para governo e cá vamos indo.
À mistura, temos a cultura da caridadezinha. Creio que deve ser o país do mundo onde existem mais peditórios. É uma autêntica pedinchice. E isto compreende-se, porque se gera sistematicamente um círculo vicioso: fazem-se peditórios, porque o estado não resolve os problemas; os problemas não são resolvidos, porque já ficaram remediados com os peditórios.
A somar a isto ainda, temos o nível cívico. Como podemos estranhar que haja gente a abandonar cães na rua, num país onde a violência doméstica atingiu níveis verdadeiramente escandalosos? Num país onde ainda existe tanta gente a cuspir na rua com a maior das naturalidades?
Há uns dias vi ser atirado pela janela do carro que seguia à minha frente uma embalagem de iogurte. Consegui por-me ao lado desse carro, onde seguia uma senhora com duas crianças. Desci o vidro e vociferei-lhe mais ou menos isto: “É assim que educa as suas crianças?”. A senhora não deve ter percebido nada e eu é que devo ter passado por malcriado.
Num país onde não se respeitam as passadeiras dos peões, onde se deita o lixo na rua como na Idade Média, não podemos admirar-nos que a comida deixada aos cães se transforme em verdadeiras estrumeiras.
Mas a somar a este rosário ainda há a nossa atitude perante a autoridade, que não deixa de ser peculiar. Se a Polícia é rigorosa e faz cumprir o que está legislado, são uns prepotentes e uns brutos; se não actua, “isto é uma bandalheira”, “isto é uma república das bananas”.
Ora muito bem. Quer-me parecer que para resolver o problema dos cães vadios, só através de uma revolução de mentalidades que, inevitavelmente durará gerações. Aquelas criancinhas que iam no carro, provavelmente, daqui a vinte anos ainda atiram a embalagem de iogurte pela janela fora...
A via mais fácil é a tal caridadezinha. A gente dá a esmola ao pobre ou distribui a comidazita ao cão, coitadinho, porque assim ficamos com a consciência um pouco mais aliviada. O problema de fundo não fica resolvido, mas para isso, mentalmente, até arranjamos um alibi: “Já cumpri o que a minha consciência (coração) ditou. Isso de resolver o problema de fundo compete às autoridades”.
E interiorizamos, por mecanismos de auto-defesa, que a nossa responsabilidade termina aqui. Mas não termina. Somos todos coniventes, de forma mais directa ou remotamente indirecta.
É que assumir as responsabilidades e fazer cumprir as leis dá muito trabalho. Quantas vezes é necessário tomar posições incómodas que contrariam a ideologia ditada pelo partido A ou B.
Eu aqui me confesso e assumo a minha posição. Nunca fui confrontado com a situação do cão vadio, porque, felizmente na zona onde vivo esse problema não se tem verificado. Provavelmente poria logo o coração a funcionar aos pulos e alimentava mesmo os bichinhos. É que o dilema, de facto, é terrível e o nosso mecanismo de defesa dispara logo: “Isto de dar a comida só vai perpetuar o problema, mas que se lixe, isto é um caso entre milhares e ao menos o bicho fica consolado”.
É por isso que admiro a coragem e a determinação do PauloC pelas suas intervenções, não se importando de ser rotulado de cruel ou simplesmente de teórico.
Se tivéssemos muitos Paulos assim, provavelmente o problema já estaria em vias de resolução.
Cordiais saudações
Manuel Cabral
Já há uns dias que estive tentado a intervir neste tópico, mas não tive disponibilidade para o fazer. Entretanto o tema parece ter-se esgotado, depois de tantas opiniões e de muita polémica.
Foram lançadas muitas achas para a fogueira, o assunto foi ao rubro e foi pena que algumas dessas achas tivessem sido fracas e apenas tivessem dado fumo. De facto, perdeu-se muito tempo com a intervenção de um senhor que, segundo percebi, é canadiano (...?) e tem um cão muito importante. Bom, esta parte li-a muito em diagonal, pois nem o senhor nem o cão mereceram a minha atenção.
Também houve uma exposição muito teórica e muito palavrosa dedicada à felicidade do cão que, sinceramente, também não tive pachorra para seguir com atenção.
As opiniões ficaram divididas. Dum lado, a maioria das pessoas concorda que se devem alimentar os cães vadios; do outro, segundo a posição minoritária defendida essencialmente pelo PauloC, deve atacar-se o problema de forma mais radical e profundamente, usando mecanismos legais e outros, no sentido de acabar de vez com este problema. Aparentemente, dum lado estão os bonzinhos, do outro os cruéis, sem piedade, isto é, os que só têm teorias.
Sinto-me obrigado a dar a minha opinião, porque estou inteiramente de acordo com o PauloC, mas, no terreno, na prática, sou incapaz de negar a esmola a um pobre.
Como é então? Uma no cravo e outra na ferradura? Não. Eu vou tentar explicar.
Alguém atrás referiu que esta questão pode ser encarada com a razão ou com o coração. Ora, assim sendo, as opiniões nem estarão assim tão divididas, porque normalmente se estabelece a confusão de simultâneamente se usarem as duas vias: o coração e a razão. O coração diz-nos que devemos alimentar os cães vadios; a razão dita-nos que a sociedade assim não está bem e que deve evoluir.
Este assunto é polémico e mexe muito connosco (daí tantas intervenções), porque é muito o espelho da nossa sociedade. Tem muito a ver connosco portugueses. Vejamos:
Nós herdámos dos antepassados o vivermos sempre à custa de dádivas: foram as especiarias da Índia, o ouro do Brasil, a exploração das colónias, as remessas dos emigrantes, depois vieram os subsídios da CEE e por aí fora. E não vale a pena preocuparmo-nos, porque quando acabar uma mama há-de aparecer por aí outra qualquer.
E assim, cá vamos cantando e rindo. Com um clima verdadeiramente excepcional, uma costa invejável para o turismo e para a pesca, um terreno que dá de tudo o que é bom, etc., etc., continuamos de mão estendida e na cauda da Europa.
Isto é, os problemas de fundo nunca, mas nunca se resolvem. Remedeiam-se. Remenda-se aqui, tapa-se um furo acolá e as responsabilidades nem se sabe muito bem de quem são. Vão-se declinando de governo para governo e cá vamos indo.
À mistura, temos a cultura da caridadezinha. Creio que deve ser o país do mundo onde existem mais peditórios. É uma autêntica pedinchice. E isto compreende-se, porque se gera sistematicamente um círculo vicioso: fazem-se peditórios, porque o estado não resolve os problemas; os problemas não são resolvidos, porque já ficaram remediados com os peditórios.
A somar a isto ainda, temos o nível cívico. Como podemos estranhar que haja gente a abandonar cães na rua, num país onde a violência doméstica atingiu níveis verdadeiramente escandalosos? Num país onde ainda existe tanta gente a cuspir na rua com a maior das naturalidades?
Há uns dias vi ser atirado pela janela do carro que seguia à minha frente uma embalagem de iogurte. Consegui por-me ao lado desse carro, onde seguia uma senhora com duas crianças. Desci o vidro e vociferei-lhe mais ou menos isto: “É assim que educa as suas crianças?”. A senhora não deve ter percebido nada e eu é que devo ter passado por malcriado.
Num país onde não se respeitam as passadeiras dos peões, onde se deita o lixo na rua como na Idade Média, não podemos admirar-nos que a comida deixada aos cães se transforme em verdadeiras estrumeiras.
Mas a somar a este rosário ainda há a nossa atitude perante a autoridade, que não deixa de ser peculiar. Se a Polícia é rigorosa e faz cumprir o que está legislado, são uns prepotentes e uns brutos; se não actua, “isto é uma bandalheira”, “isto é uma república das bananas”.
Ora muito bem. Quer-me parecer que para resolver o problema dos cães vadios, só através de uma revolução de mentalidades que, inevitavelmente durará gerações. Aquelas criancinhas que iam no carro, provavelmente, daqui a vinte anos ainda atiram a embalagem de iogurte pela janela fora...
A via mais fácil é a tal caridadezinha. A gente dá a esmola ao pobre ou distribui a comidazita ao cão, coitadinho, porque assim ficamos com a consciência um pouco mais aliviada. O problema de fundo não fica resolvido, mas para isso, mentalmente, até arranjamos um alibi: “Já cumpri o que a minha consciência (coração) ditou. Isso de resolver o problema de fundo compete às autoridades”.
E interiorizamos, por mecanismos de auto-defesa, que a nossa responsabilidade termina aqui. Mas não termina. Somos todos coniventes, de forma mais directa ou remotamente indirecta.
É que assumir as responsabilidades e fazer cumprir as leis dá muito trabalho. Quantas vezes é necessário tomar posições incómodas que contrariam a ideologia ditada pelo partido A ou B.
Eu aqui me confesso e assumo a minha posição. Nunca fui confrontado com a situação do cão vadio, porque, felizmente na zona onde vivo esse problema não se tem verificado. Provavelmente poria logo o coração a funcionar aos pulos e alimentava mesmo os bichinhos. É que o dilema, de facto, é terrível e o nosso mecanismo de defesa dispara logo: “Isto de dar a comida só vai perpetuar o problema, mas que se lixe, isto é um caso entre milhares e ao menos o bicho fica consolado”.
É por isso que admiro a coragem e a determinação do PauloC pelas suas intervenções, não se importando de ser rotulado de cruel ou simplesmente de teórico.
Se tivéssemos muitos Paulos assim, provavelmente o problema já estaria em vias de resolução.
Cordiais saudações
Manuel Cabral