Sim é verdade e curiosamente o unico sitio onde não podem entrar é o canil da Drª Fernanda Moleiro, estranho néDispondency Escreveu:Agradeço que me tenham respondido. Já agora faço mais perguntas. É verdade que os voluntários só têm acesso a determinadas zonas do canil e que há zonas do canil, os tais "escombros" que fala Fernanda Moleiro, que têm os caes praticamente esquecidos?Que há animais protegidos e outros esquecidos?

O comunicado que vos deixo não foi publicado pela Lusa, com mta pena minha. Foi escrito pelos dois elementos que sairam da UZ por motivos pessoais e que depois dos primeiros boatos lançados e das primeiras respostas da ANIMAL, elaboraram o seguinte comunicado :
ASSUNTO: Artigo “JUSTIÇA União Zoófila: Canil é “campo de concentração” ”,
da autoria de Sílvia Maia (texto) e de André Kosters (fotos), datado de 27 de Novembro de 2007
difícil exprimir o que sentimos após a leitura do artigo em epígrafe, o
qual inculca no nosso espírito um sentimento de indignação e perplexidade.
A situação da União Zoófila no final de 1997 era crítica, nos planos organizativo, funcional e financeiro. A Comissão Administrativa, eleita a 20/12/97, meteu ombros à ingente tarefa de impedir a falência da Associação.
A Direcção eleita a 28/03/98 e todas as Direcções que se lhe seguiram, enfrentando múltiplas dificuldades e adversidades e envidando grandes esforços, apoiadas por associados voluntários, imbuídos de um espírito de generosa zoofilia, realizaram transformações profundas, gerindo os escassos meios próprios da Associação e contando com a colaboração de várias entidades, o que permitiu reerguer a União Zoófila e alterar substancialmente as condições de acolhimento, sustento e tratamento dos animais.
Terminou a fome de outrora e passou a haver rações próprias para animais sem uma única falta. Terminou a doença generalizada de outrora e passou a haver, regularmente, assistência médica e medicamentosa, vacinas, desparasitações e apoio médico externo (em clínicas particulares) para cirurgias, internamentos, exames e convalescência de animais mais doentes.
Terminou a falta de tratadores e a anarquia laboral de outrora e passou a haver estabilidade, método e disciplina, propiciando um nível de limpeza consentâneo com mais saúde para os animais.
Terminou o canil escalavrado de outrora e passou a haver um canil alcatroado, dotado de valências funcionais – enfermarias de canídeos e de felídeos, cozinha (entretanto desactivada em 2004), lavandarias de canídeos e de felídeos e armazéns de rações, sem descurar a manutenção das mesmas e das jaulas de canídeos e de felídeos, bem como a reparação e a substituição de equipamentos (instalação eléctrica, máquinas, ed-cétera) e de utensílios. Terminou a falta de água e de gás de outrora e passou a haver um fornecimento ininterrupto dos mesmos, contribuindo para uma vida normal no canil.
Terminou a clausura permanente de outrora e passou a haver o passeio de canídeos e contactos de socialização e carinho aos felídeos, com a colaboração devotada e preciosa de associados voluntários.
Com o objectivo de prodigalizar um apoio aos animais que é impossível no canil actual, foram encetados contactos com a edilidade ainda ao tempo da Comissão Administrativa, os quais foram mantidos pelas Direcções seguintes, em sucessivos contactos com responsáveis municipais, embora sem a concretização que todos almejam – a inauguração de um canil novo sem as limitações incontornáveis do actual.
Ao longo dos últimos nove anos, muitos foram os visitantes que se congratularam com as diferenças gritantes entre a fácies do canil em 1997 e a actual, louvando o esforço de todos aqueles que contribuíram para a mudança profunda, que é bem patente, apesar das dificuldades e deficiências que não escamoteamos.
Admitimos críticas justas e construtivas ao canil, no seu estado actual, mas entendemos como uma desmedida e hedionda ofensa o epíteto de “campo de concentração”, constante do artigo a que aludimos no começo desta missiva, que a massa associativa da União Zoófila e os seus voluntários não merecem, e que só pode prejudicar os animais que a instituição mantém à sua guarda.
Alguns casos episódicos de maus tratos a animais foram comunicados às autoridades e (ou) submetidos à apreciação dos órgãos sociais da Associação, não cabendo nesta carta a respectiva escalpelização, nem a formulação de quaisquer juízos de valor sobre o tema.
Que alguns ex-sócios prossigam o seu deplorável comportamento, eminentemente destrutivo, conhecido há anos, criticamos, mas entendemos...
Que o presidente de uma associação protectora de animais – Miguel Moutinho – corrobore a afirmação de que o canil da União Zoófila é um campo de concentração, lastimamos e verberamos, mas, como o ditirambo, o dislate e até mesmo a calúnia são livres e não pagam imposto, entendemos o delírio
desconchavado e difamatório de quem confunde aleivosia com cortesia...
Que a Agência Lusa se faça eco de uma visão tão rasteira do canil da União Zoófila, titulando um artigo com uma expressão que convoca a recordação de práticas dilacerantemente desumanas e bárbaras, no espírito de qualquer leitor moralmente bem formado, não entendemos, nem aceitamos. Ao invés, exprimimos o nosso veemente protesto e a mais sentida repulsa pelo artigo supramencionado, e solicitamos a pronta correcção do teor do mesmo.
Com os melhores cumprimentos
Graciete Godinho
(ex-secretária da Direcção, associada nº. 2088)
Jaime de Matos
(ex-tesoureiro, associado nº 9423)