sexta jul 13, 2012 1:42 pm
Embora tinha dito que não escrevia mais neste tópico, pensei melhor e decidi deixar aqui as minhas ÚLTIMAS PALAVRAS.
Apressaram-se tanto em darem opiniões (o que não achei mal e não foi isto que me aborreceu), algumas de uma forma pouco elegante (foi isso, sim, que me fez pensar certas coisas acerca de certas foristas que andam por aqui), que nem sequer chegaram a reparar numa coisa que é fundamental num Yorkshire.
O Leão, devido á quantidade elevada de pêlo que possui, tem as orelhas caídas. Podem pensar que é rafeiro ou que tem algum problema genético… Na verdade, as orelhas não levantarem porque o criador não lhe rapou, em bebé, o pêlo em excesso das orelhas e, então, elas ficaram caídas. O excesso de pêlo nas orelhas pesou muito e atirou com elas para baixo. É por isso que não parece um Yorkshire, eu própria reconheço isso porque não sou hipócrita.
Tantos “entendidos” de certas coisas, por aqui, e tão poucos “entendidos” de outras certas coisas…
Ele tem 24 horas por dia um médico veterinário que o atenda em casos muito graves, se for preciso, e tem uma clínica onde tratam dos pequenos problemas que possa ter. Limpar dentes, vacinas, limpar orelhas, banhos, etc. Deixei de o levar lá para banhos e tosquias, porque ele é tão querido na respectiva clínica, que os banhos e tosquias, para ele, eram por conta da casa e não queria abusar. Mas, mesmo levando o meu cão a um groomer, não lhe fazia um corte a Westie, pois não sei se repararam, esses cortes ficam bem em cães com orelhas arrebitadas.
Para alguns, pode parecer estranho o que digo, mas é verdade. Um corte a Westie não lhe fica bem.
Por isso, e por outras razões também, passei a tratar das coisas à minha maneira. Gostam ou não, não me interessa. Os gostos não se discutem.
O que realmente me interessa é o bem-estar do meu animal. O meu Yorkshire não serve para me dar estatuto na sociedade. Isto é para outro tipo de pessoas, mas não para mim.
É claro que cada um está no seu direito de dizer o que pensa, mas acho bem estar-se por dentro da situação quando se diz seja o que for. Ou, pelo menos, tentar pôr-se por dentro da situação.
Também achava elegante ter um pouco de cuidado nas palavras e tom que se usa nos fóruns. E eventuais sinais também (tipo "!!!").
Alguém escreveu ontem que, por não sabia qual razão, a York dela sente calor no verão e frio no inverno (não vou mencionar o user). Não se deu nenhuma importância a isto, ao contrário do meu caso, onde se apressaram todos em darem opiniões e mais opiniões.
Foi mais fácil "criticar"... mas isso já é típico.
Com base numa lei da termodinâmica, a Lei Fundamental, vou tentar explicar o que se passa de facto.
Conforme esta Lei, dois ou mais corpos que estão em contacto um com os outros, trocam calor entre eles até chegarem a equilíbrio térmico, ou seja, até chegarem a ter todos a mesma temperatura.
Ora bem, isso aplica-se a tudo: a uma bata quente, a uma chávena de café, a um animal, a um corpo humano, etc.
Também é sabido (e é regra) que a transferência de calor faz-se sempre num único sentido: do corpo mais quente para o corpo mais frio.
É por isso mesmo que uma chávena de café no inverno arrefece mais rápido, enquanto no verão demora mais tempo para arrefecer. Por causa das diferenças de temperatura, mais baixas ou mais altas.
O que se passa no verão é o seguinte: o corpo humano, por exemplo, tem a temperatura corporal mais baixa que a temperatura do meio ambiente. Costuma-se dizer: “tenho calor”, que é um termo mal empregado. Conforme essa lei, a temperatura do meio ambiente transfere-se para o corpo humano (com uma certa taxa por hora) com que está em contacto (todos os corpos humanos estão em contacto com o meio ambiente), e caso não forem tomadas medidas (abrir uma janela, ligar o ar condicionado ou uma ventoinha, etc.) o corpo humano entra em colapso. O mesmo acontece com um animal. Quando este animal tem, por natureza, a temperatura corporal mais baixa ainda que o ser humano (que é o caso dos Yorkshires), as coisas mudam um pouco, mas não para melhor.
De facto, no verão, o corpo humano tem as suas “barreiras” protectoras, que são o suor. Mas isto não acontece no caso dos gatos e cães, pois estes não possuem glândulas sudoríparas. Transpirando, o corpo humano “fica mais fresco”, devido ao suor que está a ser evaporado. O mesmo não acontece com os animais, pois, como disse, eles não suam. Entretanto, as correntes de ar fresco podem ajudar o animal “refrescar” e não entrar em colapso. A abundância e comprimento do pêlo (sub-pêlo, se for o caso) de um animal têm aqui uma palavra importante a dizer. E, porque não, a cor do animal também, se este estiver mesmo debaixo do sol.
No inverno, acontece o contrário. O calor é transferido do corpo humano para o meio ambiente. É por isso que vestimos várias roupas, para evitar que o calor do corpo humano seja transferido para o meio ambiente. Quanto se diz “estou com frio”, também emprega-se mal o termo. Pois, o corpo humano não tem frio, perde é calor e, então, baixa a sua temperatura. A mesma coisa acontece com um animal. Um Yorkshire pode ter problemas sérios no inverno, porque, como disse, a temperatura corporal do Yorkshire é mais baixa ainda que a de um corpo humano.
Vou um pouco ainda mais longe, no que toca os Yorkshires.
Levar um Yorkshire a um veterinário que não conhece a raça e os problemas específicos da raça, pode se transformar num problema maior ainda que aquele que o levou lá. Muitas vezes os veterinários aprendem com os criadores, o que não acho vergonha nenhuma, e admiro quem faz isso.
Um Yorkshire pode ter problemas sérios se apanhar correntes de ar muito fresco, se passar de uma maneira brusca de um ambiente quente para um menos quente, etc. Não é um animal que se leve à praia, e ficar muto tempo no sol, como também não é um animal que se dê muito bem nos Países do Leste ou Nórdicos, por exemplo, precisamente por causa das temperaturas.
Bem, falei dos Yorkshires, que foi com esta raça que mais convivi e penso que, até à prova contrária, já não tem grandes secretos para mim.
Agora que deixei aqui as minhas ÚLTIMAS PALAVRAS.
Fazem, como é o costume por aqui, o “juízo” e agora, sim, digo que, no que me toca, a conversa fica por aqui.
Passem todos muito bem!
Integrity combined with faithfulness is a powerful force and worthy of great respect.