Comportamento agressivo.
Moderador: mcerqueira
Se não vierem, a gente vai buscá-los, porque se Maomé não vai à montanha vai a Montanha a Maomé, e diz-lhes de dedo em riste: ai, ai, o cão!! Isso não se faz!! Que é isso, tá armado em parvo ou quê? O mais certo é ser quê, porque o cão não é parvo nenhum, é só desobediente e há muito mundo a descobrir, por aí, por um cão que se preza.
E juntando-se o gesto à palavra, dá-se-lhes uma cachaçada no toutiço.
Treino negativamente positivo, por um lado (o dedo em riste e a palavra) e negativamente positivo, por outro (a cachaçada no toutiço).
E há outro método quase infalível, num cão que tenha uma relação de afecto e de cumplicidade com o seu dono: é voltar-lhe as costas. Sagrado como o destino, que o cão vem logo atrás.
E juntando-se o gesto à palavra, dá-se-lhes uma cachaçada no toutiço.
Treino negativamente positivo, por um lado (o dedo em riste e a palavra) e negativamente positivo, por outro (a cachaçada no toutiço).
E há outro método quase infalível, num cão que tenha uma relação de afecto e de cumplicidade com o seu dono: é voltar-lhe as costas. Sagrado como o destino, que o cão vem logo atrás.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
Então mas e se só voltar a estar ao pé dele passados 10 ou 15 min? Ainda lhe dá o cachaço? E ele percebe a razão desse cachaço?
Eu acho que tenho uma relação de afecto e cumplicidade com o meu cão. Mas digamos que entre ir ao pé de mim a andar ou palmilhar cada metro de pinhal e mato a correr à sua vontade, ele prefere a segunda. Pelo que ele está-se a borrifar se eu lhe virei as costas ou não.E há outro método quase infalível, num cão que tenha uma relação de afecto e de cumplicidade com o seu dono
Respondendo a marcoliv sobe a chamada:
1. seguindo os vários patamares de treino - motivação - obrigação -obrigação com motivação;
2. nunca perdendo o controle do cão até o comportamento ser fiável (pelo recurso a trelas compridas ou a um ajudante de treino);
3. fazendo-o passar, em caso de desobediência, por experiênias negativas, através da despersonalização do castigo e por forma que veja o acudir à chamada como o regresso a um "porto seguro";
4. não chamar o cão sem ter a certeza que ele obedece (isto em situação de treino).
Dentro destes parâmetros, cabe a cada um, elo conhecimento que tem do cão, decidir quais as técnicas mais adequadas.
1. seguindo os vários patamares de treino - motivação - obrigação -obrigação com motivação;
2. nunca perdendo o controle do cão até o comportamento ser fiável (pelo recurso a trelas compridas ou a um ajudante de treino);
3. fazendo-o passar, em caso de desobediência, por experiênias negativas, através da despersonalização do castigo e por forma que veja o acudir à chamada como o regresso a um "porto seguro";
4. não chamar o cão sem ter a certeza que ele obedece (isto em situação de treino).
Dentro destes parâmetros, cabe a cada um, elo conhecimento que tem do cão, decidir quais as técnicas mais adequadas.
Os meus nunca se afastam muito quando os solto nos campos.
E tenho um outro método muito eficaz: o apito ultra-sons. Em vez de me esganiçar a berrar pelos Bóbis, apito. Por muito longe que eles vão, o som do apito chega sempre aos ouvidos dele. Com a vantagem de que eu não o ouço.
E a cachaçada era uma força de expressão. Por norma, não bato em cães, por três razões: a primeira é porque raramente perco a cabeça ao ponto de lhes bater, por muito grave que seja a asneira; a segunda é porque é necessário estar em cima do acontecimento e eu nem sempre estou; a terceira é porque não serve de nada, como já tive ocasião de aprender à minha própria custa.
E de facto não tenho, nem nunca tive - com uma única excepção, mas essa agressividade não era dirigida a pessoas, nem a cadelas (só a machos da espécie) - cães com comportamentos agressivos. E a obediência - refiro-me à obediência básica, que é a única que, para mim, tem importância - vem com a convivência.
E li de uma ponta à outra "The Dog Listener" bem como outros livros de educação canina, dos quais tenho à fartazana.
E não sei se resultante da longa convivência (tenho algumas dúvidas porque alguns tenho-os somente há meses e fazem o mesmo), o certo é que, quando eu viro costas, vêm mesmo todos atrás de mim.
E tenho um outro método muito eficaz: o apito ultra-sons. Em vez de me esganiçar a berrar pelos Bóbis, apito. Por muito longe que eles vão, o som do apito chega sempre aos ouvidos dele. Com a vantagem de que eu não o ouço.
E a cachaçada era uma força de expressão. Por norma, não bato em cães, por três razões: a primeira é porque raramente perco a cabeça ao ponto de lhes bater, por muito grave que seja a asneira; a segunda é porque é necessário estar em cima do acontecimento e eu nem sempre estou; a terceira é porque não serve de nada, como já tive ocasião de aprender à minha própria custa.
E de facto não tenho, nem nunca tive - com uma única excepção, mas essa agressividade não era dirigida a pessoas, nem a cadelas (só a machos da espécie) - cães com comportamentos agressivos. E a obediência - refiro-me à obediência básica, que é a única que, para mim, tem importância - vem com a convivência.
E li de uma ponta à outra "The Dog Listener" bem como outros livros de educação canina, dos quais tenho à fartazana.
E não sei se resultante da longa convivência (tenho algumas dúvidas porque alguns tenho-os somente há meses e fazem o mesmo), o certo é que, quando eu viro costas, vêm mesmo todos atrás de mim.
Última edição por colette em quarta dez 02, 2009 3:39 pm, editado 1 vez no total.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
Esta forma de treino parece-me bastante semelhante à do "treino positivo", exceptuando o patamar da obrigação que no positivo se fica pela motivação, e o ponto 3 que referiu. Relativamente a este ponto que tipo de técnicas é que poderão ser utilizadas?zeca2 Escreveu:Respondendo a marcoliv sobe a chamada:
1. seguindo os vários patamares de treino - motivação - obrigação -obrigação com motivação;
2. nunca perdendo o controle do cão até o comportamento ser fiável (pelo recurso a trelas compridas ou a um ajudante de treino);
3. fazendo-o passar, em caso de desobediência, por experiênias negativas, através da despersonalização do castigo e por forma que veja o acudir à chamada como o regresso a um "porto seguro";
4. não chamar o cão sem ter a certeza que ele obedece (isto em situação de treino).
Dentro destes parâmetros, cabe a cada um, elo conhecimento que tem do cão, decidir quais as técnicas mais adequadas.
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zeca2 Escreveu:Respondendo a marcoliv sobe a chamada:
1. seguindo os vários patamares de treino - motivação - obrigação -obrigação com motivação;
2. nunca perdendo o controle do cão até o comportamento ser fiável (pelo recurso a trelas compridas ou a um ajudante de treino);
3. fazendo-o passar, em caso de desobediência, por experiênias negativas, através da despersonalização do castigo e por forma que veja o acudir à chamada como o regresso a um "porto seguro";
4. não chamar o cão sem ter a certeza que ele obedece (isto em situação de treino).
Dentro destes parâmetros, cabe a cada um, elo conhecimento que tem do cão, decidir quais as técnicas mais adequadas.
Pronto aqui está uma forma de fazer as coisas que eu quase concordo na totalidade... apenas dispenso fazer o cão passar por experiências negativas, controlando o processo e fazendo as coizas de forma progressiva em ambientes controlados... não é nada de muito diferente.
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Agradeço a exclusão mas a idade não é tudo, se por um lado nos dá experiências de aprendizagem que são insubstituiveis, por outro se não se estiver aberto a essa aprendizagem não serve de nada... não estou a falar de ninguém, estou a dizer que o tempo é relativo.zeca2 Escreveu:Devo excluir desta análise o doglover, que até me parece bastante patusco nas suas intervenções. Na verdade, aparece como o paladino da panaceia universal, sempre pronto a evangelizar os infiéis e a levá-los ao paraíso. Comete por vezes alguns excessos (como todos nós) mas isso não me irrita nada - compreendo o seu entusiasmo, e, sobretudo, a sua juventude.
Sim ninguém está livre de excessos, e não não quero evangelizações, quero transmitir opiniões, se alguém se identificar com elas que as use... como toda a gente faz.
Se o treino canino apenas tivesse recursos para ensinar um cão a vir à chamada através de um colar electrónico eu era o primeiro a defender o seu uso porque os perigos a que o cão estaria sujeito seriam maiores, e era preferivel dar-lhe choques e alterar o seu comportamento do que não o fazer... mas se existem outros recursos não há necessidade... e quando falo da chamada falo de tudo... é apenas ai que reside a minha questão.
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Pois, uma das grandes falácias que aqui se tem lançado é a de que ou se é 100% positivo ou então tem que se ser um carniceiro que pendura os cães pela coleira de bicos ou os frita com a coleora eléctrica. Nada mais falso. O treinador que utiliza apenas estímulos aversivos é parvo e está a trabalhar contra o cão, tirando-lhe toda a alegria a trabalhar.Esta forma de treino parece-me bastante semelhante à do "treino positivo", exceptuando o patamar da obrigação que no positivo se fica pela motivação, e o ponto 3 que referiu. Relativamente a este ponto que tipo de técnicas é que poderão ser utilizadas?
De resto, a iniciaçao aos comandos deve ser essencialmente positiva, até o cão compreender o que fazer e os executar correctamente. A partir daí, em que ele já percebeu que, se vier, tem recompensa, há que fazê-lo ver a outra forma pela qual os cães aprendem - se não vier, algo desagradável vai acontecer. É o trabalho por "obrigação".
Nesta fase dou-lhe dois exemplos de técnicas aversivas:
- chama o cão, que está seguro por um ajudante de treino, e este não o solta, entrando em stress. Mantém-se a situação por alguns segundos até o cão estar desesperado por juntar-se ao dono. Nessa altura o ajdante larga o cão e ele evidentemente acode a chamada,sendo efusivamente recompensado;
- cria-se uma situação de distracção como forma de provocar o erro do cão - ex., um sítio onde haja outros cães a passear. Deixa-se o cão correr atrás dos outros, controlado com uma trela de cerca de 20 m; imediatamente antes da trela ficar tensa, dá-se o comando em voz alta - o normal é o cão não ligar patavina; quando a trela estica, o cão é obrigado a fazer uma "travagem" brusca, possívelmente a dar umas cambalhotas. Nessa altura repete-se a chamada, tirando partrido do estado de surpresa do cão, e felicita-se efusivamente quando regressa.
Em qualquer destas técnicas há uma despersonalização do castigo, isto é, o cão não associa o estímulo aversivo ao guia, pelo contrário, vê nele e na sua proximidade a solução para o problema.
Uma solução eficaz seria também o uso do teletac, mas nunca utilizei, elo que não me alongarei sobre o tema.
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Olá Marco, (esta resposta vai ser longa, peço desde já desculpa pelo testamento)
Algo que eu considero importante referir são as possíveis consequências do uso de algo como o chamado "castigo despersonalizado". Este pode ser extremamente eficaz e pode inclusivé não trazer consequências nenhumas, no entanto, não existe forma de saber antecipadamente se terá ou não consequências. E como disse o meu colega Doglover, se existe uma alternativa que não apresenta tantos riscos é mais seguro optar pela mesma (é a nossa opinião) e claro éticamente consideramos que também mais viável ( a opção de não provocar dor, desconforto ou medo ao cão para atingir um objectivo).
Como já sabe, os cães aprendem sempre através dos chamados 4 quadrantes.
Dois deles, suprimem (diminuem a ocorrência de) comportamentos, são os castigos.
O castigo positivo, torna o comportamento menos frequente, adicionando algo aversivo quando o comportamento indesejado é exibido. Por exemplo, o cão salta, leva uma joelhada, se a joelhada fôr suficientemente dolorosa o cão deixa de saltar para evitar a mesma. Existe uma supressão do comportamento de saltar através da adição de algo que o cão não gosta no momento em que ele demonstra o comportamento. Saltar torna-se menos frequente porque algo desagradável acontece quando o cão o faz.
O castigo negativo, torna o comportamento menos frequente, retirando algo que o cão deseja, quando o comportamento indesejado é exibido. Por exemplo, o cão salta para obter a nossa atenção, nos retiramos a atenção do cão enquanto ele salta, e só damos atenção ao cão quando ele pára de saltar. Saltar torna-se menos frequente porque o que o cão quer quando demonstra esse comportamento é-lhe negado.
Depois existem os reforços, que têm como função tonar um comportamento mais frequente.
O reforço positivo, torna o comportamento mais frequente, porque adiciona algo agradável e/ou apetecível ao cão, sempre que este demonstra o comportamento desejado. Por exemplo, o cão não salta nós damos atenção e mimos, o comportamentos de não saltar será apresentado mais vezes. Não saltar é reforçado porque o cão recebe algo agradável quando o faz.
O reforço negativo ( é o mais difícil de entender) é a cessação de algo negativo assim que o cão apresenta o comportamento desejado. Por exemplo, o cão salta, nós agarramos nas patas dele, ele pára de saltar, nós largamos as patas do cão. O acto de largar as patas do cão quando ele pára de saltar é reforço negativo. Não saltar é reforçado porque o cão evita ou foge de algo desconfortável quando o faz.
Dentro disto, podemos tirar várias conclusões.
1º - o uso do castigo positivo e reforço negativo implicam inevitavelmente que o "aversivo" seja mais forte do que o que motiva o comportamento senão simplesmente não funciona. Ninguém ensina nenhum cão sem obrigatoriamente condicionar o comportamento de uma forma "boa" ou "má". Portanto, dizer que não dói, não incomoda, não causa stress, etc.. no casodo uso de castigo positivo e reforço negativo é impossível, senão não funcionaria. Se damos um esticão na estranguladora e o cão pára de puxar, temos a certeza que o esticão causou algo no cão mais aversivo do que o comportamento de puxar.
2º - Outra dificuldade apresentada no uso dos "aversivos" (castigo positivo e reforço negativo) é a intensidade que devemos efectuar para que este seja eficaz. Por exemplo, como disse antes se o cão corre atrás dum esquilo (comportamento de caça e logo auto motivante, dos mais difíceis de modificar porque faz parte da genética do animal e é reforçado internamente) e nós administramos um choque eléctrico como forma de condicionar esse comportamento, se o choque não fôr suficientemente forte o cão não pára de correr e acabamos de dar um choque eléctrico a um cão sem motivo, se o choque fôr forte demais corremos o risco de abusar fisicamente do cão e causarmos mais dano que o necessário. Os cães são todos diferentes, portanto é impossível saber deste lado de quem administra o choque, qual a intensidade correcta para aquele cão para aquele comportamento em concreto.
Por outro lado, se a intensidade não fôr suficiente corre-se o risco de cairmos numa rotação de punições ineficazes, por exemplo, a maioria das pessoas usa uma estranguladora no cão e está constantemente a dar esticões e o cão continua a puxar. A ineficácia, devesse à baixa intensidade do castigo que não condiciona o comportamento adequadamente. O cão ao experienciar "n" vezes esticões vai-se tornando insensível ao desconforto ou dor que a mesma causa, o que faz com que no futuro para treinar algo com o uso dessa ferramente teremos que aplicar o dobro ou triplo da intensidade para que o condicionamento seja eficaz.
3º - A associação. Ou seja, nunca teremos a certeza de que o cão está a associar a punição ou aversivo exactamente ao que queremos que seja associado. Por exemplo, o cão que corre atrás de outros cães, recebe um esticão numa trela longa, dá umas cambalhotas e magoa-se (só se magoando é que pára de correr atrás deles, senão levanta-se e continua), não é possível sabermos se ele associa a dor, ao facto de não ter respondido à chamada, ou se a dôr vai ser associada a algo diferente (quiça o facto de correr atrás de cães, o que pode levar facilmente ao desenvolvimento de uma agressão com outros cães).
Como treinadora, vejo muitos cães, que por exemplo são agressivos na trela com variados estímulos na rua. Os donos inadvertidamente ( sem querer) ao dar esticões numa estranguladora para o cão deixar de puxar, estão a criar associações negativas com outras coisas, por exemplo, crianças que passam, carros, barulhos, etc..
O castigo positivo e reforço negativo, são mais eficazes em ambientes estéreis, nos quais não existem outros estímulos que possam criar associações erradas. São eficazes em ambientes de laboratório, mas muito detrimentais e causam muitos problemas graves em ambientes rodeados de estímulos.
Desculpe a resposta longa, mas pareceu-me mais correcto fazer a apresentação completa do que em partes que parece baralhar mais. Se quiser links ou fontes peça que terei gosto em dar, já que tentei fazer uma explicação com palavras minhas.
Isto que está explicado é assim mesmo, ou seja, é factual. Portanto, não existe negar o que é. Seria como negar a lei da gravidade se é que me entende. Felizmente que hoje em dia, a ciência do comportamento animal veio clarificar estes conceitos para o público em geral e torná-los aplicáveis.
Portanto na minha opinião como profissional que já usou todos os quadrantes, quer em separado, quer em conjunto (quando transicionei de tradicionais para positivos, misturava ambos) cheguei à conclusão que usar aversivos com positivos não é melhor, dadas as consequências que nomeei acima e porque através de reforço positivo e castigo negativo se consegue o mesmo, muitas vezes melhor, sem correr riscos e sem acedermos a aversivos para chegarmos ao objectivo.
Para terminar é fácil concluir também que aprendizagem não ocorre quando um animal está com medo, dor, desconfortável, ou constantemente a tentar evitar e/ou fugir às consequências do que faz. Logo muitos cães, nem aprendem nada, apenas "desligam", isto é, cessam de apresentar o comportamento indesejado mas também cessam de apresentar seja que comportamento fôr, porque não conseguem antecipar qual a reacção das pessoas face ao que fazem (a minha Safira é um belo exemplo disso).
Cpts
Cláudia
Algo que eu considero importante referir são as possíveis consequências do uso de algo como o chamado "castigo despersonalizado". Este pode ser extremamente eficaz e pode inclusivé não trazer consequências nenhumas, no entanto, não existe forma de saber antecipadamente se terá ou não consequências. E como disse o meu colega Doglover, se existe uma alternativa que não apresenta tantos riscos é mais seguro optar pela mesma (é a nossa opinião) e claro éticamente consideramos que também mais viável ( a opção de não provocar dor, desconforto ou medo ao cão para atingir um objectivo).
Como já sabe, os cães aprendem sempre através dos chamados 4 quadrantes.
Dois deles, suprimem (diminuem a ocorrência de) comportamentos, são os castigos.
O castigo positivo, torna o comportamento menos frequente, adicionando algo aversivo quando o comportamento indesejado é exibido. Por exemplo, o cão salta, leva uma joelhada, se a joelhada fôr suficientemente dolorosa o cão deixa de saltar para evitar a mesma. Existe uma supressão do comportamento de saltar através da adição de algo que o cão não gosta no momento em que ele demonstra o comportamento. Saltar torna-se menos frequente porque algo desagradável acontece quando o cão o faz.
O castigo negativo, torna o comportamento menos frequente, retirando algo que o cão deseja, quando o comportamento indesejado é exibido. Por exemplo, o cão salta para obter a nossa atenção, nos retiramos a atenção do cão enquanto ele salta, e só damos atenção ao cão quando ele pára de saltar. Saltar torna-se menos frequente porque o que o cão quer quando demonstra esse comportamento é-lhe negado.
Depois existem os reforços, que têm como função tonar um comportamento mais frequente.
O reforço positivo, torna o comportamento mais frequente, porque adiciona algo agradável e/ou apetecível ao cão, sempre que este demonstra o comportamento desejado. Por exemplo, o cão não salta nós damos atenção e mimos, o comportamentos de não saltar será apresentado mais vezes. Não saltar é reforçado porque o cão recebe algo agradável quando o faz.
O reforço negativo ( é o mais difícil de entender) é a cessação de algo negativo assim que o cão apresenta o comportamento desejado. Por exemplo, o cão salta, nós agarramos nas patas dele, ele pára de saltar, nós largamos as patas do cão. O acto de largar as patas do cão quando ele pára de saltar é reforço negativo. Não saltar é reforçado porque o cão evita ou foge de algo desconfortável quando o faz.
Dentro disto, podemos tirar várias conclusões.
1º - o uso do castigo positivo e reforço negativo implicam inevitavelmente que o "aversivo" seja mais forte do que o que motiva o comportamento senão simplesmente não funciona. Ninguém ensina nenhum cão sem obrigatoriamente condicionar o comportamento de uma forma "boa" ou "má". Portanto, dizer que não dói, não incomoda, não causa stress, etc.. no casodo uso de castigo positivo e reforço negativo é impossível, senão não funcionaria. Se damos um esticão na estranguladora e o cão pára de puxar, temos a certeza que o esticão causou algo no cão mais aversivo do que o comportamento de puxar.
2º - Outra dificuldade apresentada no uso dos "aversivos" (castigo positivo e reforço negativo) é a intensidade que devemos efectuar para que este seja eficaz. Por exemplo, como disse antes se o cão corre atrás dum esquilo (comportamento de caça e logo auto motivante, dos mais difíceis de modificar porque faz parte da genética do animal e é reforçado internamente) e nós administramos um choque eléctrico como forma de condicionar esse comportamento, se o choque não fôr suficientemente forte o cão não pára de correr e acabamos de dar um choque eléctrico a um cão sem motivo, se o choque fôr forte demais corremos o risco de abusar fisicamente do cão e causarmos mais dano que o necessário. Os cães são todos diferentes, portanto é impossível saber deste lado de quem administra o choque, qual a intensidade correcta para aquele cão para aquele comportamento em concreto.
Por outro lado, se a intensidade não fôr suficiente corre-se o risco de cairmos numa rotação de punições ineficazes, por exemplo, a maioria das pessoas usa uma estranguladora no cão e está constantemente a dar esticões e o cão continua a puxar. A ineficácia, devesse à baixa intensidade do castigo que não condiciona o comportamento adequadamente. O cão ao experienciar "n" vezes esticões vai-se tornando insensível ao desconforto ou dor que a mesma causa, o que faz com que no futuro para treinar algo com o uso dessa ferramente teremos que aplicar o dobro ou triplo da intensidade para que o condicionamento seja eficaz.
3º - A associação. Ou seja, nunca teremos a certeza de que o cão está a associar a punição ou aversivo exactamente ao que queremos que seja associado. Por exemplo, o cão que corre atrás de outros cães, recebe um esticão numa trela longa, dá umas cambalhotas e magoa-se (só se magoando é que pára de correr atrás deles, senão levanta-se e continua), não é possível sabermos se ele associa a dor, ao facto de não ter respondido à chamada, ou se a dôr vai ser associada a algo diferente (quiça o facto de correr atrás de cães, o que pode levar facilmente ao desenvolvimento de uma agressão com outros cães).
Como treinadora, vejo muitos cães, que por exemplo são agressivos na trela com variados estímulos na rua. Os donos inadvertidamente ( sem querer) ao dar esticões numa estranguladora para o cão deixar de puxar, estão a criar associações negativas com outras coisas, por exemplo, crianças que passam, carros, barulhos, etc..
O castigo positivo e reforço negativo, são mais eficazes em ambientes estéreis, nos quais não existem outros estímulos que possam criar associações erradas. São eficazes em ambientes de laboratório, mas muito detrimentais e causam muitos problemas graves em ambientes rodeados de estímulos.
Desculpe a resposta longa, mas pareceu-me mais correcto fazer a apresentação completa do que em partes que parece baralhar mais. Se quiser links ou fontes peça que terei gosto em dar, já que tentei fazer uma explicação com palavras minhas.
Isto que está explicado é assim mesmo, ou seja, é factual. Portanto, não existe negar o que é. Seria como negar a lei da gravidade se é que me entende. Felizmente que hoje em dia, a ciência do comportamento animal veio clarificar estes conceitos para o público em geral e torná-los aplicáveis.
Portanto na minha opinião como profissional que já usou todos os quadrantes, quer em separado, quer em conjunto (quando transicionei de tradicionais para positivos, misturava ambos) cheguei à conclusão que usar aversivos com positivos não é melhor, dadas as consequências que nomeei acima e porque através de reforço positivo e castigo negativo se consegue o mesmo, muitas vezes melhor, sem correr riscos e sem acedermos a aversivos para chegarmos ao objectivo.
Para terminar é fácil concluir também que aprendizagem não ocorre quando um animal está com medo, dor, desconfortável, ou constantemente a tentar evitar e/ou fugir às consequências do que faz. Logo muitos cães, nem aprendem nada, apenas "desligam", isto é, cessam de apresentar o comportamento indesejado mas também cessam de apresentar seja que comportamento fôr, porque não conseguem antecipar qual a reacção das pessoas face ao que fazem (a minha Safira é um belo exemplo disso).
Cpts
Cláudia
<p>"mostra-me o teu cão, dir-te-ei quem és" </p>
<p>Claudia Estanislau </p>
<p><a href="http://chamaram-mesafira.blogspot.com">http://chamaram-mesafira.blogspot.com</a></p>
<p><a href="http://caosciencia.blogspot.com">http://caosciencia.blogspot.com</a> </p>
<p><a href="http://caoacorrentado.blogspot.com/">ht ... om/</a></p>
<p><a href="http://www.itsallaboutdogsforum.net"></a></p>
<p>Claudia Estanislau </p>
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<p><a href="http://www.itsallaboutdogsforum.net"></a></p>
Alguém que me explique como é que um cão com as atas agarradas pode continuar a saltar, para consequentemente para de saltar... pode mesmo ser com recurso a vídeos, artigos ou livros em inglês.Por exemplo, o cão salta, nós agarramos nas patas dele, ele pára de saltar, nós largamos as patas do cão. O acto de largar as patas do cão quando ele pára de saltar é reforço negativo.
Receita para angariar clientes:
- arranjem-se duas ou três teorias "inovadoras" e ande-se sempre a falar nelas;
- embrulhe-se o discurso em termos pretensamente científicos;
- propgandeie-se que sou assimporque já estive do outro lado.
É tiro e queda.
Um dia destes os cães deixarão de ser cães. Passarão a ser uns seres amorfos, completamente condicionados pelos humanos.
Uma espécie de Admirável Mundo Novo Canino. Cães condicionados por uma humanidade condicionada. É nestas alturas que fico grata por já estar na vigésima quinta idade. É que se eu quiser um cão assim, compro um robotizado japonês. Passou-me de ideia o nome do dito cujo, consequência da avançada idade.
Quanto à questão das patas presas, temos sempre aquela anedota do da pulga amestrada. A pulga deixou de saltar quando o amerstrador lhe arrancou as patas.
Uma espécie de Admirável Mundo Novo Canino. Cães condicionados por uma humanidade condicionada. É nestas alturas que fico grata por já estar na vigésima quinta idade. É que se eu quiser um cão assim, compro um robotizado japonês. Passou-me de ideia o nome do dito cujo, consequência da avançada idade.
Quanto à questão das patas presas, temos sempre aquela anedota do da pulga amestrada. A pulga deixou de saltar quando o amerstrador lhe arrancou as patas.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
Olá!
Desde já agradeço-vos as simpáticas respostas.
Em primeiro lugar, queria dizer apenas que há algum tempo que vou seguindo este tipo de discussões neste forum, com raras participações, e siceramente parece-me que tanto a Claudia como o Doglover defendem o treino positivo por convicção e acho injusto que se diga que existe um interesse comercial por detrás da sua posição. Existe um certo odiozinho de estimação por parte de alguns foristas relativamente ao "treino positivo".
Em segundo lugar, acho que é óbvio que o treino (exclusivamente) positivo, independentemente sua eficácia, é um método sem dúvida mais agradável para o cão, na medida em que não aplica estímulos aversivos. Penso que isto é ponto assente.
Agora relativamente à eficácia do mesmo, da minha curtíssima experiência pessoal, houve coisa que funcionaram maravilhosamente, outras que nem por isso, muito possivelmente devido à minha falta de conhecimento.
Se há pessoas que dizem que conseguem utilizar este método para todas as situações, com um resultado positivo, acho isso impecável! Acho que tanto para o cão como para o dono, é melhor. Se calhar outras pessoas não o conseguem, e têm que utilizar outros métodos. Mas penso que isso por si só, não significa que o cão vá sofrer algumas consequências negativas. Acho é que neste caso tem que se adaptar muito bem o tipo de técnicas utilizadas consoante o cão que temos, de forma a que estas consequências negativas não se façam sentir, até porque o "tradicionalistas", como já aqui foi dito, não andam sempre de chicote na mão ou com a coleira de choques à espera de qualquer erro do seu canito. No meu caso pessoal, tenho dois cães, e um deles sei que lhe posso dar uma palmadita sem que ele fique com medo ou frustrado, e com excelentes resultados. Com o outro, sei que não o posso fazer, porque a cadela é extremamente medrosa e ficaria traumatizada com toda e qualquer palmadita.
Em resumo, nem todos os métodos dão para todos. Temos que os adequar às nossas capacidades, àquilo que conseguimos fazer bem, e ao carácter do cão que temos. Eu digo isto enquanto "utilizador particular " do treino, enquanto pessoa que usa o treino para tornar os seus cães sociáveis, e para que não representem perigo para si e para os outros.
A nível profissional, se pretendesse que o meu cão frequentasse uma escola de treino, sem dúvida que iria tentar numa de "treino positivo", porque acho que seria melhor para o cão, e até para a relação dono/cão. Se não resultasse, concerteza que iria tentar outras metodologias.
Desde já agradeço-vos as simpáticas respostas.
Em primeiro lugar, queria dizer apenas que há algum tempo que vou seguindo este tipo de discussões neste forum, com raras participações, e siceramente parece-me que tanto a Claudia como o Doglover defendem o treino positivo por convicção e acho injusto que se diga que existe um interesse comercial por detrás da sua posição. Existe um certo odiozinho de estimação por parte de alguns foristas relativamente ao "treino positivo".
Em segundo lugar, acho que é óbvio que o treino (exclusivamente) positivo, independentemente sua eficácia, é um método sem dúvida mais agradável para o cão, na medida em que não aplica estímulos aversivos. Penso que isto é ponto assente.
Agora relativamente à eficácia do mesmo, da minha curtíssima experiência pessoal, houve coisa que funcionaram maravilhosamente, outras que nem por isso, muito possivelmente devido à minha falta de conhecimento.
Se há pessoas que dizem que conseguem utilizar este método para todas as situações, com um resultado positivo, acho isso impecável! Acho que tanto para o cão como para o dono, é melhor. Se calhar outras pessoas não o conseguem, e têm que utilizar outros métodos. Mas penso que isso por si só, não significa que o cão vá sofrer algumas consequências negativas. Acho é que neste caso tem que se adaptar muito bem o tipo de técnicas utilizadas consoante o cão que temos, de forma a que estas consequências negativas não se façam sentir, até porque o "tradicionalistas", como já aqui foi dito, não andam sempre de chicote na mão ou com a coleira de choques à espera de qualquer erro do seu canito. No meu caso pessoal, tenho dois cães, e um deles sei que lhe posso dar uma palmadita sem que ele fique com medo ou frustrado, e com excelentes resultados. Com o outro, sei que não o posso fazer, porque a cadela é extremamente medrosa e ficaria traumatizada com toda e qualquer palmadita.
Em resumo, nem todos os métodos dão para todos. Temos que os adequar às nossas capacidades, àquilo que conseguimos fazer bem, e ao carácter do cão que temos. Eu digo isto enquanto "utilizador particular " do treino, enquanto pessoa que usa o treino para tornar os seus cães sociáveis, e para que não representem perigo para si e para os outros.
A nível profissional, se pretendesse que o meu cão frequentasse uma escola de treino, sem dúvida que iria tentar numa de "treino positivo", porque acho que seria melhor para o cão, e até para a relação dono/cão. Se não resultasse, concerteza que iria tentar outras metodologias.
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Das próximas vezes que ele lhe rosnar, seja em que situação for, dê-lhe umas "cachaporras" jeitosas no pêlo.Acaldeira Escreveu:Olá Bom Dia,
Indo directo ao assunto.
Desde há uns meses para cá o Óscar tem-me respeitado cada vez menos, não me obdece na rua e cada vez menos em casa, puxa a trela e rosna-me a comer.
Até que ontem foi a gota de àgua, eu ia-me para despedir da minha namorada e da minha mãe e ele atacou-me, mordeu-me a mão e rasgou-me um bocado do dedo indicador.
Estou a pensar levá-lo a um treinador ainda este mês pois não entendo como é que ele pode passar de um cão obdiente para ter atitutes destas em relação ao dono.
Eu julgo que é por a minha namorada o apaparicar quando eu o tento educar, pois ela acha-o "querido " e "pequenino" e como tal cães pequenos a ver dela não necessitam de educação.
Se alguém me poder dar algum tipo de conselho agradeço desde já.
Quase que me esquecia, ele tenta sempre procurar refugio nela quando eu o repreendo, e ele sabe que ela lhe dá logo colo e o protege de mim.
Coisa que eu não entendo pois eu não sou agressivo para ele.
<p><a href="http://www.bovisromani-bullterrier.blogspot.com"></a></p>
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periquito FALCANITO
Eu, que vou experimentando para ver o que é que dá, ensinei a minha cadela a andar à trela e a responder à chamada, começando por a ensinar a estar próxima de mim sem trela (ia para o estádio nacional e largava-a à solta, depois chamava).
Houve umas quantas vezes que andei à procura dela, desesperada, a trepar montes e a espreitar detrás das moitas...isto porque ela não dá o mínimo sinal de nos ter ouvido (não ladra, nem nada).
Com a ajuda dos biscoitos, ela começou a vir cada vez que a chamava.
Então, substituí por festinhas e frases tontas, do género "mas que linda, que fôfura", "é uma boneca, bonequinha da dona, etc.".
A partir daí, pus-lhe a trela e correu tudo sobre rodas.
Hoje, passeio-a com e sem trela (conforme o ambiente - praia, ruas, campo, cidade) e nunca tive um problema, excepto o do atropelamento...
Ela não puxa e, quando páro, ela senta-se ou deita-se, sem eu dar ordem de nenhuma espécie.
Claro que levou tempo e implicou algum sacrifício (levantar às 6 no inverno, sair com chuva batida pelo vento, dar 1 h de passeio, podem crer que custou), porque os cães precisam de tempo e atenção para se tornarem os bichos impecáveis que a gente quer...
Mas vale a pena.
Dois anos de sacrifício e 10 anos de prazer.
E, no verão, nem é sacrifício...
Houve umas quantas vezes que andei à procura dela, desesperada, a trepar montes e a espreitar detrás das moitas...isto porque ela não dá o mínimo sinal de nos ter ouvido (não ladra, nem nada).
Com a ajuda dos biscoitos, ela começou a vir cada vez que a chamava.
Então, substituí por festinhas e frases tontas, do género "mas que linda, que fôfura", "é uma boneca, bonequinha da dona, etc.".
A partir daí, pus-lhe a trela e correu tudo sobre rodas.
Hoje, passeio-a com e sem trela (conforme o ambiente - praia, ruas, campo, cidade) e nunca tive um problema, excepto o do atropelamento...
Ela não puxa e, quando páro, ela senta-se ou deita-se, sem eu dar ordem de nenhuma espécie.
Claro que levou tempo e implicou algum sacrifício (levantar às 6 no inverno, sair com chuva batida pelo vento, dar 1 h de passeio, podem crer que custou), porque os cães precisam de tempo e atenção para se tornarem os bichos impecáveis que a gente quer...
Mas vale a pena.
Dois anos de sacrifício e 10 anos de prazer.
E, no verão, nem é sacrifício...
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>