Eu sou brasuca-tuga com muito orgulho (de ambos os países). Brasuca por nascimento, tuga por amor. Adoro futebol, e este Mundial deixou-me com um grande misto de emoções que eu não sabia que era capaz de sentir. Felizmente saímos todos (os 22 mais os treinadores) e eu não tive de sofrer mais.
Quanto à Língua Portuguesa, é algo maravilhoso, que temos de preservar e cultivar com muito cuidado. O meu 'ídolo' é o Eça, e o meu livro preferido (dos milhentos que já li) é 'Os Maias'.
Nunca me considerei imigrante, pois não vim em busca de trabalho nem de 'uma vida melhor'. Vida boa eu já tinha no meu país. Vim para o meu marido português, o meu grande amor, por quem deixei tudo no meu país de origem. Duas malas com livros, roupa, sapatos. Uma viola. Duas cadelas. E cá cheguei eu em Portugal, há uns anos. Nunca, jamais, em tempo algum, sofri qualquer tipo de discriminação. Nunca fui confundia com prostituta, nunca fui desrespeitada. Trabalho desde sempre, e nunca 'roubei' trabalho a ninguém. Isso não existe, deixem-se de contos da carochinha.
Deixem-se de tretas e valorizem este país. Deixem-se de complexos e de justificativas, não precisamos disso. Somos o que somos. Amorosos, puros de coração, hospitaleiros, crédulos, saudosos, melancólicos, reclamões, resmungões, apaixonados e 'tudo é culpa do governo'. E daí?