Cães ciumentos, alguém já passou pelo mesmo?

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Moderador: mcerqueira

sofiaysabell
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segunda jun 16, 2014 7:57 pm

rpoeiras Escreveu:Bom dia sofiaysabell
sofiaysabell Escreveu:Há pouco tempo o cão mais velho aqui de casa (tinha 17 anos) foi para o céu e foi antes do esperado :cry:
Lamento a sua perda!
sofiaysabell Escreveu: A razão? Foi atacado pelos grandes (dois pastores alemães que também tenho) e não resistiu.

Tudo começou quando um dos grandes (a fémea) se tornou adulta e, muitas das vezes que fazíamos festinhas no pequenino, assim que virávamos as costas, ela atacava-o. O pobrezinho foi parar ao hospital veterinário inúmeras vezes com ferimentos graves, e há medida que o tempo passava e que ficámos com o outro pastor (filho da primeira), os ataques começaram a ser mais frequentes e intensos, pois os dois grandes atacavam em conjunto. Eu era a única que conseguia parar o ataque visto que a minha mãe ficava histérica e só gritava.

Os ataques começaram a acontecer mesmo quando não estávamos ao pé, sempre fora de casa (no jardim), e decidimos separá-los definitivamente (o pequeno ficava SEMPRE em casa, os grandes lá fora).
É uma situação delicada e qualquer conselho dado por mim ou por outra pessoa neste fórum em relação a este assunto é como se estivesse a ter uma consulta de medicina via um forum, há coisas que um profissional precisa de ver pessoalmente, há outras que o paciente não se sabe explicar e neste caso ainda mais grave quando os pacientes são cães. Nos casos que eu pessoalmente tive conhecimento semelhante de alguma forma ao seu, o problema era de falta de liderança e falta de conhecimento da "mente" de matilha e a primeira coisa a lidar é com o facto de que as pessoas nessa casa tem de perceber que não sabem lidar com cães nem educa-los para conviverem em harmonia. Não há nada de errado em não saberem como educar cães, errado é supor que são pessoas experientes quando de facto não o são!
sofiaysabell Escreveu: Quando os trazíamos também para casa, o ambiente era completamente diferente: brincavam todos, os grandes com o pequeno, era adorável. Mas sabíamos que se estivessem juntos na rua o mal ia repetir-se.
Isso pode significar muitas coisas, mas uma delas é estarem fora do seu "território"
sofiaysabell Escreveu: Passou um ano e o pequenote envelheceu muito. Passava tanto tempo em casa que os outros morriam de inveja e até através do vidro se mostravam agressivos. Um dia, alguém se esqueceu da porta aberta e, quando fomos procurar o pequeno, encontrámo-lo caído nas traseiras. Ele tinha sempre uma mantinha vestida, quando o encontrámos a mantinha estava a metros de distância. Foi terrível, todos aqui em casa amamos animais e aquele, especialmente, era como um filho. Segundo o veterinário a morte foi rápida pois ele só estava ferido no pescoço.
O inevitável ocorreu e pouco ou nada tem a ver com a inveja, mas sim com a falta de regras. Só lamento que tenha chegado a esse ponto...
sofiaysabell Escreveu: Entre os grandes (são 3, incluindo outro que sofre de atrofia dos posteriores) nunca ocorre nenhum tipo de ataque (só na brincadeira), agressividade entre eles: 0. Em breve vou para a universidade e penso adotar um cão de pequeno porte adulto para me fazer companhia no apartamento, no entanto, morro de medo de que, cada vez que o trouxer para casa, a história volte a repetir-se.
Se não for feito nada em relação à imposição de regras, vai voltar a acontecer com qualquer cão que incluir na matilha! A solução para este problema é um bom profissional que poderá ir a sua casa ver quais os problemas que acontecem e ensinar-vos. Num caso destes não aconselho a ser autodidacta nem a tomar conselhos de um forum, está em risco a vida de um animal ao fazê-lo, mas como em tudo na vida, só vai depender da sua moralidade!
É muito bem possível adicionar outro animal á "matilha", só tem de arranjar um bom profissional para a ajudar. :wink:
Boa sorte.

Cumprimentos,

Ricardo
Obrigada :)

É verdade, é um problema para o qual dificilmente se encontram explicações e/ou soluções (tanto que se arrastou durante tanto tempo), mas, por incrível que pareça, as respostas que recebi fórum foram uma grande ajuda. Não andarei tão "perdida" para a próxima, sei exatamente o que fazer graças a vocês e sinto até um bocadinho de vergonha por ser sido desrespeitosa logo no início da conversa de post com alguém que se revelou uma grande ajuda apesar do desrespeito.

Sempre fui da opinião que aqui em casa há cães a mais. Enfim.

Falei com a minha mãe ontem sobre o tópico, expus-lhe tudo o que aqui me foi dito e, juro-vos, quase vi luz a fazer-se dentro da cabeça dela :lol:
Última edição por sofiaysabell em segunda jun 16, 2014 9:36 pm, editado 1 vez no total.
sofiaysabell
Membro Júnior
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segunda jun 16, 2014 8:09 pm

ASTAHOLIC Escreveu:Tal como foi referido anteriormente este caso parece-me mais um exemplo de uma disputa na hierarquia dos cães, embora seja complicado avaliar um caso sem o ter presenciado.
Dou-lhe um exemplo que tenho cá em casa com as cadelas da minha mãe, uma Jack Russel e uma rafeira. Ambas são dominantes mas entre elas entendem-se bem, dormem juntas e até comem juntas mas ocasionalmente quando a minha mãe entra na cozinha (local onde costumam estar ou no jardim) elas acabam por se pegar, algo que so acontece com a minha mãe. Já expliquei a minha mãe que ela é que tem que tomar o papel de líder, estar sempre calma quando está próxima de ambas e ser firme com elas porque elas são cadelas muito fáceis de corrigir, tanto que elas não se odeiam porque passam os dias juntas sem qualquer problema.
O Jack Russel tem mimo a mais, nunca foi ensinada e faz tudo o que quer (a minha mãe acha imensa piada ela ser assim... :roll: )
Felizmente a minha mãe já começou a perceber que não pode continuar a ser assim e ultimamente não se tem passado nada :)

Falando um pouco dos meus Amstaffs, tenho uma fêmea e um macho que se dão lindamente, também por já estar estipulado quem manda, a minha fêmea é mais tranquila, o macho mais energético e entendem-se muito bem. Pode às vezes haver uma brigazinha mas não passa de barulho, por causa de um brinquedo ou outra coisa qualquer. Quando estou com ambos eles tentam ter a minha atenção, eu opto sempre por não lhes tocar nem falar enquanto estão demasiado excitados, quando acalmam dou festas e brinco com eles (poderia faze-lo quando estavam mais excitados mas sempre o fiz desta forma, não se pegam de qualquer das maneiras).
Quando saiu de casa deixo-os separados apenas por precaução.
Em relação a isso "das mães", identifico-me totalmente. O coração mole da minha mãe acaba por levá-la a tornar-se excessivamente emotiva, para o bem e para o mal, em relação aos cães, e isso não é bom. Suponho que o papel de nós, como líderes, deva ser de calma e "assertividade".

Quanto às brigas, por acaso, o caso que apresentei, embora seja bastante grave, é o único a que assisti entre os meus cães. Acho que tenho sorte porque os outros três entendem-se super bem sem que eu faça qualquer esforço para isso. Facilmente se chega à conclusão de que a Merlin (a pastora alemã mãe, mais velha) é a líder. Caso ela se mostre ameaçadora, por exemplo (caso rosne) de imediato o que está ao lado se submete. E é muito raro que rosne.

No refúgio da Goldra onde já trabalhei como voluntária numas férias, embora estivesse a maior partes das vezes na parte dos gatos (que, na altura, necessitava de maior atenção pois albergava centenas deles), quando ia ajudar na parte dos cães, as lutas surgiam várias vezes. Os cães estavam organizados em espaços de acordo com as suas "amizades" mas, ainda assim, presenciei vários e vários conflitos. Claro que aí tudo se torna ainda mais complicado: até para alimentá-los, quanto mais para discipliná-los :(
rpoeiras
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terça jun 17, 2014 8:13 am

sofiaysabell Escreveu: Obrigada :)

É verdade, é um problema para o qual dificilmente se encontram explicações e/ou soluções (tanto que se arrastou durante tanto tempo), mas, por incrível que pareça, as respostas que recebi fórum foram uma grande ajuda. Não andarei tão "perdida" para a próxima, sei exatamente o que fazer graças a vocês e sinto até um bocadinho de vergonha por ser sido desrespeitosa logo no início da conversa de post com alguém que se revelou uma grande ajuda apesar do desrespeito.

Sempre fui da opinião que aqui em casa há cães a mais. Enfim.

Falei com a minha mãe ontem sobre o tópico, expus-lhe tudo o que aqui me foi dito e, juro-vos, quase vi luz a fazer-se dentro da cabeça dela :lol:
No momento em que és humilde para veres que erraste seja no que for não há motivo para a vergonha. :wink:
Muita felicidade para vocês e os vossos cães!

Cumprimentos,

Ricardo
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