Sinceramente, não me aquece nem arrefece. Aliás, como não é suposto cão viver em liberdade, se calhar até é bom que não se reproduza mesmo sem auxílio do homem. É ver os estragos que os cães assilvestrados fazem.
Pois é... temos perspectivas diferentes. Pela sua, criar exemplares que não consigam cumprir critérios de sobrevivência comuns a todos os seres vivos - "se calhar" até é bom... pelo menos não tem a certeza, o que já não é mau de todo...
"
sinceramente não estive para perder muito tempo. Está a falar de cães como este?"
Pois deveria perder um pouco mais de tempo, mas realmente nesta fase da discussão isso talve não ajudasse na sua argumentação...
Pegando, no entanto, no exemplo que aqui nos pôs, em que é que a estrutura desse cão (que teria selecção de 1ªface ao standard actual) motiva, na sua douta observação, qualquer inconveniente de ordem física ao exemplar em causa, como sugeriu num dos seus posts anteriores?
É evidente que o standard do PA (como possivelmente o de todas as raças) evoluiu, mas no sentido de manter e aperfeiçoar a funcionalidade do cão, não no sentido de o transformar num pequeno monstro incapaz de se reproduzir. Procurar o hiper-tipo, nesta raça ou noutra, traduz-se muitas vezes em perda de funcionalidade e numa maior frequência de anomalias anatómicas.
Já agora, a apresentação do 1º PA ocorreu no último lustro do sec. XIX,pelo que me parece fraco argumento pedir diferenças entre o PA actual e o dessa altura...
De qualquer modo não me repugnam revisões do standard que visem uma maior adaptação da anatomia à função.
No caso do bulldog, no entanto, verifica-se que as adaptações introduzidas, a nível estrutural e de temperamento, produzem exemplares com limitações para o cumprimento da função primitiva. Isto não é mau nem é bom, desde que, como dizia o FBC, se mude o nome à raça... neste momento, realmente o "bull" está claramente a mais.
Finalmente, o tal vídeo de agility: vejam-se as limitações do exemplar em causa no andamento, comparem-se as prestações com outras raças e tirem-se as devidas conclusões. Qualquer cão pode e deve fazer desporto dentro das suas limitações,e isso é positivo, mas não se extraia do vídeo a conclusão de que o BI se transformou num super atleta... pretender isso é utilizar o vídeo com desonestidade intelectual...
Como disse antes, com andamentos daqueles pouco importa a força da mordida - dificilmente o cão contactaria com a presa.