zezere Escreveu: Obrigado pela fonte, é sempre bom tentar aprender mais (embora tenha as minhas reservas numa fonte em que qualquer um pode escrever, mesmo as maiores barbaridades sem um mínimo de controle de quem efectivamente é especialista na área).
Sim, de facto a fonte podia ter sido melhor

, mas a ideia geral penso que esteja correcta.
zezere Escreveu: Mas já agora diga-me, qual é a parte do artigo que contradiz o meu post anterior? Se o meu inglês não me engana (ai dele, o malandro, que me acompanha todos os dias, fazer uma coisa dessas) nesta citação, com a devida vénia, até o confirma:
"The term often causes controversy, particularly in terms of the selective breeding of domestic animals, because it is sometimes believed that all crossbred plants or animals are better than their parents; this is not necessarily true. Rather, when a hybrid is seen to be superior to its parents, this is known as hybrid vigor. It may also happen that a hybrid inherits such different traits from their parents that make them unfit for survival. This is known as outbreeding depression...."
Não contradiz em nada o seu post; eu só quis mostrar que quando existe um maior vigor de um indíviduo mestiço, a isso se dá o nome de heterose, ou vigor híbrido, que é o que se deve passar com o cruzamento de cães, bovinos, caprinos, e até plantas de raças e variedades diferentes. Não quis dizer que o seu ponto de vista estava absolutamente errado, nem absolutamente certo, só quis dar a conhecer uma das prováveis razões do vigor dos rafeiros
zezere Escreveu: "Mid-parent heterosis is more common in nature, and it is easier to explain (by mechanism of gene dominance; see below)."
Isto é uma das coisas que não me cheira a fiabilidade, e assumo a culpa pela fonte que dei, porque do que tenho lido, na agricultura e pecuária recorrem-se a mestiçagens para se produzirem organismos resistentes a esta ou áquela doença. Dou exemplos baseados somente naquilo que vejo, porque faço umas sementeiras, e na agricultura há uma abundante criação de mestiços precisamente criados pela sua resistência a moléstias, alta produtividade, maior tolerância o stress hídrico, maior tolerância ás temperaturas elevadas etc...
zezere Escreveu: Mais ainda, alguns (muitos) animais domésticos nunca teriam sobrevivido na natureza, quer por defeitos genéticos ou adquiridos, quer por terem perdido de alguma forma capacidades, quer por serem simplesmente mais fracos e a gestão de recursos alimentares não suportarem a sobrevivência da totalidade da ninhada ou do grupo.
Eu penso que ao domesticarmos um animal retiramos de cima dos seus ombros a pressão biológica a que antes, na Natureza, este estava sujeito; ele já não necessitava de subsistir por si próprio, agora tinha-nos a nós para lhe levar a comida à boca. Para agravar, ao seleccionarmos um animal para que este apresentasse uma determinada característica, fomos diminuindo o seu vigor devido a consaguinidades extremas, para que ele, nessa característica que desejamos manter, fosse cada vez e cada vez mais perfeito.
Acho que animais que apresentam pouca modificação provocada pela domesticação, nos dias de hoje, estarão totalmente "deformados" daqui a 1000 anos em comparação com a forma ancestral. Talvez os nossos netos, num futuro distante, verão répteis "molossóides".
