Claro que a Mariana é que dicide o que deve fazer da sua vida, e todos nós já lhe dissemos isso mesmo, só que, pelos menos a mim faz-me uma certa confusão, querer um animal e não saber que pelo menos nos primeiros tempos vai ter muito trabalho, vai ter que limpar e ensinar. Isto não vem nos livros é básico e é para evitar que se disiluda com ele.
Mas esta fase já estava ultrapassada na medida em que, a Mariana disse que já não nos ouvia mais.
Se me permitem vou contar rapidamente a história da Punky , da qual espero conseguir juntar uma fotos para poder imaginar como ela era e como ficou depois. Estava à venda numa loja no monte Abraão em Queluz, por 25 mil escudos, dinheiro da altura, cada um, era uma casal, isto há 15 anos. Os meus filhos todos os dias iam namorar os cãezinhos, mas eu não lhos podia comprar. Até que um dia passaram por lá e já não estavam, tinham sido vendidos.
Passado um ano vieram-me perguntar se eu queria uma cadela, claro que eu não a conheci como é lógico, mas era um daqueles bebés que nós tínhamos visto na montra estava neste estado, Além das pulga e das carraças estava desidratada e no estado que a foto demonstra, depois de vários banhos. A Punky era assim:

A senhora que a tinha comprado tinha-se “desinteressado” dela, porque fazia muitos xixi em casa e era muito chata com os netos que entretanto tinham nascido. Foi difícil a recuperação e contra as opiniões dos Vet. que a acompanharam, só lhe davam no máximo uma semana de vida, nem vacinas lhe derem porque segundo a opinião deles não aguentava, passado pouco tempo estava como a foto mostra. È daquelas coisas que não se explicam, não quer dizer que ao princípio não gostasse-mos dela, gostava-mos claro, mas a teimosia e a persistência e a força de vontade dela, fizeram muito mais que só o amor que sentíamos por aquelas coisinha indefesa e triste, sobretudo muito triste. Possivelmente por ter sido abandonada, amarrada a uma corrente num quintal. Alguns meses depois já estava neste estado;

Alguns anos depois e muitos tratamento de beleza muito amor, repartidos pelos dois lados a nossa Puky era esta beleza canina:

E tão gratificante fazer este trabalho por alguém, neste caso um animal, que encontramos abandonado e que estava desesperado, não há dinheiro no mundo que pague uma coisa destas. È a primeira vez que falo neste assunto e acredite que o faço não por mim como é lógico mas por ela, entendam isto como uma homenagem à memória da PUNKY, e por todos os outros que lhes acontece o mesmo. Procura-se por vezes um animal imaginário quando ao nosso lado está um ser desejando um gesto e de um afago. Não vejo onde está realmente a diferença, as pessoas abandonam os animais sejam eles de compra ou dados. È aí que eu quero chegar e tenho as minhas razões.
Franc