Pêlo eriçado e "rosnar" a comer... AJUDA! XLABRADOR

[sobaka]

Depende da idade e do temperamento da criança. Muitas vezes os ensinamentos do tipo "não mexes no cãozinho enquanto ele está a comer" entram num ouvido e saem do outro sem deixar rasto no meio. Há uns dias ví o que aconteceu ao miudo que foi avisado não uma, não duas, mas vezes sem conta que não devia tocar na gata (a gata foi resgatada de um lar onde serviu de bola de futbol para o dono de casa, tem problemas psíquicos e comportamentais que nunca mais acabam) e mesmo assim pegou nela. As mãos e os braços transformaram-se em carne picada, agora os pais do miudo (a irmã e o cunhado da dona da gata) insistem que a gata tem que ser abatida e ameaçam apresentar a queixa. Os miudos são imprivisíveis, os mais sensatos de vez em quando fazem coisas que eles próprios não conseguem explicar. Para o bem de todos é melhor que o cão, se está numa família com crianças, não mostre agressividade em nenhuma das situações que possam ocorrer.

Por acaso, eu também acho que essa gata deve ser abatida, perante esse panorama psicológico. Mas quem foi a besta quadrada que deu uma gata assim a uma família com uma criança?  :evil: 

No entanto, saliente-se que um felino é muito diferente de um canino. Um ataque de um gato enfurecido pelo medo tem resultados muito mais funestos que uma ocasional dentada de um cão que não quer que lhe mexam na comida. Já passei por isso, também.

No caso deste cão, acho que o melhor que há fazer é deixá-lo em paz. Com o tempo e vendo que ninguém lhe vai tirar a comida, o comportamento mudará. Por isso sou contra essas manobras, cansativas e parvas, de tirar e pôr pratos, interrompendo várias vezes a refeição do cão sôfrego.

Se a dona seguir tais conselhos, prepare-se para a possibilidade de levar mesmo uma dentada. E depois não se queixe, foi ela própria quem o provocou.

Como eu disse, nem a gata foi "dada", foi mas é salva, nem a criança pertence à dona da gata, é o sobrinho dela, tudo aconteceu durante uma visita familiar. A gata estava a ser tratada e já apresentava as melhorias significativas, mas por enquanto só confia em sua dona e detesta ser agarrada pelos estranhos.  

Quanto ao cão da topickstarter, eu acho extremamente importante o dono poder sem problema retirar seja o que for da boca do cão. Como os donos vão consegui-lo é com eles, mas é muito importante e pode um dia salvar a vida ao próprio cão.          

[vitor22]

Concordo bastante com o que disseste.
Não se pode tolerar tudo o que o cão faz, apesar de não ser bom no momento, mas (como disseste) pode-lhe salvar a vida

[LuMaria]

Hoje já não rosno ao prato. Não vá alguém fugir com ele e ainda me dar uma lambada.

[vitor22]

Cada um tem a sua opinião. Apesar de o bater não ser o correcto.
Sou da opinião que não devemos tolerar este tipo de situações, pois como já foi referido alguma criança pode se magoar, embora não tenho habito de alimentar animais com crianças por perto, também tem de haver prudência, mas... Ok cada um com a sua opinião. Só espero que nenhum animal/pessoa saiam prejudicados.

[LuluB]

Pagar o patau? Desde a Era dos Afonsinos que não ouvia tal expressão. Bota d'elástico!!

Pois sou.

[moslie]

Nós fomos ensinados sempre a não tocar em animais a comer, mas penso que o mais seguro em casas com crianças é não permitir nenhum tipo de dominância ou agressividade da parte do cão em relação a crianças, ou seja, desde cedo eles tem de perceber que os mais pequenos estão acima deles na escala do grupo.
Os nossos cães eram seguros, muito calmos com miúdos, eram mesmo tipo pacholas, não acho aceitável nenhum tipo de agressividade em cães de familia.

[horsepower]

Olá a todos,

O Naki é um XLabrador com 7 meses... Desde que veio para nossa casa que o ensinámos a obedecer (senta, deitado, quiteto...) e também desde daí que lhe tocamos e mexemos na comida, para o habituar a ter-nos por perto enquanto come. Quando "rosnava" (nem é bem rosnar, mas faz um barulhinho...) repreendiamos e tirávamos a comida. Entretanto, como os donos se casaram e não tinham a quem o deixar durante a lua-de-mel, nem forma de o levar, deixámo-lo num hotel de um criador. A partir dessa altura que sempre que lhe tocamos quando está a comer eriça o pêlo do dorso e no rabo e ultimamente tem feito ameaços de rosnar... Farta-se de "passar fome" e não tem as mordomias do costume e mesmo assim não aprende... Mas é só mesmo com a comida, porque de resto, tirando uma travessura ou outra, obedece ao que lhe pedimos...
O que havemos de fazer para que ele mude de comportamento??? O meu medo é que ele fique agressivo quando está a comer e que acabe por moder alguém...

AJUDA!!!!

Comigo foi muito simples e o meu cão é da raça boxer: Dei-lhe um biscoito e ele estava deitado na cama, fui para puxar os cobertores para o tapar e ele arreganhou a beiça e rosnou, levou uma lambada na tromba que nem sabe se foi outra pessoa! Depois disse-lhe gostaste? Eu tambem não! Resolvido! Nunca mais na vida dele lhe passara uma vontade dessas! Com a comida,nem foi preciso "dançarmos", chego tiro, ponho, mexo, finjo que como e ele senta-se a olhar para mim.

[catrules]

O meu cão se lhe mexessem no prato não fazia nada, mas com os ossos rosnava.
Quando lhes davamos um osso ele tinha a mania de fugir com ele para o quarto do meu irmão e comer o osso no tapete quando o iamos tirar rosnava, fez isso algumas vezes até que um dia teve azar, a minha mãe foi buscar o osso para o levar para a cozinha e ele rosnou, levou logo umas palmadas no rabo que lhe passou logo a mania, nunca mais o fez a ninguém, a minha tia pos-se logo a dizer, coitadinho que é tão pequenino (era um pequinês), mas pequenos ou grandes têm todos de ser educados.

[LuMaria]

Há que relembrar que a hora da refeição é um assunto de sobrevivência e não de brincadeira. Pelo que, mexer na comida do cão, tirar o prato, fingir que se come, dar e tirar como se fosse um jogo, é uma profunda falta de respeito pelo animal. Uma coisa é ensinar, outra é tornar um momento que devia ser de calma e do cão, num circo.

[Terugkeren]

Eu já percebi que há quem não concorde com as teorias da dominância e de hierarquização do cão dentro da matilha famíliar, não obstante não posso deixar de salientar o comportamento dentro das matilhas. Alimentar-se é uma questão de sobrevivência, mas observem por favor numa matilha quem é o primeiro a comer e quem tem a primazia e o controlo sobre o alimento. Depois, vão lá por favor dizer ao Alfa que é uma falta de respeito fazer o que faz aos outros membros da matilha, muitas das vezes até quando ele próprio já está saciado.

Acho muito interessantes algumas teorias educativas das crianças. Não deixa de ser chocante a facilidade com que se sugere um par de estaladas numa criança para que aprenda, e a simultânea indignação perante a sugestão de educar um cão da mesma forma.
Uma criança educa-se mas infelizmente não as podemos educar a todas. Sendo assim, e não estando o nosso animal confinado a quatro paredes, o risco de potenciais situações em que ele “defenda” a sua “comida” de uma qualquer criança, existe e é real. Como eu dizia, não podemos educar TODAS as crianças, mas o nosso cão podemos. E isto de crianças é apenas uma vertente, porque são inúmeras as situações em que tirar algo da boca do cão ou passar perto da comida podem ser uma necessidade.

[omegaa]

desde pequena que tenho cães, a minha familia sempre os teve e na minha casa sempre convivi com eles. deviamos ser um espanto a educar cães, mesmo quando eu era pequena, porque nunca houve um unico que nos rosnasse, que mostrasse agressividade por causa da comida ou outra coisa qq.

uma amiga minha tinha uma cadela já com dez anitos, a coisa mais ruim que já conheci. se entrássemos sozinhos no jardim era dentada certa, se nos aproximássemos de um dos membros da familia e ela não gostasse, era dentada certa, se passássemos dentro da cozinha (onde ela tinha a cama e a comida), era dentada certa (e esta tb funcionava para os donos da cadela)... muitas vezes só pensava: "faltaram umas palmadas valentes a esta bicha!"...

acho que não se trata de "incomodar o cão numa hora que devia ser de sossego" nem um circo como disseram. trata-se sim de habituar o cão a que nos mexemos à volta dele quando está a comer, ou que mexemos mesmo na comida dele quando nos apetece. tal como disseram, se o cão apanhar na rua algo e começar a comer, se nos rosnar e não nos deixa mexer como vamos tirar aquilo ao cão?

[LadyP]

nós é que mandamos no cão e ditamos as regras e nunca deve ser o contrário.

[LuMaria]

Pois vão desculpar-me, mas os meus cães não rosnam e não precisei de ser lobo nem fanar tigelas.
Na minha casa os animais sempre tiveram o direito a dormir e comer em paz. E não falo só de animais domésticos.
As pessoas complicam tanto que deixa de ter graça ter um cão.

[Terugkeren]

Pois vão desculpar-me, mas os meus cães não rosnam e não precisei de ser lobo nem fanar tigelas.

Sorte a sua
Se o cão do autor do tópico não rosnasse ele não tinha tido necessidade de cá vir pedir conselhos. Acontece que, ao contrário dos seus, este cão rosna. Agora ele tem duas hipoteses, ou confia na sorte e espera que que o cão mude sozinho e se torne como os cães da LuMaria, ou opta por ensinar o cão que não precisa rornar ou proteger a comida, assegurando-se que de facto o cão pára com esse tipo de comportamento. Parece-me que o autor do tópico optou pela segunda hipotese, e eu devo dizer que acho muito bem

[jofelix]

Martoliv,
Pelo que contas, o cão não reconhece a mão do dono, assim terás que recomeçar.
1º - coloca a tigela vazia
2º - coloca alguns grãos de ração
3º - aproxima a mão e coloca + alguns grãos
4º - coloca a mão na tigela e larga + alguns grãos
5º - afasta a mão e coloca o resto da dose e não mexes mais.
6º - em caso algum retiras a tigela, porque é este movimento que ele receia.

Se em algum dos passos ele rosnar, interrompes (não o alimentes) e repetes os movimentos na refeição seguinte.
E se tiveres que a submeter, agarra-lhe pelo cachaço.
Repete vários dias, até que para ele sejam normais os movimentos das tuas mãos.

Um cão, em caso algum, deve morder a mão que o alimenta, é básico.
Se um cão rosna quando o alimentam, o que não fará quando o repreenderem.

Se um filho, a quem estamos a alimentar, retirar o prato após a primeira colher não receberá a segunda colher, na segunda vez já irá aguardar calmamente pela 2ª colher, é fácil e com os cães também.