segunda set 12, 2011 2:13 am
Por acaso o único cão de raça que há em casa dos meus pais é um PP.
Um colega do meu pai teve de ir trabalhar para o estrangeiro, viver para um apartamento e preferiu pedir ao meu pai que ficasse com o cão pois temos muito espaço e ele já nos conhece.
É um Dogue Argentino, por acso sabemos que é puro porque tem a papelada toda do Canil onde foi comprado (em Espanha) e está registado lá em Espanha. Tem também uma lista dos pais e avós.
O cão é girissimo, mas como é da tal raça e até tem as orelhas cortadas já imensa gente disse aos meus pais para o mandarem abater porque qualquer dia matava-os com uma dentada no pescoço....
Também já nos disseram que se comer carne crua fica mau e começa a atacar.
(a "melhor" foi de um vizinho que disse que o meu pai tem de lhe bater todos os dias para o bicho ter medo dele, senão não é capaz de o controlar...)
O bicho está registado, tivemos de cumprir todas as coisas que a lei pede, o seguro, o registo, açaime não precisa porque está sempre dentro do terreno vedado dos meus pais.
É de facto um cão grande, muito possante, com uma personalidade muito sua e temos de lhe impor regras (mas isso também fazemos a todos os rafeiros que temos), mas ele desde que dê a sua corrida gigante de manhã (abrimos-lhe a porta e corre pelo terreno, faz buracos, arranca arbustos, rebola-se) o que ele quer a seguir é passar o resto do dia colado ao meu avô a dormirem a bela da sesta.
Digo-vos este cão, se atacar alguém só for à roncadela, de resto não faz mal a ninguém.
Deu-se bem com os cães e cadelas aqui de casa (dá-se melhor com as cadelas), não se chateia com os gatos. A tara dele é mesmo arrancar tudo o que o meu pai planta, mas isso também planta-se de novo.
E sim, é uma máquina de ressonar! Quando se junta com o meu avô, é impossível estar na sala, mas dá gosto ver o PP de barriga para o ar e o velhote carequinha a roncarem no sofá!
Talvez não seja um cão para qualquer um, eu não sei se seria capaz de o educar, mas tivemos sorte porque já vinha adulto e com regras aprendidas e depois os meus pais toda a vida tiveram cães e foi continuar o que o cão estava habituado a fazer e ensinar-lhe algumas coisas sobre viver em comunidade.