As Crianças do nosso País!

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

isabelpo
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quarta out 22, 2003 5:01 pm

BETAFERI Escreveu: ...hoje em dia é cada vez mais complicado infelizmente, porque a vida está difícil e esses pais têm de trabalhar todo o dia fora de casa e esses meninos são entregues bem cedo, nas creches e nas amas, tornando-os umas crianças mais tristes, mais exigentes e mais insubordinadas.

Fraky
Ora aqui está! Se hoje em dia as crianças já têm "vontade própria" quando nascem, juntando ao seu temperamento, muitas vezes mau, este problema aqui exposto pela Betaferi, o caso é mesmo muito complicado! É que se desenganem os nossos pais e avós que nos educaram!!! A minha mãe arregalava-me os olhos e eu já nem sabia onde me meter, agora com esta malta miúda não é assim!!! São destemidos, muito mas mesmo muito mais exigentes e insubordinados!!! Não haja dúvida!
Eu digo isto pelo muito que vejo. A minha linda filha é muito calma e meiga, mas também tem o seu feitio!! Também me chateio com ela quando tem de ser, mas ao que vejo pelos outros as crianças hoje em dia são muito difíceis! Obviamente que também sei a pecinha que tenho lá em casa, porque como alguém já disse aqui, eles são de uma maneira em casa e muito diferentes fora (por isso eu gosto tanto de a observar e ver o seu comportamento quando a mãe não está. Ajuda a conhecê-los melhor!)! Então quando não estamos presentes é uma festa. Aí vêm as acusações como algumas que temos visto aqui e que frequentemente se ouvem "a culpa é dos pais que não os sabem educar!". Será? Pois é aqui que eu batalho. Muitos de nós não CONHECEM os seus filhos!!! Aquele conhecer, por exemplo, de saber se realmente aquela criança que temos em casa e que trata do seu animal, não será capaz, por uma questão de exibicionismo por exemplo, desatar aos pontapés a qualquer cão ou gato!!! Mas ele em casa não faz isso, não foi isso que lhe foi ensinado!!! Pois é, mas viram-no fazer e a culpa é sempre dos pais que não o souberam ensinar!!!

A meu ver isto dá pano para mangas! Mas é muito útil e saudável discutir este assunto!
sea
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quarta out 22, 2003 5:27 pm

Aquele conhecer, por exemplo, de saber se realmente aquela criança que temos em casa e que trata do seu animal, não será capaz, por uma questão de exibicionismo por exemplo, desatar aos pontapés a qualquer cão ou gato!!! Mas ele em casa não faz isso, não foi isso que lhe foi ensinado!!! Pois é, mas viram-no fazer e a culpa é sempre dos pais que não o souberam ensinar!!!
Isabel


Tens muita razão no que dizes.
Lido com muitos pais e poucos conhecem os filhos que têm, mas por sua vez os filhos conhecem bem os pais que têm.
Sabem como dizer, como fazer...

Imagina a cena, um filho faz qualquer coisa de errado na escola, chega a casa e pede desculpa aos pais, diz que não conseguio evitar mas que sabe que errou. Os pais ficam orgulhosos porque ele está tão adulto... mas não veêm que a criança faz isto todos os dias...

Existem outros pais que dão tudo aos filhos, o que o dinheiro compra... para compensar o tempo que não estão juntos.

Há tantas situações que escreveríamos um livro só com exemplos.

Mas no entanto só devemos pensar que estamos todos no mesmo barco.
E que temos de lutar constantemente para não errarmos, embora seja dificil. Mas pelo menos para não cometermos os mesmos erros.
Cybergirl
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quarta out 22, 2003 6:03 pm

Mas o que eu também observo, da parte das crianças, é uma enorme necessidade de serem ouvidas e não somente repreendidas e o "agora não, estou a ver a novela, a tratar do teu pai, do teu irmão, não vês que estou ocupada, estou-te a bater porque sim, porque sou a tua mãe/pai, vai imediatamente para o quarto, toma lá o brinquedo que querias e não me chateies mais", também é uma constante.

A educação em casa, mais os padrões de cultura (incutidos pelo ambiente--sociedade) que o rodeia, influência na maior parte todo o desenvolvimento psiquico e obviamente comportamental da criança.

Desculpem, eu respeito tudo que disseram, compreendo perfeitamente, mas para mim, todas as mentes infantis são moldáveis à nossa imagem, com umas pitadas da sua personalidade individual! :D

Bye
aisd
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periquito FALCANITO

quarta out 22, 2003 6:27 pm

Não sei se sabem mas, no ser humano, o conceito de mal e bem (moral) só se apresenta aí por volta dos 9 anos.
Até lá é "bom" o que dá direito a reconhecimento e louvores, é "mau" o que dá direito a castigos e repreensões.

Claro que isto é em termos gerais...
Algumas pessoas são mais sensíveis que outras e isso vê-se desde bébés.
Tem a ver com empatia (a capacidade de se colocar no lugar do outro).

Um facto (a meu ver interessante) é que TODOS os maníacos homicidas e sociopatas foram crianças cruéis para os animais e para os mais fracos.

Ainda em termos gerais, o ser humano é naturalmente mau.
Foi (e é) tremendo o esforço das religiões e filosofias para combaterem o egoísmo natural com que nascemos !
Feito, as mais das vezes, com base no "se fosse contigo"...

Isto tudo para dizer que acho que os foristas têm razão à excepção da tese da conversa.
Dialogar com os filhos é muito bom, mas para alguns não basta.
Tal como com os cães os pais devem conhecer o seu filho e procederem em função desse conhecimento.
Em alguns casos é mesmo preciso bater e punir.
Noutros será o pior que se pode fazer...

Não há soluções pré-compradas para a educação.
Cada criança é um caso.
doberlover
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quarta out 22, 2003 6:27 pm

arcanjo: acho k as vezes os miudos fazem coisas levados nao so pela educação mas tambem por outras influencias cabe depois aos pais corrigir essas atitudes ja agora parabens pela tua actuação!!!
Tukita
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quarta out 22, 2003 6:38 pm

Definitivamente, as crianças não nascem más ;) ... Por vezes, devido ao não culto de certos valores por parte dos pais (não digo que estes tenham culpa), é que não têm muita noção do que é certo ou errado. E quem é que quando era criança, não contrariava as ordens dos pais uma vez por outra? :) É um instinto infantil em que se sentem um pouco donas do que não lhes faz mal e se a pobre cadelita tivesse ladrado ou assustado a criança, ela provavelmente não voltaria à carga.
É uma questão de saber cultivar certos valores aos filhos e esperar que eles os compreendam (o que não é tarefa fácil para uma criança). Tendo cão em casa, a sua filha vai brincar com ele, andar a cavalo nele, mas provavelmente não terá instinto de o maltratar... É uma questão de pedagogia e alguns métodos ;)...

Boa Sorte***
ladyxzeus
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quarta out 22, 2003 6:40 pm

Eu não ia responder neste tópico, mas é impossível resistir!

Acerca dos comportamentos das crianças para com os animais, só me posso guiar por aquilo que eu era há uns 10 anos atrás (afinal, não é assim tanto tempo) e pela minha irmã. Nós sempre gostamos de animaise, no entanto não sei se, por causa dessa paixão, alguma vez magoámos algum. Observem: uma criança não tem a noção do mal que faz. É apenas movida pela curiosidade ou opelo prazer que sente em mexer na coisa fofa que, só por um acaso, se chama cão e é um ser vivo. Algumas crianças gostam dos animais e insistem em ensiná-los a dançar (vejam bem: se acriança gosta de dançar pensará que o cão também gostará, não?) ou isso não acontece. Quando existe esta segunda opção a criança ou não gosta dos animais, ou os desconhece ou eles lhe são indiferentes. Observemos o comportamento da criança:
quando não gosta de animais, ou se afasta (se são grandes e feios) ou os maltrata, como forma de mostrar a sua agressividade perante uma coisa de que não gosta;
quando os desconhece, tudo depende da educção da criança: se foi educada pelos desenhos animados da sic radical (que, a propósito, são a melhor coisa que se poderia ter inventado) não hesitará em bater-lhes. Se foi educada segundo outros valores, o seu comportamento poderá ser de medo (muito comum nos dias de hoje, já que os paizinhos passam a vida a ensinar que se deve ter medo de tudo e de todos) ou de curiosidade, em que se mexe (para ver a consistência) e se observa.
quando lhes são indiferentes, ignora-os, simplesmente.
Acho que as crianças, apesar de possuirem uma personalidade própria, podem ser moldadas de acordo com as personalidades e modos de pensar dos pais. Por exemplo, o meu pai acha-se um erudito da sua época e pôs-me a ouvir música clássica desde que nasci e ensinou-me latim aos 6 anos. Fiquei assim, maluquinha...
A personalidade da criança só começa a cimentar-se pela adolescência, mas todos os comportamentos mostrados pelos pais influenciam essa personalidade.
Agora fico por aqui, mas amnhã continuo!

;)
BETAFERI
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quarta out 22, 2003 7:43 pm

" agora não, estou a ver a novela, a tratar do teu pai, do teu irmão, não vês que estou ocupada, estou-te a bater porque sim, porque sou a tua mãe/pai, vai imediatamente para o quarto, toma lá o brinquedo que querias e não me chateies mais ", também é uma constante.
É impossível resistir a este tópico e não deitar mais uma acha para a fogueira.
Ora o problema dos nossos dias é este mesmo, a falta de tempo, todos o ser humano necessita de tempo para ser ouvido, em todas as idades, mas em criança e principalmente na adolescência, o simples facto de saber que esta ali alguém que dispõe de tempo para ouvir as suas dúvidas, dá a essa criança uma sensação de segurança e de confiança, falar com ela sobre todas as suas dúvidas, é fundamental. Mas a novela, o futebol, o BB, a OT, é tudo muito mais importante do que sentar ali mesmo no chão e de igual para igual encetar uma conversa que por certo vai ser uma ligação importantissíma entre os dois.
Quantas vezes não se compra a uma criança um animal de companhia e não se tem tempo para explicar que ele não é um brinquedo, que vai ter de o cuidar até ao fim dos seus dias, essa criança não sabe e nem percebe a responsabelidade que lhe caíu em cima e esse animal mais menos dias vai parar para a rua ou para casa dos avós. A falta de diálogo é umas das coisas que mais marca estas duas gerações.
Dialogar com os filhos é muito bom, mas para alguns não basta.
Tal como com os cães os pais devem conhecer o seu filho e procederem em função desse conhecimento.
Em alguns casos é mesmo preciso bater e punir.
A aisd tem toda a razão, claro que a palmada na altura certa é o melhor diálogo possível. Mas essa palmada tem de ser explicada, para ela perceber o que fez e para a próxima se repetir sabe qual o castigo que terá.
muito comum nos dias de hoje, já que os paizinhos passam a vida a ensinar que se deve ter medo de tudo e de todos
Os medos sempre acompanharam todos os tempos, o medo do cão, do velho, do polícia. !!!!do homem do saco lembram-se??? São esses medos que vocês os desta geração têm de desmistificar. Fazer ver a estas crianças de hoje que os medos só existem dentro das nossas cabeças e nas mentalidade retrogradas.

Franky
ziggy
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quarta out 22, 2003 9:51 pm

BETAFERI Escreveu:
muito comum nos dias de hoje, já que os paizinhos passam a vida a ensinar que se deve ter medo de tudo e de todos
Os medos sempre acompanharam todos os tempos, o medo do cão, do velho, do polícia. !!!!do homem do saco lembram-se??? São esses medos que vocês os desta geração têm de desmistificar. Fazer ver a estas crianças de hoje que os medos só existem dentro das nossas cabeças e nas mentalidade retrogradas.

Franky
Aqui não posso concordar menos, o medo é necessário, o medo do papão, da bruxa, do homem do saco, é prefeitamente essencial para as crianças; tal como o são as fadas e o Pai Natal, e as princesas, e por aí fora... todas essas coisas fazem parte de um imaginário infantil que é saudavél e necessário ao desenvolvimento normal das crianças, não há nada que desmistificar, são imaginários colectivos, que existem em todas as culturas do mundo, e o medo é um sentimento tão necessário como outro qualquer.
jcachorro
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quarta out 22, 2003 10:22 pm

Só agora tive oportunidade de ler este tópico e é impossível não intervir....É de facto um tema MUITÍSSIMO interessante, este que se tem vindo a desenvolver aqui.
Ainda ontem (por volta das 3 da manhã, deu um programa com o Júlio Machado Vaz, que com muita pena não acompanhei do início, mas que falava exactamente sobre crianças; os temperamentos, a educação, etc.
Apesar de não ser pai, tenho acompanhado de perto o crescimento de algumas crianças, e com base na educação e nos valores que me foram transmitidos, por vezes, dou comigo a fazer algumas "análises"....
Para mim, todo o Ser Humano, quando nasce, é de facto "selvagem"... O que o distingue das outras espécies? Nesta fase, absolutamente nada. Digamos que é um "produto em bruto", cujas "arestas" terão ou deverão ser limadas. Já se falou aqui da crueldade que as crianças exercem umas com as outras... Ora bem, na essência dessa mesma crueldade está a busca constante de posições hierárquicas e de Regras, que ditam o viver em sociedade. Estarei a ser demasiado "animal" se comparar a este exemplo o de uma matilha de cães? Julgo que não...
E no meio disto tudo, é óbvio que afinal terão de existir diferenças....Cada espécie tem de facto as suas Regras bem definidas, ou pelo menos deveria ter; falo aqui, mais concretamente da espécie humana que ao longo dos tempos parece ter vindo a perder o seu "instinto natural", para as estabelecer e para as fazer cumprir....E quando não existem regras, não existe "nada".... Não existem pontos de referência nem padrões que possam ser seguidos. E digam o que disserem, independentemente do temperamento e da personalidade, as pessoas tal como os outros animais têm necessidade de se integrarem em grupos, de conviverem, de interagirem, para se sentirem presentes, para se afirmarem, para se "formarem". No caso dos humanos, cabe aos pais ensinar precisamente estas regras que muitas vezes acabam por ser negligênciadas e desculpadas com o tão típico comentário "Ainda é muito pequenino, não percebe..." O problema é que até aos 6 anos são pequeninos e não percebem e quando chegam à idade escolar e se deparam com responsabilidades, deveres, hierarquias, são infantis e mal educados e ninguém consegue perceber porquê....
<p>Cumprimentos

Jo&atilde;o Silva

</p>
rst
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quarta out 22, 2003 10:52 pm

Olá a todos,

Eu tenho uma criança de quase 3 anos e a minha opinião é a de que a tendência para maltratar os animais não é inata, mas passa pela educação dada (quer em casa, quer na escola).

O que acontece é que essa criança não foi suficientemente sensibilizada para o acto que estava a cometer. E como tal, concordo perfeitamente com a Cybergirl, quando diz que conversando conseguimos fazer compreender sem grande esforço o mal que é bater num animal.

Por outro lado quando se canta na escola o "atirei o pau ao gato, mas o gato não morreu..." não ajuda muito não é? Cá em casa temos dois gatos e essa música foi alterada... ;)

O meu filho conhece perfeitamente os limites de como tratar os nossos animais e como tal adoram-se uns aos outros.
BETAFERI
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quinta out 23, 2003 9:37 am

Aqui não posso concordar menos, o medo é necessário, o medo do papão, da bruxa, do homem do saco, é prefeitamente essencial para as crianças; tal como o são as fadas e o Pai Natal, e as princesas, e por aí fora... todas essas coisas fazem parte de um imaginário infantil que é saudavél e necessário ao desenvolvimento normal das crianças, não há nada que desmistificar, são imaginários colectivos, que existem em todas as culturas do mundo, e o medo é um sentimento tão necessário como outro qualquer
.

Não deve haver medos imaginários, que possam destruir a personalidade das crianças, o medo do cão é-lhes imposto por ideias preconcebidas, ela deve ter contacto com o animal e verificar por si só que o cão é amigo.

Estou plenamente de acordo com os mitos.
Que saudades do Pai Natal...... :oops: :oops:

Para os medos inatingíveis e desmistificáveis como as bruxas, as fadas, o papão, o desconhecido enfim, elas próprias arranjam os seus heróis, que as defendem que lhes dão força e as fazem vencer. Para o seu imaginário esse herói nunca morre e nunca chora. Alguém já viu o Super-homem lavado em lágrimas? E o Homem Aranha? Alguém já viu um destes heróis a chorar pelo animal que acabou de perder? Não existe medos e é por isso que as crianças se revêem nos seus heróis.



Franky
isabelpo
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quinta out 23, 2003 10:11 am

Ora, os medos!!! Os medos são necessários! Mas todos nós temos medos uma vez que, infelizmente, hoje em dia existe tudo e mais alguma coisa para nos fazer andar alerta! Alguns medos tornam-nos fortes e de certa forma preparam-nos para enfrentar algumas coisas na vida. O que não acho correcto são os medos incutidos nas crianças pelos próprios pais. Um exemplo, a Raquel quando era pequenina e começou a gatinhar tinha como diversão, ir de noite, com tudo escuro, de gatinhas ao meu quarto e acender a luz da mesinha de cabeceira! Não tinha medo de nada nem do escuro, como normalmente as crianças têm. Vinha à minha beira e ria-se!! Depois lá começava uma nova jornada, desta vez para apagar a luz! E lá andava ela toda contente! Os filhos dos meus amigos não o faziam nem a seguiam, porquê??? Porque os papás lhes diziam que tinha lá uma bruxa ou um monstro ou outra coisa qualquer horrenda! A minha filha quando começou a falar e ouvia estas barbaridades ficava espantada e dizia "Ó mamã, não é pois não?!" ao que eu respondia que não e explicava porque é que as pessoas dizem essas coisas às crianças. Ora a bruxa e o monstro do escuro modificam-se quando a criança não come a sopa ou não faz algo que os pais querem que faça, aí vem o "cão mau que te vai morder" e coisas do género! Ora o cão, tal como a bruxa e o monstro, toma para a criança um sentido completamente errado!! Provavelmente muitas atitudes contra animais por parte das crianças pode também vir daí!!! "Ai és mau, então toma!" e lá vai pontapé. E as coisas começam a crescer, as boas e as más, dentro daquelas cabecinhas, porque muitas vezes os pais, quando tomam uma atitude, só dizem "Sai daí, não faças mal ao bichinho!!!". Então e o resto? Não explicam mais nada?
Como já disse este tema dá pano para mangas, mas é extremamente interessante!!!
besourinha
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quinta out 23, 2003 1:51 pm

este tópico realmente tem pano p/mangas, e que mangas.

Eu ainda não tenho filhos, e não pensamos nisso a curto prazo.
Mas muitas das vezes tb tento imaginar como será o meu filho/a, tanto eu como o meu marido fomos crianças faceis de tratar (teimosas e traquinas qb) mas nunca deixámos os nossos pais mal vistos fosse onde fosse, e no que toca a animais nós sempre convivemos c/eles. Eu talvez por ser filha única sempre adorei estar no meio das galinhas, dos coelhos, dos cães, dos gatos, etc. A minha mãe fartava-se de ralhar comigo, mas eu sentia-me mais que bem no meio deles, sentia que tinha de lhes dar mimo, festas, atenção...
O meu marido como tem mais 2 irmãos não é tão sensivel c/os bichos, apesar de adorar animais, mas eu sou mais do tipo chorona...
Será que os filhos sãop mesmo o reflexo dos pais??
Será que o meu filho/a irá ser como o pai e a mãe, ou será que irá desdenhar os bichos?? Claro que farei de tudo para que ela sinta que jamais deverá fazer mal a um animal, mesmo não gostando... mas... se assim não for, como proceder?
<strong>Os meus c&atilde;es s&atilde;o o centro do meu mundo. :)



Carla</strong>
besourinha
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quinta out 23, 2003 1:52 pm

:?
<strong>Os meus c&atilde;es s&atilde;o o centro do meu mundo. :)



Carla</strong>
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