Donos de cães perigosos multados no Algarve

[bita322]

Mas em que é que pondo la a placa vai resolver o "problema" da vizinha alucinada? Ou ela sofre de alzaimer e esquece-se que existe la um cao?
è que nao estou a ver em que é que a placa vai sossegar as palpitaçoes da velha

[PauloSantos]

Acho que é uma leitura demasiado à letra da lei. Para mim o espírito da lei tem a ver com moradias, quintas, etc, em que uma pessoa pode entrar por qualquer motivo e o cão andar à solta dentro da propriedade e surpreender a pessoa. Não faz qualquer sentido pôr uma placa destas à porta dum apartamento

Eu estou de acordo com a Sealords, isto é uma leitura demasiadamente à letra.

O espirito do legislador, é exactamente aquele que a Sealords referiu, e prende-se com o facto de existirem moradias, quintas e até mesmo algumas vivendas, cujo o acesso fácil de pessoas, poderá pôr em risco a sua integridade fisica, caso exista um cão solto.

Obviamente, que colocar este aviso na porta de um prédio ou de um apartamente, não faz sentido algum.

Eu não colocava e aguardaria que a Policia Municipal levasse o caso a tribunal, porque me recusaria a acatar tal ordem e/ou a pagar qualquer coima aplicada.

Mas havendo a possibilidade de interpretar este ponto de duas formas e estando as coisas como estão, não será remar contra a maré? Quer dizer, quando se pode interpretar de duas formas distintas, quem sai a ganhar? A vizinha que vê o coração aos pulos e desmaia, ou os detentores do PP que não colocam a placa, porque não concordam?

Compreendo Lumaria, mas também não quero acreditar que um Juiz fizesse uma interpretração tão errada da Lei e do espirito do legislador.

Mas se assim fosse, também a Lei diz que:

Artigo 7.o
Medidas de segurança especiais nos alojamentos
...
2 — O detentor fica obrigado à afixação no alojamento, em local visível, de placa de aviso da presença e perigosidade do animal.

Ora, o alojamento dos meus Rotts, são os canis, como tal, nem sequer teria de colocar uma placa na entrada da casa, mas sim nos canis.

Do mesmo modo, que o alojamento de uma cão, dentro de um apartamento, pode ser um quarto (temos um bom exemplo no fórum do Rottweiler), como tal, a placa a ser colocada, seria na entrada do quarto (alojamento do cão).

Claro está, que isto, é demasiada palhaçada para a minha cabeça, e sinceramente, pese embora o facto das coisa estarem complicadas para os PP, mas... nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

[LuMaria]

A placa é exigência da Policia não da senhora. Agora que sentimentos vai causar na mulher eu não sei. Às tantas desmaia só de olhar para a porta, não sei... Agora a ideia é ver o que vem a seguir, depois de cumpridas todas as exigências.

Pois Paulo. Não sei. Quando perguntei pensei que a resposta fosse obvia, mas afinal não é. E no caso dos PP parece-me que são eles que saiem a perder. Não sei, digo eu.

[nicosa]

Agora a ideia é ver o que vem a seguir, depois de cumpridas todas as exigências.

.

Provavelmente a seguir vem a exigencia da retirada do cão do prédio em nome da saúde mental da senhora...

[MDogster]

A interpretação do espírito da lei também depende muito da "habilidade" do advogado que a defender perante um juiz.

Levando o artigo à letra "obrigado à afixação no alojamento, em local visível", eu até poderia pôr o aviso no meu hall de entrada...

[LuMaria]

A interpretação do espírito da lei também depende muito da "habilidade" do advogado que a defender perante um juiz.

Levando o artigo à letra "obrigado à afixação no alojamento, em local visível", eu até poderia pôr o aviso no meu hall de entrada...

LLLLOOOLLLLL vocês não estão é a lidar com uma pessoa sériamente perturbada.

[PauloSantos]

A interpretação do espírito da lei também depende muito da "habilidade" do advogado que a defender perante um juiz.

Levando o artigo à letra "obrigado à afixação no alojamento, em local visível", eu até poderia pôr o aviso no meu hall de entrada...

LLLLOOOLLLLL vocês não estão é a lidar com uma pessoa sériamente perturbada.

Lu, mas neste caso ( a colocação da placa ) quem parece estar perturbada, é a Policia Municipal.

Deixe-me lá adivinhar.. Cascais ou Sintra ? É que, quer de uns, quer de outros, tenho ouvido umas histórias engraçadas acerca destas coisas dos cães.

[LuMaria]

A interpretação do espírito da lei também depende muito da "habilidade" do advogado que a defender perante um juiz.

Levando o artigo à letra "obrigado à afixação no alojamento, em local visível", eu até poderia pôr o aviso no meu hall de entrada...

LLLLOOOLLLLL vocês não estão é a lidar com uma pessoa sériamente perturbada.

Lu, mas neste caso ( a colocação da placa ) quem parece estar perturbada, é a Policia Municipal.

Deixe-me lá adivinhar.. Cascais ou Sintra ? É que, quer de uns, quer de outros, tenho ouvido umas histórias engraçadas acerca destas coisas dos cães.

Buraca Paulo. Cova da Moura no meio. Zona de grande "risco"

[FBC]

Pois mas não é só isso também têm que ir com uma trela que tenha no máximo um metro e açaime mesmo que estejam no meio do campo ou numa praia deserta, assim não há socialização possível. Quem cumprir a lei à risca dificilmente terá um cão equilibrado e sociável.

Com isto já não concordo.

É verdade que evito o uso do acaime, mas cumpro todos as outras exigências e não é por esse facto, que os meus cães não são sociáveis e equilibrados.

Além de muitas outras coisas, mas falando em algo que é conhecido aqui na arca, tenho participado, sempre que possivel, nos passeios do Rottweiler organizados pela nynf e pela Agidog, e nunca tive qualquer tipo de problemas com os meus cães, nem em relação a outros animais, nem em relação a pessoas.

Os meus cães frequentaram escola de treino, exactamente com o objectivo de socializar, de estarem com outros animais, com outras pessoas.

Os meus cães "conhecem" as festas de Palmela, Montijo, Pinhal Novo, Setúbal, entre muitas outras. Porquê ? Porque eu faço questão que eles se passeiem no meio das pessoas, que convivam com elas, que seja para eles, algo de normal e natural.

Não me venham é dizer que uma trela com 1 metro é sinónimo de falta de socialização.

Veja lá se nestas fotos lhe dão a imagem de 2 cães desiquilibrados e pouco sociáveis ?

Bem perto deles, estavam mais umas dezenas de Rotts e respectivos donos.



encontro Rottweiler Organização AGIDOG

Bonitas imagens
Concordo com muito do que disse.
mas para quem exige tanto o cumprimento da lei, todos estes rotts estão fora da lei, pois não têm açaime.

Os seus cães e os restantes da imagem pertencem a pessoas que têm especial cuidado com a sua sociabilização e apesar de andarem à trela têm contacto com outros cães e pessoas, mas muitos dos que vejo na rua andam à trela precisamente para evitar qualquer contacto próximo com o resto do mundo (que é a intenção do legislador) e têm “ar” de que se um dia fugirem da trela atacam tudo.

Os cães são animais sociais e de matilha por natureza. Continuo a defender que é muito bom para o seu pleno desenvolvimento haver momentos em que eles estão totalmente há vontade com outros cães, momentos em que eles ajam por conta própria, isso dá-lhes auto confiança e auto controlo. A trela funciona como o cordão umbilical, não deixa os cães crescerem, a maioria dos cães que andam sempre à trela (não os da foto) têm uma atitude que manifesta um total falta de auto controlo.

Há uns tempos, numa caminhada que fiz nos açores, encontrei um criador de cães com uma matilha de Rotts e Filas de São Miguel todos soltos. Não me lembro quantos eram, mas eram mais de 10 e quando passaram por mim já tinham percorrido muitos quilómetros em plena natureza. Foi incrível ver tantos PPs tão “adultos” tão equilibrados, tão calmos.
Também costumo acompanhar matilhas de caça maior durante a caça e é incrível ver como esses cães são equilibrados.

Eu penso que todos os cães deveriam ter direito a fazer grandes caminhadas na natureza soltos e em matilha. Este tipo de actividade faz parte da natureza canina e é indispensável para os cães.

Cumprimentos
Francisco Bica

[PauloSantos]

Bonitas imagens
Concordo com muito do que disse.
mas para quem exige tanto o cumprimento da lei, todos estes rotts estão fora da lei, pois não têm açaime.

Só um pequeno reparo a isto:

Eu só exigo que as pessoas sejam responsáveis, como tal, não vejo o uso do açaime, embora obrigatório por lei, como um acto de responsabilidade, a menos que, o animal em causa, seja de facto agressivo, mas aí, caberá ao dono saber avaliar o seu cão.

Já o disse por diversas vezes e repito, o uso do açaime só transmite uma imagem contrária àquela que pretendemos ver quando olhamos para um cão.

Quem olhasse para estas imagens e visse os cães açaimados, pensaria estar perante uma matilha de cães perigosissima, quando no entanto, se trata somente de cães extremamente equilibrados e bem socializados.


A Lei actual, permite que o meu Serra da Estrela ande solto na rua, desde que, use açaime.

Se eu permitisse ao meu Serra andar solto na rua, além de irresponsável, porque colocava em perigo a integridade fisica do cão e também de outras pessoas, tenho a certeza que, mesmo que alguém visse um Serra da Estrela, embora de acaime, a correr na sua direcção, não acharia certamente muita piada.

No entanto, estava a cumprir a Lei.

[marja]

Quando adoptei o Igor ( arraçado de Rottweiler), encarregaram-se logo de me explicar os procedimentos a adoptar.
O Igor veio pra minha casa na Quinta feira, e na Sexta tinha um comunicado da Câmara Municipal na caixa do correio. (Diplomático! Não?)
Então dizia mais ou menos isto, O cão tem que ser registado na Junta de freguesia, tem de ter seguro, tem de andar à trela e de açaime.
Ok fiz tudo o que o comunicado explicou, chamei a veterinária, dei-lhe o boletim pra saber se estava tudo em ordem, e ela aconselhou-me a por um aviso no Portão ( Placa Identificadora) (cuidado com os cães). Eu estou descansada, não quero nenhum tipo de problema, e nunca fui fiscalizada, mas também, não dou motivos nenhuns. Mas é certo que as pessoas são ignorantes, mesmo de açaime e trela há quem fuja a sete pés de nós, e o Igor esse coitado, é tão meigo e tão bem comportado que não liga nem a pessoas nem a outros animais. São coisas

[PauloSantos]

Voltando à questão da "caça às bruxas" o que eu não entendo mesmo, é o porquê de noticias como a de hoje, no Correio da Manhã, darem origem a que se fale em cães potencialmente perigosos.

Não consigo, de todo, entender a relação de uma coisa com a outra.

Um menino de cinco anos foi mordido nas costas por um chimpanzé fêmea adulto – que andava à solta no Bombarral – e teve de receber tratamento no Centro de Saúde local. O animal só largou a criança depois da intervenção de populares e foi recolhido pelo dono, que o atraiu à jaula onde costuma estar.






Segundo a GNR, o proprietário do chimpanzé não possui documentos que comprovem estar em situação legal. Mas, enquanto decorre o processo criminal aberto na sequência da queixa da família do menor, ficou como seu fiel depositário.

A criança recebeu tratamento médico – a ferida foi desinfectada e foi-lhe administrada uma vacina anti-rábica – e regressou a casa, mantendo-se sob vigilância médica. A avó do menino, Maria Ferreira – que tem a guarda do neto –, disse ontem que se “queixa de muitas dores e anda a tremer”, além de ter medo de passar no sítio onde foi atacada.

A criança foi ferida na manhã do passado dia 11, quando estava no cemitério do Bombarral com a avó, no momento em que esta estava a arranjar a campa do marido. Nessa altura, depararam-se com o animal à solta.

“Estava em cima de um jazigo e subiu para uma árvore e não fez mal ao miúdo, mas, quando saímos do cemitério, virou-se para o menino, que me estava a dar a mão, atirou-o ao chão e começou a mordê-lo”, conta Maria Ferreira. “Se não fossem dois senhores a salvarem-no, o animal tinha-o matado, porque é muito maior e mais pesado, e ainda andou atrás da criança”.

Fernando Gomes, dono do chimpanzé – que costuma estar numa jaula numa oficina a caminho do cemitério –, assegura que pagará todas as despesas com os tratamentos médicos. “Não fechei bem os cadeados e ela é muito esperta e saiu. Fui encontrá-la no cemitério. Não vi o que aconteceu, mas disseram-me que foi só um arranhão, porque a criança estava a gritar e perturbou o animal, que não é violento, pelo contrário, connosco é muito dócil”, refere.

O chimpanzé tem quinze anos de idade, 1,20 metros de altura e chama-se ‘Guidage’, em homenagem aos combatentes portugueses envolvidos na reconquista daquela aldeia em 1974, na Guiné. Foi trazida para Portugal por Fernando Gomes, em 1994, para oferecer à filha de 14 anos. “Passou pelo aeroporto da Portela dentro de um saco aberto que eu trazia na mão e não me disseram nada, nem me pediram documentação”, afirma.

Maria Ferreira apresentou queixa na GNR do Bombarral. Militares do SEPNA estiveram ontem a recolher mais elementos para enviar ao Instituto de Conservação da Natureza, entidade que decidirá o destino a dar ao chimpanzé.

SAIBA MAIS

4458 cães considerados potencialmente perigosos estão registados na Direcção-Geral de Veterinária, ao abrigo da legislação que obriga os proprietários a fazer o registo nas juntas de freguesia.

50 mil euros é o montante mínimo do seguro de responsabilidade civil obrigatório que os donos de animais perigosos têm de possuir.

SEMELHANÇAS

O Homem e o chimpanzé têm 96 por cento do ADN igual, segundo um estudo publicado em 2005 na revista ‘Nature’.

EXTINÇÃO

A ONU calcula que, se o ritmo de destruição do habitat e da predação continuar, o chimpanzé estará completamente extinto por volta de 2025.

[LuMaria]

Voltando à questão da "caça às bruxas" o que eu não entendo mesmo, é o porquê de noticias como a de hoje, no Correio da Manhã, darem origem a que se fale em cães potencialmente perigosos.

Não consigo, de todo, entender a relação de uma coisa com a outra.

Por testemunhos que tenho obtido de diversas pessoas, os cães PP são isso mesmo, animais selvagens. Infelizmente noto que se está a generalizar esta ideia e as pessoas têm mesmo medo. É surrealista.

[PauloSantos]

Voltando à questão da "caça às bruxas" o que eu não entendo mesmo, é o porquê de noticias como a de hoje, no Correio da Manhã, darem origem a que se fale em cães potencialmente perigosos.

Não consigo, de todo, entender a relação de uma coisa com a outra.

Por testemunhos que tenho obtido de diversas pessoas, os cães PP são isso mesmo, animais selvagens. Infelizmente noto que se está a generalizar esta ideia e as pessoas têm mesmo medo. É surrealista.

Pois, a mim também me parece que é essa a ideia que se tenta passar e que começa a ficar cada vez mais enraizada, na cabeça das pessoas (algumas pessoas).

É triste.

[susanastrat]

Em relação às «placas a avisar sobre os cães»...já tive um polícia, à uns 3 anos, que me disse que eu teria de usar um autocolante no carro, a avisar da presença do cão.


Até hoje me faz confusão que ele esteja ou não errado, as opiniões de outros polícias, foram coincidentes e outras nem tanto.


A respeito das raças p.p., com os donos dos p.p. cada vez a serem mais cuidadosos no cumprimento da legislação, haverá muitos casos de bobis, lulus, foxuxos que vão passar para a lista dos cães perigosos... Na minha conta, já passaram dois labradores esta semana. E quanto mais sair a certos locais banais, muitos outros podem ser...não volto a ser benevolente, com nenhum dono, que deixe os seus cães atacarem o meu. Até aqui o meu cão defendia-se muito bem e, eu ficava aborrecida mas acabava por deixar tudo em «águas de bacalhau», esse tempo acabou defenitivamente. Seja o cão pequeno ou grande, novo ou velho.