As Crianças do nosso País!

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

isabelpo
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quinta out 23, 2003 3:23 pm

besourinha Escreveu: Claro que farei de tudo para que ela sinta que jamais deverá fazer mal a um animal, mesmo não gostando... mas... se assim não for, como proceder?
Não há formulas!!! Se isso acontecer tu vais saber o que fazer! ;) Acredita!!!
Bernardinha
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quinta out 23, 2003 3:37 pm

Pior que isso, foi ver da minha janela um dono de um cão a "atiçar" o dito, a um gato, que desesperadamente tentava subir a um àrvore, pa não ser todo mordido......vi-me obrigada a descer à rua e chamar o senhor à razão... Se calhar esse senhor, vai educar os filhos da mesma forma.

Jokas
<p>"N&atilde;o abandone os seus animais. N&atilde;o traia a confian&ccedil;a de quem lhe entregou&nbsp; a vida."</p>
<p>Tributo. Tenho tantas saudades tuas... <a href="http://www.slide.com/r/DP80D1jyyj-0_8g_ ... >&nbsp;</p>
besourinha
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quinta out 23, 2003 3:40 pm

isabelpo Escreveu: Não há formulas!!! Se isso acontecer tu vais saber o que fazer! ;) Acredita!!!
Espero bem que sim Isabel.
<strong>Os meus c&atilde;es s&atilde;o o centro do meu mundo. :)



Carla</strong>
ladyxzeus
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quinta out 23, 2003 8:03 pm

Creio que os "medos imaginários" impostos pelos pais são necessários ao desenvolvimento da criança. São necessários ao desenvolvimento da imaginação (como será a cara da bruxa? E quem é o herói que vai vencer a bruxa?). No entanto, no meio do nervosismo que á fazer a criança engolir a sopa de uma vez, muito pais precipitam-se, chamando para o "lugar do mal" coisas verdadeiras, como o cão! Quando eu tento fazer uma criança perceber alguma coisa invento sempre uma história em que o cão é o herói ou que é amigo do herói. Acho que esta mania de por os bichos do lado dos maus influencia muito as crianças para o seu comportamento perante os ditos. Passemos a colocá-los do lado dos bons e as crianças irão amá-los!
No entanto, não tirem as personagens do mundo imaginário das crianças! São necessárias! E, para além disso, lembram-se como era divertido pensar, à noite, nas coisas que os Vossos heróis faziam? Ainda me lembro: o meu era o Pipi-pantufa, um gato de peluche cor-de-rosa...
nel
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quinta out 23, 2003 8:49 pm

Olá

Gostei desta mensagem da ladyxzeus. Concordo com o conteúdo e com a forma de o expor.
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Cybergirl
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quinta out 23, 2003 9:20 pm

aisd Escreveu: Em alguns casos é mesmo preciso bater e punir.
Bater, em alguns casos???Pode dar-me um exemplo, s.f.f. em que o único método ou recurso de educação seja o bater?....penso que não exista, e sinceramente acho que a agressão fisica à criança (por tudo e por nada e sem explicação plausivel e justa), será sempre uma violência fria e simplória que certos pais utilizam, para acabarem com o "transtorno" do momento.

Os meus pais nunca me bateram (nem à minha irmã), e estamos a falar de métodos educacionais de 30 anos, e eu nunca bati à minha filhota (tem 6 anos) e por isso, (mesmo aceitando e respeitando, uma palmada de vez em quando que os pais achem que a criança mereceu), não entendo, nem reconheço este método educacional.

Eu dei explicações (e ainda dou algumas) e a mim confessam-me coisas incriveis, porque os ouço.O que constato em alguns casos, é a solidão, confusão, medo, insegurança, sentem-se tantas vezes perdidos, "sózinhos em casa" se quiserem!

Bye
Aninhas
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quinta out 23, 2003 9:21 pm

olá,

eu não tenho filhos mas penso se os tivesse como seria?
mas uma coisa tenho a certeza nunca admitiria que um filho meu fosse violento com os animais.
Tal como não admito qualquer tipo de violência entre os meus animais.
Se o visse bater num animal tipo pontapé julgo que lhe dava outro para ele ver como doi.
mas acho que também é importante tentar saber a causa da agressão, tem crianças que são realmente más, apesar da tentativa de boa educação dos pais, que ás vezes com aquela criança não resulta, tem que se usar outros meios, tem crianças que repreendendo vai, mas acho que o mais importante é tentar perceber o porquê daquela atitude, se for por ser mau simplesmente, nada como umas boas palmadas, se for por algum problema oprimido acho que convêm descobrir, mas ás vezes os pais não querem acreditar que falharam na educação ou que o filho tem um problema grave e preferem ignorar ou dar uma pequena repreensão porque fica bem, e ele assim que eles viram costas volta à carga............
Na verdade tenho assistido por parte dos pais uma indiferença que me assusta, vejo muitas crianças mal educadas e os pais nada fazem, fingem que não vêem enquanto o filhos entram numa loja berram mexem em tudo e os pais só quando alguém olha de lado para as crianças é que tem uma atitude para não parecer que só os puseram cá neste mundo.
Eu sempre fui uma criança muito difícil, mas sempre adorei animais e nunca lhes fiz mal, em relação ás outras crianças já não digo o mesmo, pois se me faziam mal eu sempre me defendia e acho que essa é a atitude correcta, sabermos nos defender enquanto crianças para mais tarde também não sermos adultos cobardes.
Nunca bati sem razão, e o meu pai também não me reaprendia por eu me defender mas se eu fazia alguma injustiça tinha aquele sermão que vinha directo ao coração e eu quase que pedia desculpas ao mundo por ter dado preocupações ao meu pai, até me esquecer e voltar a fazer outra coisa qualquer heheheehe, mas nunca nada de mal que incitasse a violencia.
Mas a verdade é que só sentia que tinha errado em alguns casos, que com conversa não ia lá, se mo fizessem sentir na pele!

Por isso acho que é importante falar mas tem coisas que só eles sentido na pele para verem como dói!!
aisd
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periquito FALCANITO

sexta out 24, 2003 3:55 am

É claro que eu não me referia a violência.
Pe, comigo - sempre fui difícil - uma vez dei um tabefe numa criada (debaixo de fúria, já nâo sei porquê), a minha mãe deu-me imediatamente uma estalada.
Depois é que veio a tal conversa (diria mais discurso) e um castigo.
Acho que ela fez bem.
É imperdoável abusar de quem está numa posição em que não nos pode responder de igual maneira.
Quando o meu sobrinho era pequenino deu uma palmada na avó.
O meu irmão fez o mesmo.
Ele chorou (tal como eu) mas nunca mais repetiu.
A questão é a justiça.
Nós sabemos quando merecemos.
E quando se é muito pequeno a palmada é muito clara, quando, às vezes, as palavras não são.
nel
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sexta out 24, 2003 8:30 am

Olá

Lembram-se de um tópico que lancei há uns tempos "Batem no vosso cão?"?
A maioria das pessoas respondeu que sim, que devez em quando dão umas palmadas no bicho.
Eu quando propus esse tema para discussão separei logo à partida as duas atitudes de bater. Há muita violência doméstica sobre mulheres e crianças e igualmente sobre animais, derivada das condições de vida das pessoas e de fenómenos sociológicos, frustrações e outros que não interessa aqui debater.
Outra atitude completamente distinta não passa disto mesmo, da atitude, do gesto, que não tem nada a ver com violência física.
Eu já não me lembro da última vez que bati aos meus cães porque já foi há muito tempo. Mas das primeiras vezes que o fiz de certeza absoluta que não os magoei. Magoei-os, isso sim, psicologicamente. Tal como a cadela castiga os seus filhotes quando não se comportam bem.
Actualmente, basta abrir-lhes os olhos ou fazer uma expressão de desagrado. Hoje seria incapaz de lhes bater porque não é necessário. Se o fizesse eles ficariam extremamente humilhados.
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beta1969
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sexta out 24, 2003 9:03 am

O Nel usou a palavra chave: Humilhação – Não há pior castigo que a humilhação... sentir-se ultrajado... e as crianças sentem. Aliás, têm de sentir: “Vês é assim que o cãozinho ou o menino em quem bateste se sente... Não gostaste pois não?”. E não estamos a falar de “pancada”, estamos apenas a incutir um sentimento de “profanação”: “O cãozinho não é intocável, mas tu também não...” e esta acção não tem de ser de todo violenta. Eu sinceramente, não aplico este tipo de castigo às crianças com quem faço voluntariado, pois já foram humilhadas o suficiente nas suas curtas vidas, e funcionam quase como os escravos no tempo da escravatura (foram tratados durante tanto tempo como objectos, que se sentem objectos).
Mas filhos de gente normal, concordo com a “chamada de atenção”. É como tudo na vida, às vezes só quando sentimos as coisas na pele. E por favor, não me digam que eles são pequeninos, pois desde o dia em que nascem entram na aprendizagem, que nos chamamos de crescimento.

Cpts
beta
isabelpo
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sexta out 24, 2003 1:15 pm

A história do "coitadinho, é pequenino não entende" serve para desculpa de muita coisa. Se não entende, vamos dentro do possível fazê-los entender!!! Se uma criança faz uma asneira, é repreendida e volta a fazer por maldade, que na minha opinião é o caso da criança que serviu de base para abrir este tópico, é porque entende perfeitamente o que está a fazer. Só que lhe dá prazer praticar esse mal! É isso que as pessoas têm de entender.
Por exemplo, o problema da morte!!! É complicado explicar a uma criança que é assim a lei da vida: Tudo o que nasce um dia morre! Quando a Meggy teve uma crise em Agosto foi muito complicado. A recuperação foi muito lenta e ela deixou mesmo de comer durante uns dias. Lá andei a visitar farmácias para arranjar os medicamentos que o vet lhe receitou. O vet disse-me que não sabia o que podia acontecer, mas para eu me preparar para qualquer coisa. Ora a minha filha tem 6 anos e eu tive de a preparar também, então inventei uma historinha para, se acontecesse alguma coisa, ela imaginar um céu só para cães, onde eles brincavam e eram felizes, mais ou menos do género daquela que aqui passou há uns tempos! E lá consegui que ela aceitasse o que o vet dizia. Eu não lhe menti, apenas tentei explicar de uma certa forma algo que não se explica! Não digo que ela não sofresse se acontecesse algo à Meggy, mas poderia imaginar a nossa pequenina a correr e a saltar toda contente! Isto para dizer que há sempre maneiras de dar a volta ao texto e fezer com que as crianças entendam o que pretendemos!
Cybergirl
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sexta out 24, 2003 4:15 pm

Olá,

Em relação à morte, (e hoje faz precisamente 6 meses do falecimento do meu pai), expliquei à minha filhota, que o avô, já não podendo leva-la todos dias ao jardim, está no entanto no céu a olhar por ela e por todos nós, e porque ela está na idade da imaginação de barbies, das histórias de encantar (todas as noites "tenho" de ler ou contar 1), das princesas e principes, aceitou perfeitamente!

Nunca lhe foi incutido medo, de bruxas, papões, monstros e fantasmas, (não existem), mas sim, que existem pessoas más.

Em relação "à palmada", ser eficiente, não concordo pelas razões anteriores expostas, agora em casos mais dificeis, até porque a dor é momentanea, (depois desaparece e esquece-se), concordo mais, com o castigo (por ex:não brincar com melhor amiguinho, não ver aqueles desenhos-animados, não brincar com playstation, isso os pais terão a obrigação de saber o que funcionará mais no seu filho), porque marca (psicologicamente) e muitas das vezes faz recuar e pensar: "se o fizer, acontece-me isto durante x tempo".

Desculpem se não consegui ser mais explicita, mas por razões obvias, hoje não consigo melhor!Mas passa! :(

Bye
ladyxzeus
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sábado out 25, 2003 8:30 pm

Em relação ao bater: quer seja a palmada, quer seja o castigo é sempre humilhante. É sempre humilhante ser-se contrariado por alguém que está acima, na hierarquia. Acho que nunca se deve castigar uma criança "por castigar". Deve-se fazer com que ela tente entender o que está mal e a razão do castigo. Bater nunca, já que implica uma dor física (por menor que seja) acrescida à dor psicológica. Por exemplo, quando a minha irmã se decide a bater num dos cães eu obrigo-a a pedir-lhes desculpa. Para ela é, com certeza, frustrante ter de pedir desculpa ao animal, que está abaixo dela na hierarquia da família. Desde aí ela nunca mais bateu nos cães (acreditem, batia-lhes mesmo a sério: pegava numa trela e dava-
-lhes com a parte de meltal).
Ddesculpem , mas agora tenho de fazer uma coisa muito importante! Continuo mais tarde.
Nuria
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sábado out 25, 2003 9:24 pm

Há crianças e crianças.
Exprimentem essa das conversinhas com um miudo de 4 anos, com hiper-actividade.....Pois!
Eu conheço um caso, que se não fossem umas palmadas dadas na altura certa, seria uma criança impossível hoje em dia.
CasadeAnaval
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sábado out 25, 2003 9:36 pm

Algumas conversas aqui fazem-me rir. Uma bofetada bem aplicada é o melhor que há em certos casos. Lembram-se do "Meu Filho, Meu Tesouro" do Dr Spock ?..
Pois é, a barracada que deu na geração criada segundo estes belos preceitos...

As bofetadas que levei não me fizeram necessitar de ir à 24 de Julho todos os fins de semana, nem de usar roupa de marca todos os dias. Aprendi sim, a respeitar os mais velhos a aprender com eles...e, se os quisesse questionar a armar-me antes de bases sólidas. Sim, porque o sim, porque sim, somente um idiota irá acreditar que serve de argumento ( mas há tantos, meus amigos, tantos...)
Nem precisamos ir longe, alguns exemplos desses adolescentes aparecem, de quando em quando aqui na arca, nunca aprendem nada porque nunca ouvem os mais velhos...mas sabem fingir que são muito espertos. Quem não se lembra da "estudante de veterinária" que aqui caiu de páraquedas que queria esclarecer as nossas dúvidas ? Ou no fórum dos gatos da criadora que sistemáticamente dava a pílula às gatas ? :)

Uma bofetada educa se dada com justiça. tanto nas crianças como nos cães. O facto de não haver capacidade de muitas pessoas para o fazer leva a que surjam crianças a tornarem-se adolescentes sem valor e cães mal educados...
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