Tentar mordiscar as mãos

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

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lds6
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domingo fev 17, 2013 1:12 am

TheOne Escreveu:
margoustink Escreveu:
TheOne Escreveu:Vocês são todos uns teóricos.... Quando um dia tiverem um cão a sério que vos ouse rosnar, ou a vocês ou a um familiar vosso, eu pago para ver os teóricos com as técnicas do positivismo a alterar um comportamento a tempo de não acontecer o pior....!!! :lol:
Estava na hora de pensar de outra forma. Eu desde miúda que tenho "cães a sério", na sua maioria cães cuja raça, já faz prever alguma dureza de temperamento, embora que para mim, a raça só por si, não chega para determinar a agressividade de um cão, nunca nenhum deles ousou rosnar aos donos.

Afinal os cães com determinados temperamentos, não estão reservados só para si TheOne, você pode ser uma pessoa especial, mas esse previlégio não é só seu. :lol:

É caso para se perguntar quais as causas que levam um cão a manifestar agressividade consigo, sendo a dona, é caso para pensar. E quem é que lhe disse que algum cão mostrou agressividade comigo?????
Geralmente, à cães que não são para todas as pessoas, precisamente porque surgem estas situações de agressividade, que nem sempre as sabem prevenir ou resolver.


Um problema de socialização, uma "educação" deficiente e uso de métodos aversivos de treino, experiências traumáticas e claro a predisposição genética. Não falando de problemas de saúde que os donos desconheçam que também podem provocar uma reação agressiva.

E um fator importante é os donos nunca conseguirem impor a liderança ao cão.

E acredito que geralmente uma agressão é desencadeada pelo medo e pelo stress. E as pessoas precisam de aprender a fazer correctas leituras do seu cão, saber respeitar a natureza do cão, não respeitando essa natureza vira-se contra os donos.

Não sei se algum dia frequentou aulas de treino de obediencia com o seu cão, não substitui a prática, mas uma leitura é sempre boa, para nós começarmos por rever algumas questões que até pensamos estarem arrumadas. Independentemente da experiência que tem, não sei qual é.

ON TALKING TERMS WITH DOGS - CALMING SIGNALS.
É o que eu digo, são todos uns teóricos....

Quer um exemplo prático? Então vamos lá a um exercício:
Uma cadela de porte grande, que dorme no chão e detesta ser incomodada por outros, isto é, se algum cão a incomoda, ela lança uma rosnadela, mas se for um dos donos, não se passa rigorosamente nada, como é óbvio. No entanto se for uma criança pequena que lhe passe por cima e a incomode, ela lança o mesmo rosnado, ainda que nada mais faça. A minha solução? Uma palmada no lado que estiver mais perto de mim, se for o rabo é o rabo, se for o focinho é o focinho. Caso arrumado, a criança a partir daí pode passar por cima dela as vezes que quiser, pode até pisá-la que ela ao invés de rosnar, levanta-se e muda de local. Enquanto o lugar da criança na hierarquia não está bem firme, os cães vão testá-la sempre que podem, e enquanto forem empurrões que são controlados com um "não" ou com um "sai", se existir uma escalada de atitudes, há uma igual escalada na educação, e não há margem para biscoitos ou positivismos.

Até hoje NUNCA nenhum cão meu mordeu uma pessoa ou criança, NUNCA, e são felizes e equilibrados, todos, portanto é porque os métodos funcionam....
Ao castigar o rosnar poderá resultar no seguinte: a cadela aprende que rosnar é errado; da próxima vez que for incomodada não dará sinal de aviso nenhum; a criança prossegue na acção sem saber que está a incomodar a cadela, porque esta adquiriu o comportamento de não rosnar; eventualmente fartar-se-á... Isto não é "só teoria"; já aconteceu, e está atestado como a formal normal de aprendizagem e interiorização de comportamentos dos cães.

Uma pergunta: e este episódio prático que descreveu agora, ele é também cenário hipotético ou passou-se mesmo?

Agora diga-me: é mesmo esse o seu argumento? "Tem funcionado até agora, logo os métodos resultam", é isso? Bom, e então as pessoas que usam métodos completamente contrários aos seus e também nunca tiveram problemas; isso também não prova que esses métodos resultam? Mas esses já são apenas teóricos e cinematográficos, é?
Não, não é porque "nunca deram problemas" que eles estão correctos. (desde logo porque, mesmo que hipoteticamente, aquela cadela rosnou a uma criança, logo, não vejo que os métodos sejam assim tão perfeitos, mas vá); mas vamos atacar o argumento em si: imagine que eu nunca uso anti-vírus no meu pc; ao invés, ouvi uma teoria de que se colocar fita cola no teclado nunca terei anti-vírus. Ao fim de 10 anos nunca tive nenhum vírus, enquanto amigos meus mais cuidadosos tiveram um ou outro problema. Eu concluo: se eu nunca tive problemas, é porque os meus métodos resultam, não?
Pois, o exemplo é estapafúrdio, mas a forma do argumento é a mesma, creio que isso é evidente.
Outro exemplo: quando vemos notícias de cães com 6, 7, 8 ou mais anos que atacaram o seu dono ou o vizinho sem nunca o terem feito até aí; se entrevistássemos o dono desse cão um mês antes do episódio trágico, ele poderia perfeitamente dizer que a educação que ele tinha dado ao cão resultava, porque nunca tinha havido problemas. Pois é, para acontecer um problema basta dois ou três segundos.
Um último exemplo, e este é prático e real, daqueles que o theone gosta. Aqui um vizinho meu tinha o seu canito já há uns anos (creio que três ou quatro). Nunca teve cuidados de maior a treinar a chamada ao seu cão; sempre se limitou a soltá-lo e chamava-o quando era para ir embora. Isto, que eu saiba, sempre "resultou" durante esses três ou quatro anos, mas eu não deixava de dizer que o que ele fez está errado, sobretudo porque se deve chamar o cão várias vezes e soltá-lo novamente, para que o cão não associe a chamada ao fim da brincadeira. Oh, isso é só teoria, diria o theone ou outra pessoa que pense de forma igual, insistindo ainda: "o que é facto é que o meu cão acaba sempre por vir ter comigo". Há dias passei por este meu vizinho, que passeava um cachorro bem mais novo... o outro tinha morrido... atropelado... pois, não ligou para a chamada do dono.
E agora pergunto: o facto de o cão ter morrido altera alguma coisa à história? É só pelo facto de ele ter sido atropelado que o método usado pelo meu vizinho está errado? Não, se o cão continuasse vivo, o método seria exactamente o mesmo, e continuaria a estar errado.
Com isto quero dizer uma coisa simples: não é pelo facto de nunca ter tido problemas com os seus cães que os seus métodos estão correctos ou errados; há que distinguir o plano "de facto" do plano "de direito". Este último é inalterável por definição; o plano de facto muda de um dia para o outro, basta acontecer qualquer evento novo... Os seus métodos até podem estar correctos, mas não é por essa razão; arranje outros argumentos que este é fraco.

Para finalizar; eu não gosto de levar isto para o plano pessoal, pois, uma vez mais, é o plano de facto, e pouco interessa neste tipo de discussões, mas vá, às vezes é só assim que nos entendemos: o meu cão nunca rosnou a ninguém; e nenhum cão que eu conheça que tenha sido educado, desde cachorro, com base nos tais métodos cinematográficos, teóricos e irreais alguma vez teve uma atitude de mínima agressividade com quer que fosse, muito menos a crianças da própria família. Em que é que ficamos?
TheOne
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domingo fev 17, 2013 11:58 am

lds6 Escreveu:
Ao castigar o rosnar poderá resultar no seguinte: a cadela aprende que rosnar é errado; da próxima vez que for incomodada não dará sinal de aviso nenhum; a criança prossegue na acção sem saber que está a incomodar a cadela, porque esta adquiriu o comportamento de não rosnar; eventualmente fartar-se-á... Isto não é "só teoria"; já aconteceu, e está atestado como a formal normal de aprendizagem e interiorização de comportamentos dos cães. - Não, o cão sabe perfeitamente que levou no focinho porque rosnou a quem não devia, não me venha cá com tretas do inibir o rosnado, isso é típico de quem não observa os cães, de quem sabe muita teoria e tem pouca prática.

Uma pergunta: e este episódio prático que descreveu agora, ele é também cenário hipotético ou passou-se mesmo? - Sim passou-se, com um bebé de 1 ano e meio, que hoje tem 3 anos e NUNCA teve qualquer problema com os cães da casa, portanto a cadela percebeu perfeitamente qual era o lugar dela, percebeu perfeitamente que levou por rosnar ao bebé, tanto percebeu que até hoje nunca houve qualquer problema, e o bebé passa por ela, por cima dela, até lhe cai em cima e ela não faz rigorosamente nada.

Agora diga-me: é mesmo esse o seu argumento? "Tem funcionado até agora, logo os métodos resultam", é isso? Bom, e então as pessoas que usam métodos completamente contrários aos seus e também nunca tiveram problemas; isso também não prova que esses métodos resultam? - Foi isso que eu disse?? Essas teorias são dos positivistas, essas de que só as técnicas usadas por estes é que resultam e são as correctas e que todas as outras são perigosas e nefastas para os cães...Mas esses já são apenas teóricos e cinematográficos, é?
Não, não é porque "nunca deram problemas" que eles estão correctos. (desde logo porque, mesmo que hipoteticamente, aquela cadela rosnou a uma criança, logo, não vejo que os métodos sejam assim tão perfeitos, mas vá) - Só quem nunca teve raças tendencialmente dominantes é que não percebe que há cães que testam a sua posição na hierarquia com muita facilidade, e especialmente com crianças. E tanto resulta que só precisam de ser ensinados 1 vez.; mas vamos atacar o argumento em si: imagine que eu nunca uso anti-vírus no meu pc; ao invés, ouvi uma teoria de que se colocar fita cola no teclado nunca terei anti-vírus. Ao fim de 10 anos nunca tive nenhum vírus, enquanto amigos meus mais cuidadosos tiveram um ou outro problema. Eu concluo: se eu nunca tive problemas, é porque os meus métodos resultam, não? Ridículo no mínimo...
Pois, o exemplo é estapafúrdio, mas a forma do argumento é a mesma, creio que isso é evidente.
Outro exemplo: quando vemos notícias de cães com 6, 7, 8 ou mais anos que atacaram o seu dono ou o vizinho sem nunca o terem feito até aí; se entrevistássemos o dono desse cão um mês antes do episódio trágico, ele poderia perfeitamente dizer que a educação que ele tinha dado ao cão resultava, porque nunca tinha havido problemas. Pois é, para acontecer um problema basta dois ou três segundos. E??? Qual é a semelhança entre mim e esses donos que adoram ir para as notícias???
Um último exemplo, e este é prático e real, daqueles que o theone gosta. Aqui um vizinho meu tinha o seu canito já há uns anos (creio que três ou quatro). Nunca teve cuidados de maior a treinar a chamada ao seu cão; sempre se limitou a soltá-lo e chamava-o quando era para ir embora. Isto, que eu saiba, sempre "resultou" durante esses três ou quatro anos, mas eu não deixava de dizer que o que ele fez está errado, sobretudo porque se deve chamar o cão várias vezes e soltá-lo novamente, para que o cão não associe a chamada ao fim da brincadeira. Oh, isso é só teoria, diria o theone (tem mesmo a certeza? O facto de recorrer quando é preciso a uma palmada, faz de mim um atrasado mental que não sabe o que faz e treina cães à porrada??? Fantástico como tira conclusões tão rápidas sobre os conhecimentos de cada um à custa de uma palmada!!!) ou outra pessoa que pense de forma igual, insistindo ainda: "o que é facto é que o meu cão acaba sempre por vir ter comigo". Há dias passei por este meu vizinho, que passeava um cachorro bem mais novo... o outro tinha morrido... atropelado... pois, não ligou para a chamada do dono.
E agora pergunto: o facto de o cão ter morrido altera alguma coisa à história? É só pelo facto de ele ter sido atropelado que o método usado pelo meu vizinho está errado? Não, se o cão continuasse vivo, o método seria exactamente o mesmo, e continuaria a estar errado.
Com isto quero dizer uma coisa simples: não é pelo facto de nunca ter tido problemas com os seus cães que os seus métodos estão correctos ou errados; há que distinguir o plano "de facto" do plano "de direito". Este último é inalterável por definição; o plano de facto muda de um dia para o outro, basta acontecer qualquer evento novo... Os seus métodos até podem estar correctos, mas não é por essa razão; arranje outros argumentos que este é fraco.

Para finalizar; eu não gosto de levar isto para o plano pessoal, pois, uma vez mais, é o plano de facto, e pouco interessa neste tipo de discussões, mas vá, às vezes é só assim que nos entendemos: o meu cão nunca rosnou a ninguém; e nenhum cão que eu conheça que tenha sido educado, desde cachorro, com base nos tais métodos cinematográficos, teóricos e irreais alguma vez teve uma atitude de mínima agressividade com quer que fosse, muito menos a crianças da própria família. Em que é que ficamos?

Ahh, agora a parte final que é bastante interessante.... E se eu lhe disser que os cães que tive DESDE CACHORROS nunca precisaram de palmada nenhuma, e que apenas as necessitei de usar em cães que adoptei já adultos? Cães que poucos quereriam adoptar? Cães que já vêm com "manias" e com educações duvidosas? É bonito falar sem conhecimento de causa, mas às vezes damos tiros no pé! :wink:
"Eu sou responsável pelo que digo, não pelo que você entende." - Auto desconhecido

"O maior prazer de uma pessoa inteligente, é fazer de idiota perante um idiota a fazer de inteligente!" - Autor desconhecido
botas96
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domingo fev 17, 2013 2:16 pm

Eu permito três tipos de rosnar que normalmente inserem-se em contextos bem e pré definidos.
Rosnar curto que antecede ao ladrar.
um rosnar mais prolongado semelhante ao chewbacca ou a um gemido humano de satisfação.
um rosnar intermitente,prolongado/pequena duração/prolongado. (quando tem uma coisa e não me quer dar).
mas também não possuo raça nenhuma nem tenho cães dominantes, devo confessar que não tenho pachorra nenhuma para estar sempre em cima,nem tenho eu próprio a disciplina necessária para fazer valer a mesma.
A minha principal arma é exercício há barda (quando posso) e castigos.
Normalmente chega, normalmente cai para o lado e já não chateia.
Dito isto, eu não permito qualquer outro tipo de rosnar, seja da minha, do outro ou de um desconhecido.
E não descarto a hipótese nem critico o enxerto de porrada daqueles monumentais, se necessário, caso um cão se torne desafiante à nossa autoridade.
É um baptismo que funciona tal como acontece numa alcateia ou matilha (para usar o argumento da natureza), chama-se a lei do mais forte.
Estou muito longe de ser o super homem,mas...
1º nunca tive um animal de que me sentisse desconfortável com.
2º Na rua outros valores sempre falaram mais alto,quando confrontado com um perigo iminente, caso não consiga evitá-lo,não me ensaio nada para por o perigo em debandada (até ao dia... agora há um dob aqui na zona e tudo, foi adoptado por maus tratos, tem 8 meses e já se mostra dominante, está a "abrir", se for uma questão de ele ou eu,então que seja).
3º Aconselho a quem iniciou o tópico, se não possui um à vontade com o cão (como me deu a entender) não invente,nem siga nada do que foi escrito. Por muito interessante e completo (com vários pontos de vista) que lhe possa parecer, vai uma grande diferença entre a teoria e a practica, lembro-lhe que não há espaço de manobra para hesitações.
Procure quem o possa ajudar,ali.
Uma outra coisa,o cão estava no exterior e foi para o interior, certo?
Como mudou as coisas ao cão, é normal no novo meio,num novo ambiente ele desafiar para subir a hierarquia, é um volta a baralhar para ter um novo "jogo" de cartas.
WaterMonitor
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domingo fev 17, 2013 2:17 pm

TheOne, nem mais.

Uma coisa são os cães que criámos desde os dois meses e meio e a quem fizemos o imprinting, outra são os adultos que adoptamos e que trazem problemas vários.

E voltamos à conversa de "ler o cão".

Se desse um estalo sério no macho DA, que é submisso e tímido, deixava-o com ataques de pânico para uma semana. Por norma se está teimoso, puxo-o pela orelha (sem força) ou dou-lhe um abana moscas no cocoruto.

Se não desse um bofetão na fêmea DA, metade da minha casa já tinha sido destruída. Outras vezes só resulta abraçá-la com força até acalmar. Não lhe conheço o passado, mas sei que quando se excita loucamente basta apertá-la de encontro a nós e aquilo passa.

O Jimmy que me chegou puto, precisa apenas de uma voz.

Não sei dizer como é que soube estas coisas dos que me chegaram adultos.
zeca2
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domingo fev 17, 2013 3:31 pm

O problema do mordiscar é de fácil resolução quando falamos de cachorros, mas de um cão com 6 anos que tem esse comportamento merece realmente ponderação e, sobretudo, conhecimento correcto do animal e porque o faz.

De toda a retórica que aqui se verteu se podem tirar conclusões positivas para tentar resolver o problema, sejam elas positivistas ou negativistas, o importante é que todas as teorias (que são, sim, importantes) podem, em conjunto ou em oposição, substituir com vantagem o famoso "instinto infalível" com que alguns foram dotados.

Tenho aqui ouvido falar em cães de "temperamento forte". Toda agente tem, ao que parece, cães de "temperamento forte", tão forte que inibem a mordida com uma só (pasme-se) bofetada. Para além de considerar a famosa "bofetada" incorrecta do ponto de vista etológico, para um cão de temperamento realmente forte uma bofetada pouco mais é do que peanuts - a não ser que seja dada por um matulão de 2m e 130 kg de peso. Outras correcções mais adequadas teriam mais eficácia.

Dois pontos muito concretos sobre correcções físicas:

- implicam um conhecimento perfeito do carácter do cão, do seu limiar de agressão, do seu nervosismo, da sua dominância e da sua sensibilidade. Conforme os seus níveis de instintos e drives, o castigo físico podem desencadear efeitos opostos como o fomento da agressividade ou um traumatismo psicológico. Depende do cão...

- se se opta pelo castigo positivo, é importante que este seja contundente para que o cão o sinta realmente e não seja necessário repeti-lo.

De qualquer modo a utilização deste tipo de castigos implica que o cão já saiba quem é o líder na relação, e isso faz-se no convívio anterior com o animal.

Em relação ao forista que pôs a questão, a minha opinião é que deveria avaliar o seu relacionamento com o cão, se este realmente sabe quem é o "super-alfa". Como opção inicial, utilizar o castigo negativo até o cão perceber que comportamento se deseja. Nessa altura introduzir, em caso de falha, o castigo positivo, considerando sempre que este deve ter o impacto necessário para que não seja possível repeti-lo.
WaterMonitor
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domingo fev 17, 2013 5:14 pm

Zeca, nunca subestime o meu peso.
nicosa
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domingo fev 17, 2013 5:46 pm

zeca2 Escreveu:
Tenho aqui ouvido falar em cães de "temperamento forte". Toda agente tem, ao que parece, cães de "temperamento forte", tão forte que inibem a mordida com uma só (pasme-se) bofetada. Para além de considerar a famosa "bofetada" incorrecta do ponto de vista etológico, para um cão de temperamento realmente forte uma bofetada pouco mais é do que peanuts - a não ser que seja dada por um matulão de 2m e 130 kg de peso. Outras correcções mais adequadas teriam mais eficácia.
:lol: :lol: :lol:
Depois da gargalhada falemos a sério:
E é preciso esse tamanho todo e esse peso todo para quê mesmo?
Um cão de "temperamento forte" não reage a uma palmada mais leve porquê?
Eu não posso alongar-me muito em teorias porque as desconheço, sou sincera! Mas na prática posso garantir-lhe que uma das pessoas a que o meu cão obedece mais rápidamente é à minha filha mais nova. Para mim, porque o factor dedicação, quase veneração que ele tem por ela faz com que uma palmada que ela lhe dê o magoe e o afecte muito. Garantidamente. E não, nunca ele mostrou sinais de, sequer, " refilar" com ela.
Sofia
TheOne
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domingo fev 17, 2013 6:25 pm

zeca2 Escreveu:(...)

Tenho aqui ouvido falar em cães de "temperamento forte". Toda agente tem, ao que parece, cães de "temperamento forte", tão forte que inibem a mordida com uma só (pasme-se) bofetada. Para além de considerar a famosa "bofetada" incorrecta do ponto de vista etológico, para um cão de temperamento realmente forte uma bofetada pouco mais é do que peanuts - a não ser que seja dada por um matulão de 2m e 130 kg de peso. Outras correcções mais adequadas teriam mais eficácia.
(....)
Você tem aí uma veia cómica :lol:

"inibem a mordida com uma só bofetada" :lol: Sabe como é que eu ELIMINO a mordida? Com um pontapé nos queixos. E agora você diz: "Que violência gratuita, isso não resulta e só serve para traumatizar os cães..." e eu respondo assim: "Você adora misturar alhos com bugalhos e pôr palavras suas na boca dos outros..."

Resumindo:
Estou mesmo sem paciência para as suas teorias da treta e para me justificar perante seja lá quem for, e se para si, o que eu descrevi, é "inibir uma mordida", opá leve lá a bicicleta e vá comer um gelado à esplanada... :roll:
"Eu sou responsável pelo que digo, não pelo que você entende." - Auto desconhecido

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zeca2
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domingo fev 17, 2013 6:25 pm

nicosa Escreveu:
zeca2 Escreveu:
Tenho aqui ouvido falar em cães de "temperamento forte". Toda agente tem, ao que parece, cães de "temperamento forte", tão forte que inibem a mordida com uma só (pasme-se) bofetada. Para além de considerar a famosa "bofetada" incorrecta do ponto de vista etológico, para um cão de temperamento realmente forte uma bofetada pouco mais é do que peanuts - a não ser que seja dada por um matulão de 2m e 130 kg de peso. Outras correcções mais adequadas teriam mais eficácia.
:lol: :lol: :lol:
Depois da gargalhada falemos a sério:
E é preciso esse tamanho todo e esse peso todo para quê mesmo?
Um cão de "temperamento forte" não reage a uma palmada mais leve porquê?
Eu não posso alongar-me muito em teorias porque as desconheço, sou sincera! Mas na prática posso garantir-lhe que uma das pessoas a que o meu cão obedece mais rápidamente é à minha filha mais nova. Para mim, porque o factor dedicação, quase veneração que ele tem por ela faz com que uma palmada que ela lhe dê o magoe e o afecte muito. Garantidamente. E não, nunca ele mostrou sinais de, sequer, " refilar" com ela.
Não ponho em causa a veneração do seu cão pela sua filha... Aliás, só vem de encontro ao que eu disse: a primeira coisa que o cão tem que ter claro é a quem deve obedecer. Pelos vistos ele respeita a sua filha e faz tudo o que ela manda. A pergunta aqui é: se ele tem tal amor e respeito pela sua filha, a quem obedece cegamente, porquê uma palmada e não um simples não? Ou o cão só se magoa e afecta muito se fôr mesmo palmada?

De qualquer modo, vem apenas corroborar o que eu disse: antes de decidir por uma correcção há que conhecer muito bem o cão. Dar bitaites num forum sobre um animal que não se conhece parece-me imprudente.

O que "com os meus, que são terríveis!!" sempre funcionou, às tantas é contraproducente com um cão que não conhecemos, para mais adulto...

Nestes casos acho que o castigo negativo é uma boa primeira abordagem. Pode não funcionar, mas ao menos não estraga.
zeca2
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domingo fev 17, 2013 6:54 pm

Você tem aí uma veia cómica :lol:

"inibem a mordida com uma só bofetada" :lol: Sabe como é que eu ELIMINO a mordida? Com um pontapé nos queixos. E agora você diz: "Que violência gratuita, isso não resulta e só serve para traumatizar os cães..." e eu respondo assim: "Você adora misturar alhos com bugalhos e pôr palavras suas na boca dos outros..."

Resumindo:
Estou mesmo sem paciência para as suas teorias da treta e para me justificar perante seja lá quem for, e se para si, o que eu descrevi, é "inibir uma mordida", opá leve lá a bicicleta e vá comer um gelado à esplanada... :roll:[/quote]

Com a elegância (e já agora, a educação) habitual, eis aqui exposta a nova teoria (estranho, para quem está farta de teorias...) para ELIMINAR a mordida : sai pontapé nos queixos! Isto se fôr uma mordida a brincar, porque se fôr de agressão será caso para moto serra no cachaço! Se alguém tiver para aí um cão agressivo, deixe-se de teorias e chame a iluminada forista: sai biqueiro e deixa de haver problemas! Mas é natural: ela é the (special) One!

Depois desta imbecilidade, manifestar a minha estranheza por se ter dignado escrever este construtivo post, apesar de ao que diz estar sem paciência para as minhas teorias da treta. É de agradecer esse esforço pedagógico.
WaterMonitor
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domingo fev 17, 2013 7:35 pm

zeca2, por acaso já ouviu falar da teoria em que bastam dois dedos em cheio nos dentes (a arma) para punir um cão?

Já viu o Millan dar-lhes com 2 dedos no peito ou um pequeno coice com o pé?

Para quê ter dois metros e 130 quilos?

O gajo é um anão e domina os cães com sensatez, conhecimento profundo da linguagem dos canídeos e uma calma impressionante. E quando é para dar, dá.
zeca2
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domingo fev 17, 2013 8:02 pm

zeca2, por acaso já ouviu falar da teoria em que bastam dois dedos em cheio nos dentes (a arma) para punir um cão?
Pois, afinal todos temos teorias, né? Nunca tinha ouvido falar e, mesmo que tivesse, não arriscava a técnica com um cão agressivo...

Já viu o Millan dar-lhes com 2 dedos no peito ou um pequeno coice com o pé?

Para quê ter dois metros e 130 quilos?

O gajo é um anão e domina os cães com sensatez, conhecimento profundo da linguagem dos canídeos e uma calma impressionante. E quando é para dar, dá.
Há que ter algum cuidado com essas séries sobre treino. Normalmente os episódios reflectem muito mais trabalho que a meia hora televisada. Pode ver-se o estado inicial e o resultado final, que obviamente reflecte apenas os casos de sucesso, que não ponho em dúvida que serão muitos.

Vem ao meu encontro quando diz que ele conhece profundamente a linguagem canina e sabe muito de cães.

Ter uma "calma impressionante" é precisamente o contrário de "dar uma palmada por instinto", como aqui já se defendeu...

E realmente, "quando é para dar, dá". O problema é saber o quando. Não é exactamente a mesma coisa que a teoria da iluminada defende : morde? pontapé nos queixos e tá a andar...

De qualquer modo também é verdade que nesse programa pode ver-se muitas vezes a recomendação: se não é profissional experiente, não use estas técnicas.
WaterMonitor
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domingo fev 17, 2013 9:02 pm

Acha que quando dou uma palmada por instinto estou como? Histérica? Aos pulinhos? A fazer o pino? Estou calma. Sou apologista que gritaria e drama, em qualquer aspecto da vida de uma pessoa, não ajuda nada. E com animais não ajuda mesmo.

Durante anos criei gatos. Experimente a pôr-se aos berros e com excessos nervosos com um gato a ver o que acontece. Já vi muita "drama queen" a lidar com gatos e digo, é lindo!

A cena de dar com 2 dedos, chamei teoria porque, para mim, é uma teoria como outra qualquer. Era o que ensinavam no treino e eu quando dou é como calha, não estou cá a contar os dedos ou a pensar nisso.

E quanto ao pontapé nos queixos, garanto-lhe que se for atacada por um cão que não conheça, é o que farei. Não me vou pôr cá com tretas e teorias é pontapé nos queixos pelo menos se eu conseguir.
zeca2
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domingo fev 17, 2013 9:25 pm

E quanto ao pontapé nos queixos, garanto-lhe que se for atacada por um cão que não conheça, é o que farei. Não me vou pôr cá com tretas e teorias é pontapé nos queixos pelo menos se eu conseguir.
Acho que disse tudo. E se não conseguir? Aí é que está o problema.
kitttten
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domingo fev 17, 2013 9:32 pm

Huuummmm e já agora Zeca, já que eu faria exactamente o mesmo que a watermonitor, o que faria se um cão desconhecido o atacasse?
Quem cala nem sempre consente. Pode ser só preguiça de discutir idiotices.

Nunca discutas com um idiota. Ele arrasta-te até ao nível dele, e depois vence-te em experiência.

http://animalartportugal.blogspot.com/

www.apterrariofilia.org
Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam...
Não é bonito, mas é profundo.

Madalena Marques
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