Treinadores
Moderador: mcerqueira
Aquilo que penduram na parede poderá (deverá!) ser reflexo do que foi realizado no terreno. Uma vez mais, a cisão que se faz entre as duas coisas é, para mim, incompreensível. Se os diplomas se falsificam ou se obtêm com "facilidades" indevidas, isso é um problema de outra ordem.Netherwing Escreveu: avalio as pessoas pelo que realizam no terreno, não por aquilo que penduram na parede.
Aliás, é muito mais fácil haver diplomas que não querem dizer nada num cenário de falta de regulamentação. Já não será tão fácil com uma regulamentação mais clara. Mas, ya, bora manter tudo mais selvagem, porque a regulamentação é fascista. Assim é melhor. Qualquer um pode dizer que é treinador, pode mostrar quatro ou cinco cães que treinou e que são impecáveis... e depois dizer que a cura para um cão que tem ansiedade por separação é dar-lhe exercício (estou a falar de casos reais).
E depois, essa conversa do "avalio as coisas no terreno" é muito bonita, mas como já se falou aqui, isso é muito limitado. Isso parte do princípio de que qualquer pessoa está habilitada a fazer avaliações que, na verdade, não são assim tão simples e acessíveis de se fazer.
A mim repudia-me a forma como se insiste em não compreender as coisas. Não se trata, pelo menos aqui, do diploma pelo diploma. Aliás, a questão básica concentra-se na regulamentação da actividade, e não numa questão de "obsessão por diplomas". Qual é a diferença? Esta: diplomas existem em qualquer das situações, quer no actual faroeste de (não) regulamentação, quer numa futura (longínqua) situação de regulamentação da actividade; a diferença não está em pedir mais ou menos diplomas; a diferença está em criar-se um estatuto claro da actividade, com critérios claros de quem está e quem não está habilitado a uma prática profissional.repudia-me a obssessão das pessoas por diplomas, é muito estado novo, irrita-me sei lá!
parece que não se evoluiu nada desde os anos quarenta... é terceiro mundista, e é muito latino e irrita-me...
mas percebo a necessidade.
Está claro?
Para já, não estamos a falar de um contexto académico, estritamente falando. A formação que imagino não seria de âmbito académico. Mas adiante.sou muitissimo a favor da formação académica, aprecio-a e incentivo-a... só não avalio as pessoas com base nela.
é bom quem dá provas de ser bom, quem concretiza.
As provas dadas não são paralelas, separadas, à formação comprovada. Pelo contrário, a formação de um profissional é uma das provas a dar! Clarinho como água, não?
Quantas vezes já foi dito que a regulação da actividade não tem como objectivo passar um atestado de qualidade? Quantas vezes já tentei dizer que o objectivos de regular a actividade não passam por fazer distinção entre quem é bom e quem é mau?
Mais do que distinguir quem é bom de quem é mau, trata-se de garantir qualificações mínimas; trata-se de garantir que a prática do determinado profissional terá como base um conjunto de noções consideradas nucleares. Isso, hoje, é impossível.
Netherwing, para não estar a massacrar o tópico com múltiplas questões, enviar-lhe-ei MP para esclarecer (ou tentar) outras questões.