Nanico Escreveu:
gary Escreveu:
[Creio que os criadores têm mais perrogativas a defender do que os "hospedeiros", afinal a matéria prima é deles.
O problema e esse, para o dono, claro
Imagine-se estas situacoes hipoteticas: Eu tinha um cao em co-propriedade, e a certa altura queria mudar-lhe a racao porque nao estava para conduzir 30 kms para comprar uma saca...
Ou mudava de emprego e tinha menos disponibilidade para fazer aqueles passeios longos todos os dias...
Ou dava-me o reumatico e ja nao podia ir tao frequentemente a escola com o cao...
Ou tinha um acidente e o meu rafeiro cobria a cadela que tenho em co-propriedade...
Como seria, tiravam-me o cao?
Olá
Nanico
por alguma razão se diz que o acordo tem que ser feito entre pessoas de confiança e que se entendam muito bem. A questão da alimentação tem dado aqui muito sururu, mas não se esqueçam dos milhares de cães que são alimentados com rações de péssima qualidade, de supermercado e de fabrico duvidoso. Claro está que a conversar é que as pessoas se entendem, e se o dono quiser mudar a alimentação do cão mas mantendo a qualidade e o cão reaja bem a essa mudança, porque não? É uma questão de se aplicar o bom senso e também uma certa flexibilidade.
Em relação á questão do treino, ora aí está uma vantagem da co-propriedade, se o dono não puder por razões de força maior, está lá o criador para dar o apoio necessário...
Quanto ao acidente, desculpa mas não consigo compreender como é que esses acidentes acontecem (chamem-me tacanha), ou melhor, compreendo, mas acho perfeitamente evitável e como tal, uma total inconsciência de quem o permite. Uma distração pode ter um preço muito elevado para a vida da própria cadela...
Por fim, não vejo a co-propriedade como um acordo estritamente comercial, em que o animal é uma coisa ou objecto. Vejo sim como um acordo em que a amizade e confianças são fundamentais e em que todos vão ser beneficiados, incluindo o animal.
Pedra, só não concordo na parte do trabalho e treino. Penso que seria mais justo este ser a mielas também, e não só a cargo do dono. In extremis, caso o criador tenha uma escola de treino, oferecer o treino, ficando os premios para o criador. Tudo depende da raça em questão, mas para mim um Rott ou um PA (por exemplo) que só participe em beleza não me diz nada, beleza e funcionalidade têm que andar lado a lado, pois é a única forma de se garantir uma seleção de exemplares equilibrados em todos os sentidos.
Quanto á questão da esterilizar as femeas, vamos ver se consigo expor o meu raciocinio...
Nunca percebi porque se vendem as femeas mais baratas que os machos (prática comum em Portugal). No meu entender deveria ser exactamente o contrário, e neste ponto concordo com o
Garry. Uma cadela inteira tem que ser bem paga.
A Criação deveria ser exclusivo sim dos Criadores, evitava-se assim tanto acidente de percurso, não pelos motivos comerciais, mas sim pela defesa das raças e dos próprios donos, que são muitas vezes enganados a torto e a direito (por culpa deles também, mas é utópico pensar-se que se vai conseguir educar este mundo e o outro).
Basta abrir uma revista especializada qualquer/um jornal e ver a quantidade de excelentes exemplares descendentes de campeões baratos, a bom preço, com facilidades, etc etc etc. É como os filhos do inspector Max que sairam de orelhas caidas...porque será??
Evitavam-se também gerações de cachorros displásicos, com grandes problemas genéticos, os criadores de vão de escadas, e muitas outras situações.
Claro está que por outro lado, me choca um pouco a questão de esterilizar tudo quanto é cadela...mas a verdade é que se evitava muita coisa...