TheOne Escreveu:Obrigado nel pela ajuda.
A minha não é reflex, a objectiva não sai do sítio

. O que é pena, porque nas antigas máquinas de rolo, os meus pais tiveram uma Nikon toda xpto, e acho muito mais fácil por exemplo, fazer a focagem à mão, a rodar a objectiva à mão, do que nas digitais, de focagem a premir o botão a "meio gás"...
Então cá vai a minha dúvida...
Eu tenho feito várias experiências com a minha máquina, quer experimentando fotografar dando prioridade ao tempo como dando prioridade à abertura, mas não consigo ver bem o resultado porque normalmente é ao ar livre e no lcd da máquina não se consegue avaliar bem a qualidade da foto.
Por exemplo, esta foto:

Gosto do enquadramento, mas preferia que o fundo estivesse desfocado, que creio ser impossível dada a distância que eu tinha da cadela. A cor também não me agrada, acho que está muito "branca", não sobressai o brilho do pêlo da cadela, acho que o preto ficou muito branco... se é que me faço entender!
Depois acontece-me tirar N fotos, sai uma ou 2 bem, e já não sei como a tirei e que configurações usei

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Pronto, agora a outra dúvida que coloquei no outro tópico:
TheOne Escreveu:
Estive a recolher umas dicas sobre fotografia, porque tenho visto fotos lindas de expos, tal como a foto do Czar que se falou na página anterior, cujo cão é o tema principal e o fundo está desfocado, e eu não consigo obter esses resultados, por uma razão muito simples: se dou prioridade à abertura e escolho uma abertura "pequena" (sorry, não conheço os termos correctos), logo o tempo de exposição será mais longo, e se por um lado é esse o modo de ter uma área de focagem mais pequena, a do cão, por outro o tempo de exposição demasiadamente longo vai desfocar o objecto, porque os cães não estão quietos muito tempo.... Qual é o truque mesmo???
Obrigado desde já!
1º-Máquina REFLEX
Embora na sua máquina a objectiva não seja amovível, pode considerar-se um modelo reflex porque o visor recebe a imagem transmitida pela objectiva e não por um dispositivo separado como acontece nas compactas.
Por outro lado, a objectiva que equipa a máquina, com um zoom de grande amplitude, satisfaz nas situações mais diversas. Eu não lastimaria tanto o facto de não se poder substituir essa objectiva por outra. Ou já sentiu essa necessidade?
2º – Exposição
O ideal é a exposição ficar correcta logo no acto de fotografar, porque o acerto posterior através de programas específicos (photoshop, por ex.) ficará mais facilitado e não será necessário “puxar” tanto pela imagem original.
Este, no entanto, era um problema muito sério antigamente, quando por ex. ao usar diapositivos (slides), não havia a mínima hipótese de correcção.
Ultimamente, seja porque as próprias máquinas já são concebidas para compensar a falta de preparação dos utilizadores, seja porque existem programas de correcção, manipulação e tratamento dos originais, desde acertos de enquadramento, cor, brilho, etc., etc., a exigência de uma exposição rigorosa já não é tão premente.
Neste caso específico (foto da cadela), no programa de tratamento, dando um pouco de brilho e menos luz, julgo que o problema fica resolvido.
3º – Profundidade de campo
A questão que coloca tem a ver com a extensão de nitidez do assunto. Nuns casos pretende-se que haja uma grande profundidade de campo, isto é, que todo o assunto fique focado desde os objectos mais perto até ao infinito; noutros casos pretende-se exactamente o contrário, interessa que o objecto, neste caso o cão, fique focado (nítido), de modo que a nitidez não se estenda em profundidade, criando-se assim um fundo enevoado (desfocado), que dá mais beleza ao objecto e o realça mais.
Para obter este efeito devem conjugar-se três factores: distância da máquina ao objecto, regulação da máquina em tele e escolher uma abertura grande.
Só uma pequena observação: Quanto menor for o valor da abertura, maior será o diâmetro da abertura.
Regulando a máquina para um valor, por ex. de 1:2.8, que na sua máquina é a maior abertura possível, e dado que a quantidade de luz que entra pela objectiva é muito grande, a máquina para compensar vai automaticamente procurar a velocidade ideal, que será forçosamente grande.
O meu caro TheOne, pela sua descrição, estava a regular a máquina de forma inversa, daí o resultado não satisfazer.
Também se pode regular a máquina com prioridade à velocidade, escolhendo uma elevada. O resultado é semelhante. Como é óbvio, se a velocidade de obturação for muito rápida, a entrada de luz é reduzida e a objectiva abre a iris para um diâmetro grande. É a regulação normalmente usada no desporto. Interessa uma velocidade elevada para a imagem não ficar tremida devido aos movimentos rápidos dos jogadores, por ex. Como normalmente os fotógrafos usam potentes teleobjectivas, os jogadores focados ficam nítidos e a poucos metros atrás deles os outros jogadores já ficam desfocados e o fundo ao longe enevoado. Este efeito, que até é interessante, nem é propositado. É inevitável, dadas as circunstâncias.
Regulando a máquina para grande angular, isto é, abarcando mais assunto de forma panorâmico, normalmente, o assunto em profundidade fica sempre focado, seja qual for a regulação da abertura e da velocidade. Pelo contrário, usando a teleobjectiva na sua potência máxima, a “profundidade de campo” diminui.
Estes são os princípios gerais, mas indo concretamente às fotografias dos nossos cães, provavelmente não fará muito sentido pôr o cão a um km de distância (passe a ironia) para se usar a tele no seu máximo. Nisto, como em tudo, deve haver bom senso e ir experimentando. O ideal será mesmo procurar um fundo mais ou menos neutro, que não contenha elementos ou cores chamativas.
É que , em muitos casos, o uso do flash pode ser útil. Mas não de forma a sobrepor-se à luz ambiente...
Como o texto já vai longo, vou ficar por aqui, embora muito mais houvesse que dizer.