Ensinar a não ladrar!!! é possivel? Como faze-lo?

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

Maline
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sexta abr 18, 2008 11:22 pm

Penso que se entrou em exageros muito grandes neste tópico. Não estou de acordo com a forma como o jotapera se expressou, mas consegui compreender a razão da sua indignação. Exagerou e no seu exagero, perdeu a razão. Os cães não são uma porcaria de um bicho estúpido: São cães. Talvez a indignação dele tenha muito que ver com as consecutivas tentativas de humanização dos cães e uma pseudo psicologia emergente, que nem sempre funciona. Mas cada cão é um cão, cada caso é um caso. Existem regras básicas para uma convivência saudável, mas nem sempre é suficiente, e nesses casos devemos recorrer a um profissional que nos ensine a educar. Vou dar-vos um exemplo a propósito dos castigos fisicos. Quem me conhece sabe que sou a calma em pessoa (ainda hoje a minha irmã me acusou de ter sangue de barata porque tive um acidente ontem à noite, sem culpa, e o outro condutor aproveitou-se do facto de não haver testemunhas para se safar...passou o semáforo vermelho e depois de um periodo de reflexão, resolveu dizer que não o passou. Não o insultei nem me agarrei ao pescoço dele...cada um que siga com a sua consciência) Desculpem, desviei-me do assunto...ora, na minha calma cálida e doce fui fazendo uns treinos com o cão do meu coração (já morreu). Acho que nunca adorei um cão como a ele, uma ligação extraordinária que não me vai deixar esquecê-lo nunca. Ora bem, o meu adorado Matrix era um Malinois de 40 kg, que trabalhava com alegria. Os profissionais aconselharam-me a não apostar nele, mas apostei...e aposto que se não tivesse morrido tão prematuramente, iria fazer ver muita coisa a muita gente. As mesmas pessoas que me disseram "Não Apostes", admitem agora que era um grande cão (além do tamanho). Mas quero contar-vos um episódio: O Matrix treinava com alegria e com vontade, o entusiasmo dele e a cauda sempre a abanar, o olhar suplicante a dizer "Então? vamos começar!". Os treinos, com prémio e reforço positivo, acabavam sempre da mesma forma: Em sangue...o meu. O menino Matrix, que fazia tudo o que eu dizia, tinha um entusiasmo tão grande que na hora de lhe dar o "churro" a morder, ele fazia pontaria para a minha mão, qualquer uma, sem preferência. Eu, dona apaixonada, pensava:"tão contente que está, nem vê o que morde", depois saltava-me para o colo, dava-me umas pancaditas no focinho, o meu, com o focinho, o dele...tão meigas que ficava negra. Cada vez que a minha mãe me via depois de um treino perguntava: "Mas isso não é um bocado perigoso?"...Ora, à custa do meu amor por ele, o Matrix lá se foi divertindo a massacrar-me, até ao dia em que a minha calma cálida e doce se intensificou ao ponto de eu, intuitivamente, perceber que tinha que lhe explicar alguma coisa ao pormenor. Porquê? Pelo imenso amor que tinha por ele. Começamos a treinar normalmente. Mordeu a primeira. E foi a última. Qual palmada no lombo, qual levantar pelo cachaço...O Matrix voou, foi ao ar, foi ao chão, levou no focinho e garanto-vos que não fui meiga. Pensam que a alegria dele acabou ali? Não. Ele percebeu a mensagem, continuou a treinar com a mesma alegria e nunca mais me mordeu. Nunca mais. Foi o melhor cão que tive, em todos os sentidos: Excelente cão de familia (fui a sétima e última dona dele...ninguém o queria), excelente cão de desporto, excelente amigo e excelente professor. Foi ele que me despertou a tal "intuição" para saber qual o momento de levantar a voz, de levantar a mão, ou de encher de mimo.
Deixo aqui uma foto dele, para conhecerem o cão mais especial que passou pela minha vida...

Imagem
<p>Elsa</p>
<p>"Todos os animais, com excep&ccedil;&atilde;o do homem, sabem que a urg&ecirc;ncia da vida &eacute; aproveit&aacute;-la..." Samuel Butler</p>
c_saraiva
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sábado abr 19, 2008 12:39 am

Eu nunca aqui disse que não se devia repreender os cães, nem que estes deveriam ser tratados como se de pessoas se tratassem, se ha coisa que detesto é ver o caozinho com roupinhas, ou ao colo do dono a lamber o prato do qual o dono ainda está a comer...acho que isso não tem cabimento nenhum...se estivermos a tentar tornar o cão numa "pessoa" não estamos a respeitar a sua identidade...sou completamente contra a humanização...por outro lado, detesto mais ainda ver aquelas situações do tipo: o cão esta perto do dono, o dono faz um movimento brusco sem qualquer intenção hostil, e o cão de tão traumatizado que está, baixa logo as orelhas, enfia o rabo entre as pernas, entra em panico e começa logo a ver de onde é que vai "chover"...

por isso é que digo que as coisas devem ser feitas com conta peso e medida...se o cão ladra de noite e incomoda os vizinhos vamos dar-lhe um excerto de porrada para ele se calar? ha metodos correctos de corrigir comportamentos...e ha metodos que.......


não sei o que pensam voces, mas eu sempre pensarei desta maneira: prefiro que o meu cão me tenha respeito do que me tenha temor.

Cumprimentos,

Cláudio Saraiva
Maline
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sábado abr 19, 2008 11:28 am

c_saraiva Escreveu:
por isso é que digo que as coisas devem ser feitas com conta peso e medida...se o cão ladra de noite e incomoda os vizinhos vamos dar-lhe um excerto de porrada para ele se calar? ha metodos correctos de corrigir comportamentos...e ha metodos que.......


não sei o que pensam voces, mas eu sempre pensarei desta maneira: prefiro que o meu cão me tenha respeito do que me tenha temor.
O exagero nunca é razoável...por isso mesmo se chama exagero. Numa casa onde existam vários cães pode bastar um simples e calmo "cala-te" para um, e uma valente palmada para outro. Enxerto de porrada admito-o quando o cão pensa que o pode dar a mim. E não me envergonho nada disso. Até para bater é preciso saber e, não querendo humanizar o discurso, muitas vezes recorri à palmada quando os meus filhos não percebiam a mensagem...Porque raio se há-de pensar que uma palmada na altura certa funciona com uma criança (ser humano, com a capacidade de raciocinio inerente) e não com um cão? É tudo uma questão de equilibrio, e apesar da frase "prefiro que o meu cão me tenha respeito do que me tenha temor", parecer sensata à primeira vista, não é. Basta que faça uma decomposição da palavra "respeito", não em termos gramaticais, mas em termos da essência da palavra. Em várias situações da sua vida, vai perceber que respeita determinada pessoa, entidade ou grupo, porque existe uma associação, ainda que velada, com temor. Nos animais, é tudo muito mais básico: Um cão pode respeitar toda a vida outro cão porque, tendo um carácter submisso, "sabe" que à primeira tentativa de se impôr leva um tareão de todo o tamanho. E opta por nunca o fazer, ou seja: respeita porque teme. É o carácter do cão que lhe dá as "dicas" para se saber fazer respeitar. E quando basta um "xiuuu", ficamos todos contentes. Quando basta o reforço positivo, ficamos todos contentes. Quando não é preciso levantar a mão a um cão, ficamos todos contentes. Percebeu? Não se trata de assumir o castigo corporal como o correcto, em detrimento de outas técnicas e medidas. Trata-se simplesmente de aceitar que o castigo corporal pode ter que fazer parte da educação de um cão, em função do carácter do cão, ou da gravidade da situação. Ninguém aqui defendeu a tareia...um castigo corporal não é necessariamente um espancamento, uma simples e leve palmada pode ser mais do que suficiente. Se existe coisa realmente perigosa, é quando se nos mete na cabeça que temos de ser politicamente correctos nestas coisas da educação canina...depois é o que se vê: treinadores que dizem aos quatro ventos que nunca, nunca se deve tocar num cão. Que os seus métodos são sempre baseados na positiva, reforço positivo, salsicha positiva, arco-íris, sol, flores e passarinhos. Não é assim. Garanto que não é. Só é quando pode ser, não é uma regra. Ou acredita que os treinadores que dizem isso, nunca tocaram nos próprios cães? :roll:
<p>Elsa</p>
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c_saraiva
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sábado abr 19, 2008 12:55 pm

Maline Escreveu:...Ninguém aqui defendeu a tareia...um castigo corporal não é necessariamente um espancamento....
quando me dizem que um cão é uma "porcaria de um bicho" eu ja espero de tudo...
ElMariachi
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sábado abr 19, 2008 1:09 pm

c_saraiva Escreveu:
Maline Escreveu:...Ninguém aqui defendeu a tareia...um castigo corporal não é necessariamente um espancamento....
quando me dizem que um cão é uma "porcaria de um bicho" eu ja espero de tudo...
Acho que a Maline estava a falar em sentido figurado, em ironia..

De resto 100% de acordo com a Maline :wink:

Pedro
Maline
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sábado abr 19, 2008 1:24 pm

c_saraiva Escreveu:
Maline Escreveu:...Ninguém aqui defendeu a tareia...um castigo corporal não é necessariamente um espancamento....
quando me dizem que um cão é uma "porcaria de um bicho" eu ja espero de tudo...
Eu não conheço o senhor em questão e já deixei aqui bem marcado que pecou pelo exagero. A situação é uma: tentar deixar um bocadinho de lado as frases infelizes que escreveu e perceber o sentido do discurso dele. Claro que não estou 100% de acordo com ele, mas consigo compreender a irritação. É só uma questão de boa vontade.

P.S.: Às vezes, naqueles dias que só apetece fugir, digo dos meus filhos "Rais' parta os miúdos" ou "Porque é que não vos dei para adopção..." e alem de ser uma boa mamã, penso que eles ainda não estão muito dispostos a dar-me à troca...Não podemos avaliar as pessoas pelos seus momentos mais "inflamados". :lol:
<p>Elsa</p>
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c_saraiva
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sábado abr 19, 2008 1:26 pm

bem visto :lol:

:wink:
Maline
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sábado abr 19, 2008 1:30 pm

ElMariachi Escreveu:
c_saraiva Escreveu:
Maline Escreveu:...Ninguém aqui defendeu a tareia...um castigo corporal não é necessariamente um espancamento....
quando me dizem que um cão é uma "porcaria de um bicho" eu ja espero de tudo...
Acho que a Maline estava a falar em sentido figurado, em ironia..

De resto 100% de acordo com a Maline :wink:

Pedro
Não fui eu que disse que o cão era uma "porcaria de um bicho"...apesar de confessar que quando me falta a paciência até digo pior :wink:
A questão é que nem sempre se deve levar à letra o que se lê, e perceber o sentido da frase, no contexto. Ora...o senhor irritou-se e exagerou, sem dúvida. Mas quem nunca pecou...
<p>Elsa</p>
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ElMariachi
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sábado abr 19, 2008 1:50 pm

Maline Escreveu:
ElMariachi Escreveu:
c_saraiva Escreveu:
Maline Escreveu:...Ninguém aqui defendeu a tareia...um castigo corporal não é necessariamente um espancamento....
quando me dizem que um cão é uma "porcaria de um bicho" eu ja espero de tudo...
Acho que a Maline estava a falar em sentido figurado, em ironia..

De resto 100% de acordo com a Maline :wink:

Pedro
Não fui eu que disse que o cão era uma "porcaria de um bicho"...apesar de confessar que quando me falta a paciência até digo pior :wink:
A questão é que nem sempre se deve levar à letra o que se lê, e perceber o sentido da frase, no contexto. Ora...o senhor irritou-se e exagerou, sem dúvida. Mas quem nunca pecou...
Tens razão desculpa.. Ler na diagonal.. :roll:

Pedro
Maline
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sábado abr 19, 2008 2:16 pm

ElMariachi Escreveu:
Tens razão desculpa.. Ler na diagonal.. :roll:

Pedro
Neste caso, o melhor mesmo é ler na transversal... :lol:
<p>Elsa</p>
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Cantarino
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domingo abr 20, 2008 11:44 pm

Maline,

respeito a sua experiência, particularmente, mas eu realmente nunca agredi um cão que estava ensinando.
Posso lhe dizer, que quando o cão realmente exagerava, eu o deixava de castigo, preso em um canto, por alguns minutos, e o recompensava pelos comportamentos, dito por nós, como bons.
Pelo o meu ponto de vista, sou totalmente contra a cultura da violência, inclusive com os nossos filhos.
kitten
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Localização: muitos !!!!!

segunda abr 21, 2008 8:56 am

Maline Escreveu:
c_saraiva Escreveu:
por isso é que digo que as coisas devem ser feitas com conta peso e medida...se o cão ladra de noite e incomoda os vizinhos vamos dar-lhe um excerto de porrada para ele se calar? ha metodos correctos de corrigir comportamentos...e ha metodos que.......


não sei o que pensam voces, mas eu sempre pensarei desta maneira: prefiro que o meu cão me tenha respeito do que me tenha temor.
O exagero nunca é razoável...por isso mesmo se chama exagero. Numa casa onde existam vários cães pode bastar um simples e calmo "cala-te" para um, e uma valente palmada para outro. Enxerto de porrada admito-o quando o cão pensa que o pode dar a mim. E não me envergonho nada disso. Até para bater é preciso saber e, não querendo humanizar o discurso, muitas vezes recorri à palmada quando os meus filhos não percebiam a mensagem...Porque raio se há-de pensar que uma palmada na altura certa funciona com uma criança (ser humano, com a capacidade de raciocinio inerente) e não com um cão? É tudo uma questão de equilibrio, e apesar da frase "prefiro que o meu cão me tenha respeito do que me tenha temor", parecer sensata à primeira vista, não é. Basta que faça uma decomposição da palavra "respeito", não em termos gramaticais, mas em termos da essência da palavra. Em várias situações da sua vida, vai perceber que respeita determinada pessoa, entidade ou grupo, porque existe uma associação, ainda que velada, com temor. Nos animais, é tudo muito mais básico: Um cão pode respeitar toda a vida outro cão porque, tendo um carácter submisso, "sabe" que à primeira tentativa de se impôr leva um tareão de todo o tamanho. E opta por nunca o fazer, ou seja: respeita porque teme. É o carácter do cão que lhe dá as "dicas" para se saber fazer respeitar. E quando basta um "xiuuu", ficamos todos contentes. Quando basta o reforço positivo, ficamos todos contentes. Quando não é preciso levantar a mão a um cão, ficamos todos contentes. Percebeu? Não se trata de assumir o castigo corporal como o correcto, em detrimento de outas técnicas e medidas. Trata-se simplesmente de aceitar que o castigo corporal pode ter que fazer parte da educação de um cão, em função do carácter do cão, ou da gravidade da situação. Ninguém aqui defendeu a tareia...um castigo corporal não é necessariamente um espancamento, uma simples e leve palmada pode ser mais do que suficiente. Se existe coisa realmente perigosa, é quando se nos mete na cabeça que temos de ser politicamente correctos nestas coisas da educação canina...depois é o que se vê: treinadores que dizem aos quatro ventos que nunca, nunca se deve tocar num cão. Que os seus métodos são sempre baseados na positiva, reforço positivo, salsicha positiva, arco-íris, sol, flores e passarinhos. Não é assim. Garanto que não é. Só é quando pode ser, não é uma regra. Ou acredita que os treinadores que dizem isso, nunca tocaram nos próprios cães? :roll:
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Madalena Marques
Nuno_Coelho
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segunda abr 21, 2008 11:49 am

kitten Escreveu:
Maline Escreveu:
c_saraiva Escreveu:
por isso é que digo que as coisas devem ser feitas com conta peso e medida...se o cão ladra de noite e incomoda os vizinhos vamos dar-lhe um excerto de porrada para ele se calar? ha metodos correctos de corrigir comportamentos...e ha metodos que.......


não sei o que pensam voces, mas eu sempre pensarei desta maneira: prefiro que o meu cão me tenha respeito do que me tenha temor.
O exagero nunca é razoável...por isso mesmo se chama exagero. Numa casa onde existam vários cães pode bastar um simples e calmo "cala-te" para um, e uma valente palmada para outro. Enxerto de porrada admito-o quando o cão pensa que o pode dar a mim. E não me envergonho nada disso. Até para bater é preciso saber e, não querendo humanizar o discurso, muitas vezes recorri à palmada quando os meus filhos não percebiam a mensagem...Porque raio se há-de pensar que uma palmada na altura certa funciona com uma criança (ser humano, com a capacidade de raciocinio inerente) e não com um cão? É tudo uma questão de equilibrio, e apesar da frase "prefiro que o meu cão me tenha respeito do que me tenha temor", parecer sensata à primeira vista, não é. Basta que faça uma decomposição da palavra "respeito", não em termos gramaticais, mas em termos da essência da palavra. Em várias situações da sua vida, vai perceber que respeita determinada pessoa, entidade ou grupo, porque existe uma associação, ainda que velada, com temor. Nos animais, é tudo muito mais básico: Um cão pode respeitar toda a vida outro cão porque, tendo um carácter submisso, "sabe" que à primeira tentativa de se impôr leva um tareão de todo o tamanho. E opta por nunca o fazer, ou seja: respeita porque teme. É o carácter do cão que lhe dá as "dicas" para se saber fazer respeitar. E quando basta um "xiuuu", ficamos todos contentes. Quando basta o reforço positivo, ficamos todos contentes. Quando não é preciso levantar a mão a um cão, ficamos todos contentes. Percebeu? Não se trata de assumir o castigo corporal como o correcto, em detrimento de outas técnicas e medidas. Trata-se simplesmente de aceitar que o castigo corporal pode ter que fazer parte da educação de um cão, em função do carácter do cão, ou da gravidade da situação. Ninguém aqui defendeu a tareia...um castigo corporal não é necessariamente um espancamento, uma simples e leve palmada pode ser mais do que suficiente. Se existe coisa realmente perigosa, é quando se nos mete na cabeça que temos de ser politicamente correctos nestas coisas da educação canina...depois é o que se vê: treinadores que dizem aos quatro ventos que nunca, nunca se deve tocar num cão. Que os seus métodos são sempre baseados na positiva, reforço positivo, salsicha positiva, arco-íris, sol, flores e passarinhos. Não é assim. Garanto que não é. Só é quando pode ser, não é uma regra. Ou acredita que os treinadores que dizem isso, nunca tocaram nos próprios cães? :roll:
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Salsicha positiva??? :lol:
Cumps.
Nuno Coelho
dinodane
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Registado: domingo set 03, 2006 6:36 pm

segunda abr 21, 2008 12:30 pm

Temos que ser todos iguais e pensar da mesma maneira deste senhor, é simples vejam as mensagens dele nos fóruns. Não é Sr. dinodane?
É isso mesmo sem tirar nem pôr!! Só um reparo: Sra. dinodane. :P

Jinhos e miminhos. :lol: :lol:

"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo

eskecida
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Registado: domingo dez 16, 2001 11:01 pm

segunda abr 21, 2008 12:37 pm

Maline Escreveu:

O exagero nunca é razoável...por isso mesmo se chama exagero.

É tudo uma questão de equilibrio,...
Maline... bastam estas duas frases... O que é demais é exagero...
O que falta a mts pessoas é mesmo um pouco de equilibrio no saber resolver as situações.
<p>;)</p>
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