Muito obrigada LuMaria pelos votos de melhoras do meu Pia e pelos conselhos. Acho que tem razão. A Maria é uma cadelinha que sempre teve muitos medos e, na medida do possível tento que ela os ultrapasse.
Considero uma grande vitória o facto de quando vamos na rua (bem sei que vamos a horas em que há pouco movimento), a Maria já conseguir passar por estranhos sem ladrar o que antes era impensável. Quando ela passa sem ladrar, devo ser a maior fã dela pois farto-me de a elogiar e dar-lhe festas. Ela fica toda contente e eu obviamente que também.
Também já consegue passar por carros parados com pessoas lá dentro sem ficar com o pêlo todo em pé e sem ladrar ... mais outra vitória.
Tem pavor de ambulâncias e já consigo também que na maior parte das vezes já não uive de cada vez que ouve uma. Aos poucos vai indo mas, na realidade ainda existem bastantes receios por ultrapassar. Não há dúvida de que falando com uma voz calma é uma mais-valia para lhes transmitir segurança.

Catleo eu é que lhe agradeço por ser o Papá dedicado de duas minhas afilhadas. No meio de tanto animal a precisar dum lar, logo eu tive a sorte de ter escolhido duas das "minhas meninas". Melhor não poderiam ter ficado.

Quanto à Xiquinha eu sei que é um fã incondicional da "destrambelhada" e, se tudo correr bem, talvez ela também consiga uma casinha ao fim de tanto tempo. Bem merece.

Queria pedir-lhe autorização para transcrever o que me enviou a relatar o que se passou consigo no dia em que o Martim paritu.


Obrigada querida Sarina pelas tuas palavras. Quanto ao novo emprego, felizmente está a correr tudo bem o que também é uma ajuda muito importante neste momento, pois como as coisas estão no nosso país não me posso dar ao "luxo" de estar em baixo. Hoje de manhã lá apareceram uma lágrimas teimosas mas, nada que não se resolvesse com uma ida à casa-de-banho, limpá-las, e tentar enxotar os pensamentos negativos.
Acredita que é uma dor muito grande e, em abono da verdade, eu própria estou admirada com as minhas reacções. Acho que, com a doença do meu Pai, o início do novo emprego, me resta pouco tempo para estar mergulhada nos meus pensamentos e me obrigo a andar para a frente. É a lei da sobrevivência e tem mesmo de ser assim.
Pode parecer mórbido mas sinto que o facto de ter ficado com as cinzas do Martim me "atenua" a dor pois sinto-o presente em todos os momentos da minha vida como foi ao longo destes últimos 4 anos e meio. Todos os dias quando me levanto a 1ª coisa que faço é olhar para a foto dele e não saio de casa sem me "despedir" dele e sem lhe pedir "energia" para o dia. Se me dissessem que alguém fazia isto eu diria que essa pessoa estava "pirada" e, na volta parece que sou eu.
Não há dúvida de que somos uma caixinha de surpresas e perante determinadas situações temos reacções que, até mesmo nós acharíamos impensáveis ... até passarmos por elas.
