Acordo de co-propriedade

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Moderador: mcerqueira

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sojo
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sexta nov 05, 2004 2:03 pm

Bom só cheguei agora e este tópico vem mesmo a calhar porque tenho andado a pensar em comprar um boxer (mal possa) mas em co-propriedade. A minha ideia da co-propriedade vai mais para a parte das expos e treinos. Não tenho quase nenhum tempo disponível mas gostava que o meu futuro cão fosse a expos e praticasse ou agility ou obidience.
Em relação aos termos aqui expostos, acho que estou disponível para um acordo mais ou menos do género:
Alimentação e higiéne diária - a meu cargo
Treino, deslocações a expos e demonstrações - a cargo do criador
Prémios dessas expos e demonstrações - para o criador
Exames especiais para cruzas (tipo displasia, etc) - a cargo do criador
Cruzas (despesas, cobrição, etc) a cargo do criador
Um cachorro para mim á minha escolha ao qual eu posso ficar com ele, da-lo ou vende-lo.
Só tenho algumas dúvidas em relação ao parto e onde fica a cadela. Como dona quero-a comigo, desde obviamente que tenha condições para ela. Apesar de ser mera dona acho que trato os meus cães convinientemente e não sei se seria absolutamente necessário ficar sem a cadela 60 dias. Mas isto seria a parte que teria que pensar melhor. Outra dúvida seria quantas cruzas, para mim uma chegaria. Não sei se estaria disponível para uma segunda cruza. Quero um bom exemplar não uma cadela parideira.
Mas quando chegar a altura, creio ser possível para meio do ano que vêm logo estudo a hipótese do acordo. O meu interesse é mais ao nível das expos e dos treinos, na medida em que não tenho experiência nem disponibilidade.
nynf
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sexta nov 05, 2004 2:54 pm

Nanico Escreveu:
nynf Escreveu:Quanto ao acidente, desculpa mas não consigo compreender como é que esses acidentes acontecem (chamem-me tacanha), ou melhor, compreendo, mas acho perfeitamente evitável e como tal, uma total inconsciência de quem o permite. Uma distração pode ter um preço muito elevado para a vida da própria cadela...
Pois e Nynf...

O meu ponto e que os acidentes acontecem sim. Podemos barafustar e estar em desacordo, mas acontecer na mesma, num minuto de desatencao nossa.
Repara que nao estou de maneira a defender estes acidentes como legitimos. Estou so a colocar uma questao hipotetica ;).
Mesmo os melhores donos tem acidentes. O meu Oscar por exemplo andou a rolar em cola e tivemos de lhe rapar o pelo. O Dunga comeu uma peuga e ficou super mal disposto... . A Oelie ia a correr, caiu num lago e agora tem medo de agua... e se um destes caes nao fosse meu e o criador precisasse deles para uma prova na agua, ou para uma exposicao em que se tivessem de apresentar nos trinques?
Na minha perspectiva cão é cão e não o deixa de ser por ser cão de exposições. Também se pode magoar num treino mais puxado, ou numa correria de brincadeira, etc. Exposições há muitas e penso que há que haver flexibilidade. Um Criador não é nenhum bicho papão, nem coloca os cães em redomas de vidro porque não podem ter acidentes.
Mas a desatenção com uma cadela em cio é completamente diferente.
<p><strong>Sauda&ccedil;&otilde;es!</strong></p>
<p><strong>Cristina Paulo</strong></p>
<p>&nbsp;</p>
MDogster
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sexta nov 05, 2004 2:55 pm

sojo Escreveu: Só tenho algumas dúvidas em relação ao parto e onde fica a cadela. Como dona quero-a comigo, desde obviamente que tenha condições para ela. Apesar de ser mera dona acho que trato os meus cães convenientemente
mas...
sojo Escreveu: Não tenho quase nenhum tempo disponível
Tendo em conta esse promenor, provavelmente, o criador teria mais disponibilidade para dar à cadelinha a assistência requerida nesse período.

Acho que também não me importaria de fazer um acordo desse tipo. Claro que teria que ter muita confiança com o criador, ou mesmo uma confiança já a roçar uma relação de amizade, pelo menos.
sojo
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sexta nov 05, 2004 3:03 pm

Não em relação ao tempo, significa que o tempo que me sobra do trabalho passo em casa com os animais e que me é complicado ter que pensar em expos e em treinos. Já o me marido está muito tempo em casa mas como não percebe nada de educar cães, para ele é só galhofa :roll: :roll: . Não creio que no parto fosse ser descuidada até porque haveria a hipótese de tirar dias para acompanhar as duas primeiras semanas.
Quanto ao criador ter mais tempo á partida terá tanto quanto eu, na medida em que a maioria tem trabalhos extra criação, aliás a criação é hobbie porque não se vive disso.
Sei lá a parte do parto fora de casa é complicado de aceitar, porque cão meu é cão meu, vive na minha casa é meu, independentemente de qualquer acordo que seja feito. ;)
MDogster
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sexta nov 05, 2004 3:15 pm

sojo Escreveu: Não em relação ao tempo, significa que o tempo que me sobra do trabalho passo em casa com os animais e que me é complicado ter que pensar em expos e em treinos. Já o me marido está muito tempo em casa mas como não percebe nada de educar cães, para ele é só galhofa roll roll . Não creio que no parto fosse ser descuidada até porque haveria a hipótese de tirar dias para acompanhar as duas primeiras semanas.
Já percebi. Estava a ver a coisa em termos de disponibilidade total... ;)

De qualquer, pondo-me na pele do criador, e como principal interessado no que iria resultar desse parto, ser-me-ia difícil prescindir de acompanhar, muito de perto, essa fase da vida da cadela... Voltamos à condição, essencial, da grande confiança que teria de existir de parte a parte.
sojo
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sexta nov 05, 2004 3:28 pm

Ah mas eu não me oponho á presença no parto, nada disso nem de acompanhamento diário se a distância o permitir. Até poderá ser possível dividir o tempo a meias, tipo as primeiras 2 semanas no criador e depois comigo, caso isso não seja mau para a cadela e ninhada. A chatice de se ter cadelas é essa :? :? :? parir, mas só quero mesmo cadela :p
aisd
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periquito FALCANITO

sexta nov 05, 2004 4:23 pm

Em 1º lugar quero pedir desculpa ao Moody_Blue por não me ter lembrado das suas intervenções anteriores à última.
Isto das pressas...

Depois, como já disse, não quero ofender ninguém.
Mas não me sai da cabeça que o criador nunca terá com a minha cadela os mesmos cuidados e preocupações que eu tenho.
Para ele está em causa um processo semi-profissional como qualquer outro.
Para mim é a minha cadela à qual tenho laços afectivos e um sentido de responsabilidade por ela especificamente que não tenho por nenhum outro cão.

Imaginemos que alguma coisa corria mal durante o parto.
Pode o criador ou o vet dizerem que não se podia fazer nada, que são coisas da vida, que o diabo a quatro.
Para mim seria sempre porque eu não estive lá.

Ora eu não carrego esse tipo de culpa.Simplesmente não acontece.Estou sempre lá.
Elsa
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sexta nov 05, 2004 5:46 pm

Eu já tive oportunidade de dizer aqui que não só concordava com a copropriedade como a acho fundamental para regular esta epidemia de BYB que pegam em cães de grande valor para a raça e estragam anos de selecção quando resolvem "brincar aos criadores".

Eu como dona, aceitaria um acordo nestes moldes:

Tudo o que se relacionasse com a criação:É ás custas do criador.
1- Exposições ( Deslocação, grooming, inscrições, etc..), com direito a todos os prémios -- Criador.
2- Testes médicos para despiste de doenças hereditárias tipicas da raça, e obrigatoriedade do dono reportar o percurso clinico do animal ao longo da vida se o criador o solicitar - Testes a cargo do criador, em caso de padecimento de alguma dessas doenças hereditárias terá que se acordar em alguma compensação. Todos os outros actos médicos são da responsabilidade do dono.
3- Testes de doenças sexualmente transmissiveis , ecografias, inseminação, cesariana, espermogramas, doseamento de progesterona, etc... desde que relacionadas com a reprodução serão a cargo do criador.
4- Machos: O criador teria direito a X cruzas bem sucedidas ( usará esse direito ou não), estado a cargo dele as despesas de deslocação e todo o rendimento ( cachorros ou dinheiro) que surja do acordo de monta.
5- Fêmeas: O criador teria direito no máximo a 2 gravidezes bem sucedidas e respectiva ninhada. O dono teria direito um dos cachorros ( ou o seu valor em dinheiro) e pelo menos as 4 primeiras escolhas são do criador. Todas as despesas que tenham sido feitas para realizar estas gravidezes ( deslocação, exames médicos, monta, despesas médicas em caso de distocia, etc..) são a cargo do criador e no caso de o dono não souber como cuidar de uma ninhada, o criador terá que o substituir, levando a cadela para as suas instalações sem qualquer custo para o proprietário. As depesas com os cachorros também serão a cargo do criador, assim como a resposabilidade da venda.

Tudo o que qualquer dono faria pelo seu cão se este fosse "comum": é ás custas do dono.
1- Alimentação
2- Despesas de veterinário
3- Alojamento
4- Despesas de hotel nas férias
5- Grooming de rotina
6- etc...

Em relação aos treinos e provas de trabalho, eu acho que ou o criador consegue uma pessoa muito motivada e até de preferência experiente, ou nem vale a pena exigir que o dono o faça em contracto, pois ao inicio é só boa vontade e depois chapéu. Eu acho que o trabalho e respectivas provas necessitam de um contacto muito estreito, diário e de muito tempo dispendido com o cão e que obviamente se o dono não o faz, o criador também não o pode fazer... daí que esta opção só será possivel com alguém de confiança e experiente e de forma totalmente voluntária.. Sendo assim, o dono treinaria e participaria nas provas de trabalho mas as despesas das competições seriam a meias ( deslocação, inscrição...).

A coopropriedade é facultativa, dirigida apenas a quem QUER participar no programa de criação do criador e contribuir para o melhoramento da raça.
Os cachorros de qualidade de exposição seriam vendidos a metade do preço ou mesmo dados a pessoas de total confiança.
A coopropriedade é vitalicia para impedir cruzamentos fora do consentimento do criador e no caso de abandono, doação ou venda do animal, o criador terá o direito de preferência.
O dono terá sempre o direito á posse do animal, mas pode perdê-la para o criador se for provado maus tratos ou crueldade.
Se o dono quiser passar a ter posse total após o criador ter usado o seu direito de criação ( com validade até aos 6 anos) ou prescindir dele de livre vontade, pode tê-la na condição de estrelizar ou castrar o animal.

Em relação ao criador opinar ou exigir certas regras de alimentação, certos veterinários, tipo de exercicio, certo groomer, etc... acho que é um pouco abusivo e corre o risco do dono se arrepender por se sentir um fantoche ou um "hospedeiro" e não um verdadeiro dono. Deixar o dono decidir é um risco que o criador tem que correr, mas se tiver escolhido a pessoa certa, concerteza que esta seguirá os seus conselhos de livre vontade.
CasadeAnaval
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sexta nov 05, 2004 11:27 pm

Eu como dona, aceitaria um acordo nestes moldes:

Tudo o que se relacionasse com a criação: É ás custas do criador.
1- Exposições ( Deslocação, grooming, inscrições, etc..), com direito a todos os prémios -- Criador.
2- Testes médicos para despiste de doenças hereditárias tipicas da raça, e obrigatoriedade do dono reportar o percurso clinico do animal ao longo da vida se o criador o solicitar - Testes a cargo do criador, em caso de padecimento de alguma dessas doenças hereditárias terá que se acordar em alguma compensação. Todos os outros actos médicos são da responsabilidade do dono.
3- Testes de doenças sexualmente transmissiveis , ecografias, inseminação, cesariana, espermogramas, doseamento de progesterona, etc... desde que relacionadas com a reprodução serão a cargo do criador.
4- Machos: O criador teria direito a X cruzas bem sucedidas ( usará esse direito ou não), estado a cargo dele as despesas de deslocação e todo o rendimento ( cachorros ou dinheiro) que surja do acordo de monta.
5- Fêmeas: O criador teria direito no máximo a 2 gravidezes bem sucedidas e respectiva ninhada. O dono teria direito um dos cachorros ( ou o seu valor em dinheiro) e pelo menos as 4 primeiras escolhas são do criador. Todas as despesas que tenham sido feitas para realizar estas gravidezes ( deslocação, exames médicos, monta, despesas médicas em caso de distocia, etc..) são a cargo do criador e no caso de o dono não souber como cuidar de uma ninhada, o criador terá que o substituir, levando a cadela para as suas instalações sem qualquer custo para o proprietário. As depesas com os cachorros também serão a cargo do criador, assim como a resposabilidade da venda.

Tudo o que qualquer dono faria pelo seu cão se este fosse "comum": é ás custas do dono.
1- Alimentação
2- Despesas de veterinário
3- Alojamento
4- Despesas de hotel nas férias
5- Grooming de rotina
6- etc...

Em relação aos treinos e provas de trabalho, eu acho que ou o criador consegue uma pessoa muito motivada e até de preferência experiente, ou nem vale a pena exigir que o dono o faça em contracto, pois ao inicio é só boa vontade e depois chapéu. Eu acho que o trabalho e respectivas provas necessitam de um contacto muito estreito, diário e de muito tempo dispendido com o cão e que obviamente se o dono não o faz, o criador também não o pode fazer... daí que esta opção só será possivel com alguém de confiança e experiente e de forma totalmente voluntária.. Sendo assim, o dono treinaria e participaria nas provas de trabalho mas as despesas das competições seriam a meias ( deslocação, inscrição...).

A coopropriedade é facultativa, dirigida apenas a quem QUER participar no programa de criação do criador e contribuir para o melhoramento da raça.
Os cachorros de qualidade de exposição seriam vendidos a metade do preço ou mesmo dados a pessoas de total confiança.
A coopropriedade é vitalicia para impedir cruzamentos fora do consentimento do criador e no caso de abandono, doação ou venda do animal, o criador terá o direito de preferência.
O dono terá sempre o direito á posse do animal, mas pode perdê-la para o criador se for provado maus tratos ou crueldade.
Se o dono quiser passar a ter posse total após o criador ter usado o seu direito de criação ( com validade até aos 6 anos) ou prescindir dele de livre vontade, pode tê-la na condição de estrelizar ou castrar o animal.

Em relação ao criador opinar ou exigir certas regras de alimentação, certos veterinários, tipo de exercicio, certo groomer, etc... acho que é um pouco abusivo e corre o risco do dono se arrepender por se sentir um fantoche ou um "hospedeiro" e não um verdadeiro dono. Deixar o dono decidir é um risco que o criador tem que correr, mas se tiver escolhido a pessoa certa, concerteza que esta seguirá os seus conselhos de livre vontade.
Muito bem...
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
Pedra
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sábado nov 06, 2004 12:52 pm

Elsa Escreveu: Eu já tive oportunidade de dizer aqui que não só concordava com a copropriedade como a acho fundamental para regular esta epidemia de BYB que pegam em cães de grande valor para a raça e estragam anos de selecção quando resolvem "brincar aos criadores".

A coopropriedade é facultativa, dirigida apenas a quem QUER participar no programa de criação do criador e contribuir para o melhoramento da raça.
A coopropriedade é vitalicia para impedir cruzamentos fora do consentimento do criador e no caso de abandono, doação ou venda do animal, o criador terá o direito de preferência.
O dono terá sempre o direito á posse do animal, mas pode perdê-la para o criador se for provado maus tratos ou crueldade.

Em relação ao criador opinar ou exigir certas regras de alimentação, certos veterinários, tipo de exercicio, certo groomer, etc... acho que é um pouco abusivo e corre o risco do dono se arrepender por se sentir um fantoche ou um "hospedeiro" e não um verdadeiro dono. Deixar o dono decidir é um risco que o criador tem que correr, mas se tiver escolhido a pessoa certa, concerteza que esta seguirá os seus conselhos de livre vontade.
Embora esteja de acordo quase na totalidade com a Elsa, penso que é importante realçar os itens acima.
Neste caso de copropriedade ( e sempre) é de extrema importancia as boas relações e entendimento e não me parece que alguém o faça para depois andar á turras com outrém. Em geral, quem paga é sempre o mesmo, e esse, já vcs sabem quem é...

Isabel
P1TuXk4
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sábado nov 06, 2004 1:52 pm

Elsa Escreveu: Eu já tive oportunidade de dizer aqui que não só concordava com a copropriedade como a acho fundamental para regular esta epidemia de BYB que pegam em cães de grande valor para a raça e estragam anos de selecção quando resolvem "brincar aos criadores".

Eu como dona, aceitaria um acordo nestes moldes:

Tudo o que se relacionasse com a criação:É ás custas do criador.
1- Exposições ( Deslocação, grooming, inscrições, etc..), com direito a todos os prémios -- Criador.
2- Testes médicos para despiste de doenças hereditárias tipicas da raça, e obrigatoriedade do dono reportar o percurso clinico do animal ao longo da vida se o criador o solicitar - Testes a cargo do criador, em caso de padecimento de alguma dessas doenças hereditárias terá que se acordar em alguma compensação. Todos os outros actos médicos são da responsabilidade do dono.
3- Testes de doenças sexualmente transmissiveis , ecografias, inseminação, cesariana, espermogramas, doseamento de progesterona, etc... desde que relacionadas com a reprodução serão a cargo do criador.
4- Machos: O criador teria direito a X cruzas bem sucedidas ( usará esse direito ou não), estado a cargo dele as despesas de deslocação e todo o rendimento ( cachorros ou dinheiro) que surja do acordo de monta.
E se o dono cruzasse sem avisar o Criador???
5- Fêmeas: O criador teria direito no máximo a 2 gravidezes bem sucedidas e respectiva ninhada. O dono teria direito um dos cachorros ( ou o seu valor em dinheiro) e pelo menos as 4 primeiras escolhas são do criador. Todas as despesas que tenham sido feitas para realizar estas gravidezes ( deslocação, exames médicos, monta, despesas médicas em caso de distocia, etc..) são a cargo do criador e no caso de o dono não souber como cuidar de uma ninhada, o criador terá que o substituir, levando a cadela para as suas instalações sem qualquer custo para o proprietário. As depesas com os cachorros também serão a cargo do criador, assim como a resposabilidade da venda.
Das ninhadas resultantes, e partindo do pressuposto que o Criadro não pode ficar com todos, quem decidia o que fazer com o resto da ninhada???

Tudo o que qualquer dono faria pelo seu cão se este fosse "comum": é ás custas do dono.
1- Alimentação
2- Despesas de veterinário
3- Alojamento
4- Despesas de hotel nas férias
5- Grooming de rotina
6- etc...

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A coopropriedade é facultativa, dirigida apenas a quem QUER participar no programa de criação do criador e contribuir para o melhoramento da raça.
Os cachorros de qualidade de exposição seriam vendidos a metade do preço ou mesmo dados a pessoas de total confiança.
A coopropriedade é vitalicia para impedir cruzamentos fora do consentimento do criador e no caso de abandono, doação ou venda do animal, o criador terá o direito de preferência.No caso de abandono, como é que o Criador tem preferência???É que se é abandono, o animal é deixado por sua conta.....
O dono terá sempre o direito á posse do animal, mas pode perdê-la para o criador se for provado maus tratos ou crueldade.E se for ao contrário??? O Criador a inflingir maus tratos??Perde a copropriedade???
Se o dono quiser passar a ter posse total após o criador ter usado o seu direito de criação ( com validade até aos 6 anos) ou prescindir dele de livre vontade, pode tê-la na condição de estrelizar ou castrar o animal.
PorquÊ castrar/esterilizar???Só há confiança com o papel assinado???

Em relação ao criador opinar ou exigir certas regras de alimentação, certos veterinários, tipo de exercicio, certo groomer, etc... acho que é um pouco abusivo e corre o risco do dono se arrepender por se sentir um fantoche ou um "hospedeiro" e não um verdadeiro dono. Deixar o dono decidir é um risco que o criador tem que correr, mas se tiver escolhido a pessoa certa, concerteza que esta seguirá os seus conselhos de livre vontade.
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sábado nov 06, 2004 1:54 pm

P1TuXk4 Escreveu:n PorquÊ castrar/esterilizar???Só há confiança com o papel assinado???
... Leu a história mais acima do eng. da empresa de automóveis ? às vezes nem com papel...
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
P1TuXk4
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sábado nov 06, 2004 2:01 pm

CasadeAnaval Escreveu:
P1TuXk4 Escreveu:n PorquÊ castrar/esterilizar???Só há confiança com o papel assinado???
... Leu a história mais acima do eng. da empresa de automóveis ? às vezes nem com papel...
Nem mais.
Precisamente por saber que o papel não tem validade absolutamente nenhuma, acho que basta que haja uma verdadeira relação de confiança, o que só é possível realemnte interessadas na melhoria da raça e não na propriedade de um cão de raça.
Este acordos, podem ser celebrados entre bons amigos com vontade de melhorar a sua raça de eleição, sendo este acordo realizado simplesmente de forma verbal.
Podem dizer:
"Há não...no papel é mais seguro...no papel é que deve ser..."

Que diferença faz o papel???
Para poderem levar alguém a tribunal??Ok...levem para tribunal e quando o caso estiver resolvido...pode ser que o animal ainda esteja vivo...com alguma sorte...
Acho estes acordos, em que depende muito do entendimento/confiança entre duas pessoas, muito subjectivo.
Ou se confia e as coisas correm bem...ou nem vale a pena fazer o tal acordo, sejam quais forem as condições...
Elsa
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sábado nov 06, 2004 4:31 pm

P1TuXk4 Escreveu: E se o dono cruzasse sem avisar o Criador???
O dono pode cruzar o cão ou cadela as vezes que lhe apetecer mas sem a assinatura do 2º proprietário ( o criador) e portanto, o seu consentimento, não os pode registar. Sendo assim, o criador não vê o seu afixo envolvido em cachorros de qualidade duvidosa.
P1TuXk4 Escreveu: Das ninhadas resultantes, e partindo do pressuposto que o Criadro não pode ficar com todos, quem decidia o que fazer com o resto da ninhada???
Não percebeu o que eu escrevi... o criador fica com TODOS os cachorros, vende TODOS os cachorros e regista TODOS os cachorros como se fossem dele.
Apenas UM deles é que é doado ao dono da cadela, mas o dono não pode lá chegar e exigir escolher primeiro.. o criador escolhe 4 cachorros e só depois, dos restantes é que o dono escolhe um para ele....mas os outros também são do criador, percebe?
P1TuXk4 Escreveu: No caso de abandono, como é que o Criador tem preferência???É que se é abandono, o animal é deixado por sua conta.....
É assim.. obviamente que se for abandono no sentido estrito da palavra o criador não pode fazer nada a não ser colocar o caso em tribunal, pois o cão também é dele. O sentido do abandono que eu quis dizer foi em caso de o dono não quiser mais ficar com o cão, o cão fica imediatamente a cargo do criador. A doação ou venda era se o dono quisesse passar a sua propriedade para outra pessoa ( um amigo, um familiar, um estranho) mas para isso necessita da aprovação do criador caso contrário o criador fica na posse do cão.
P1TuXk4 Escreveu: E se for ao contrário??? O Criador a inflingir maus tratos??Perde a copropriedade???
Acho muito dificil o criador inflingir maus tratos seja em que cão for e muito menos num cão que está na posse de outra pessoa...mas essa hipótese pode ser discutida estre os dois e ficar um clausula que permite ao dono ficar com o cão nessas situações... porque não?
P1TuXk4 Escreveu: PorquÊ castrar/esterilizar???Só há confiança com o papel assinado???
Mais uma vez, a castração/estrelização serve para salvaguardar que não vão haver mais cruzas sem o criador saber ou permitir, num cão que agora já é propriedade total do seu dono e portanto não necessita da assinatura do criador para registar futuras ninhadas. Se não quiser castrar ou estrelizar, a copropriedade continua até o cão morrer. Assim não há hipotese.

Como já disse e volto a repetir, isto é um exemplo que EU acho justo e tem como objectivo:
1- a garantia de que bons exemplares contribuam com o seu patrimonio genético para a raça
2- ajudar o criador a fazer uma selecção mais eficaz, com mais cães seus disponiveis, com maior acompanhamento do seu trabalho e sem necessidade de ter 50 cães lá em casa a viver em canis.
3- Garantir que mesmo com pessoas "amigas", "de confiança" não voltem com a palavra atrás e como a carne é fraca, não se aproveitarem de terem lá em casa um cão "campeão" ás custas do criador para quebrarem o acordo e armarem-se em BYB, estragando todo o trabalho feito até então por gerações de criadores e colocarem no "mercado" mais umas cópias baratas de cães de raça.
P1TuXk4
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sábado nov 06, 2004 5:10 pm

Elsa Escreveu: O dono pode cruzar o cão ou cadela as vezes que lhe apetecer mas sem a assinatura do 2º proprietário ( o criador) e portanto, o seu consentimento, não os pode registar. Sendo assim, o criador não vê o seu afixo envolvido em cachorros de qualidade duvidosa.
Ou seja, desde que não suje o bom nome do Criador....o canito pode cobrir como quiser. Acho que sim....É um bom modo de ver as coisas...

Não percebeu o que eu escrevi... o criador fica com TODOS os cachorros, vende TODOS os cachorros e regista TODOS os cachorros como se fossem dele.
Apenas UM deles é que é doado ao dono da cadela, mas o dono não pode lá chegar e exigir escolher primeiro.. o criador escolhe 4 cachorros e só depois, dos restantes é que o dono escolhe um para ele....mas os outros também são do criador, percebe?
Ou seja o dono funciona tipo familia adoptiva enquanto o Criador precisar do canito....

Acho muito dificil o criador inflingir maus tratos seja em que cão for e muito menos num cão que está na posse de outra pessoa...
Porque é que é assim tão difícil???Em que é que o Criador é melhor que o dono???Vai das motivações de cada um.
Quanto a o canito estar na posse de outra pessoa, isso não é verdade...está apenas em meia posse e passa muito tempo com o Criador.


Mais uma vez, a castração/estrelização serve para salvaguardar que não vão haver mais cruzas sem o criador saber ou permitir, num cão que agora já é propriedade total do seu dono e portanto não necessita da assinatura do criador para registar futuras ninhadas. Se não quiser castrar ou estrelizar, a copropriedade continua até o cão morrer. Assim não há hipotese.
Ou seja, como o Criador já não precisa do canito, fecha a fábrica.
Essa do não há hipótese...lololololololloo


Como já disse e volto a repetir, isto é um exemplo que EU acho justo e tem como objectivo:
1- a garantia de que bons exemplares contribuam com o seu patrimonio genético para a raça Eu acho que não garante absolutamente nada. Isso vai é depender da honestidade das partes envolvidas.
2- ajudar o criador a fazer uma selecção mais eficaz, com mais cães seus disponiveis, com maior acompanhamento do seu trabalho e sem necessidade de ter 50 cães lá em casa a viver em canis.
3- Garantir que mesmo com pessoas "amigas", "de confiança" não voltem com a palavra atrás e como a carne é fraca, não se aproveitarem de terem lá em casa um cão "campeão" ás custas do criador para quebrarem o acordo e armarem-se em BYB, estragando todo o trabalho feito até então por gerações de criadores e colocarem no "mercado" mais umas cópias baratas de cães de raça.Mas acha que o referido papel os impede de quebrar esse acordo????:lol:
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