sexta abr 01, 2011 12:16 am
Mas isso é normal, Vasco, com a quantidade de cães sem dono ou com donos negligentes... o bicho pica um animal infectado, rapidamente transmite a mais uns quantos. O flebótomo torna-se mais e mais resistente aos repelentes, e tem cada vez menos predadores... Apesar de ser uma zoonose, só serão tomadas medidas drásticas e eficazes quando aparecerem vítimas humanas em grande número. Que é, como disse a LuMaria, quando esta vacina se tornar obrigatória. O problema é que a eficácia da vacina não supera os 80% e terão de continuar a ser usadas as outras medidas preventivas. Ora, os hábitos e costumes deste país...
Não me espantaria que, dado o enorme crescimento desta doença, começassem a aparecer outras espécies nos veterinários. Mas se o panorama actual já é de tragédia, com os números de animais errantes a crescer de dia para dia e as pessoas a tentar salvar a própria pele... só mesmo uma forte ameaça de elas próprias serem vítimas surtiria algum efeito, pois "os bichos que se lixem". Para que uma epidemia possa ser travada e controlada, é necessário que mais de 70% dos animais estejam vacinados. Acha isto possível? Agora e nos próximos anos? E garanto-lhe, se os custos da prevenção habitual + vacinação (anual? única? qual a periodicidade?) forem superiores ao da eutanásia, brevemente a actuação será igual à do Brasil. Com ou sem transmissão ao Homem.
Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!