castração do cão

[Pedra]

Foi um prazer
Isabel

[aligra]

Alicia, perguntei-lhe a sua nacionalidade, embora tivesse a ideia que fosse de um país da América Latina, precisamente, pelo que escreveu acima. Folgo muito em saber que no seu país as pessoas têm uma mentalidade diferente das de cá.
Acaba por ser uma novidade para mim, pois sempre pensei que as mentalidades e feitios fossem muito idênticos.
Desejo-lhe uma boa adaptação a este paraíso á beira mar plantado.
Isabel

Bom, há de tudo em todos lados, mas no meu país acontecem duas realidades muito diferentes: o interior é mais tradicional, e a cidade de Buenos Aires é, para alem de enorme, muito moderna e virada para o extrangeiro, nomeadamente para os Estados Unidos de América, todo o que é "yanqui" é bom e as costumes e modas do norte tem influenciado gerações inteiras de "porteños" desde há décadas. Não só temos uma dívida económica monstruosa com eles mas tambem una fortíssima dependência cultural.
A mentalidade que impera em Buenos Aires é portanto muito "modernaça", sobretudo na clase media com acesso ao ensino superior.
A gente não tem muita conciência de como foram moldadas as suas ideias, preconceitos e opiniões pelas ideias dominantes na sociedade na que vive, pensei logo nisso por causa deste tópico.
Quando pus a questão nem pensei que fosse um tema conflituoso, tinha pesquisado no forum e espantou-me não encontrar tópicos sobre a castração de cães mas de cadelas. Ao principio achei piada perante o arrepio de algums foristas (que prezo imenso), já alguma outra resposta deixou-me um bocado aflita, até porque tive o impulso de responder uma besteira, calei-me por pudor e acho que fiz bem, mas continuo a achar exquisito.
Se é assim tão importante respeitar "a natureza do cão" e aturar o que seja que venha com o cão e fazer questão de manter-lho "inteiro", porque é que não temos que fazer o mesmo com as cadelas? porque não respeitar a sua natureza, manter-lhas "inteiras" e aturar o que seja que venha, mesmo que apesar dos nossos cuidados a cadela fuja com o cão e apareça com uma ninhada de 6 em 6 meses? O dono que não este disposto a aturar os cães e cadelas a ladrar, brigar e acasalar, sera que faz melhor em não ter cães nem cadelas? Ou é que há uma dupla moral neste assunto: uma para o cão e outra para a cadela?
No meio onde eu cresci, se numa discusão alguem dissesse que tirar os impulsos sexuais ás femeas era bom e não faz mal, mas tirar os mesmos impulsos sexuais aos machos é mau, seria olhado pelo menos com extranheza, os meus amigos achariam piada, como me aconteceu a mim.
Não percebo a diferencia, acho que vou continuar sem perceber, acho que gosto de não perceber

Alicia

[Pedra]

Penso que é uma questão cultural que não é facil desenraizar.
Enquanto que uma cadela esterilizada fica esteticamente igual, o cão fica sem as bolinhas. No entanto sei que há uma cirurgia em que as bolinhas fica.
Posso contar-lhe uma anedota que não é anedota, mas passou-se comigo.
Um dia tivemos aqui um cão Serra D'aires, que vinha em tão mau estado de pêlo que a solução foi cortar. A Anedota vem agora: A dona, quando viu o cão, ficou escandalizada e dizia para o marido que nunca, mas nunca mais ela ia com o cão á rua, que o ia esconder durante uns tempos. Porquê? Bem, porque agora ele tinha "aquelas coisas para ali penduradas" e nota-se imenso e ela não ia á rua com o cão com aquelas coisas ali penduradas e a ver-se. Que coisa feia, dizia ela
Isabel

[aligra]

Pois, o meu Dylan é de pelo curto mas na altura das coxas tem os pelos mais cumpridos, portanto as bolinhas não ficam à vista para não envergonhar à dona.
Com aquela mensagem onde o Vasco teve a gentileza de encaminhar-me à procura de bolinhas artificiais numa loja on-line , fiquei a pensar quantos donos haverá que castram os seus cães e despois disfarzam a situação com implantes para que os seus amigos não o notem
Ai, ai, ai, cala-te, Alicia!

[Danae]

Esta questão, além de cultural, num primeiro momento pode também tornar-se afectiva. A minha cadela foi esterilizada antes do primeiro cio, a conselho do veterinário, que enunciou as inúmeras vantagens deste tipo de cirurgia em animais que não irão procriar. E confesso que me custou um pouco, mesmo sabendo que era o mais correcto a fazer, com as inúmeras vantagens de presente e de futuro (porque os nossos amigos de quatro patas viverão muitos anos, e é necessário pensar no futuro das nossas opções).
No entanto há uma questão afectiva, inerente do facto de ser o nosso melhor amigo e por vezes o vermos como parte da família, que me fez pensar muito sobre o assunto.
Hoje sei que foi o melhor, e a minha cadela, agora com ano e meio, é deliciosamente brincalhona e feliz, mas o primeiro passo foi o mais difícil.

Um abraço.

[Danae]

Esta questão, além de cultural, num primeiro momento pode também tornar-se afectiva. A minha cadela foi esterilizada antes do primeiro cio, a conselho do veterinário, que enunciou as inúmeras vantagens deste tipo de cirurgia em animais que não irão procriar. E confesso que me custou um pouco, mesmo sabendo que era o mais correcto a fazer, com as inúmeras vantagens de presente e de futuro (porque os nossos amigos de quatro patas viverão muitos anos, e é necessário pensar no futuro das nossas opções).
No entanto há uma questão afectiva, inerente do facto de ser o nosso melhor amigo e por vezes o vermos como parte da família, que me fez pensar muito sobre o assunto.
Hoje sei que foi o melhor, e a minha cadela, agora com ano e meio, é deliciosamente brincalhona e feliz, mas o primeiro passo foi o mais difícil.

Um abraço.

[Danae]

Esta questão, além de cultural, num primeiro momento pode também tornar-se afectiva. A minha cadela foi esterilizada antes do primeiro cio, a conselho do veterinário, que enunciou as inúmeras vantagens deste tipo de cirurgia em animais que não irão procriar. E confesso que me custou um pouco, mesmo sabendo que era o mais correcto a fazer, com as inúmeras vantagens de presente e de futuro (porque os nossos amigos de quatro patas viverão muitos anos, e é necessário pensar no futuro das nossas opções).
No entanto há uma questão afectiva, inerente do facto de ser o nosso melhor amigo e por vezes o vermos como parte da família, que me fez pensar muito sobre o assunto.
Hoje sei que foi o melhor, e a minha cadela, agora com ano e meio, é deliciosamente brincalhona e feliz, mas o primeiro passo foi o mais difícil.

Um abraço.

[Danae]

Peço desculpa, não foi minha intenção repetir a mensagem, sou nova nestas andanças, não consegui apagar (penso que foi dos refresh).

Mil perdões!

[Dalilah]

A minha cadela foi esterilizada antes do primeiro cio, a conselho do veterinário

A sério? A minha (salvo seja, da Rebeca) veterinária disse que não fazia castrações antes do primeiro cio, porque isso não era aconselhável, uma vez que não se deixa o aparelho reprodutor desenvolver-se completamente...

[Danae]

A minha cadela foi esterilizada com nove meses. O veterinário disse que esse atraso no crescimento ocorreria se fosse esterilizada muito cedo, que a operação deveria ocorrer entre os 6 e 12 meses, o mais próximo (por estimativa) do primeiro cio. Que a principal vantagem de a esterilizar nesse momento era a de não produzir ainda hormonas sexuais, e evitar ao máximo os problemas futuros (nomeadamente o cancro de mama) derivados da existência dessas hormonas.
Não sou especialista, limito-me a transcrever o que entendi.
Um abraço.