leapais Escreveu:Tenho lido este tópico com alguma atenção e agora apeteceu-me dizer qualquer coisita.
E para dizer qualquer coisita, vou começar pela minha/nossa (cá de casa) história. Somos 4, eu, o meu marido e os meus filhos (com 12 e 9 anos). A minha gaiata mais velha desde que fala que pede um cão. Só que nunca o teve. Porque ambos trabalhávamos em Lisboa, porque ela e o irmão estavam na escola ou na casa da avó, porque o cão que viesse ia estar sozinho a maior parte do tempo, porque o meu marido não era fã de animais em casa, etc etc etc. Mas a ânsia dela de ter um animal de estimação era tanta que acabamos por aceder em termos um coelho anão. Bom, atrás do primeiro coelho veio uma coelha (dois filhos, dois quartos, muita discussão pelo único coelho...). Mas volta não volta, lá vinha o pedido dum cão que continuava a ser negado. Entretanto o meu marido começou a trabalhar a partir de casa.
Em Janeiro deste ano, numa das idas à loja de animais onde vamos quase todas as semanas comprar as coisas dos coelhos (são cinco agora...) e onde sempre vimos cachorros para adopção, estava lá uma cadelinha que nos adoptou. Sim, digo que foi ela que nos adoptou porque fomos os quatro conquistados pela cadelinha que veio logo para casa connosco.
Não, não foi uma decisão pensada, ponderada nem coisa que se pareça. Foi por impulso e estamos todos super felizes por a Bunny nos ter adoptado.
Em Março fomos, de novo, adoptados. Pela Saphira. Que tinha sido comprada por uma família mas que, como uma das filhas tem medo de cães, acabaram por ter de a dar para adopção.
E assim ficou completa a família. A nossa filha, que sempre quis um cão, está nas suas sete quintas. O nosso filho está feliz da vida e as cadelinhas que nos adoptaram também me parecem felizes.
Em ambos os casos foi uma adopção de família. Em que os quatro partilhamos a decisão de aceitar que a Bunny e a Saphira nos adoptassem. Não foi uma decisão minha, nem do meu marido nem dos meus filhos. Fomos todos em conjunto e não individualmente como a JoanaC915 está a querer fazer. Os pais dela supostamente concordam mas ainda não vi nada que me dissesse que estavam a partilhar da escolha.
Agora as responsabilidades. Assumimos os quatro a responsabilidade da adopção da Bunny e da Saphira. Quero com isto dizer que todos limpam as necessidades que vão aparecendo, todos saiem com elas, todos lhes dão comida, etc etc. As contas da veterinária e da escola de treino são pagas por mim e pelo meu marido. E só assim faz sentido para nós. E como estamos todos envolvidos a coisa corre bem.
Mas infelizmente nem sempre é assim e depois quem sofre é o pobre do animal. E ainda hoje vimos uma situação destas. Uma criança, p’ra ai com 11 ou 12 anos, andava a passear um cachorro na rua. A passear? Bem, era mais a puxar o cachorro e a dar-lhe pontapés para ele andar, com ar de estar farta do cão. Não me admirava nada que fosse mais um daqueles casos em que a criança (mimada) “quis porque quis um cão, porque não o ia abandonar, porque ia tratar dele, eu prometo, eu juro, eu sou diferente”, os paizinhos fizeram-lhe a vontade mas disseram “tu é que tratas dele” e o desgraçado do cão é que sofre. Parece-me que o caso da jovem que abriu este tópico vai ser igual...
Bem sei que é “bater no ceguinho” mas confesso que até me faz comichão na ponta dos dedos se não dizer isto (até porque pode ser, de tanta gente lhe dizer a mesma coisa, a jovem acabe por perceber): JoanaC915, se não querias ser criticada, não devias ter respondido às pessoas da forma como fizeste. Se não querias opinião não vinhas para um fórum fazer pedidos ou perguntas. E se não querias sarcasmo, não devias ter dito metade das coisas que disseste.
É que “comportamento gera comportamento”. E o teu comportamento, desde o primeiro momento (vá, do segundo texto no fórum) não foi totalmente correcto. Se calhar devias, antes de adoptar um cão, repensar no teu comportamento com os outros... ficava-te bem.
Quanto a essa de ver por aí pessoas a arrastar literalmente os cães pela rua, é lamentável. O meu também não andava à trela e foi lá com o velho truque de dar biscoitos da ração cada vez que ele me obedecia. Há pessoas que pensam que os cães nascem ensinados para fazerem o que nós queremos
A Joana não se voltou a pronunciar e até já me indaguei se não foi mais um daqueles posts a gozar com a malta