Cães Perigosos
Moderador: mcerqueira
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Caro Dogsdamour,
Eu nunca o calúniei e só fiz aquela pergunta porque de facto conheço São Bernardos bastante agressivos... mas isto é experiência pessoal.
Sim, porque o São Bernardo não é só o Bethoven do filme como muita gente pensa.
Eu de facto pedi explicações, mas perguntar não ofende (não sei se alguma vez ouviu dizer). Eu nunca ia acusar uma pessoa que não conheço de lado nenhum, nem faço mínima ideia quais são os seus princípios. Foi apenas mais uma QUESTÃO a mais um post!
Quanto à ultima parte do seu último post, como para mim não faz muito sentido (paternalismo e racismo...?), nem está concensual com o cerne da nossa troca de posts... abstenho-me de comentar.
Nokio.
Eu nunca o calúniei e só fiz aquela pergunta porque de facto conheço São Bernardos bastante agressivos... mas isto é experiência pessoal.
Sim, porque o São Bernardo não é só o Bethoven do filme como muita gente pensa.
Eu de facto pedi explicações, mas perguntar não ofende (não sei se alguma vez ouviu dizer). Eu nunca ia acusar uma pessoa que não conheço de lado nenhum, nem faço mínima ideia quais são os seus princípios. Foi apenas mais uma QUESTÃO a mais um post!
Quanto à ultima parte do seu último post, como para mim não faz muito sentido (paternalismo e racismo...?), nem está concensual com o cerne da nossa troca de posts... abstenho-me de comentar.
Nokio.
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Bem, uma vez a brincar a Margot deu-me uma « cuzada » num joelho que mo virou todo para dentro, andei uma semana a rasca...acho que isto não faz dela um animal perigoso, mas no entanto há que tomar precauções
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Mas não é isto tudo dos cães "perigosos" uma questão de racismo?
Idiotice inventada por uns preconceituosos (racistas) incapazes de se mexer para aplicar as leis existentes?
Não é o prejudicar uma série de raças em contraponto ao completo desleixe em relação a outras?
Quando a ignorância dita leis que prejudicam uma minoria (que por acaso não é assim tão pequena quanto isso) em benefício de uma hipotética paz de outros, não é isto um acto de racismo?
E onde entra o paternalismo no meio disto tudo?
Nós que nos aprontamos a defender qualquer dono ou cão quando este fez mal. Afiamos logo a nossa língua contra os jornalistas (atenção que nem todos são iguais) apenas porque eles relatam factos que envolvem uma dessas raças. Somos paternalistas e imparciais sim. Não vemos um cão como um cão, mas sim como um rottweiler, pitbull, dobermann, etc... que está a ser atacado pela imprensa. Na minha opinião um cão que fez mal tem que pagar, assim como o dono, tanto faz ser um Pitbull como o tal S. Bernardo.
Enquanto donos conscientes de um cão cujo nome consta na lista dessa ideia aborto (a propósito eu tenho dois boxers), temos responsabilidades acrescidas em mostrar a esses dejectos idiotas que eles não têm razão. Temos que ser os primeiros a criticar um dono desses cães pelos seus actos e não ser condescendentes com ele, procurando justificar o injustificavel.
Há que tentar dar o exemplo. Os nossos cães merecem isso e muito mais.
Um abraço a todos,
Idiotice inventada por uns preconceituosos (racistas) incapazes de se mexer para aplicar as leis existentes?
Não é o prejudicar uma série de raças em contraponto ao completo desleixe em relação a outras?
Quando a ignorância dita leis que prejudicam uma minoria (que por acaso não é assim tão pequena quanto isso) em benefício de uma hipotética paz de outros, não é isto um acto de racismo?
E onde entra o paternalismo no meio disto tudo?
Nós que nos aprontamos a defender qualquer dono ou cão quando este fez mal. Afiamos logo a nossa língua contra os jornalistas (atenção que nem todos são iguais) apenas porque eles relatam factos que envolvem uma dessas raças. Somos paternalistas e imparciais sim. Não vemos um cão como um cão, mas sim como um rottweiler, pitbull, dobermann, etc... que está a ser atacado pela imprensa. Na minha opinião um cão que fez mal tem que pagar, assim como o dono, tanto faz ser um Pitbull como o tal S. Bernardo.
Enquanto donos conscientes de um cão cujo nome consta na lista dessa ideia aborto (a propósito eu tenho dois boxers), temos responsabilidades acrescidas em mostrar a esses dejectos idiotas que eles não têm razão. Temos que ser os primeiros a criticar um dono desses cães pelos seus actos e não ser condescendentes com ele, procurando justificar o injustificavel.
Há que tentar dar o exemplo. Os nossos cães merecem isso e muito mais.
Um abraço a todos,
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periquito FALCANITO
O dogsdamour têm alguma razão.
Eu também, às vezes, fico chocada com a parcialidade que alguns foristas mostram em relação às suas raças.
Se alguém se lembra de "mandar vir" com uma situação ocorrida com um cão da raça do seu, atiram-me ao ar, fazem um medonho rebuliço.
Se fôr de outra raça (e, já agora, de outra espécie - não, não me esqueci do assunto do gato persa e do pitt) já as coisas mudam de figura.
É típicamente português (no mau sentido).
Conheci muitos paizinhos que, quando o filhinho fazia asneira, arranjavam sempre forma de atribuir as culpas aos outros.
Eram provocados, era a falta de segurança, eram as más companhias, era o "mundo de hoje", a situação política, eu sei lá.
Tudo menos a criaturinha ser responsável pelo sucedido !
O facto é que, em muitos casos, a criancinha (leia-se jovenzinho) irresponsabilizada de então tornou-se no mau carácter de hoje.E, em alguns casos, com consequências muito graves (droga, prisão e até a morte) - conheço casos de morte em acidentes de viação, de overdoses, de presos por vigarices, por tráfico de droga, etc).
Mas salvou-se a boa opinião que de si mesmos fazem os paizinhos.
No fundo, é isso que interessa.
Eu também, às vezes, fico chocada com a parcialidade que alguns foristas mostram em relação às suas raças.
Se alguém se lembra de "mandar vir" com uma situação ocorrida com um cão da raça do seu, atiram-me ao ar, fazem um medonho rebuliço.
Se fôr de outra raça (e, já agora, de outra espécie - não, não me esqueci do assunto do gato persa e do pitt) já as coisas mudam de figura.
É típicamente português (no mau sentido).
Conheci muitos paizinhos que, quando o filhinho fazia asneira, arranjavam sempre forma de atribuir as culpas aos outros.
Eram provocados, era a falta de segurança, eram as más companhias, era o "mundo de hoje", a situação política, eu sei lá.
Tudo menos a criaturinha ser responsável pelo sucedido !
O facto é que, em muitos casos, a criancinha (leia-se jovenzinho) irresponsabilizada de então tornou-se no mau carácter de hoje.E, em alguns casos, com consequências muito graves (droga, prisão e até a morte) - conheço casos de morte em acidentes de viação, de overdoses, de presos por vigarices, por tráfico de droga, etc).
Mas salvou-se a boa opinião que de si mesmos fazem os paizinhos.
No fundo, é isso que interessa.
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Olá,
Eu compreendo o que pretendem dizer, mas não concordo totalmente.
Para alguém que ama uma raça é muito difícil ouvir falar dela nos termos em que muita da comunicação social fala! Se lerem bem os artigos que são publicados, e que se referem a ataques, não dizem que o Boby, o Kaiser, um cão ou um canideo, atacou a pessoa X ou Y ! Normalmente o que se lê em LETRAS GARRAFAIS são cabeçalhos do tipo: ROTTWEILER ATACA CRIANÇA, IDOSO ATACADO POR PITBULL, etc. Desta forma, o que era o ataque individual de UM CÃO a uma pessoa transforma-se no ataque de UMA RAÇA a uma pessoa!
É obvio que estes ataques devem ser censurados, as responsabilidades devem ser apuradas e, eventualmente, o cão ( se for mesmo perigoso) terá de ser abatido. Analisados INDIVIDUALMENTE, alguns casos não serão "desculpáveis" e por isso os responsáveis devem ser severamente punidos.
O problema destes artigos de muitos media, e daí que se levantem as vozes de revolta, é a mediatização destes casos usando a figura das RAÇAS como 'papões'. Desta forma, ao associarem as causas de um determinado ataque individual a determinada raça de cão, estão a prejudicar milhares de pessoas inocentes que, sentindo-se atingidas, saltam de imediato para a frente para se 'defender'.
Além destas razões, e fruto da mediatização e do exagero a que estamos habituados, é frequente os media exagerarem ou deturparem muitas das coisas que acontecem. Daí que as pessoas se mostrem relutantes em aceitar tudo o que os jornais dizem, levantando desde logo a hipotese das coisas não terem sido bem assim como eles dizem ou que por trás da historia possam haver outras realidades. Em alguns casos não há nada a ver, o animal ( fruto de diversas causas) é mesmo perigoso e ponto final, mas as pessoas estão tão habituadas aos exageros que até nestas situações tentam dar o 'beneficio da dúvida' ao animal.
Cumprimentos
Paulo C.
Eu compreendo o que pretendem dizer, mas não concordo totalmente.
Para alguém que ama uma raça é muito difícil ouvir falar dela nos termos em que muita da comunicação social fala! Se lerem bem os artigos que são publicados, e que se referem a ataques, não dizem que o Boby, o Kaiser, um cão ou um canideo, atacou a pessoa X ou Y ! Normalmente o que se lê em LETRAS GARRAFAIS são cabeçalhos do tipo: ROTTWEILER ATACA CRIANÇA, IDOSO ATACADO POR PITBULL, etc. Desta forma, o que era o ataque individual de UM CÃO a uma pessoa transforma-se no ataque de UMA RAÇA a uma pessoa!
É obvio que estes ataques devem ser censurados, as responsabilidades devem ser apuradas e, eventualmente, o cão ( se for mesmo perigoso) terá de ser abatido. Analisados INDIVIDUALMENTE, alguns casos não serão "desculpáveis" e por isso os responsáveis devem ser severamente punidos.
O problema destes artigos de muitos media, e daí que se levantem as vozes de revolta, é a mediatização destes casos usando a figura das RAÇAS como 'papões'. Desta forma, ao associarem as causas de um determinado ataque individual a determinada raça de cão, estão a prejudicar milhares de pessoas inocentes que, sentindo-se atingidas, saltam de imediato para a frente para se 'defender'.
Além destas razões, e fruto da mediatização e do exagero a que estamos habituados, é frequente os media exagerarem ou deturparem muitas das coisas que acontecem. Daí que as pessoas se mostrem relutantes em aceitar tudo o que os jornais dizem, levantando desde logo a hipotese das coisas não terem sido bem assim como eles dizem ou que por trás da historia possam haver outras realidades. Em alguns casos não há nada a ver, o animal ( fruto de diversas causas) é mesmo perigoso e ponto final, mas as pessoas estão tão habituadas aos exageros que até nestas situações tentam dar o 'beneficio da dúvida' ao animal.
Cumprimentos
Paulo C.
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periquito FALCANITO
Paulo C,
100% de acordo.
Muitos destes casos deviam pura e simplesmente ser levados a tribunal para se avaliarem os factos e apurarem responsabilidades.
Assim estamos todos sujeitos ao "boato" e às "bocas" mais ou menos parciais.
Cada vez acho mais que não se deve optar por leis genéricas (as que já existem chegam) e optar por leis duras pós-facto.
Um bocado ao estilo americano.
Avaliar caso a caso o que de facto se passou e quem têm a responsabilidade.
Há muitas variantes.
Há a criancinha que maguou o cão, há o jovem que educou o seu cão para ser agressivo, há o cão que têm um tumor que o torna mau, há o marginal que usa o cão como arma, há o cão que fugiu apesar de todas as precauções, etc, etc.
Cada caso é um caso.
Há, a meu ver, dois pontos importantes nisto tudo :
- o aparecimento de uma marginalidade que usa os cães como armas e
- a inércia da polícia em fazer cumprir a lei já existente
Se estes dois pontos fossem ultrapassados penso que a maioria (a esmagodora maioria) de "casos" desaparecia e os restantes reduziam-se à dimensão natural de "fait-divers" que podem sempre a acontecer (casa assaltada, camião despista-se, avião cai sobre residência, etc.)
100% de acordo.
Muitos destes casos deviam pura e simplesmente ser levados a tribunal para se avaliarem os factos e apurarem responsabilidades.
Assim estamos todos sujeitos ao "boato" e às "bocas" mais ou menos parciais.
Cada vez acho mais que não se deve optar por leis genéricas (as que já existem chegam) e optar por leis duras pós-facto.
Um bocado ao estilo americano.
Avaliar caso a caso o que de facto se passou e quem têm a responsabilidade.
Há muitas variantes.
Há a criancinha que maguou o cão, há o jovem que educou o seu cão para ser agressivo, há o cão que têm um tumor que o torna mau, há o marginal que usa o cão como arma, há o cão que fugiu apesar de todas as precauções, etc, etc.
Cada caso é um caso.
Há, a meu ver, dois pontos importantes nisto tudo :
- o aparecimento de uma marginalidade que usa os cães como armas e
- a inércia da polícia em fazer cumprir a lei já existente
Se estes dois pontos fossem ultrapassados penso que a maioria (a esmagodora maioria) de "casos" desaparecia e os restantes reduziam-se à dimensão natural de "fait-divers" que podem sempre a acontecer (casa assaltada, camião despista-se, avião cai sobre residência, etc.)
Sabem porque e que na Holanda os Mastino Napoletano estao na lista das racas perigosas?
Aqui ha uns dois ou tres anos, havia uma senhora que tinha dois Mastino Napoletano no quintal. As criancas passavam a vida a "torturar"os caes, que estavam presos e que por isso nao podiam fazer nada.
Um dia, a senhora foi as compras e deixou a porta mal fechada. Uma garotinha resolveu ir "brincar" com os caes. Os caes atacaram a garota e mataram-na.
O juiz decidiu que a culpa tinha sido da dona dos caes, porque sabia que os caes eram perigosos e devia ter fechado bem a porta.
Da que pensar, nao e?
Aqui ha uns dois ou tres anos, havia uma senhora que tinha dois Mastino Napoletano no quintal. As criancas passavam a vida a "torturar"os caes, que estavam presos e que por isso nao podiam fazer nada.
Um dia, a senhora foi as compras e deixou a porta mal fechada. Uma garotinha resolveu ir "brincar" com os caes. Os caes atacaram a garota e mataram-na.
O juiz decidiu que a culpa tinha sido da dona dos caes, porque sabia que os caes eram perigosos e devia ter fechado bem a porta.
Da que pensar, nao e?
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Sem dúvida! É uma outra mentalidade.Nanico Escreveu: Da que pensar, nao e?
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Desculpe lá Nanico, mas se o caso dessa senhora é a causa do Mastim Napolitano fazer parte de uma lista de raças perigosas da Holanda, então isso é uma estupidez pegada!! Esse caso, por acaso, aconteceu com essa raça, mas se a senhora em questão fosse dona de dois cães de outra raça qualquer o ataque, muito provavelmente, teria ocorrido exactamente da mesma forma ( a não ser que fossem chihuahuas!!). A grande parvoice no meio disto tudo, e que revela os preconceitos ( ao que parece a Holanda também não é excepção) é que só porque isso aconteceu com Mastins Napolitanos foi suficiente para servir de base à inclusão da raça nessa 'lista'.
Quase que ponho as mãos no fogo, e não estarei a especular muito, que se o ataque tivesse ocorrido com Labradores essa inclusão na lista não teria sido feita de imediato nem com tantas certezas!!!! O pensamento seria: "coitadinhos, os Labradores não fazem mal a ninguém...concerteza eram cães com problemas ou qualquer coisa aconteceu que os fez reagir assim!". Mas como foram Mastins....é claro que o pensamento foi logo : "pois é claro, era de esperar...esses cães são uns assassinos e têm mesmo é que ser proibidos"!
É aqui que está o problema e uma das razões de quem tem cães chamados 'perigosos' se revoltar, e por vezes defender indiscriminadamente, os casos de "ataques às raças' preconizados nos media. Mesmo sem conhecer os pormenores dos casos ( que em algumas vezes, independentemente da raça, levariam à condenação), as pessoas sentem aquilo como mais um 'ataque' à sua raça de eleição. No meio de tanto preconceito e antagonismo, as pessoas quase que já reagem por reflexo e às vezes com exagero! Acreditem que depois de uns anos a ouvir 'bocas', acusações infundadas aos nossos cães, pessoas histéricas a refilarem com coisas tão simples como passear simplesmente o nosso cão à trela, há dias em que é muito fácil saltar-nos a tampa se ouvimos "mais um"!!!!
Cumprimentos
Paulo C.
Quase que ponho as mãos no fogo, e não estarei a especular muito, que se o ataque tivesse ocorrido com Labradores essa inclusão na lista não teria sido feita de imediato nem com tantas certezas!!!! O pensamento seria: "coitadinhos, os Labradores não fazem mal a ninguém...concerteza eram cães com problemas ou qualquer coisa aconteceu que os fez reagir assim!". Mas como foram Mastins....é claro que o pensamento foi logo : "pois é claro, era de esperar...esses cães são uns assassinos e têm mesmo é que ser proibidos"!
É aqui que está o problema e uma das razões de quem tem cães chamados 'perigosos' se revoltar, e por vezes defender indiscriminadamente, os casos de "ataques às raças' preconizados nos media. Mesmo sem conhecer os pormenores dos casos ( que em algumas vezes, independentemente da raça, levariam à condenação), as pessoas sentem aquilo como mais um 'ataque' à sua raça de eleição. No meio de tanto preconceito e antagonismo, as pessoas quase que já reagem por reflexo e às vezes com exagero! Acreditem que depois de uns anos a ouvir 'bocas', acusações infundadas aos nossos cães, pessoas histéricas a refilarem com coisas tão simples como passear simplesmente o nosso cão à trela, há dias em que é muito fácil saltar-nos a tampa se ouvimos "mais um"!!!!
Cumprimentos
Paulo C.
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PauloC,
Concordo consigo na maneira como expõe o problema. O facto de haver "listas negras" para o que quer que seja, baseadas em não sei que critérios, feitas por pessoas com não sei que qualificações, foi uma coisa que sempre me fez muita confusão.
Mas a ideia principal que me ficou do post da Nanico, aliás já defendida pela aisd, é a de que cada caso é um caso. ESTES mastins vieram a revelar-se perigosos. A dona deveria ter consciência disso e certificar-se de que estavam a salvo de praticarem uma acção deste genero.
Concordo consigo na maneira como expõe o problema. O facto de haver "listas negras" para o que quer que seja, baseadas em não sei que critérios, feitas por pessoas com não sei que qualificações, foi uma coisa que sempre me fez muita confusão.
Mas a ideia principal que me ficou do post da Nanico, aliás já defendida pela aisd, é a de que cada caso é um caso. ESTES mastins vieram a revelar-se perigosos. A dona deveria ter consciência disso e certificar-se de que estavam a salvo de praticarem uma acção deste genero.
Ola Paulo,
O acontecimento e verdadeiro, infelizmente.
A revolta que sente tambem e a minha. Tirou-me cada palavra e cada virgula da boca.
Foi para por as pessoas a pensar que citei este caso.
Na Holanda ja nao e permitido cruzar pe pitt-bulls e outras racas ditas perigosas. Os exemplares ainda existentes estao castrados e so podem passear com trela e acaimo.
Este tambem e um efeito perverso quando deixamos de falar em CAES, mas falamos so de pastores alemaes, cockers, rotts, pinschers, SRD's etc. As pessoas metem etiquetas nas racas.
O acontecimento e verdadeiro, infelizmente.
A revolta que sente tambem e a minha. Tirou-me cada palavra e cada virgula da boca.
Foi para por as pessoas a pensar que citei este caso.
Na Holanda ja nao e permitido cruzar pe pitt-bulls e outras racas ditas perigosas. Os exemplares ainda existentes estao castrados e so podem passear com trela e acaimo.
Este tambem e um efeito perverso quando deixamos de falar em CAES, mas falamos so de pastores alemaes, cockers, rotts, pinschers, SRD's etc. As pessoas metem etiquetas nas racas.
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Olá Rute,
Pelo que percebi, e pela resposta de Nanico parece que estava certo, é que este caso em particular serviu de base (ou justificação) para incluir a raça Mastim Napolitano na Lista de raças perigosas.
O meu ataque não era dirigido a Nanico ( que se limitou a contar o que se passou), mas sim aos legisladores holandeses!!
Por esta ordem de ideias (claro que seria impensável) mas se um português praticasse um assassinato na Holanda isso seria razão suficiente para colocar os portugueses numa "lista de nacionalidades perigosas"!! Acham justo?
Abraços
Paulo C.
Pelo que percebi, e pela resposta de Nanico parece que estava certo, é que este caso em particular serviu de base (ou justificação) para incluir a raça Mastim Napolitano na Lista de raças perigosas.
O meu ataque não era dirigido a Nanico ( que se limitou a contar o que se passou), mas sim aos legisladores holandeses!!
Por esta ordem de ideias (claro que seria impensável) mas se um português praticasse um assassinato na Holanda isso seria razão suficiente para colocar os portugueses numa "lista de nacionalidades perigosas"!! Acham justo?

Abraços
Paulo C.
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Certo, paulo,PauloC Escreveu: O meu ataque não era dirigido a Nanico ( que se limitou a contar o que se passou), mas sim aos legisladores holandeses!!
Acho que houve, da minha parte, uma interpretação apressada do teor da sua mensagem. Fiquei a pensar que TAMBÉM estava em desacordo com a decisão da justiça neste caso específico.
Lógico que não é justo. (o mesmo, infelizmente já não digo do "impensável" - nos tempos que correm).Já expressei a minha opinião sobre as "listas negras" para o que quer que seja. Todas as formas de descriminação são, por mim, pouco toleradas.Por esta ordem de ideias (claro que seria impensável) mas se um português praticasse um assassinato na Holanda isso seria razão suficiente para colocar os portugueses numa "lista de nacionalidades perigosas"!! Acham justo?
Obrigada pela esclarecimento
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Este é um assunto sempre polémico. Não consegui lêr todas as respostas. Baseado na minha experiência - Não existem cães perigosos.
Ainda assim para quem diz que eles existem, deixo aqui algumas sugestões para acabar com o problema:
1- Obrigatório para quem quer adquirir um cão fazer um curso de formação para conhecer o básico sobre tratamento de cães e sobre o comportamento das várias raças. Afinal, se quero conduzir um carro tenho que tirar a carta, se for uma embarcação tenho que ter formação e licença, etc..., etc...
2- Realizar testes similares aos psicotécnicos para se determinar se determinada pessoa está apta a ter um cão e qual a raça que melhor se lhe adequa, e se reune todas as condições para tal aquisição.
3- Fazer cumprir a legislação no que respeita à comercialização de animais domésticos.
4- Depois de adquirido o cão, ambos (dono e cão) ou até todas as pessoas do agregado familiar devia fazer um curso de adestramento.
E por aí fora.... resumindo: A culpa não é dos cães.
Abraços.
Ainda assim para quem diz que eles existem, deixo aqui algumas sugestões para acabar com o problema:
1- Obrigatório para quem quer adquirir um cão fazer um curso de formação para conhecer o básico sobre tratamento de cães e sobre o comportamento das várias raças. Afinal, se quero conduzir um carro tenho que tirar a carta, se for uma embarcação tenho que ter formação e licença, etc..., etc...
2- Realizar testes similares aos psicotécnicos para se determinar se determinada pessoa está apta a ter um cão e qual a raça que melhor se lhe adequa, e se reune todas as condições para tal aquisição.
3- Fazer cumprir a legislação no que respeita à comercialização de animais domésticos.
4- Depois de adquirido o cão, ambos (dono e cão) ou até todas as pessoas do agregado familiar devia fazer um curso de adestramento.
E por aí fora.... resumindo: A culpa não é dos cães.
Abraços.
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- Membro Veterano
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- Registado: segunda jan 07, 2002 9:58 pm
- Localização: total : 92 ... se não nasceu nenhum durante a noite....
Boa tarde. quanto ao eso de trela, que sou acérrima defensora, , pois para mim, qualquer cão, inclusivé os meus são perigosos, tendo em conta que associado ao seu comportamento existe sempre um certo grau de imprevisibilidade. Quem pode garantir que de um momento para o outro o seu cão não salta para o meio da estrada a fugir de algo, a brincar ou devido a qualquer situação imprevista? Quem pode garantir que o seu cão nunca atacará ninguém, por qqualquer que seja a razão? Eu não, não posso garantir. quantas vezes já não tive de dar um "valente puxão" na trela, para evitar algum tipo de acidente? (ir para a estrada, colocar-se em frente aos meus pés, ir de encontro a qualquer coisa ou alguém). Como eu, quem já não o fez? Aqui vão alguns exemplos:
o meu cão, perdigueiro português, brawn, filho de boas famílias, neto da ceuta do odelouca, famosa cadela na criação do perdigueiro português em portugal. manso e doce como não havia nenhum. tentou uma vez na vida atacar uma pessoa amiga porque esta me pregou um susto, atacou para me defender, mas atacou, e se não fosse a trela? que consequências? (meigo, obediente, e nunca me largava os pés)
outro dos meus cães, pastor belga enorme, de nome bóris, terror da minha rua, todos se desviavam, por causa do tamanho do cão (que a meu ver não era tão grande assim), embora não fizesse mal a uma mosca, mas por várias vezes se esqueceu de usar os "travões" e me atirou ao chão, provocando, enquanto foi vivo, uma história interminável de nódoas negras, uma das quais ainda cá tenho a marca. poderei eu deixar um cão destes andar sem trela na rua? a primeira vez que me deitou ao chão tinha apenas sete mesinhos. era tão carinhoso e obediente. tinha alguns obstáculos no quintal para ele se exercitar. era a brincadeira preferida do bóris.
e a yorky, yorkshire terrier, que adquiri a pedido e para a minha tia no canil de vale de milhaços. uma vez, se não fosse a trela e o peitoral, tinha ficado caída num buraco de esgoto aberto que não vimos (nem eu, nem ela). foi criada sempre com crianças e é muito meiguinha, até já a utilizei numa aula que dei sobre caracteres sexuais secundários nos animais. mas uma vez, tentou atacar a minha filha porque esta tinha o seu hamster de estimação na mão, a cinderela, e se não fosse a trela? quais as consequências? deveria constar esta raça na lista das potencialmente perigosas?
Desculpem tão grande amontoado de ideias e considerações, mas acho que quem não usa a trela para sair à rua com o seu animal, deveria ter em consideração estes testemunhos (principalmente a texa). O uso de trela, independentemente da idade, sexo ou raça do cão previne a maioria dos acidentes que ocorrem com os mesmos ou por causa deles.
quando vejo um cão solto na rua com o dono, normalmente aviso sobre a obrigatoriedade do uso de trela e normalmente não me levam a mal. na minha zona tem dado um resultado relativo. bem haja. Joana
o meu cão, perdigueiro português, brawn, filho de boas famílias, neto da ceuta do odelouca, famosa cadela na criação do perdigueiro português em portugal. manso e doce como não havia nenhum. tentou uma vez na vida atacar uma pessoa amiga porque esta me pregou um susto, atacou para me defender, mas atacou, e se não fosse a trela? que consequências? (meigo, obediente, e nunca me largava os pés)
outro dos meus cães, pastor belga enorme, de nome bóris, terror da minha rua, todos se desviavam, por causa do tamanho do cão (que a meu ver não era tão grande assim), embora não fizesse mal a uma mosca, mas por várias vezes se esqueceu de usar os "travões" e me atirou ao chão, provocando, enquanto foi vivo, uma história interminável de nódoas negras, uma das quais ainda cá tenho a marca. poderei eu deixar um cão destes andar sem trela na rua? a primeira vez que me deitou ao chão tinha apenas sete mesinhos. era tão carinhoso e obediente. tinha alguns obstáculos no quintal para ele se exercitar. era a brincadeira preferida do bóris.
e a yorky, yorkshire terrier, que adquiri a pedido e para a minha tia no canil de vale de milhaços. uma vez, se não fosse a trela e o peitoral, tinha ficado caída num buraco de esgoto aberto que não vimos (nem eu, nem ela). foi criada sempre com crianças e é muito meiguinha, até já a utilizei numa aula que dei sobre caracteres sexuais secundários nos animais. mas uma vez, tentou atacar a minha filha porque esta tinha o seu hamster de estimação na mão, a cinderela, e se não fosse a trela? quais as consequências? deveria constar esta raça na lista das potencialmente perigosas?
Desculpem tão grande amontoado de ideias e considerações, mas acho que quem não usa a trela para sair à rua com o seu animal, deveria ter em consideração estes testemunhos (principalmente a texa). O uso de trela, independentemente da idade, sexo ou raça do cão previne a maioria dos acidentes que ocorrem com os mesmos ou por causa deles.
quando vejo um cão solto na rua com o dono, normalmente aviso sobre a obrigatoriedade do uso de trela e normalmente não me levam a mal. na minha zona tem dado um resultado relativo. bem haja. Joana