Mais uma criação de vão da escada...

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

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nel
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segunda out 13, 2003 6:29 pm

jcsousa Escreveu:Bem, o tema é muito agradável de discutir mas afasta-se um pouco do tópico. Se calhar justificava-se abrir um novo, no caso de querer continuar a debatê-lo.
Posso dar uma sugestão? Não abram outro tópico. É uma pena cortar a linha do raciocínio ao meio.
Este é um dos temas que fica para a história e que vale a pena ser revisto daqui a uns tempos. Não só pelo conteúdo em si como também pela qualidade das participações. Se o desdobrarem noutro, nunca mais será possível juntar as duas partes.
Estas coisas não são para agradecer, mas eu agradeço na mesma a oportunidade de se ficar a conhecer melhor toda esta "arte e técnica" que envolve a criação.
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linda76
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terça out 14, 2003 8:57 am

ó nel,

Tiraste-me as palavras da boca!!!!
;) ;)
nel
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terça out 14, 2003 10:03 am

linda76 Escreveu:ó nel, Tiraste-me as palavras da boca!!!!
Pois, mas afinal parece que o tema não tem mais desenvolvimento.
Parece que espantámos a "caça" :lol:
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linda76
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terça out 14, 2003 1:01 pm

Olá.!!!

Realmente é uma pena...

Sempre que há temas interessantes e com os quais podemos mesmo aprender, parece que as pessoas se desinteressam...

A mim pessoalmente é um tema pelo qual me interesso muito, visto não saber muito de genética .....

Pode ser que seja continuado.....

;)
Cybergirl
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terça out 14, 2003 1:25 pm

Olá,

Por favor, não vamos trocar termos técnicos (evolução dos factores de risco doenças degenerativas ou defeitos cardiacos congenitos, entropion, etc), porque outros foristas não compreenderão (ainda, né? ;) )......eu tento sempre ser simplista nos termos......faça favor de não complicar o complicado, ok? :D

Bem, aceito que seja dificil explicar-me alguns aspecto, mas não compreendo porque liga tanto ao individuo (uno exemplar), porque então não estaremos a falar em raças mas em arraçados????Juro que não entendo.....ai,ai!?!

Por exemplo:

Cão - Doenças hereditarias mais comuns na raça: ex, displasia (A), doença coronaria (nada)
- Morfologia: pouco stop, necessita mais angulações

Cadela - Doenças hereditarias mais comuns na raça: ex, displasia (B), doença coronaria (nada)
- Morfologia: mais stop, angulações perfeitas

Ascendentes limpos,(até 5ª ou 6ª geração) atenção que estes exemplares não tem consaguinidade, nem precisam ter.
A consanguinidade é um caso extremo, e como disse muito bem, com os seus riscos.

Cruza: - doenças hereditárias: cachorros displasia A ou B, doença coronaria (nada)
morfologia: pai ou mae ou ambos

FECHOU NAS DOENÇAS, no entanto abriu na morfologia (mais stop, menos stop, mais angulações, menos angulações e assim por diante)

Agora o maravilhoso nisto tudo, é que não existem cães perfeitos, e é precisamente esta busca constante (de genes,eheheheh!?!) que fez(e faz) evoluir ou embelezar raças, e engrandecer "espiritos humanos",:D por deste modo conhecermos (e em pormenor), estas criaturas excepcionais!?!

Bye
jcsousa
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terça out 14, 2003 3:35 pm

Bem, eu já tinha as orelhas a arder das acusações de desinteresse do nel e da liinda, mas era a sua vez de intervir...

Porque é que eu fixo mais o indivíduo que a raça? Se quiser, por uma questão etológica - o progresso esteve sempre na variedade e não na uniformidade. A aptidão esteve sempre na generalidade e não na especialidade. Grandes asneiras se têm feito com base em morfologias uniformes, a raça que amo é um exemplo vivo disso. Queiramos ou não, qualquer "tipo" de cão só pode ser conseguido utilizando a consanguinidade, e para manter esse "tipo" é ilógico sair dela. Como voc^^e acaba por concordar, a consanguinidade constitui um risco potencial de transmissão de caracteres indesejados. Será que vale a pena correr esses riscos só para produzir um determinado "tipo" de cão? Quando utilizamos esse caminho, estamos documentados cientìficamente sobre os potenciais genéticos que estamos a utilizar? Eu penso que não. Quando muito servimo-nos das estatísticas - tais linhas fixam tal ou tal característica, mas... e o resto? E o conhecimento científico dos genes que podem ser responsáveis por doenças? Será que os lobos (onde não há consanguinidade) têm displasia?

Eu tenho uma trilogia que procuro atingir - por esta ordem - ao planificar um cruzamento: 1º - cães saudáveis; 2º - temperamentos normais; 3º - boas morfologias. A última coisa que se me ocorre é que as ninhadas sejam homogéneas em termos de estrutura. Que me interessa que tenham cores de pelo diferentes, uns sejam compactos e outros alongados, se todos forem bons exemplares à luz do standard e tiverem comportamentos normais para a raça?

Eu, dentro da raça que amo, tenho o neu "tipo" de cão - para mim o cão perfeito. Mas não vou condicionar a minha estratégia a esse tipo, se tiver a menor dúvida quanto a estar a potenciar riscos de saúde. Pessoalmente não tenho os conhecimentos de genética que me permitam descartar esse risco. Quantos clubes de raça estão assessorados por geneticistas? Creio que nenhum. Já se perguntou porquê, quando há muitos biólogos, etólogos e especialistas em genética amantes de cães? Porque possivelmente os seus pareceres contrariavam as "modas" que vendem mais... Bem, isto é só a minha opinião, evidentemente.

Por alguma razão a consanguinidade máxima permitida é o (2-3), não acha?

Não sou, no entanto, fundamentalista em relação à consanguinidade - como você diz pode ser necessário utilizá-la esporàdicamente. O que sou é contra a sua utilização corriqueira, embora ache legítimo que haja outras opiniões.

Aliás, penso que no geral estaremos de acordo, com excepção de um único ponto - pelo que afirma, julgo que defende que uma raça deve evoluir para determinado "tipo" de cão. Eu penso o contrário - quanto mais variedade houver numa raça, mais ela terá assegurada a sua evolução - porque isto dos "tipos", infelizmente, está sujeito a modas, efémeras como todas.

Um abraço

José Carlos
Cybergirl
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terça out 14, 2003 3:55 pm

nel Escreveu: Parece que espantámos a "caça" :lol:
Ó,Ó Banha-me Deuzzzeeeessss!

Então Sr. Nel, agora virei "presa" e bocemecezzzeesss "hunters"!?!

Pois então!!!!.....queriam mais?

Fiquem coladinhos, que só amanhãzzzesss!?!...... :D :D ;) :roll: 8)

Bye
linda76
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terça out 14, 2003 4:13 pm

ò xenhor cybergirl e xenhor jcsousa....

Atão só amanhã??? Parece as novelas.... cenas dos proximos capitulos....
tchan, tchan....


jcsousa, qual é a raça que cria, se não é indiscrição?


tanques,

Sandra
ladyxzeus
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terça out 14, 2003 5:21 pm

Assim é que é! Este tópico começou com toda a gente a criticar-me (está bem, eu fui realmente precipitada. Mas na próxima segunda feira já terei dados que suportem a questão inicial) e agora compôs-se!
Já que estão a falar nos termos técnicos da criação, digam-me: para a criação tem de se saber alguma coisa de genética? No meu livro de CTV (que é Ciências da Terra e da Vida) vem um exercício que fala sobre os genomas da cor do pelo dos retrievers. Depois copiarei para a qui o exercício (deixei o livro na escola...). É necessário um estudo sobre os genomas e análises para conseguir obter os "resultados esperados"?
amarg
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terça out 14, 2003 5:35 pm

jcsousa,

Obrigada pela sua resposta! Finalmente alguém se expressa sobre criação de forma clara e acessível a todos, mesmo para aqueles que não entendem muito do assunto.

Já agora, também estou curiosa, qual é a raça que tanto gosta?

Boa tarde.

Ana
Elsa
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terça out 14, 2003 5:43 pm

Claro! mas apenas se se souber os genes envolvidos e o tipo de interacção entre eles. A genética relacionada com as cores, é das mais simples de estudar e também de calcular os resultados, pois normalmente estão envolvidos apenas alguns genes.

O problema debatido aqui é bem mais complicado... a morfologia não se prevê assim.. o comportamento não se prevê assim, e algumas doenças hereditárias também não se prevêm assim, pois são originadas por uma infinidade de genes com as mais variadas combinações e interacções, sendo muitos deles desconhecidos.
jcsousa
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terça out 14, 2003 6:27 pm

Pois é, Elsa, a coisa não vai só com estatísticas. É nessa complicação que eu me baseio para ter muuuita cautela com a consanguinidade.
De resto, penso que quanto a este assunto estamos todos mais ou menos de acordo.
Aos interessados: a raça que crio é o pastor alemão. Cria 100% amadora - de cada ninhada ofereço vários cachorros ( a amigos, claro), e só crio de vez em quando (a última ninhada foi há quase dois anos...).

Para o nel e para a linda: concordo com a cybergirl!! então vocês é só pedir? Isto é que é descaramento!!! (Bem, estou assim "indignado" porque se me está a acabar o "latim"....).

De qualquer modo, penso que estes temas são bem mais interessantes do que classificar criadores, não acham?

Cumprimentos

José Carlos
jcsousa
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terça out 14, 2003 7:06 pm

Cybergirl:

Já agora...

Estive a reler o seu exemplo (Cão tal, cadela tal). No "estudo" teórico que reproduziu não vi referências a características das linhagens de nenhum dos dois...

Pergunto:

1. Não será isto ter em conta o indivíduo? Onde é que está aui a consanguinidade???

2. Ao fim e ao cabo (um tem angulações boas e outra más) não será isto criar pelo fenotipo?

3. E que há do temperamento?

Cumprimentos

José Carlos
sea
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terça out 14, 2003 7:23 pm

JCSousa,

Existem temas que dão pano para mangas, este é um deles!
Até nós já tinhamos falado disto! ;)

Sabes que num site sobre Golden Retriever , descobri que na América existe um canil que faz criação entre familiares, a melhor cadela com o melhor cão ...que acaba por ser o seu neto!!! E li comentários de participantes neste forúm que diziam que tinham sido observados comportamentos agressivos e fora do padrão dos Golden!!! Porque será?

Outra situação que observo é que em Portugal não há Goldens que vençam campeonatos escuros, e estão cada vez mais claros! isto porque os canis mais conhecidos têm essa predilecção e acabam por quase que instituir esse padrão.

Será que é por tentarmos cruzar o casal que é considerado o melhor que as suas crias o irão ser também? as probabilidades são maiores, mas também acontece o contrário...
jcsousa
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terça out 14, 2003 8:49 pm

Eu pouco conheço de outras raças... e não me atrevo a falar do que não sei (ou julgo saber...).

Como aqui já foi dito, a côr é um dos aspectos mais fáceis de "trabalhar".Nem será preciso, quanto a mim, recorrer a consanguinidades para conseguir um apuramento da côr. Basta criar pela côr do pelo, mesmo utilizando linhagens diferentes.

Penso que não será boa política, o colocar a côr como primeiro objectivo da criação, mas, enfim, como disse, não conheço o suficiente dos Golden e suas linhas de sangue para me pronunciar.

Quanto à experiência americana, com consanguinidades que nem sequer me parecem legais, estou realmente contra. Assim se produziu também o pastor alemão "americano", com os problemas de saúde e temperamento conhecidos.

A última questão (cruzar campeão com campeã) refere-se a um critério infelizmente muito utilizado na criação. Seria tudo muito fácil se fosse assim, não era? Campeão + campeã = campeõezinhos!!!

José Carlos
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