Curiosidades

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

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nel
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segunda ago 17, 2009 4:40 pm

Sabia que o épagneul anão, nos séculos XVII e XVIII, era o hóspede favorito das cortes europeias? Todos os reis e rainhas tinham o seu.
Consoante a forma das orelhas, é chamado épagneul papillon (borboleta), com as orelhas direitas ou épagneul phalene com as orelhas caídas. A falena também é uma borboleta, com asas largas, as quais realmente lembram as orelhas dos cães desta variedade. Encontramos a graciosa silhueta deste épagneul nos quadros de Gioto (1266-1337). Na época, os cães miniatura eram profusamente representados junto das grandes damas e em retratos de crianças e o épagneul anão era um dos mais habituais.
Muito raro e muito apreciado, o épagneul anão era património da aristocracia. Os nobres pagavam grandes somas para terem os exemplares mais pequenos e mais delicados. Em França, o Rei-Sol possuia um, como se pode ver no famoso quadro Luis XIV em Família, de Larguilliere (1656-1746).
Com o tempo, o épagneul anão tornou-se um cãozinho de regaço. Wateau incluiu-o nas suas composições galantes e Fragonard imortalizou-o em várias das suas telas.
O clube do épagneul anão continental da Bélgica foi fundado em 1933 e num congresso realizado em Lille em 1934, determinou-se que o épagneul anão era de nacionalidade franco-belga.
O épagneul anão adora ter público e seduzir toda a gente. Sente pelos donos uma adoração sem limites e faz seja o que for para lhes agradar. Mas... é ruidoso e ladrador...
O épagneul anão parece ter nascido para ser feliz. Ao brincar com ele, os problemas e as pequenas contrariedades do quotidiano tornam-se fáceis de esquecer. O épagneul anão não é tímido. Arrasta o dono, puxando-lhe as calças com os dentes, dá piruetas, salta-lhe para cima como se tivesse molas nas patas e exige constantemente brincadeiras e festas.
O que é surpreendente no épagneul anão é que não parece envelhecer. Os anos passam, os bigodes embranquecem, mas o seu carácter não muda. Age sempre como se tivesse seis meses. Incrivelmente activo, nunca está quieto. Se tocam à porta, desata a ladrar. Arrebita as orelhas ao menor ruído. Mas a verdade é que o seu latido não se destina a assustar os visitantes. Serve só de aviso para algo de imprevisto em vias de acontecer. Aliás, o nosso amiguinho o que está é contente. Gosta de ver caras novas. Muito sociável, não é nada tímido e acolhe os desconhecidos alegremente inspeccionando-os de alto a baixo dando à cauda.
O épagneul anão adora refastelar-se na sua almofada e dormir como um rei.. Ou então prefere, para a sua sesta, o colo do dono ou a sua cama. A antiga mascote de marquesas e reis adora viver regaladamente. Gosta da tepidez, da comodidade e do luxo e porta-se como um peluche ou como um gato persa. Mas estes instantes de descanso nunca duram muito. Não tarda sentir a necessidade de se mexer e de se armar em palhaço.
Este cão tão cheio de vitalidade é um maravilhoso companheiro de jogos. Está sempre disposto e aceita todas as brincadeiras. Se uma manina quiser vesti-lo, permite-lho amavelmente. Mas se um garoto pretender organizar um jogo de futebol com ele, ficará encantado por correr como um louco atrás da bola.
Caçar ratos e ratazanas também é um excelente entretém para ele, quando o seu proprietário está ocupado. Este “gentledog”, de sumptuosa pelagem sempre impecável, transforma-se repentinamente num tornado. Atira-se para a frente, escava a terra e perde a cabeça. Só tem um objectivo: fazer em pedaços aqueles insuportáveis invasores. A chuva, a lama e a sujidade não o incomodam. Resumindo, é um verdadeiro cão que nada tem de bibelot.
Altura máxima: 28cm
Peso: 1,5 a 5kg
Fonte:Planeta de Agostini (excertos)

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Fitinhas
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Localização: Bichona Luca, Gatona Pipoca :D

segunda ago 17, 2009 4:44 pm

:D

Nel, obrigada por partilhar os seus conhecimentos!
Adoro as "BD" dos seus canitos! :lol:
marijonscp
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segunda ago 17, 2009 9:04 pm

Falando em cães nas cortes europeias, parece que na Portuguesa era diferente.
Aqui fica uma fotografia da última raínha de Portugal com o seu cão preferido que consta ter sido um "Serra da Estrela"

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<p>"Quanto mais conhe&ccedil;o os homens, mais estimo os animais" - Herculano</p>
<p><a href="http://www.youtube.com/watch?v=vCCa8GzQ ... VQg</a></p>
<p><a href="http://www.you"></a></p>
nel
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quinta ago 20, 2009 12:49 pm

Sabia que o épagneul de pequim (pequinês) era considerado na China como protector de Buda?
No Ocidente, o épagneul de pequim seduziu os criadores pela sua delicadeza, a par de uma grande nobreza.
Uma antiga lenda chinesa envolve as origens do pequinês de uma aura mágica: um belo dia, um leão magnífico enamorou-se perdidamente por uma minúscula macaca. Louco de amor, a fera suplicou ao deus Hai Ho que permitisse a sua união. O deus, depois de muita reflexão, decidiu abençoar a sua aliança, mas impôs uma condição: o leão deveria abandonar o seu tamanho e força por amor à sua macaquinha. E assim foi. Casaram-se e do seu enlace nasceu um ser tão estranho quão capacitado: valente e orgulhoso como o pai e inteligente e meigo como a mãe.
Há milhares de anos que os chineses atribuem ao pequinês qualidades tão sobrenaturais como as suas origens. A sua estatuária, inscrições e pinturas tradicionais têm-no representado muitas vezes sob uma forma mitológica. As atitudes altaneiras e vivacidade levam a representá-lo como um ser poderoso e mágico, que se confunde com o símbolo do signo astrológico do Dragão. Não é de estranhar, pois, que quando o budismo chegou à China, no século III, o épagneul de pequim fosse dedicado a Buda e instituído protector dos templos. Consagrado como “Leão de Buda”, durante dezasseis séculos foi propriedade da corte imperial.
Trazidos do Oriente por exploradores e oficiais da marinha, os primeiros pequinês apareceram na Europa na segunda metade do século XIX. A mentalidade racional dos criadores ocidentais apressou-se a impugnar a origem mitológica destes cães. Mas isso em nada impediu o sucesso da raça, destinada a ter nas cortes reais europeias o mesmo êxito que teve nas cortes imperiais asiáticas.
Vários pequineses chegados à Grã-Bretanha em 1860 vieram directamente de Pequim. Em 1894, apareceu pela primeira vez, oficialmente, um exemplar na exposição de Chester. Em 1900, a Cruft consagrou a raça e em 1904 foi fundado o seu primeiro clube na Grã-Bretanha.
“Sua alteza” o épagneul de pequim é muito mais sensível do que a sua atitude altaneira pode levar a supor, encolerizando-se com frequência. No entanto, quando ama, ama intensamente. De uma indiferença real para com os recém-chegados, o pequinês professa um amor exclusivo pelo dono.
Este pequeno cão é um verdadeiro aristocrata. Parece que tem inscritos nos seus genes os séculos de carícias e respeito durante os quais o Homem o colocou num pedestal. Não se atreva a falar-lhe com brusquidão. Não se esqueça nunca que está a lidar com um senhor que tem de ser tratado com punhos de renda. Mas se conseguir ganhar o seu coração, será para sempre. O seu comportamento snobe e selectivo é também muito compensador para o dono. Dá-lhe a perceber, à sua maneira, que para ele só existe o dono, e o discreto desprezo que demonstra para com os outros, cria entre ambos um profundo elo afectivo.
O pequinês é um cão muito possessivo. Assume-se como centro das atenções. Com um feitio extremamente sensível, entra em depressão ao menor sinal de afastamento ou de indiferença do dono. Precisa que se ocupem dele a todo o momento. Embora nunca se comporte como um ser pegajoso, não suporta que o ponham de lado.
Teimoso que nem uma mula e muito valente, o pequinês defende o seu território com veemência. Nunca cede terreno nem os privilégios adquiridos. Não compartilha nada.
Como o gato, o épagneul de pequim é independente, requintado, um bocadinho egoísta e muito orgulhoso. Não é dócil nem é fácil de lidar. É um animal de luxo, que tem de ser tratado com punhos de renda. Escolher um pequinês significa mais adquirir um cão esplêndido e delicado para prazer dos olhos e do espírito do que um companheiro funcional e afectuoso. “Inútil” por excelência, este velho símbolo do luxo exige por vezes muito mais do aquilo que está disposto a dar.
Tamanho: 15 a 25 cm ao garrote.
Peso: 2 a 8 kg
Fonte:Planeta de Agostini (excertos)

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sara__sfmr
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quinta ago 20, 2009 1:11 pm

Continue assim Nel!
Os seus canitos são lindissímos, e as curiosidades são de mais. :lol:
Eis a quest&atilde;o..
nel
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terça ago 25, 2009 6:30 pm

Sabia que antigamente, no Tibete, o pêlo do terrier tibetano servia para fabricar agasalhos?
Este fiel ajudante dos monges tibetanos, habituado às neves eternas, apareceu no Ocidente apenas nos anos vinte.
Este simpático e jovial cão, muito decorativo, tem um amplo passado. Tem pelo menos vinte séculos de existência e a raça permaneceu absolutamente pura, o que não é de estranhar, pois os mosteiros tibetanos situam-se a grandes altitudes, em montanhas nevadas e quase inacessíveis.
No entanto, o terrier tibetano não ficou isolado nas suas montanhas. Também percorreu os áridos caminhos da Ásia Central com as caravanas dos grandes viajantes.
O terrier tibetano tem muitos pontos em comum com o lhassa apso. De facto, a capital sagrada do Tibete alojava estas duas raças de alma e corpo tão semelhantes. Mas seria um erro mitificar estes cães, dado que, mesmo estando muito perto dos lamas, também exerceu com êxito as funções mais pragmáticas de cão pastor.
Nos anos vinte, uma princesa tibetana ofereceu à sua médica, a inglesa doutora Agnes Greig, um terrier tibetano. A médica levou-o para a Grã-Bretanha e a raça estabeleceu-se no país. Os exemplares provenientes deste primeiro tronco tinham o pêlo comprido, desgrenhado e ondulado. Posteriormente, durante a Segunda Guerra Mundial, o terrier do tibete “emigrou” para a Alemanha. Outra linha, mais marcial, desenvolveu-se então, com um corpo maciço e potente. Depois da guerra, surgiu na Grã-Bretanha uma nova variedade mais sofisticada, que brilha pela elegância da pelagem.
Em 1975 e 1979, novos cruzamentos entre vários tibetanos melhoraram ainda mais a raça. Os contributos de cães norte-americanos e dinamarqueses tornaram-se essenciais, e os criadores europeus não demoraram a tirar partido delas. Mais tarde, os terriers do tibete criaram uma grande reputação e hoje o futuro deste pequeno cão já está garantido.
Até hoje não tem sido afectado pelo fenómeno da moda, quase sempre nefasto à qualidade de uma raça, mas não se pode saber o que o espera no futuro.
O terrier tibetano era muito apreciado pelos tibetanos por duas razões. Em primeiro lugar, porque tinha a reputação de saber recuperar objectos perdidos como que por milagre. Em segundo lugar, porque o seu longo pêlo era misturado com o do iaque para fabricar um tecido muito quente, agradável de usar e impermeável.
Apodado “pessoazinha” pelos tibetanos, este falso terrier intriga e seduz, agrada ou desagrada, mas nunca deixa ninguém indiferente e enche a casa de alegria. Ficará encantado por obedecer àquele que saiba impor-lhe uma lei firme e coerente.
Possui o temperamento fogoso e brincalhão de um terrier , mas não é nervoso nem excitado ou emocionalmente frágil.
O dono não tardará a aperceber-se de que o terrier tibetano permanece tranquilo, pelo menos, durante três ou quatro horas seguidas, como se estivesse mergulhado numa meditação transcendental. É um cão equilibrado, que alterna fases de descanso com fases de acção.
E é um bonito cão de companhia.
Altura: 35 a 40cm o macho; 30 a 40cm a fêmea
Peso: 8 a 13 kg
Fonte:Planeta de Agostini (excertos)

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jclarinos
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terça ago 25, 2009 6:40 pm

:lol: :lol:
ziggy
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terça ago 25, 2009 7:01 pm

De companhia e nao so. A treinadora dos meus caes tem um que faz competicao em obediencia. E sabe abrir frascos e garrafas de plastico...
Musky
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terça ago 25, 2009 10:33 pm

ziggy Escreveu:De companhia e nao so. A treinadora dos meus caes tem um que faz competicao em obediencia. E sabe abrir frascos e garrafas de plastico...
Ora, os meus são muito mais inteligentes. Mesmo sem treino, sabem perfeitamente pedir-me que as abra para eles... :lol: 8)
LucNun
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terça ago 25, 2009 10:50 pm

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
Ol&aacute;, eu sou a Bronkas de outros f&oacute;runs!
nel
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segunda ago 31, 2009 5:04 pm

Sabia que o buldogue inglês remonta à Antiguidade e descende em linha recta dos molossos?
Há quem seja de opinião de que terão sido os Fenícios e os Romanos a introduzi-lo na Grã-Bretanha e no norte da Europa, mas parece que o próprio César contradiz esta lenda. Nos seus Comentários relata que as legiões romanas foram atacadas por molossos celtas. Assim, muito provavelmente, já existiam antes do império romano.
Na Idade Média, esses cães fortes e potentes lutavam contra touros e dizia-se deles que nunca soltavam a presa. No princípio do século XIV gabavam-se os méritos do bold dog (“cão cheio de audácia”). Em 1586, um tal Willy Harrison referiu o bold dog como sendo um cão poderoso, de carácter esquisito, teimoso, e que bastavam quatro deles para liquidar um urso. Isto confirma a existência do buldogue em todas as épocas.
O termo buldogue apareceu pela primeira vez em 1632. Preston Eaton, residente em Espanha,escreveu a um dos seus amigos de Londres, George Willighan, a pedir-lhe que lhe enviasse um mastim e dois buldogues grandes. Pretendia pô-los a lutar com os dogues de Burgos. Mas, em 1835, os costumes mudaram e o Parlamento proibiu os combates entre cães e animais ferozes. Assim, a criação do buldogue foi sendo progressivamente abandonada e, em meados do século XIX, este cão estava quiase em vias de extinção. No entanto, em 1860, na exposição canina de Birmingham, o seu êxito não teve precedentes. Em 1864, os entusiastas fundaram um clube da raça e estabeleceram um estalão. Na época, o buldogue inglês era bastante diferente do actual. Parecia-se com o boxer. A partir de então, a selecção orientou-se para um cão mais baixo e ainda mais compacto, com a cabeça mais maciça. Os criadores foram muito criticados, tendo sido acusados de estarem a criar um monstro, que perdia o fôlego de cada vez que fazia um esforço. Mas o monstro é hoje uma das raças mais populares na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos.
O buldogue inglês parece um resmungão mal-humorado, coisa que não é absolutamente nada. É pacífico, amável e afectuoso. Para opinar sobre o buldogue inglês há que conhecê-lo. “O hábito faz o monge”, é um dito que não se aplica a ele. “O que e que tem o meu aspecto?” é o que parece perguntar o buldogue quando se cruza com alguém que o olha com expressão horrorizada. Pobre buldogue, quando vai na rua ouve de tudo! Fazem pouco dele, denigrem-no, acham-no horrendo, impede-se as crianças de se aproximarem porque ele tem um ar pouco tranquilizador, etc. Mas o dono gosta dele e compreende-o. A relação que o buldogue mantém com o seu proprietário não é bem afecto. É um amor raivoso, porque reclama carinho durante todo o dia.
Altura: 30 a 40 cm ao garrote
Peso: cerca de 25 kg
Fonte:Planeta de Agostini (excertos)

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PCSV
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segunda ago 31, 2009 5:20 pm

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
nel
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sexta set 04, 2009 5:21 pm

Sabia que o english springer spaniel, “primo” do cocker, é um dos mais antigos cães de caça?
Os spaniels são épagneuls revistos e corrigidos pelos ingleses. O seu antepassado comum é o springer. A raça mantém-se pura, pois este belo cão quase não tem sido modificado.
Na Idade Média já havia spaniels nas Ilhas Britânicas. Os senhores da época usavam-nos para caçar aves, embora na realidade fossem perfeitamente dotados para vários tipos de caça. Os spaniels foram durante muito tempo de tamanho médio. Hoje, entre todos os géneros de spaniels existentes, o que melhor corresponde ao tipo original é o english springer spaniel.
No século XIX, com o desenvolvimento da cinologia, os diferentes tipos de spaniels misturaram-se, o que suscitou uma grande controvérsia, mas tratava-se de os adaptar a objectivos específicos. Assim nasceu o cocker, excelente caçador de abetardas e de coelhos. Também se criaram spaniels pesados e muito pouco desportistas. O springer conservou as suas características e continuou a ser um cão de caça prático... antes de se tornar num cão desportista. A criação dos “fieldtrials” (concursos de cães de caça destinados a pôr em destaque a inteligência, o faro, o estilo, etc.) marcou o êxito da raça.
Em 1902, o Kennel Club reconheceu oficialmente a existência do english springer spaniel. Hoje muito presente em exposições, fica imediatamente a seguir ao cocker nas estatísticas inglesas, revelando assim que é muito popular como animal de companhia. A sua introdução nos Estados Unidos data de meados do século XIX, mas a sua implantação oficial vem de 1932.
O english springer spaniel é um dos cães mais dóceis e de convivência mais fácil. Viver com um english springer spaniel é uma delícia. Meigo, obediente, fiel, cooperativo, tem prazer em cumprir as tarefas que este lhe encomenda. Possui um energia vital extraordinária e, em acção, corre, voa por cima de mato e de valas, a grande velocidade.
Menos teimoso e menos fiteiro que o cocker, compreende imediatamente o que se espera dele e satisfaz os desejos do seu proprietário com uma solicitude enorme. Claro está que, como todos os cães, tem de ser educado. Mas com ele não há necessidade de repetir dez, vinte vezes as mesmas coisas como acontece com outros. Obedece à primeira.
O english springer spaniel pode desempenhar muito bem o papel de cão de companhia, porque traz animação a qualquer lar e porta-se às mil maravilhas com as crianças. Mas a sua vida enfiado num apartamento não é apropriada. Precisa de uma casa com jardim. Como não se cansa de correr pelo meio de matagais e sebes, e à falta disso, adora percorrer o jardim de um lado para o outro.
Mas a sua verdadeira vocação é a caça...
Tamanho: 51cm de altura ao garrote
Peso: cerca de 23 kg
Fonte:Planeta de Agostini (excertos)

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xenita
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sexta set 04, 2009 6:03 pm

Boas
Gosto muito das Curiosidades
Adoro as paisagens dos lingrinhas...isso é que é qualidade de passeio :lol:
LucNun
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sexta set 04, 2009 6:07 pm

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Canis dixit! :D E como é verdade... :D
Ol&aacute;, eu sou a Bronkas de outros f&oacute;runs!
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