Gostaria de saber a vossa opinião sobre esta temática. Cumprimentos e Obrigado.
Será verdade ou mito que o cão refeiro tenha uma maior resistência /inteligência ou uma longevidade maior do que quando comparado com um cão de raça puro?
Esperança média de vida do cão rafeiro versus cão de raça pu
Moderador: mcerqueira
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a longevidade tem a ver com o tamanho e peso do cão, que estão relacionados com a velocidade de crescimento do mesmo.
a resistência (presumo que se refira à resistência fisica/saúde do cão) pode ser "selecionada" na criação de raças puras, criando somente com animais aos quais sejam efectuados despistes de doenças hereditárias que são caracteristicas de algumas raças!
quanto à inteligência, está relacionado com o objectivo para que cada raça foi criada, e pode ser estimulado com a educação/treino. obviamente que um rafeiro pode aprender se for estimulado nesse sentido, mas nunca vai chegar a desempenhar determinada função melhor ou da mesma forma do que a raça que foi criada para esse efeito!
a resistência (presumo que se refira à resistência fisica/saúde do cão) pode ser "selecionada" na criação de raças puras, criando somente com animais aos quais sejam efectuados despistes de doenças hereditárias que são caracteristicas de algumas raças!
quanto à inteligência, está relacionado com o objectivo para que cada raça foi criada, e pode ser estimulado com a educação/treino. obviamente que um rafeiro pode aprender se for estimulado nesse sentido, mas nunca vai chegar a desempenhar determinada função melhor ou da mesma forma do que a raça que foi criada para esse efeito!

<p>ex Omega2,3,4,5, etc... Não adopte, compre
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<p>"Criou caturras a biberon?", by Kitten!
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<p>"Criou caturras a biberon?", by Kitten!
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Na minha opinião:
Não creio que um rafeiro tenha maior resistência ou inteligência que um cão de raça pura, pelo menos não de uma forma geral. Vou de encontro ao que a Mega escreveu no que diz respeito à selecção para aptidão... nenhum rafeiro pode correr tanto como o grupo dos galgos, nenhum rafeiro tem o potencial olfactivo de um Bloodhound, nenhum rafeiro aponta a caça como um kurzhaar, nenhum cão pode ser tão polivalente como um PA, e com isto não digo que não possam existir indivíduos sem raça definida excepcionais.
No entanto, de uma coisa não tenho dúvidas: devido ao pool genético das raças puras ser muito mais reduzido ou até infinitamente mais reduzido do que qualquer cão fruto de um cruzamento aleatório, os cães de raça pura têm muito mais probabilidades de virem a sofrer de doenças genéticas e algumas raças até têm condições exclusivas a essas mesmas raças.
De forma muito simplista, , muitas doenças genéticas têm origem em genes recessivos que para se manifestarem na descendência têm de ser herdados de ambos os pais. Nos rafeiros as probabilidades de isso acontecer são muito mais remotas do que no caso de um cão de raça onde em imensas raças se consegue traçar a ascendência a uns meros 6 ou 7 animais que foram o stock fundador de quase todos os efectivos da raça hoje em dia. No fim da WWII, grande parte das raças europeias estava à beira da extinção e muitas foram recuperadas à custa de meia dúzia de sobreviventes e de muito inbreeding.
É por isso que hoje em dia certas doenças são tão difíceis de erradicar como por exemplo a displasia da anca nos PA que desgraçados até tiveram de ser chamados de Lobos da Alsácia durante algum tempo por causa dos sentimentos anti-germânicos do pós-guerra.
Quanto à longevidade, ela está directamente relacionada com o que escrevi acima mas também com a questão do porte como a Omega referiu. Um rafeiro de porte grande não iguala a esperança de vida de um cão igualmente rafeiro de porte médio.
E não esquecer também que muitas características que tornam as raças únicas e tão diferentes entre si são traços que a Natureza eliminaria rapidamente do fenótipo dos canídeos se deixasse de existir criação selectiva: as orelhas caídas, o crânio braquicefálico, o nanismo, certos padrões de pelagem, etc são traços que não existem em nenhuns canídeos selvagens (lobos, coiotes, raposas, dingos, mabecos) porque efectivamente são entraves à sobrevivência dos animais na vida selvagem, enquanto predadores e presas.
Não creio que um rafeiro tenha maior resistência ou inteligência que um cão de raça pura, pelo menos não de uma forma geral. Vou de encontro ao que a Mega escreveu no que diz respeito à selecção para aptidão... nenhum rafeiro pode correr tanto como o grupo dos galgos, nenhum rafeiro tem o potencial olfactivo de um Bloodhound, nenhum rafeiro aponta a caça como um kurzhaar, nenhum cão pode ser tão polivalente como um PA, e com isto não digo que não possam existir indivíduos sem raça definida excepcionais.
No entanto, de uma coisa não tenho dúvidas: devido ao pool genético das raças puras ser muito mais reduzido ou até infinitamente mais reduzido do que qualquer cão fruto de um cruzamento aleatório, os cães de raça pura têm muito mais probabilidades de virem a sofrer de doenças genéticas e algumas raças até têm condições exclusivas a essas mesmas raças.
De forma muito simplista, , muitas doenças genéticas têm origem em genes recessivos que para se manifestarem na descendência têm de ser herdados de ambos os pais. Nos rafeiros as probabilidades de isso acontecer são muito mais remotas do que no caso de um cão de raça onde em imensas raças se consegue traçar a ascendência a uns meros 6 ou 7 animais que foram o stock fundador de quase todos os efectivos da raça hoje em dia. No fim da WWII, grande parte das raças europeias estava à beira da extinção e muitas foram recuperadas à custa de meia dúzia de sobreviventes e de muito inbreeding.
É por isso que hoje em dia certas doenças são tão difíceis de erradicar como por exemplo a displasia da anca nos PA que desgraçados até tiveram de ser chamados de Lobos da Alsácia durante algum tempo por causa dos sentimentos anti-germânicos do pós-guerra.
Quanto à longevidade, ela está directamente relacionada com o que escrevi acima mas também com a questão do porte como a Omega referiu. Um rafeiro de porte grande não iguala a esperança de vida de um cão igualmente rafeiro de porte médio.
E não esquecer também que muitas características que tornam as raças únicas e tão diferentes entre si são traços que a Natureza eliminaria rapidamente do fenótipo dos canídeos se deixasse de existir criação selectiva: as orelhas caídas, o crânio braquicefálico, o nanismo, certos padrões de pelagem, etc são traços que não existem em nenhuns canídeos selvagens (lobos, coiotes, raposas, dingos, mabecos) porque efectivamente são entraves à sobrevivência dos animais na vida selvagem, enquanto predadores e presas.
"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo