Aquilo que toda a gente deve ter em conta antes de adoptar ou comprar.
Adopção
A adopção de um animal deve sobretudo ser resultado de uma reflexão consciente sobre a capacidade real de cada um em satisfazer as necessidades primárias de que um animal precisa.
Assim, não deve nunca adoptar um animal por impulso, simplesmente para satisfazer um desejo primário ou inconsciente, mas sim pelo facto de reunir as condições mínimas essenciais ao Bem-Estar do animal e a vontade unânime de acolher um ser vivo proporcionando-lhe um estilo de vida próprio e ajustado aos seus instintos mais primitivos. Por outro lado, a adopção de um animal por vaidade (ou porque uma determinada raça está mais na moda) está errada.
Antes de adoptar um animal, pense se:




Uma atitude consciente
Deverá ser desencorajada a posse de animais de companhia por aqueles que não possuem as instalações, tempo, meios financeiros ou nível de interesse necessários para assegurar um padrão de cuidados satisfatórios e um compromisso a longo prazo para com o animal.
As características de algumas casas são inadequadas para a manutenção de determinados animais e certas circunstâncias pessoais podem fazer com que seja difícil, se não impossível, a obtenção de condições apropriadas. Uma posse responsável deve incluir a provisão de cuidados básicos essenciais à sobrevivência do animal, identificação permanente e a aplicação de um programa de vacinas.
Deve ponderar… Adoptar um animal ou adoptar um problema?



Deve decidir
A lição mais importante, e resumindo tudo aquilo que foi dito até agora, reside na assimilação de uma mensagem objectiva e concisa: "Adopte o animal que faz falta à sua vida ou não adopte animal nenhum".
Se a sua decisão foi...
... não adoptar um animal: pelo menos uma certeza tem, tomou a decisão certa para o seu caso, reflectiu sobre a sua capacidade de providenciar os cuidados básicos essenciais à vida de um animal e reconheceu o que um animal necessita na realidade para que o seu bem-estar esteja permanentemente assegurado, ou seja, tudo aquilo que actualmente não lhe poderá dar. Foi simplesmente realista e, por conseguinte, uma pessoa responsável. Talvez mais tarde as circunstâncias sejam alteradas e aí a decisão poderá ser outra.
... adoptar um animal: deverá agora lançar-se na descoberta de um novo amigo e companheiro, que lhe exige algumas coisas mas que em troca lhe oferece um amor incondicional... sem preço.
A escolha do cachorro
A atracção que eventualmente se sinta por uma determinada raça de cães não deverá impedir-nos de ter em conta o tamanho e o peso que o cachorro irá atingir na idade adulta. De facto, as amplitudes de crescimento são muito variadas: um cão de raça pequena multiplica por 20 o seu peso à nascença, enquanto que a proporção pode chegar a 100 vezes nos cães de raças gigantes.
A raça
Hoje em dia, existem aproximadamente 400 raças de cães homologadas pela Federação Cinológica Internacional.
É indispensável possuir alguns conhecimentos mais aprofundados para não ficar totalmente desorientado por esta diversidade sem equivalente no mundo animal. O seu tipo de vida poderá constituir uma orientação quanto à selecção da raça, porque para além do aspecto físico, cada raça possui as suas próprias especificidades comportamentais. Por exemplo:



Cão ou cadela?
De forma geral, as cadelas são mais calmas e meigas do que os cães e o seu tamanho é habitualmente inferior ao dos machos. O principal inconveniente consiste nos dois períodos de cio anuais. No entanto, a esterilização, mesmo antes do primeiro cio, pode evitar este comportamento e impedir uma eventual gestação não desejada pelo dono.
Os cães apresentam uma maior tendência para fugir e são normalmente mais nervosos do que as fêmeas, podendo evidenciar uma modificação total de carácter na presença de uma cadela em cio. Contudo, uma boa educação permite, na maioria dos casos, reduzir estes comportamentos. Possuir mais do que um cão pode ser a solução para o tédio do animal que vive sozinho. A posse de dois machos é desaconselhável: assim que atingirem a maturidade sexual, entrarão rapidamente em rivalidade. Em contrapartida, duas cadelas costumam dar-se bem entre si. De qualquer forma, deve tomar consciência das dificuldades que a presença de dois cães lhe irão causar.
Qual a idade ideal?
O cachorro deverá já ter ultrapassado algumas etapas em termos da sua própria evolução antes de ser integrado numa família. É indispensável que tenha vivido o tempo suficiente com a mãe e que tenha contactado frequentemente com seres humanos.
A idade ideal para adquirir um cachorro situa-se por volta das 10 semanas (a idade mínima legal é de 8 semanas). Contudo, pode sempre optar por adoptar um animal adulto. Nos centros de adopção existe sempre um amigo de quatro patas que gostaria de viver consigo!
Onde adquirir o cão?
Existem diversas soluções para um eventual comprador: desde uma feira ao vendedor particular, passando pelas lojas de especialidade ou criadores, dispõe de uma ampla escolha. No entanto, algumas opções deverão ser excluídas.
Nas feiras, não existe qualquer garantia em termos dos antecedentes do cachorro e será muito difícil voltar a encontrar o vendedor caso o animal evidencie algum defeito ou problema.
Em alguns casos, as lojas de animais de companhia não são a melhor opção: os cachorros podem ser provenientes de criadores pouco conceituados e podem evidenciar alguns problemas de saúde. No entanto, hoje em dia, algumas lojas especializadas fornecem já todas as garantias e informações sobre o criador de origem do cachorro.
Se não estiver interessado num animal de raça, a adopção será a escolha mais adequada: pode dirigir-se ao canil municipal da sua zona de residência ou à Sociedade Protectora dos Animais. Se optar por uma raça específica, deve comprar o cachorro a um criador. Poderá obter listas de criadores no Clube Português de Canicultura, nas revistas de especialidade ou ainda consultar o Médico Veterinário, que lhe poderá fornecer moradas de criadores com ninhadas para venda.
A escolha do nome
Se o seu cachorro for de raça, o seu nome oficial é geralmente referido no respectivo certificado de nascença. Na prática, o criador espera que seja o futuro dono a escolher o nome. Cada ano é escolhida uma nova letra que será a primeira letra do nome a atribuir, para permitir uma fácil identificação do ano de nascimento. Mas é sempre possível escolher um nome que comece por outra letra.
O nome do cão deverá ser curto (duas sílabas no máximo) e forte para que o animal o entenda claramente. Os nomes longos, complicados deverão ser evitados.
Comprar ou adoptar?
Se optar por um cão de raça específica, deverá obter as listas de criadores junto das associações de canicultura, nos clubes de raças, procurar nas revistas da especialidade ou ainda consultar o seu médico veterinário que lhe poderá fornecer as moradas de criadores com ninhadas disponíveis. Se não estiver interessado num animal de raça, a adopção será a solução mais adequada. Deverá dirigir-se à Sociedade Protectora dos Animais, a um abrigo para cães que exista na sua localidade ou contactar um médico veterinário.
A chegada a casa
O animal acabou de chegar a sua casa. Quer se trate de um cachorro ou de um cão adulto, existem determinadas regras a cumprir logo de início.É indispensável conhecer as necessidades do animal e estabelecer com ele, logo à partida, um código de conduta correcta.
A escolha do alojamento
Desde o momento da sua chegada, é necessário deixar o animal travar conhecimento com o novo ambiente. Habitualmente, serão necessários 1 a 2 dias para essa adaptação, devendo o cachorro dispor de uma área própria, com um cesto ou uma manta.
Se for ele a escolher o seu espaço, deverá ser com a sua concordância. Se por exemplo, aceitar que se instale logo de início na sua cama ou no sofá, ser-lhe-á depois muito difícil ou quase impossível desalojá-lo quando chegar à idade adulta.
Deverá também seleccionar o local onde o animal irá ser alimentado, com espaço suficiente para dois recipientes: um comedouro para os alimentos e um bebedouro para a água. Opte por recipientes de aço inoxidável ou vidro inquebrável, pois permitem uma limpeza mais fácil. Certifique-se que o cão tem sempre água fresca à disposição e que ambos os recipientes se encontram limpos.
A alimentação
A hora das refeições é um momento particularmente importante. O alimento deverá ser adaptado ao tamanho do cão, à sua idade e à sua actividade. Deverá fazer 3 refeições por dia, até aos 6 meses, passando seguidamente a 2 até ao final do período de crescimento. Na idade adulta, o animal poderá contentar-se com um única refeição diária, mas duas são sempre preferíveis.
Para evitar uma eventual situação de stress digestivo que pode provocar diarreias aquando das primeiras refeições em sua casa, é aconselhável proceder a um período de transição alimentar entre o alimento administrado pelo criador e o seu, caso sejam diferentes. Uma das regras fundamentais de educação é proibi-lo de solicitar alimentos durante as refeições familiares. O animal deverá comer sozinho e depois dos donos tal como ocorre nas matilhas, em que o líder se alimenta em primeiro lugar.
Retirado daqui: http://www.royalcanin.pt/O-seu-cao/Sobr ... os/Adopcao