Ladrar à mesa

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

AMarinaMP
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sexta mar 15, 2013 10:18 pm

Viva comunidade...

O nosso Pixel tem quase 4 meses. Até agora não nos podemos queixar, apesar de ser um Boxer, com muita energia como é comum da raça, o nosso pequenote até não tem sido muito terrorista nem tem sido complicado de educar e ensinar.

Mas recentemente ganhou uma mania que nos tem dado cabo da cabeça:
Quando nos sentamos à mesa para comer ele começa a tentar subir-nos para o colo, nós fazemos com que recue, dizemos "Não/ Para Baixo!" e ele senta-se ao nosso lado e começa a ladrar para nós! :?

É muito frustrante, não sabemos o que fazer!

Já tentamos manda-lo para o "spot" (a mantinha que ele tem com os brinquedos em frente ao aquecedor que fica ao lado da mesa de jantar) pedir-lhe que se sentasse e recompensa-lo com biscoitos, mas ele acaba sempre por voltar a ladrar.

Já experimentamos pô-lo de castigo fora da sala quando ele não se cala mesmo, mas ele quase que manda a porta da sala abaixo!

Já me passei com ele e lhe dei um surra no lombo com um jornal! Mas ele nem sequer ganiu... sacudiu o pelo e voltou a ladrar e eu é que fiquei com o coração partido e ainda mais frustrada. x_x

Parece que nos ladra para nos desafiar, nos provocar...
Desde de bem novinho que quando ralhamos com ele por algum motivo, ele manifesta o desagrado dele e ladra-nos. Acho que ainda não percebeu que quem manda aqui somos nós...! =|

Principalmente esta questão do ladrar às refeições está a por-nos loucos!
Alguma sugestão para acabar com estas birras?
Há por aí mais algum patudo com este mau feitio? :|

Imagem
<p>"Pixel, prometo ser-te fiel,&nbsp;mimar-te e alimentar-te, vacinar-te e desparazitar-te,&nbsp;passear-te e educar-te, amar-te e respeitar-te, na sa&uacute;de e na doen&ccedil;a, at&eacute; que a morte nos separe!"&nbsp; =)&nbsp;&nbsp;
Adoptar &eacute; um compromisso s&eacute;rio. Seja respons&aacute;vel, tenha a certeza na hora de dizer "sim".</p>
Martadp
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sexta mar 15, 2013 10:32 pm

Boa noite :)

Ora não posso dar a minha opinião pessoal pois não tenho bases para tal. Posso, no entanto, partilhar o que me transmitiram sobre o assunto.
O meu professor de comportamento animal Gonçalo Pereira (pode pesquisar na internet encontrará logo informação sobre ele) uma vez em aula relatou essa situação (já foi no meu 1º ano mas ficou gravado na minha memória, estou no 4o ano) e, basicamente, disse que os donos NÃO devem dar atenção ao cão quando este ladra à mesa. O facto de dizerem seja o que for, ou fazerem algum gesto etc, será um reforço positivo e estará a incentivar esse comportamento pois ,nesse momento, o cão teve o que quis (conseguir a atenção dos donos). Ele disse que quanto mais os donos reagirem ao comportamento do cão, mais agravará a situação e que, basicamente, deverão ignorá-lo (por mais difícil que isso possa parecer)! até o cão finalmente acabar com esse comportamento.

Espero que resulte :wink:
sheep23
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sexta mar 15, 2013 10:36 pm

Bem vindo(a) ao clube de cães de carácter forte! Estou a dizer isso porque o meu é um desses e consigo perceber mais ou menos o que sente lol. E foi por causa do meu que comecei a aprender mais sobre a educação canina, para além da forma "tradicional" com o tau tau. Agora ele está muito melhor, mas foi muito chato, parte também porque se separou cedo da mãe e isso levou a alguns problemas comportamentais.

O que pode fazer é ignorar o ladrar dele à mesa, e se ele abusar no sentido de se aproximar demais, pô-lo de castigo num espaço sem nada para se distrair (varanda, quintal, marquise). O método time out, que consiste num castigo or isolamento temporário, pode ser mais eficaz se for bem aplicado e se o cão valorizar a liberdade. A lição tem que ser clara, assim que ele cometa algo que não deve, diga "não", e se ele repetir ponha-o logo de castigo. Com algumas repetições deve começar a perceber que se não parar com o "não", perde a liberdade.

Com cães assim, comandos para ele parar ou palmadas apenas o excita mais. Atenção negativa pode funcionar como reforço ao comportamento indesejado.
AMarinaMP
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sexta mar 15, 2013 11:09 pm

Pois é... têm razão, ele fica de certo modo satisfeito por lhe darmos atenção quando não pára de ladrar, nem que seja um "Não!" ele encara como uma vitória e às tantas estamos: "hawr" "não!" "hawr" "não!" "hawr" "não!" ...e não vamos a lado nenhum!! :evil: lol

Talvez tenhamos mesmo de o ignorar e de insistir nos castigos sim... pô-lo numa varanda era optimo mas moramos num apartamento no R/C, logo, não temos varanda! :?

Ele é muito inteligente... mas também é muito teimoso! Tem uma personalidade forte... é um boxer, pronto! :roll:

Obrigada pelas dicas...
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lds6
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sexta mar 15, 2013 11:24 pm

sheep23 Escreveu:Bem vindo(a) ao clube de cães de carácter forte! Estou a dizer isso porque o meu é um desses e consigo perceber mais ou menos o que sente lol. E foi por causa do meu que comecei a aprender mais sobre a educação canina, para além da forma "tradicional" com o tau tau. Agora ele está muito melhor, mas foi muito chato, parte também porque se separou cedo da mãe e isso levou a alguns problemas comportamentais.

O que pode fazer é ignorar o ladrar dele à mesa, e se ele abusar no sentido de se aproximar demais, pô-lo de castigo num espaço sem nada para se distrair (varanda, quintal, marquise). O método time out, que consiste num castigo or isolamento temporário, pode ser mais eficaz se for bem aplicado e se o cão valorizar a liberdade. A lição tem que ser clara, assim que ele cometa algo que não deve, diga "não", e se ele repetir ponha-o logo de castigo. Com algumas repetições deve começar a perceber que se não parar com o "não", perde a liberdade.

Com cães assim, comandos para ele parar ou palmadas apenas o excita mais. Atenção negativa pode funcionar como reforço ao comportamento indesejado.
Sheep (long time no see),

não haverá aí uma certa contradição ou incompatibilidade entre duas sugestões que forneceu? Por um lado fala em ignorar o ladrar, e depois fala no timeout. Castigar o ladrar (desde que seja feito com cabeça) será uma boa ideia, aparentemente; mas repare em todo o processo: desde o momento em que o cão ladrar até ao momento em que a dona o vasi conseguir colocar no spot do castigo, provavelmente o timing já se foi ao ar, e tudo o que aconteceu foi... pois... dar atenção ao ladrar, reforçando-o.
Neste caso, eu evitaria o castigo. Não pelas razões que normalmente se acha quando alguém sugere algo do género; mas simplesmente porque o seu castigo nunca vai conseguir superar o reforço da acção indesejada; o cão ladra, a dona pára de almoçar, levanta-se, fala com ele (mesmo que seja reclamando), etc. etc... e só depois acontece o castigo.
lds6
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sexta mar 15, 2013 11:56 pm

então o que fazer? bom, aqui fica a minha sugestão:

em primeiro lugar, levar bem a sério a recomendação da martadp (e também a da sheep) no que toca a ignorar.
Claro que não posso fazer grandes afirmações só pelo que disse, mas não me parece muito polémico afirmar que esses latidos estão, necessariamente, relacionados com uma tentativa de chamada de atenção (muito provavelmente, chamada de atenção conjugada com tentativa de ver se chove algum bocado do almoço...). Pois bem, se concordar com este "diagnóstico", então está mais do que visto que tudo o que não pode fazer será dar-lhe o que ele pretende quando ladra, ou seja, atenção.
Claro... é bastante saturante estar a tentar fazer uma refeição em família e ter um cão a ladrar sem cessar. As boas notícias são as seguintes: há mais qualquer coisa a fazer para além de simplesmente ignorar. A palavra chave é antecipação. Se já sabe que o seu cão vai ter esse comportamento, então fala desse conhecimento uma ferramenta em seu favor. Não comece a almoçar e espere que tudo corra bem... até porque o mais provável é que não vá...
Não vou dizer nada que a forista AMarinaMP já não tenha tentado, aparentemente. MAs calculo que esteja a fazer as coisas de forma precipitada, assistemática e confusa, pois tanto dá biscoitos como logo a seguir fala em dar com o jornal. Eu percebo, há poucas coisas piores do que termos a nossa refeição atribulada, e isso ajuda a que procuremos soluções em cima do momento. Mas as duas coisas que referi acabam por demonstrar uma falta de metodologia que, por si só, já justifica a falta de resultados.
Há algumas formas relativamente distintas de lidar com o assunto, mas eu acho que o denominador comum a todas elas será o seguinte: pense em estimular o seu cão para fazer algo incompatível com o ladrar. Ponha o seu cão a fazer alguma coisa que o entretenha de modo a não ladrar. Em vez de pensar no que não quer que o seu cão faça, pense naquilo que gostaria que ele fizesse EM VEZ disso.
Então, por exemplo, prepare alguma coisa de que o seu cão goste, mas que seja duradoiro (um kong recheado, por exemplo); dê-lhe 30 segundos antes de começar o seu jantar. Repita o processo durante algum tempo. O seu cão vai perder o hábito e a vontade de ladrar, desde logo porque vai deixar de o praticar, e sobretudo porque lhe deu um hobby mais divertido. Haverá quem pense que está a mimar ou a subornar o seu cão; eu penso que vai estar a transmitir-lhe uma mensagem bem clara: há coisas melhores para fazeres em vez de ladrares enquanto nós comemos. Agora, uma coisa muito importante: não lhe dê esse "preparado" depois de ele ter ladrado, como é óbvio. Por isso é que terá de lho dar nos momentos antes de começar o jantar. Se fizer assim, não vai estar a premiar nenhum mau comportamento.
Outra hipótese, mais trabalhosa, mais perturbadora dos primeiros jantares, mas possivelmente com melhores efeitos a longo prazo. Dirija o seu cão para uma zona definida, mais ou menos perto da mesa de jantar. Sente-se, mas ainda sem o jantar na mesa. Comece por lhe ir dando pedaços da ração (ou biscoitos, mas, como no caso vai dar muitos, nas primeiras vezes, o melhor é tentar a ração, com guloseimas ocasionais, se vir que é melhor). A frequência com que lhe vai dar as "bolotas" terá de ser bastante grande, nos primeiros dias. Se abrir uma janela de tempo demasiado grande entre os reforços, pode estar a criar espaço para que o Pixel ladre e lá se vai todo o trabalho ao ar (claro que estou a exagerar, mas há um grande retrocesso, sem dúvida). Peça a alguém que ponha a mesa enquanto continua com os reforços. Comece o jantar e continue com os reforços. Como ele já percebeu em parte a mensagem, agora que a forista está a jantar, poderá tentar dar uma bolota só de 30 em 30 segundos. Se fizer isto duas vezes por dia, dois dias depois já poderá aumentar o tempo de intervalo entre recompensas (digo dois dias, mas tudo dependerá da forma como vir que o seu cão está a evoluir; no entanto, advirto para a tentação de se subir demasiado rápido a fasquia). Em menos de uma semana, estará a dar uma bolotita de 4 em 4 minutos.
Ah, no final de cada refeição, guarde algo de absolutamente superior para premiar o desempenho do seu cão; se vir que não é nada de mortalmente desaconselhável, até poderá ser um pedaço da sua comida (é só um pedaço, e repare, está-lhe a dar justamente porque o seu cão não lho pediu, por isso é que está a premiá-lo; não caia no erro de lhe dar quando o seu cão tiver pedido, ou coisa parecida...).
Em menos de uma semana e meia ou duas semanas, vai ter o seu cão sentado, sossegado, esperando tranquilamente que os donos terminem o seu jantar para receber o seu prémio. Ou seja, já não terá de fazer nenhum reforço enquanto janta; bastará aquele prémio final. Em conjunto, poderá escolher dar a refeição do seu cão imediatamente a seguir às suas (no caso de ele não ter ladrado, claro), pois assim será mais um motivo para o seu cão esperar pelo término da sua refeição.
Vão ser uns 7 ou 8 dias de refeições um pouco pausadas e perturbadas... mas há duas boas razões para isso: uma, por muita perturbação que seja ter de parar a nossa refeição para lhe atirar um pedaço de ração de 30 em 30 segundos, sempre é melhor do que ter o cão a ladrar durante todo o jantar; outra, quando terminar, muito muito provavelmente vai ter o seu cão conforme deseja.

Fica a sugestão...
lds6
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sexta mar 15, 2013 11:58 pm

lds6 Escreveu:
sheep23 Escreveu:Bem vindo(a) ao clube de cães de carácter forte! Estou a dizer isso porque o meu é um desses e consigo perceber mais ou menos o que sente lol. E foi por causa do meu que comecei a aprender mais sobre a educação canina, para além da forma "tradicional" com o tau tau. Agora ele está muito melhor, mas foi muito chato, parte também porque se separou cedo da mãe e isso levou a alguns problemas comportamentais.

O que pode fazer é ignorar o ladrar dele à mesa, e se ele abusar no sentido de se aproximar demais, pô-lo de castigo num espaço sem nada para se distrair (varanda, quintal, marquise). O método time out, que consiste num castigo or isolamento temporário, pode ser mais eficaz se for bem aplicado e se o cão valorizar a liberdade. A lição tem que ser clara, assim que ele cometa algo que não deve, diga "não", e se ele repetir ponha-o logo de castigo. Com algumas repetições deve começar a perceber que se não parar com o "não", perde a liberdade.

Com cães assim, comandos para ele parar ou palmadas apenas o excita mais. Atenção negativa pode funcionar como reforço ao comportamento indesejado.
Sheep (long time no see),

não haverá aí uma certa contradição ou incompatibilidade entre duas sugestões que forneceu? Por um lado fala em ignorar o ladrar, e depois fala no timeout. Castigar o ladrar (desde que seja feito com cabeça) será uma boa ideia, aparentemente; mas repare em todo o processo: desde o momento em que o cão ladrar até ao momento em que a dona o vasi conseguir colocar no spot do castigo, provavelmente o timing já se foi ao ar, e tudo o que aconteceu foi... pois... dar atenção ao ladrar, reforçando-o.
Neste caso, eu evitaria o castigo. Não pelas razões que normalmente se acha quando alguém sugere algo do género; mas simplesmente porque o seu castigo nunca vai conseguir superar o reforço da acção indesejada; o cão ladra, a dona pára de almoçar, levanta-se, fala com ele (mesmo que seja reclamando), etc. etc... e só depois acontece o castigo.
Agora é que reparei que a sheep está a sugerir o time out no caso de ele subir a perturbação; ok, isso faz mais sentido; mesmo assim, só o faria caso ele juntasse alguma coisa ao ladrar... tipo saltar para a mesa, ou para o colo de alguém...
lds6
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sábado mar 16, 2013 12:14 am

AMarinaMP Escreveu: Parece que nos ladra para nos desafiar, nos provocar...
Desde de bem novinho que quando ralhamos com ele por algum motivo, ele manifesta o desagrado dele e ladra-nos. Acho que ainda não percebeu que quem manda aqui somos nós...! =|
Quanto a isto. A minha sugestão: descentre-se dessa questão. Quanto mais pensar na questão de mostrar quem manda, menos objectivas serão as suas acções, e mais vagas se tornarão as suas ideias. Com certeza que adoptou o Pixel para o ter como companheiro. Pois bem, não comece, sem dar por isso, uma relação conflituosa que muitas vezes não dá em nada. A única coisa que tem de fazer é educá-lo, e os bons educadores sabem que não estão do lado oposto da barricada dos educandos. Os meus pais (estou certo que os seus também) e os meus melhores professores nunca tiveram de fazer mais do que educar-me e ensinar-me para me mostrar que eram eles os guias, os líderes. E isso nunca significou deixarem de lado as regras e começarem a fazer cedências e a entrar em permissividades. Só tiveram de fazer uma coisa: certificar-se de que não impunham regras sem que eu as compreendesse minimamente. E é muitas vezes esse o erro que cometemos com os nossos cães; não somos suficientemente claros em transmitir-lhes as regras, pressupomos que eles já as conhecem, e começamos a impor-lhas com base nessa pressuposição. Depois começam as naturais frustrações.
AMarinaMP
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sábado mar 16, 2013 3:29 am

lds6

Concordo com que diz... temos tentado um pouco de tudo, uns métodos mais correctos que outros certamente, mas não temos sido consistentes... não aplicamos o mesmo método mais do que 2 vezes seguidas... acho que estamos impacientes pelos resultados e tão desesperados por fazê-lo parar de ladrar às refeições, que acabamos por não ser consistentes também porque estamos sempre na dúvida se estaremos a agir da forma certa. =\

Eu estou disposta a tentar ignora-lo, achei que era a melhor estratégia para o demover, mas não sei se serei capaz porque ele consegue mesmo ser muito persistente e para obter a nossa atenção quando o ladrar só não chega, salta para a mesa e empoleira-se no nosso colo.

O meu namorado tem tentado a técnica das recompensas de x em x segundos com o Pixel sentado no spot dele... mas não sei se ele está a perceber a mensagem... :? Mas lá está, ainda não houve tempo e consistência suficientes para obter resultados.

Acho curioso o facto de comparar de certa forma com a educação que os pais dão aos filhos... eu sei que a minha dedicação e amor a qualquer que seja o meu cão, em nada são diferentes da dedicação e amor maternais, por isso eu estou disposta a fazer o que for preciso para educar o nosso Pixel da melhor maneira.

Sei que a educação acertiva e consistente é indispensável para um cão com uma personalidade forte e um porte atlético como um boxer, e como o que mais quero é que ele seja um cão companheiro, educado e feliz... para isso faço qualquer coisa. :wink:

Eu e o meu namorado vamos tentar acordar a melhor estratégia para lidar com este drama dos latidos às refeições, e vamos tentar por em pratica nos próximos dias... imagino que não vá ser fácil... mas a bem dizer é o primeiro desafio comportamental assim mais trabalhoso que o nosso Pixel nos dá... tem outras arestas por limar claro, mas coitadinho, ainda nem tem 4 meses, ainda não podemos exigir muito.

Obrigada pelas dicas, estou aberta a mais sugestões caso surjam...

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<p>"Pixel, prometo ser-te fiel,&nbsp;mimar-te e alimentar-te, vacinar-te e desparazitar-te,&nbsp;passear-te e educar-te, amar-te e respeitar-te, na sa&uacute;de e na doen&ccedil;a, at&eacute; que a morte nos separe!"&nbsp; =)&nbsp;&nbsp;
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lds6
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sábado mar 16, 2013 4:44 am

AMarinaMP Escreveu:lds6

Concordo com que diz... temos tentado um pouco de tudo, uns métodos mais correctos que outros certamente, mas não temos sido consistentes...
Pelo que relata, o maior problema não é o uso de métodos menos correctos, mas mais a inconsistência, variação e impaciência.
É tudo muito natural, e admitir que se é inconsistente e impaciente é o melhor passo para poder deixar de o ser. Dê tempo ao método que escolher, sobretudo se for um método estruturante e não impulsivo.

O meu namorado tem tentado a técnica das recompensas de x em x segundos com o Pixel sentado no spot dele... mas não sei se ele está a perceber a mensagem... :? Mas lá está, ainda não houve tempo e consistência suficientes para obter resultados.
é isso, espere mais um pouco para ver resultados; mas não se esqueça; não intervalem muito nas primeiras vezes para reduzir as hipóteses de o Pixel ladrar e deitar tudo a perder. E tentem fazer isso em todas as refeições em que se sentem à mesa. Se houver uma que não o façam, é o mesmo que dar dois passos atrás, pois ele vai ladrar e, aí sim, pode-se criar um vício comum às más aplicações dos métodos de reforço positivo: o seu cão facilmente vai formar um padrão: "dás-me guloseimas, eu calo-me; não me dás, eu ladro". E tenha presente que não é essa a intenção. a intenção é criar um padrão de comportamento em que o cão, por sua própria opção, deixe de querer ladrar e prefira um comportamento alternativo.
Acho curioso o facto de comparar de certa forma com a educação que os pais dão aos filhos... eu sei que a minha dedicação e amor a qualquer que seja o meu cão, em nada são diferentes da dedicação e amor maternais, por isso eu estou disposta a fazer o que for preciso para educar o nosso Pixel da melhor maneira.
Pois, mas eu até acho que as comparações entre cães e crianças têm um espectro muito limitado. Quando ultrapassamos esses limites, corremos alguns riscos. Seja como for, em primeiro lugar, concordo consigo quando fala na dedicação... como é incondicional, e, como tal, absoluta, então não é inferior à dedicação de um pai por um filho, pois não é sequer comparável nem relativa.
Seja como for, eu apenas comparei cães e filhos para salientar o facto de que um educador não precisa ser confrontacional ou adversativo para impor a sua liderança.
Sei que a educação acertiva e consistente é indispensável para um cão com uma personalidade forte e um porte atlético como um boxer, e como o que mais quero é que ele seja um cão companheiro, educado e feliz... para isso faço qualquer coisa. :wink:
Não tenho dúvidas. E se, até agora, este é o único problema (relevante) que o Pixel apresenta, então parece-me mesmo que estão a fazer bem as coisas.
mas coitadinho, ainda nem tem 4 meses, ainda não podemos exigir muito.
hm, eu acho que as exigências que se fazem são como aquela história da dedicação; não devem ter termo de comparação. Como tal, desde que adaptadas à idade, claro, não devemos ser nem mais nem menos brandos, nem mais nem menos compreensivos na educação do nosso cachorro consoante a idade. Não podemos criar expectativas desajustadas à idade, mas tenha presente de que uma parte muito significativa do carácter e da educação do seu cão é moldada nos primeiríssimos meses de vida. Eu compreendo o que poderá querer dizer: só tem 4 meses, é natural que ainda faça um ou outro xixi, é natural que ainda não compreenda completamente alguns dos nossos sinais, etc. Mas isso não deve ser "desculpa" para nós baixarmos as exigências. As exigências são diferentes daquelas que terá quando ele tiver 4 anos; mas não devem ser menores!
Eu e o meu namorado vamos tentar acordar a melhor estratégia para lidar com este drama dos latidos às refeições, e vamos tentar por em pratica nos próximos dias... imagino que não vá ser fácil... mas a bem dizer é o primeiro desafio comportamental assim mais trabalhoso que o nosso Pixel nos dá... tem outras arestas por limar claro,
Força aí e boa sorte; tem aí um lindo cachorro!
Martadp
Membro Júnior
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sábado mar 16, 2013 10:13 am

AMarinaMP Escreveu:l
Eu estou disposta a tentar ignora-lo, achei que era a melhor estratégia para o demover, mas não sei se serei capaz porque ele consegue mesmo ser muito persistente e para obter a nossa atenção quando o ladrar só não chega, salta para a mesa e empoleira-se no nosso colo.

Obrigada pelas dicas, estou aberta a mais sugestões caso surjam...
:? Se acham que não são capazes de ignorá-lo, então se calhar devem explorar outras opções (que não sei quais seriam :roll: ) é claro que os cães são persistentes e no início alguns vão saltar para cima do colo dos donos, para cima da mesa e dos pratos!! é o que acontece! não é só o seu que faz isso :wink: mas se quer ir avante com esse método, é para ser cumprido com toda a determinação porque senão vai falhar.

Boa sorte
WaterMonitor
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Localização: 5 cães - 12 gatos

sábado mar 16, 2013 4:14 pm

Os maiores inimigos dos nossos cães são os nossos amigos e família.

Quando o estiverem a ignorar, certifique-se que não há uma pessoa que insiste em falar com ele mesmo que seja para ralhar.

É que há quase sempre alguém ... :roll:
nicosa
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sábado mar 16, 2013 11:28 pm

Como é que conseguem ignorar um cão que está ali, ao lado , no chão, ou sei lá, a ladrar e a perturbar ?
Sinceramente?!!! Como se consegue?
É que eu não conseguia. Desculpem-me os mais brandos ou os que acham que sou bruta, mas esse cão mal começasse a ladrar e não se calasse , ía logo para outro lado da casa e só saía de lá quando a refeição acabasse.
Era lá capaz de estar á mesa a ouvir ladrar ao meu lado...
Sofia
lds6
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domingo mar 17, 2013 12:06 am

nicosa Escreveu:Como é que conseguem ignorar um cão que está ali, ao lado , no chão, ou sei lá, a ladrar e a perturbar ?
Sinceramente?!!! Como se consegue?
É que eu não conseguia. Desculpem-me os mais brandos ou os que acham que sou bruta, mas esse cão mal começasse a ladrar e não se calasse , ía logo para outro lado da casa e só saía de lá quando a refeição acabasse.
Era lá capaz de estar á mesa a ouvir ladrar ao meu lado...
Claro, é extremamente incomodativo ter um cão a ladrar enquanto jantamos. Por isso é que é boa ideia prevenir, usando formas de evitar sequer que ele comece a ladrar.
Para além disso, colocá-lo noutra divisão não vai fazer com que ele pare de ladrar. Provavelmente ele vai ladrar ainda mais. E se o pavio é curto para aturar latidos ao nosso lado, ele não vai ser menos curto para latidos na divisão ao lado... até porque também há os vizinhos...
Por fim, isto não se trata de ser mais ou menos brando, mais ou menos bruto. Ao fazermos deste tipo de casos uma questão de brandura e de firmeza, já estamos a inquinar todo o problema, e estamos a assumir como pressupostas coisas que não são verdade, como, por exemplo, achar-se que este ou aquela atitude são sintoma de permissividade.
Mais uma vez: não é questão de ser mais ou menos brando; é uma questão objectiva, uma questão de fazer coisas com altas probabilidades de dar resultado. Muitas vezes vejo neste tipo de discussão (sem estar a dizer que é o caso) as pessoas mais preocupadas em tentar provar (para si próprias, normalmente) que são austeros, firmes e assertivos, e depois perde-se toda a motivação do assunto, que é simplesmente a de resolver um problema (sem levantar novos problemas). A dona do Pixel descreveu uma situação que me parece quase certo se tratar de chamada de atenção; ponha-se no lugar do cão e imagine estar a ladrar e ladrar e ver os seus donos ignorarem-na; a primeira tentativa, provavelmente, seria intensificar os latidos; mas depois de pouco tempo e de ver que o ignorar se mantém, então não acha que iria desistir? E se quando começasse por desistir de ladrar começasse, aí sim, a ter a atenção dos donos, não iria chegar rapidamente à conclusão de que é melhor não ladrar?
Mas, antes que haja precipitações: relembro que a melhor forma de evitar isto não é limitar-se a ignorar o ladrar; a melhor forma é apostar na antecipação e evitar que o cão sequer comece a ladrar. Ignorar é apenas solução de recurso caso o Pixel comece a ladrar...
marianamar
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domingo mar 17, 2013 2:49 am

O que acho estranho nem é tanto que ladre incessantemente às refeições... mas que "teime" assim com os donos usando a voz como arma, em mais que uma situação! Parece-me que o pequeno Pixel, de tão fofo, anda a mandar mais do que a sua conta ;)

Cá em casa se os cães começam a ladrar mando-os calar com um "shhh" e eles calam-se. Se for uma situação em que há algo no exterior a agitá-los demais para se calarem só com o "shhhh", levanto-me e dou um toque no lombo, como uma festa mas mais firme, um género de "está tudo bem". E eles calam-se.

Quando estão no jardim podem ladrar à vontade, mas em casa prefiro que se mantenham mais silenciosos. Para barulho já basta bem os constantes grunhidos a correr pela casa de brinquedo na boca! Ladrar não podem.

O Pixel tem alguma regra em relação aos locais ou hora do dia em que pode ou não vocalizar à vontade?

Outra regra que mantenho com os meus cães é que não podem chegar-se a nós para pedir atenção enquanto estamos à mesa. Normalmente no fim recebem alguma coisa e eles sabem isso. Mas também sabem que só recebem guloseimas se estiverem em posição sentado. Então esperam deitados ou como lhes apetecer pelo fim da refeição, e se virem que ainda temos algo na mão, em vez de pedirem com as patas ou a ladrar, sentam-se :P

O que acontece para "proibir" os cães de se chegar a nós enquanto estamos a mesa está na nossa postura. Basicamente, começamos a ignorá-los mal nos sentamos. Não olhamos para eles, não lhes damos atenção. Se o cão se tenta chegar a mim sento-me mais direita e faço outra vez o "shhh", se não chegar dou ordem de sair dali (apontando noutra direção). Se a cadela, mais pequena, tentar colocar as patas no nosso colo, leva com a ponta dos dedos sobre o lombo, num toque firme, e o "shhh" ou a ordem "chão".

Não sei se isto é útil ou não, não sei explicar melhor...

Mas em resumo, os cães são animais de hábitos. Se moldar os hábitos do Pixel à sua vontade, e não o contrário, as coisas vão correr bem. Mas é preciso decidir as regras desde o início, e devem ser os donos a decidi-las.
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