Vejam a notícia em
http://www.ogritodobicho.com/2012/09/pr ... l?spref=fb
Muitas vezes as pessoas mais sensíveis simplesmente não aguentam a pressão.
Na ansiedade de salvarem vão acumulando animais até chegarem à situação de não comportarem mais as despesas, a responsabilidade, a tristeza de se sentirem marginalizadas - quantas vezes insultadas - a incompreensão dos humanos comuns, a solidão, o desespero de verem mais e mais animais a precisar de ajuda...
Esta é uma notícia que me entristeceu - são poucos os amigos dos animais, a morte de um deles é sempre uma perda irreparável.
Protetora suicida-se
Moderador: mcerqueira
<p>"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de lutar por crianças ou idosos. Não há bons ou maus combates, apenas o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos que não podem se defender." Brigitte Bardot </p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 491
- Registado: sexta mai 10, 2013 11:12 pm
Seria protetora ou uma pessoa que desabafava a sua falta de família e amigos nos animais ? no fim esteve-se nas tintas...
Nem comento o comentário do botas.
Pessoalmente, sei que em momentos mais negros da minha vida, pensar nos meus "meninos" e no que seria deles se eu desaparecesse me ajudou bastante a ganhar forças para enfrentar os problemas.
Pessoalmente, sei que em momentos mais negros da minha vida, pensar nos meus "meninos" e no que seria deles se eu desaparecesse me ajudou bastante a ganhar forças para enfrentar os problemas.
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 2003
- Registado: quarta set 19, 2012 1:39 pm
- Localização: gato
Ninguém tem o necessário para poder tecer juízos de valor; nós não somos ninguém para julgar o sofrimento do outro; muito menos o suicídio.
E quando alguém está tão mal ao ponto de contrariar o instinto natural que é viver, eu considero que essa situação não deve ser olhada com tanta simplicidade e nem tão pouco adoto as posições religiosas do tempo das minhas avós...
Existem inclusivamente doenças neurológicas que existem em muitos suicídios, algumas mesmo congénitas e outras adquiridas. E acredito que devo remeter-me à minha insignificância perante alguém que provavelmente viver era mais doloroso que por fim à vida.
Acho que é triste esta história. Até porque o sofrimento do outro ainda me diz alguma coisa.
Foi a vida dela que ela acabou e não a vida de outros.
Em relação aos animais, com o mediatismo da história, tudo será melhor para eles possivelmente.
E quando alguém está tão mal ao ponto de contrariar o instinto natural que é viver, eu considero que essa situação não deve ser olhada com tanta simplicidade e nem tão pouco adoto as posições religiosas do tempo das minhas avós...
Existem inclusivamente doenças neurológicas que existem em muitos suicídios, algumas mesmo congénitas e outras adquiridas. E acredito que devo remeter-me à minha insignificância perante alguém que provavelmente viver era mais doloroso que por fim à vida.
Acho que é triste esta história. Até porque o sofrimento do outro ainda me diz alguma coisa.
Foi a vida dela que ela acabou e não a vida de outros.
Em relação aos animais, com o mediatismo da história, tudo será melhor para eles possivelmente.
Eu, pelo meu lado, compreendo.
Os melhores dentre nós - que querem salvar o mundo - muitas vezes metem-se em situações que não conseguem controlar.
São precisos amigos e família (pessoas realistas, de preferência) para manterem a ligação à terra que estas pessoas necessitam.
Senão começa-se por salvar um cão da rua, depois um gato, depois (como surgem sempre mais e mais), um pobre tripé, um rafeiro que ninguém acha bonito, um abandonado porque o dono morreu, um deixado para morrer à beira da estrada, um desgraçado cheio de sarna preso por correntes, etc, etc.
Há sempre mais casos, mais situações - cada uma mais terrível que a outra - e há sempre uns quantos que vão a todas.
E, ás vezes, as pessoas não medem.
Não vêem (na altura) que ir além de um certo número de animais implica sacrificar as férias, as saídas, a qualidade de vida, as relações (qual é o conjuge que se quer ligar a alguém que trás consigo dezenas de animais ?), as escolhas de futuro.
A seguir esta via é preciso ter uma personalidade vincada, uma determinação assumida e realista.
É preciso estar seguro das opções, saber o seu preço e impor-se limites.
Por isso, sempre aconselho, a quem quer ajudar, que não o faça sózinho.
Que o faça numa associação, em conjunto com outros amigos, de forma a poder manter um certo grau de autonomia e de liberdade, de forma a ter sempre escolha.
Ou então, que trace limites definidos à ajuda que tenciona dar.
Sei, por experiência própria, que falo para as paredes - mas que mais posso fazer ?
Viver é correr riscos.
Finalmente, quero apenas referir que estes casos não se limitam aos animais.
Se forem a ver, existem nas relações (as pessoas ligam-se a outras que sabemos que as vão usar e deitar fora), na política, na religião e num sem número de escolhas que acabam por ser auto-destrutivas.
Os melhores dentre nós - que querem salvar o mundo - muitas vezes metem-se em situações que não conseguem controlar.
São precisos amigos e família (pessoas realistas, de preferência) para manterem a ligação à terra que estas pessoas necessitam.
Senão começa-se por salvar um cão da rua, depois um gato, depois (como surgem sempre mais e mais), um pobre tripé, um rafeiro que ninguém acha bonito, um abandonado porque o dono morreu, um deixado para morrer à beira da estrada, um desgraçado cheio de sarna preso por correntes, etc, etc.
Há sempre mais casos, mais situações - cada uma mais terrível que a outra - e há sempre uns quantos que vão a todas.
E, ás vezes, as pessoas não medem.
Não vêem (na altura) que ir além de um certo número de animais implica sacrificar as férias, as saídas, a qualidade de vida, as relações (qual é o conjuge que se quer ligar a alguém que trás consigo dezenas de animais ?), as escolhas de futuro.
A seguir esta via é preciso ter uma personalidade vincada, uma determinação assumida e realista.
É preciso estar seguro das opções, saber o seu preço e impor-se limites.
Por isso, sempre aconselho, a quem quer ajudar, que não o faça sózinho.
Que o faça numa associação, em conjunto com outros amigos, de forma a poder manter um certo grau de autonomia e de liberdade, de forma a ter sempre escolha.
Ou então, que trace limites definidos à ajuda que tenciona dar.
Sei, por experiência própria, que falo para as paredes - mas que mais posso fazer ?
Viver é correr riscos.
Finalmente, quero apenas referir que estes casos não se limitam aos animais.
Se forem a ver, existem nas relações (as pessoas ligam-se a outras que sabemos que as vão usar e deitar fora), na política, na religião e num sem número de escolhas que acabam por ser auto-destrutivas.
<p>"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de lutar por crianças ou idosos. Não há bons ou maus combates, apenas o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos que não podem se defender." Brigitte Bardot </p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 1836
- Registado: quinta nov 03, 2011 3:58 pm
- Localização: dogues alemães, whippets, cobras, ratz, gatos
eu não sei se será realmente coragem ou o desepero extremo que leva algumas pessoas a tomar esta derradeira decisão! eu nunca o faria, não seria capaz! não condeno quem o faz (apesar de me sentir revoltada e zangada porque tive dois amigos que o fizeram, e ainda hoje não consigo compreender porque), mas também não sou capaz de concordar! :/
<p>ex Omega2,3,4,5, etc... Não adopte, compre
</p>
<p>"Criou caturras a biberon?", by Kitten!
</p>

<p>"Criou caturras a biberon?", by Kitten!
</p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 3790
- Registado: quarta mar 17, 2004 2:20 pm
- Localização: 5 cães - 12 gatos
Se há coisa que prezo é a liberdade individual. E se há coisa que realmente nos pertence é a nossa vida. Se decidirmos acabar com ela, a decisão é nossa e ninguém tem nada com isso.
Porque conheço bem de perto o que é uma depressão profunda, já assisti a duas do meu melhor amigo, sei que mais tarde ou mais cedo vou lidar com isso do suicídio. E sabem que mais? Respeito. A decisão será dele.
Porque conheço bem de perto o que é uma depressão profunda, já assisti a duas do meu melhor amigo, sei que mais tarde ou mais cedo vou lidar com isso do suicídio. E sabem que mais? Respeito. A decisão será dele.
Claro, óbvio.WaterMonitor Escreveu:Se há coisa que prezo é a liberdade individual. E se há coisa que realmente nos pertence é a nossa vida. Se decidirmos acabar com ela, a decisão é nossa e ninguém tem nada com isso.
Porque conheço bem de perto o que é uma depressão profunda, já assisti a duas do meu melhor amigo, sei que mais tarde ou mais cedo vou lidar com isso do suicídio. E sabem que mais? Respeito. A decisão será dele.
Egoísmo é avaliar a complexidade da estrutura emocional e psicológica do Homem pelas próprias concepções morais. Isso sim é a pura definição de egoísmo, pois não se consegue sair da própria bolha moral em que se vive.
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 1836
- Registado: quinta nov 03, 2011 3:58 pm
- Localização: dogues alemães, whippets, cobras, ratz, gatos
percebo a tua opinião, mas não consigo concordar com ela a 100%. todos nós temos ligação com outros seres vivos, todos nós em alguma parte da nossa vida somos responsáveis por algum ser vivo (filhos, pais idosos, amigos, animais). logo, acabar com a vida não me parece que seja uma decisão que só afecta quem a toma! afecta toda a gente que com essa pessoa se relaciona!WaterMonitor Escreveu:Se há coisa que prezo é a liberdade individual. E se há coisa que realmente nos pertence é a nossa vida. Se decidirmos acabar com ela, a decisão é nossa e ninguém tem nada com isso.
<p>ex Omega2,3,4,5, etc... Não adopte, compre
</p>
<p>"Criou caturras a biberon?", by Kitten!
</p>

<p>"Criou caturras a biberon?", by Kitten!
</p>