trazer um cachorro para casa - preciso dicas

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Moderador: mcerqueira

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krug
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sábado jan 11, 2014 11:56 pm

Olá. Vamos trazer um cachorro de 8 semanas para casa e gostávamos de saber se têm truques e/ou dicas que possam partilhar sobre:
- "choradeiras" à noite (qual a melhor forma de lidar com os latidos de modo a que o cachorro chore o mínimo possível);
- roer móveis e afins (há alguma forma de proteger a mobília, nomeadamente pernas de cadeiras, durante a ausência dos donos sem recorrer a grades?). Fazem ideia se os sprays repelentes fazem mesmo efeito ou se aquilo é tudo marketing para vendas?
- e os sprays de atracção, também funcionam? (isto para estimular o cachorro a fazer as necessidades sempre nas fraldas...);
- a partir de que altura é que o cachorro pode tomar banho?

Estas e quaisquer outras dicas que considerem relevantes são mais do que bem vindas! E agradecemos que digam se com os vossos cães deu ou não resultados... As experiências pessoais são sempre enriquecedoras :)

Obrigada!
MiMoo
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domingo jan 12, 2014 10:57 am

Aqui vai a minha opinião (e como eu costumo proceder):

- "choradeiras" à noite:
Alguns cães ganem que nem desalmados na 1ª noite outros nem por isso. Um dos truques é trazer uma manta com o cheiro da mãe e dos irmãos (é uma questão de no dia antes de o trazer levar uma manta para o dono da mãe e irmãos para eles se deitarem lá), outro é ignorar a choradeira (no 1º dia é capaz de chorar algum tempo, no 2º menos e normalmente por volta do 3º/4º já não choram; melhor passar estas noites com alguma choradeira que depois a vida toda do cão). Uma coisa muito importante é cansar o cachorro antes da hora de dormir (com brincadeiras e actividades). Finalmente, é também importante que o cachorro, mesmo durante o dia, se vá habituando a ficar sozinho com kongs ou brinquedos de roer (pode ser dentro de uma transportadora/crate ou de um playpen (melhor este 2º porque é mais aberto); até porque no dia-a-dia o cão não irá ter a sua companhia todo o dia.
Como ensinar o cachorro a ficar sozinho e a gostar de estar na crate:
http://www.youtube.com/watch?v=LGxhcb-itO4
http://www.youtube.com/watch?v=dUzF0g0PwY4


- roer móveis e afins:
Aqui o segredo é evitar ao máximo. Se está a ver o que o cachorro está a fazer, deve dar-lhe alternativas a roer coisas que não deve (o roer é um comportamento importante no cachorros, use brinquedos próprios para ele roer, ensine-o a gostar dos brinquedos (se interagir com o cachorro através dos brinquedos ele irá preferi-los a roer móveis)). Se ele ficar sozinho, aconselho a deixá-lo ou numa divisão que não tenha nada que ele roa (e possa lesionar o cachorro) ou então numa crate ou playpen.
Nunca usei sprays repelentes, eles normalmente fazem essas asneiras em cachorros; se nunca aprenderem a roer os móveis em cachorros, em adulto também não o farão... porque nunca o fizeram.
Nunca senti necessidade de usar sprays repelentes, mas de relatos de outras pessoas... com alguns cães funcionam, com outros parecem funcionar como atractivos.


- e os sprays de atracção, também funcionam?
Para as necessidades é, mais uma vez, uma questão de evitar ao máximo que eles façam num local inapropriado. Os cachorros têm mais tendência a urinar ou defecar nas seguintes situações: depois de comer ou beber, depois de acordar, depois de brincar e antes de irem dormir. Nessas alturas é literalmente forrar o sitio onde ele está com resguardos (normalmente basta um resguardo de cama do continente) e fazer uma grande festa e dar recompensas quando ele faz nesse local. Depois ter em atenção que os cachorros aguentam mais ou menos, no máximo, o número de meses + 1 em horas sem urinar (ou seja, um cachorro de 2 meses aguenta, no máximo 3 horas). Normalmente os cachorros também não gostam de fazer as necessidades no local onde dormem.


- a partir de que altura é que o cachorro pode tomar banho?
Aconselho a limpar o cachorro com toalhitas. Só mesmo no caso limite dele estar tão tão porco que não dá, banho mas no fim secar mesmo mesmo mesmo muito bem (ainda para mais com a temperatura que tem estado!). Normalmente, a partir dos 5 meses (depois de completar o esquema vacinal), banho sem problemas, mas deve secar muito bem.


Para educação e treino, sou adepta dos canais do youtube:
Kikopup
Train me please
Traning Positive
Cláudia Estanislau
Pam's dog academy
Sophia Yin
Zak George
Floripes3
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domingo jan 12, 2014 11:20 am

krug Escreveu:Olá. Vamos trazer um cachorro de 8 semanas para casa...
Parabéns pela aquisição.

Vou tentar responder segundo a minha experiência pessoal:
- "choradeiras" à noite (qual a melhor forma de lidar com os latidos de modo a que o cachorro chore o mínimo possível);
Arranje-lhe a cama, o ninho, no local em que quer que o cachorro passe a dormir e agora, que o tempo está frio e ele vai estranhar a falta da mãe e dos irmãos, arranje um boneco de peluche mais ou menos do tamanho dele para lhe pôr dentro da cama. Se vir que ele pode ter frio, meta debaixo das mantas uma botija de água quente, mas apenas morna, o mais próximo que puder da temperatura corporal do cachorro.

Não ligue aos choros nocturnos nem apareça a consolá-lo, ele calar-se-á se vir que não lhe ligam.
- roer móveis e afins (há alguma forma de proteger a mobília, nomeadamente pernas de cadeiras, durante a ausência dos donos sem recorrer a grades?). Fazem ideia se os sprays repelentes fazem mesmo efeito ou se aquilo é tudo marketing para vendas?
Esses sprays são dinheiro deitado à rua, não têm nenhum efeito.

Não poderá evitar totalmente as roidelas de pés de móveis, mas poderá reduzir muito se lhe der brinquedos rijos para roer. Pessoas minhas conhecidas também tiveram sucesso ao envolverem os pés dos móveis e das cadeiras com materiais rijos ou mesmo com metal.
- e os sprays de atracção, também funcionam? (isto para estimular o cachorro a fazer as necessidades sempre nas fraldas...);
Como já disse, esses saprays não resultam.

O ensino da higiene deverá ser gradual e sem manifestações da nossa parte. Crie uma rotina de saídas e disponha-lhe um sítio para as necessidades, mas fique-se por aí: quanto maior for o drama com os descuidos, tanto mais tempo eles levarão a estabelecer o seu domínio sobre a bexiga e os intestinos.
- a partir de que altura é que o cachorro pode tomar banho?
Antigamente, os veterinários diziam-nos que não se devia dar-lhes banho antes dos cinco meses, mas hoje já indicam em qualquer idade. Por mim, gosto mais de os limpar com uma toalha húmida e de evitar os banhos muito cedo. Também sigo a regra dos cinco meses. Mas se optar por lhe dar banho, então use produtos muito bons e habitue-o desde já ao secador, que é imprescindível.
Estas e quaisquer outras dicas que considerem relevantes são mais do que bem vindas! E agradecemos que digam se com os vossos cães deu ou não resultados... As experiências pessoais são sempre enriquecedoras :)

Obrigada!
Com os meus cães e os cachorros que recebi em FAT nunca compliquei demasiado as regras. Fui-lhes ensinando aos poucos o que queria deles e eles sempre acabaram por criar bons hábitos. A mim é que me impus sempre a maneira de os ensinar: muita calma, nunca me irritar com eles, nunca lhes gritar, e limpar, limpar, limpar sem alaridos e sem ligar importância.

Vai correr tudo bem, vai ver. Educar um cachorro não é nada do outro mundo.

Felicidades.
<p>Ol&aacute;, eu sou a... Floripes3 que j&aacute; foi 2. &nbsp;:mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a v&iacute;tima. O sil&ecirc;ncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p>&nbsp;"Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
krug
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domingo fev 02, 2014 3:10 pm

Boa Tarde,

Venho aqui novamente pedir a vossa ajuda. Faz duas semanasque o krug está cá em casa (agora tem 2 meses e meio) e tenho-me apercebido de um comportamento estranho que tem desenvolvido nos últimos dias.

Como qualquer cachorro (agora com dois meses e meio), come, morde, roi, ladra, rosna, brinca e dorme. Quando chegou a casa mordia muito (e magoava bastante) pelo que o ensinamos a não morder com a ordem não sempre que começava a morder. E realmente mordeu muito menos e sempre muito uma mordida de lado, ao de leve, misturadas com umas quantas lamnbidelas. Aliás, acho que o melhor método foi dar-lhe festas e quanto estava a começar a morder, parar as festas até que deixasse de morder e voltar a dar-lhe festas quando parasse de morder.

Depois com o que fui lendo apercebi-me que tentar que ele não mordesse as mãos de todo poderia vir a ser um problema no futuro porque não saberia a força da mordida caso alguma vez mordesse alguém. Daí estarmos agora a tentar criar uma inibição de mordida (primeiro em força e posteriormente em quantidade) segundo vários métodos que temos lido (temos seguido principalmente as publicações de Ian Dunbar).

Assim, quando morde com mais força, saímos da sala ou colocamos-o na cozinha durante 30 seg. a 3 min. Outro método que temos usado é tentar atrair a sua atenção para o brinquedo e não para as nossas mãos. Por vezes resulta, por vezes não resulta e quando não resulta levamos o brinquedo e saimos da sala. Claro que isto é um trabalho contínuo e requer muita paciência e calma, nós sabemos isso.

O problema que tenho de vos pedir ajuda é o seguinte: por vezes na brincadeira deixa a brincadeira de lado (buscar a bola, tug of war, etc. e começa a focar-se nos nossos pés e calças (isto também é de cachorro eu sei). Mas tentamos redireccionar para o brinquedo e ele não nos liga patavina (só ainda não experimentá-mos redireccioná-lo para a ração porque não queremos recompensar esse comportamento). Mesmo a corda que ele tanto gosta, ignora-a (mesmo quando colocada ao lado da boca) e prefere atirar-se aos nossos pés e mãos (e a morder com muita força, nada de mordiscar de brincadeira).

Fica louco de tanta agitação ( dele prórpio - porque nós não gritarmos, apenas repetimos o não 3 ou 4 vezes). não respondendo ao brinquedo nem ao Não, a única forma de conseguir que ele pare quando o impedimos de o fazer, afastando-o ou saindo da sala/levando-o para a cozinha. Se o pegamos (ao colo) para levar para a cozinha vai a tentar morder-nos o caminho todo - mãos, braços, cabelo, cara, etc. Se o deixamos sozinho na sala, tenta vir atrás de nós. Não conseguindo, senta-se e gane um bocadinho. Quando para de ganir entramos na sala (por vezes 3 minutos depois) ele anda um pouco ao nosso lado, senta, fica, mas assim que lhe apetece (às vezes nem demora um minuto) volta a atirar-se às nossas mãos e pés, a ladrar e morder com muita força e causa toda espetada em pé.

Claro que tirando umas feridas pequenas isso não é problema por enquanto, mas certamente que será daqui a um ou dois meses.

O pior de tudo é que nessa fase da loucura parece que faz propositadamente para nos provocar - não apenas para nos chatear mas para ter uma oportunidade de nos morder. Ainda ontem, atirou-se para cima do sofá, foi aos cortinados, mordeu o fio e roeu a manta dela (tudo isto em um minuto) e tudo situações que sabe bem que não pode fazer. Até que parou no fio e ficou à minha espera. Assim que o afastei com a mão (sempre com calma e paciência), virou-se a mim, mordeu no ar e logo depois voltou a mexer no fio com muito mais intensidade para que eu lá colasse a mão outra vez. E eu lá fui, aí mordeu com força, lixou-se para o fio e voltou-se novamente a mim a querer morder calças, pés, mãos etc.

Perante isto meti-o na cozinha. 5 ou 6 minutos depois voltei a tirá-lo de lá, andou um pouco à nossa volta, calmo, levou uma ou duas festas e recomecá-mos a brincadeira


E há dias em que acorda, brinca dois ou três minutos, nem sequer brinca mais e começa logo na fase de “aparvalhar”. Mas atenção, não é provocar a tentar testar limites, é a procurar testar o limite para nós lá irmos e ter oportunidade de nos morder. Ainda no outro dia percebi que esta a começar a morder a corda com menos força e não demorou 1 minuto para que se centrasse nos nossos pés e mãos. Aliás, deixa de se focar na bola, brinquedo, corda para se começar a focar nos pés e mãos (já percebemos quando vai começar a fase maluca dele).

Por último, é um cão muito inteligente, em poucos dias aprendeu o fica (mesmo com ração no chão), o senta, o deita, o larga (este é treinado com um pedaço de ração entre dois dedos) e o toma. Mas essa inteligência também me deixa um pouco assustado quando a esta sua fase da loucura em que só nos quer é morder, desinteressando-se de tudo o resto. Parece mesmo que fica com raiva de nós e nos quer morder com toda a força (e morde).

No meio disto tudo, o que fazer?
MiMoo
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domingo fev 02, 2014 3:20 pm

Quanto ele vos morde os pés e calças, se vocês ficarem quietos (ou seja, estátuas) ele continua a morder? E eu digo quietos tipo meio a 1 minuto.
krug
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domingo fev 02, 2014 3:46 pm

MiMoo Escreveu:Quanto ele vos morde os pés e calças, se vocês ficarem quietos (ou seja, estátuas) ele continua a morder? E eu digo quietos tipo meio a 1 minuto.
Sim, mesmo estando parados ele continua a puxar calças e mês, atacadores, mãos. As mãos não aguentamos tanto tempo porque ele morde mesmo com força, chega a fazer sangue. Nessa situação saio s da sala/cozinha e fechamos a porta durante 1 ou 2 minutos e quando parece mais calmo voltamos a entrar. Mas assim que voltamos a aproximar as mãos dele volta a morder com força.

Se o ignorarmos quando voltamos a entrar tenta ir ao sofá, fios, etc, mas tudo para lá irmos e para que nos possa morder novamente (e começa logo a morder com força e a atirar-se a nós).

Ele foi adoptado mas com 2 meses e que eu saiba nunca foi maltratado por humanos, nem sequer tem medo de nós. Vem ter connosco adormece com a cabeça (não as patas, não deixamos) em cima do nosso colo, enfim nas outras 5 horas que está connosco e acordado, brinca, diverte-se, mordisca, etc como qualquer cachorro.
Floripes3
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domingo fev 02, 2014 7:14 pm

Quando o levarem, nessas alturas, para a cozinha não lhe peguem ao colo, peguem-lhe pela pele solta do cachaço e levem-no assim, mesmo que ele se queixe. É a melhor maneira de o controlar e de lhe pregarem o responso.

Eu não ficaria quieta quando ele se lançasse aos meus pés: um "ai" bem sofrido e mesmo afastá-lo decididamente com o pé (não é um pontapé, atenção!) talvez lhe mostre que o que faz vos incomoda. Claro que nas primeiras vezes o cachorro não vai perceber, mas isso e o pegar-lhe pelo cachaço vai acabar por lhe mostrar que não pode continuar nesses ataques.

Mas o melhor ainda é tentar evitar que ele chegue a tanto: fiquem atentos às brincadeiras e quando virem que se prepara para o "ataque", cortem-lhe imediatamente o procedimento, mandando-o para o sítio do castigo e ordenando-lhe e fazendo com que que fique quieto. Criem um gesto característico desses momentos (por exemplo, eu estico um um braço e aponto com um só dedo o sítio, mantendo o corpo erecto) e manipulem-no o menos possível nessas alturas. Eles gostam do contacto com as nossas mãos, por isso este só deve ser oferecido nos momentos de calma e de sossego.
<p>Ol&aacute;, eu sou a... Floripes3 que j&aacute; foi 2. &nbsp;:mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a v&iacute;tima. O sil&ecirc;ncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p>&nbsp;"Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
krug
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domingo fev 02, 2014 8:01 pm

Floripes3 Escreveu:Quando o levarem, nessas alturas, para a cozinha não lhe peguem ao colo, peguem-lhe pela pele solta do cachaço e levem-no assim, mesmo que ele se queixe. É a melhor maneira de o controlar e de lhe pregarem o responso.
Já fizémos isso. Primeiro procurámos a técnica de sair da sala. Resultado 0. Acalmava mas quando voltávamos a entrar começa a ir a todos os lados onde não está proibido de ir (fios, cortinas, sofá) e à espera que lá fossemos dar o NAO (nessa altura mordia).

Depois procurámos a técnica do "ai" (muitas vezes nem sequer precisa de ser fingido porque doei mesmo muito - tenho as mãos todas furadas). Das primeiras vezes parou... (embora recomeçasse logo a seguir) mas ao final do dia já nem sequer ligava ao som.

Depois (terceira técnica) lixeiro puxão, tenta morder as mãos e quando não consegue tenta morder os pés e pernas. Aliás essa técnica nunca resultou e acabávamos sempre por ir para a técnica de abandonar a sala ou levá-lo para a cozinha.

Eu percebo que ele poderia fazer isto para que o tocássemos (contacto com a mão humana) e ser pegado ao colo. Mas o facto é que muitas destas situações acontecem quando estamos a brincar com ele ou a fazer-lhe festas. Mas a "técnica" de pegá-lo ao colo ou afastá-lo com os pés também não está a resultar porque vai para cozinha mas logo depois (após aguardar uns minutos - hoje, teve uma das vezes 10 minutos sozinho) volta para o mesmo.

O meu grande problema é que isto acontecia uma vez por dia uns quantos minutos. Agora é quase sempre, depois de acordar, comer, fazer os seus xi-xis, começa logo a "aparvalhar". Na verdade, quase não conseguimos brincar com ele.

Por vezes consigo perceber que ele está a começar a "aparvalhar", por exemplo, deixa de tanto interesse na brincadeira e faço ele sentar-se, deitar, etc. Se volto à brincadeira e percebo que ele não tem interesse porque definitivamente pretende começar a "aparvalahr" coloco-o na cozinha... e quando saí faz o mesmo de sempre.

Eu acho que ele percebe perfeitamente o que nos incomoda (morder o fio, cortinados, pés, mãos, ir ao canteiro, tentar subir o sofá, etc) e por isso é que o faz. Pretende que vamos lá para que nos possa morder. Isso é o estranho disto tudo e por isso é que estou preocupado.

Só tem dois meses e meio (ainda não pode ir aos treinos) mas é que piora a cada dia.

P.S.: habituei-o a mexer na comida dele desde o primeiro dia. Nunca me rosnou ou empurrou quando estou a mexer na comida dele.
krug
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domingo fev 02, 2014 8:04 pm

Floripes3 Escreveu:Criem um gesto característico desses momentos (por exemplo, eu estico um um braço e aponto com um só dedo o sítio, mantendo o corpo erecto) e manipulem-no o menos possível nessas alturas. Eles gostam do contacto com as nossas mãos, por isso este só deve ser oferecido nos momentos de calma e de sossego.
ele tem um gesto (em que senta e fica) quando é para comer e outros momentos em que está excitado (muita brincadeira por exemplo). Nestes momentos de "aparvalhar" - agora mesmo é um desses momentos com a minha mulher - não liga nenhuma ao fica ou ao senta ou aos nossos gestos.

Nos outros momentos obedece logo à primeira (senta, fica, deita, quieto). Daí eu dizer ser um cão bastante inteligente para 2 meses e meio e apenas duas semanas de "treino".
MiMoo
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domingo fev 02, 2014 8:09 pm

Parece-me algum grau de frustração ou de excitação demasiado. Tentem descobrir o que desencadeia esse comportamento e evitem fazê-lo.
Nessas alturas tentem recuar uns passos no treino, ele não sabe o que é sentar quando está nesse "estado". Outra coisa que se pode pensar fazer é tê-lo amarrado a uma cadeira ou um móvel, quando ele começa assim afastam-se e ignoram. Voltam ao cão se ele estiver calmo recompensam com atenção e brincadeira. Assim q voltar ao mesmo afastam-se e ignoram.

É que com ele solto é difícil afastar sem continuar a incentivar o comportamento de morder os pés, porque ele vai atrás dos pés. E pegar nele também não é solução.
Agora não é uma coisa que fica "resolvida" num dia.
krug
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domingo fev 02, 2014 8:19 pm

MiMoo Escreveu:Parece-me algum grau de frustração ou de excitação demasiado. Tentem descobrir o que desencadeia esse comportamento e evitem fazê-lo.
Eu já pensei que era começar a brincar... mas não é. Por vezes é antes de começar a brincar.

Depois pensei que era num estado de estar a ficar cansado da brincadeira e começar naquele de roer e provocar com as suas últimas forças. Normalmente nestas situações começava a "destruir" a mantinha dele e a cama até que acalmava e adormecia... mas agora também vejo que não é isso. Por vezes acontece logo uns minutos depois de acordar.

Depois pensei que podia ser de ter comido (após comer). Mas também não é. Por vezes começa antes de comer (ou entre refeições).
MiMoo Escreveu:Nessas alturas tentem recuar uns passos no treino, ele não sabe o que é sentar quando está nesse "estado". Outra coisa que se pode pensar fazer é tê-lo amarrado a uma cadeira ou um móvel, quando ele começa assim afastam-se e ignoram. Voltam ao cão se ele estiver calmo recompensam com atenção e brincadeira. Assim q voltar ao mesmo afastam-se e ignoram.
Eu diria mais... ele não sabe o que é nada quando fica nesse estado. A técnica de o amarrar não queria usar a não ser em última instância... de qualquer forma já fizémos a saída da sala (uma sala que tem portas de vidro e ele acalma-se... mas minutos depois volta ao mesmo.
MiMoo Escreveu:Agora não é uma coisa que fica "resolvida" num dia.
Só pode começar treinos daqui um mês (depois da última vacina). E claro que é preciso calma, calma, calma, calma, paciência, paciência, calma, calma... não é coisa que se resolva num dia. Mas é que nestas duas semanas só tem vindo a piorar, cada dia mais. E não pretendia que escalasse ao ponto de ser muito mais complicado de resolver quando tiver treinos daqui um mês.

Hoje fiz um video do treino e do início da fase "aparvalhar", com as primeiras mordidas no pés e pernas. Só apanhei o início dessa fase... mas depois continuou durante quase uma hora...
MiMoo
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domingo fev 02, 2014 8:24 pm

Seria altura em começar a pensar nessa parte do "amarrar"... porque com o passar do tempo é cada vez mais difícil modificar esse comportamento. É melhor agora demorar uma semana e é "apenas" uma semana com redução de liberdade do que mais tarde e ter que andar com estas coisas durante 1 mês.
É que ao conseguir afastar-se imediatamente do cachorro assim que o comportamento começa é mais fácil para ele identificar o que é que está a fazer com que vocês se afastem e não queiram brincar... não digo para ele estar amarrado 100% do tempo, mas que esteja quando estiverem a interagir com ele por exemplo (ou seja, quando há maior probabilidade dele iniciar esse comportamento indesejado)
krug
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segunda fev 03, 2014 4:10 pm

MiMoo Escreveu:Seria altura em começar a pensar nessa parte do "amarrar"... porque com o passar do tempo é cada vez mais difícil modificar esse comportamento. É melhor agora demorar uma semana e é "apenas" uma semana com redução de liberdade do que mais tarde e ter que andar com estas coisas durante 1 mês.
É que ao conseguir afastar-se imediatamente do cachorro assim que o comportamento começa é mais fácil para ele identificar o que é que está a fazer com que vocês se afastem e não queiram brincar... não digo para ele estar amarrado 100% do tempo, mas que esteja quando estiverem a interagir com ele por exemplo (ou seja, quando há maior probabilidade dele iniciar esse comportamento indesejado)
Obrigado pelas dicas. Ele hoje ainda não "aparvalhou muito". quando percebi que ia entrar nessa fase, corrigi e chamei-lhe a atenção para o aqui e o fica (com a ajuda de ração) e ficou mais calmo.

Vou tentar até ao final desta semana continuar a técnica de sair da sala ou expulsá-lo (quero dar mais algum tempo a essa técnica) e se não obtiver resultados experimento a técnica do amarrar (de qualquer modo apenas hoje é está a usar coleira por isso também não quero que associe a coleira a estar amarrado). tenho de deixar passar mais uns dias.
krug
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terça mar 25, 2014 5:19 pm

Só para agradecer novamente as dicas (visito muito este fórum mas raramente faço login, porque acedo pelo ipad, daí muitas vezes não dar resposta nos meus próprios tópicos embora sejam todos vistos).

O cachorro anda a portar-se excelentemente, sempre com muito treino e paciência. Como marinheiro de primeira viagem acho que não podia ter tido melhor sorte :)
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