Cães ciumentos, alguém já passou pelo mesmo?

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

sofiaysabell
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domingo jun 15, 2014 2:02 pm

Charlie2 Escreveu:
sofiaysabell Escreveu:
Charlie2 Escreveu:
Eu era a única que conseguia parar o ataque visto que a minha mãe ficava histérica e só gritava.
Nesta casa vivem pessoas que lidam com cães há 40 anos, acho um pouco dramático e ofensivo dizer que não sabemos mesmo educar cães
:roll:
(A minha mãe não é a única habitante desta casa e não tem culpa de ter uma personalidade mais frágil, pois facilmente se assusta e entra em pânico. O que recomenda? Que deixe de ter cães por causa disso?)
Se a Sofia era a única que conseguia travar as lutas dos cães (mesmo acabando de dizer que havia mais pessoas em casa), se a sua mãe presenciava e entrava em histeria (quando qualquer pessoa minimamente informada sabe que gritos e histeria só pioram escaramuças entre cães), se têm cães há 40 anos, e se a Sofia me diz que só separou os cães, mesmo sabendo que os de fora estavam mortos por deitar o dente ao de dentro, e finaliza dizendo que desde o início dos ataques até á morte do cão mais velho passou UM ANO, quer que eu lhe dê credibilidade na educação de cães? Está a brincar comigo não?
Vamos lá ver. Eu era a única que conseguia travar as lutas de cães, tendo em conta eu e a minha mãe. Desculpe lá se me exprimi mal. O meu pai nem foi chamado à conversa porque quando ele estava presente nunca acontecia nada, e se acontecesse quando estávamos em casa e eles lá fora, sim, se o meu pai estivesse em casa, ele tomava conta da situação, sem problemas. Mas aqui, quem tinha mais dificuldade em resolver esta problemática, era eu e a mãe, por isso mencionei-nos unicamente a nós as duas.
Segundo, poderia explicar melhor o que quis dizer com "e se a Sofia me diz que só separou os cães, mesmo sabendo que os de fora estavam mortos por deitar o dente ao de dentro"? Eu não entendi, depois de entender responderei.

Terceiro, a única coisa que lhe peço é que entenda que eduquei bem os cães noutras coisas, que não sou um falhanço total :lol: Isto é uma falha que procurei desde sempre resolver. E posso, então, pedir-lhe também que me diga o que faria no meu lugar? Eu já pesquisei, eu não consegui encontrar nada diferente do que tentei que possa representar uma boa solução. Poder-me-ia dizer exatamente o que faria no meu lugar? Que atitude teria para evitar ataques, e caso acontecessem, que atitude teria perante e após o ataque? Isto era a única coisa que queria desde o início...
Charlie2
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domingo jun 15, 2014 2:25 pm

Esta será minha última resposta:

Eu não sou a Sofia nem estou a tentar pôr-me no seu lugar, o que inferi foi meramente pelo que a Sofia escreveu publicamente no seu primeiro post, ao que se foram sucedendo contradições e a arrogância de quem conta algo dramático mas depois parece tentar aligeirar a coisa porque percebe que fez asneira, mas a última coisa que vai fazer é admiti-lo. Posts destes acontecem dia sim, dia sim senhor na Arca, portanto não espere simpatia de quem ja está cansada de ler e ver arrogância e prepotência dentro e fora da Arca.

Primeiro, «pondo-me nos seus sapatos», eu nunca teria dois pastores alemães e um cão de porte pequeno. Porquê?
Porque embora lide com cães desde que nasci e faça voluntariado com cães e gatos há mais de sete, e até esteja já com alguma experiência com cães problemáticos, sei que os pastores alemães são cães de alta energia, que requerem uma boa educação desde cachorros, pulso firme e um bom treino para evitar problemas na matilha, seja dado pelo dono ou por um bom profissonal, que também posso já dizer-lhe que não é pesquisa fácil, já que o que mais há por aí são pseudo-treinadores.

Mas na questão do temperamento até a wikipedia ajuda:
German Shepherds are highly active dogs and described in breed standards as self-assured. The breed is marked by a willingness to learn and an eagerness to have a purpose. They are curious which makes them excellent guard dogs and suitable for search missions. They can become over-protective of their family and territory, especially if not socialized correctly. They are not inclined to become immediate friends with strangers. German Shepherds are highly intelligent and obedient.
Ora como eu não tenho a disponibilidade e força (física e mental) que implica ter dois destes belíssimos animais, não os tenho, nem teria, ponto.
Mas vamos assumir que eu achava que podia, e afinal não podia, e me encontrava no imbróglio em que se encontrou a Sofia:

Logo no primeiro ataque eu iria procurar um bom profissional. NUNCA ficaria satisfeita com uma resposta do tipo «diga-lhe não com desagrado», sabendo com que animal estou a lidar. Nem conheço muitos treinadores dignos desse nome que digam isso e já está. da mesma forma não conheço cães que com um bom treino acabem com os comportamentos dos seus, a menos que se desfaça o trabalho do treinador em casa.
Segundo, nunca um ataque se repetiria, a menos que fosse inevitável. Se havia possibilidade de separar logo os cães ( que não é nunca solução mas de urgência serve) não percebo porque andou o pequeno constantemente a ser atacado e a terminar no veterinário com ferimentos graves, e passo a citá-la:
Tudo começou quando um dos grandes (a fémea) se tornou adulta e, muitas das vezes que fazíamos festinhas no pequenino, assim que virávamos as costas, ela atacava-o. O pobrezinho foi parar ao hospital veterinário inúmeras vezes com ferimentos graves, e há medida que o tempo passava e que ficámos com o outro pastor (filho da primeira), os ataques começaram a ser mais frequentes e intensos, pois os dois grandes atacavam em conjunto. Eu era a única que conseguia parar o ataque visto que a minha mãe ficava histérica e só gritava.

Os ataques começaram a acontecer mesmo quando não estávamos ao pé, sempre fora de casa (no jardim), e decidimos separá-los definitivamente (o pequeno ficava SEMPRE em casa, os grandes lá fora).
Após separação, continuar a procurar um bom profissional e indagar junto dos criadores que lhe venderam os cães, porque muitas vezes têm excelentes dicas. Quado são criadores dignos do nome, claro.
Se nada disto resultasse, e por muito que me custasse, tentaria dar o mais pequeno, porque entre vê-lo sofrer até á morte e vê-lo noutra casa, certamente escolheria a segunda hipótese no superior interesse do animal.
 «None are more hopelessly enslaved than those who falsely believe they are free»
sofiaysabell
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domingo jun 15, 2014 2:48 pm

Obrigada. Li atentamente a sua resposta e tudo fez imenso sentido para mim. No início ocultei muita coisa porque, caso contrário, o post seria gigantesco. Muita coisa continua ocultada, eu deixei o essencial para expôr o problema, mas entendo que talvez os pormenores fossem importantes.

Acabo de ler o post que está em moderação e entendo do que fala quando diz que está cansada deste tipo de publicações. Fique também esclarecido que nunca foi minha intenção aborrecer ninguém, tão pouco vir para aqui ser casmurra agarrada ao meu orgulho. A partir do momento em que as acusações são explicadas, como foram agora, deixo de as ver como acusações e passo a vê-las como um alerta para o futuro, e tenho pena que só agora tenham sido expostas essas explicações.

Passando ao que interessa mais, confesso que já aprendi alguma coisa. Sei muitas coisas sobre pastores alemães, mas quando a primeira aqui chegou e até quando o segundo nasceu, eu era meramente uma criança e até agora nunca tinha ponderado como o caráter característico da raça poderia entrar em confronto com o pequeno. A primeira veio para cá para servir de cão de guarda após terríveis assaltos que se tinham passado nesse ano, e apesar de se terem informado (os meus pais), provavelmente não pensaram desse modo e não foram bem aconselhados.

Quanto ao momento em que começaram os ataques, enfim, o mau aconselhamento vinha de alguém com boas referências e pensámos que se diria aquilo e aquilo somente, aquilo somente seria. Nunca ninguém - veterinários incluídos - nos esclareceu melhor. Tentámos impedi-lo sozinhos, mas pronto, talvez devêssemos ter insistido mais.

Os ataques repetiram-se por descuidos normais de qualquer humano. Uma festinha quando pensávamos que os outros não estavam a ver, um desconhecido que chegava e o mimava sem saber. Assim que démos conta que não dávamos conta dos ataques, tomámos a tal medida drástica de o separar definitivamente. Resultou até àquele discuido.

Por fim, quero acrescentar que o próprio pequenote, mesmo após alguns ataques, continuava a meter-se com os grandes sempre que estava com eles. A tentar mostrar a sua superioridade. Suspeitamos que isso tenha sido a causa de ter sido atacado quando ninguém estava por perto pois, por essa causa, já teria sido também atacado pelo cão da vizinha, com quem parecia dar-se bem.

Se adquirir um cão pequeno em breve, então, vou certificar-me de que não entrará em contacto com os grandes quando eu vier a casa, e vou deixá-lo num hotel ou com alguém conhecido nos fins-de-semanas, enquanto que estiver aqui.

Decididamente a sua resposta foi útil e pode ter a certeza de que não me esquecerei dela.

Sinceramente agradecida,
Sofia :D
Última edição por sofiaysabell em domingo jun 15, 2014 2:51 pm, editado 1 vez no total.
mjoaomarques
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domingo jun 15, 2014 2:49 pm

Os pa são cães fantásticos mas realmente são cães exigentes quanto à nossa disponibilidade para com eles (educação, treino, exercício físico, estimulação mental, ...). Pelo que conta, quase que me atrevo a dizer que se esteve a preocupar com o treino dos pa quando quase de certeza o causador dos ataques, era o seu cãozito que desafiava e não se submetia aos maiores (típico de cães pequenos mal treinados), caso contrário ocorreriam também lutas entre os pa.
Assim, antes de pensar em ter outro cão de porte pequeno, explicava muito bem a uma pessoa de confiança o que se passou e tinha aulas com "cães emprestados" até perceber bem quando se dá e saber inibir atitudes de desafio.
Maria João
sofiaysabell
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domingo jun 15, 2014 2:54 pm

mjoaomarques Escreveu:Os pa são cães fantásticos mas realmente são cães exigentes quanto à nossa disponibilidade para com eles (educação, treino, exercício físico, estimulação mental, ...). Pelo que conta, quase que me atrevo a dizer que se esteve a preocupar com o treino dos pa quando quase de certeza o causador dos ataques, era o seu cãozito que desafiava e não se submetia aos maiores (típico de cães pequenos mal treinados), caso contrário ocorreriam também lutas entre os pa.
Assim, antes de pensar em ter outro cão de porte pequeno, explicava muito bem a uma pessoa de confiança o que se passou e tinha aulas com "cães emprestados" até perceber bem quando se dá e saber inibir atitudes de desafio.
O pequeno, de facto, nunca foi ensinado. Referi isso na minha última resposta, e foi uma tolice termo-nos focado nos grandes. Até agora, sinceramente, considerei o que problema estava neles. É difícil de analisar tudo agora que está acabado, mas tratarei de tomar precauções para a próxima. Obrigada, sinceramente obrigada :)
mjoaomarques
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domingo jun 15, 2014 3:09 pm

Pois, quando comecei a escrever a sofiaysabel ainda não tinha publicado a sua última resposta, mas era o que me parecia. De qualquer modo é que se já identificou o problema, agora é só ter disponibilidade para aprender e controlar efectivamente o causador de distúrbios. Sempre convivi com vários pa e não me lembro de agressões graves entre eles ou entre eles e o restante zoo cá de casa. Aliás são das raças que mais se prestam a outras espécies. Vai ver que com algum esforço, fica apta a ter o seu cãozinho a cohabitar pacificamente com a restante matilha.
Maria João
sofiaysabell
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domingo jun 15, 2014 3:13 pm

mjoaomarques Escreveu:Pois, quando comecei a escrever a sofiaysabel ainda não tinha publicado a sua última resposta, mas era o que me parecia. De qualquer modo é que se já identificou o problema, agora é só ter disponibilidade para aprender e controlar efectivamente o causador de distúrbios. Sempre convivi com vários pa e não me lembro de agressões graves entre eles ou entre eles e o restante zoo cá de casa. Aliás são das raças que mais se prestam a outras espécies. Vai ver que com algum esforço, fica apta a ter o seu cãozinho a cohabitar pacificamente com a restante matilha.
São cães muito sociáveis entre eles e mesmo com o outro grande doentinho, que também é fraco, são respeitosos, dão-se às mil maravilhas. Brincam, brincam e brincam sem ponta de agressividade. Aliás, mesmo com os cães da rua, os pequenos e tudo, nunca há problema. Eu pensei que a origem da questão eram os ciúmes, talvez fosse, em vez disso, a atitude do mais pequeno. Não devia ter parado de procurar um bom profissional, como disse Charlie. Para a próxima tratarei de pensar mais além do óbvio.
Netherwing
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domingo jun 15, 2014 4:35 pm

ainda bem que a sofiaysabel está agora mais informada sobre o que tem em casa.

os cães não sentem ciúme, nem remorso, nem desejo de vingança, nem outro tipo de sentimento complexo.
esse tipo de sentimento é exclusivo dos humanos.

o que nos parece causado por ciúme é reação natural a um estimulo externo básico, como por exemplo desafio da hierarquia ( o que parecia ser o caso aqui )

é normal nós tentarmos "colar" as emoções dos animais às nossas e pensar em ciúmes, vingança ou remorsos. mas de facto isso não acontece.

o amor que os cães têm pelo donos, é fidelidade ao lider. nós traduzimos isso como amor, e bem... até porque os donos normais amam os seus cães e esse sentimento faz com que a simbiose entre cão e homem resulte.


foi a necessidade que aproximou os homens dos cães, continua a ser hoje em dia, só mudou o tipo de necessidade.

o que era necessidade de protecção passou a ser necessidade de companhia, hobbie, etc (embora o cão para protecção/guarda ainda seja uma vertente importante)

da parte do cão o que era necessidade de alimento também se transformou, ainda precisam de nós para os alimentar, mas passaram a apreciar a companhia, o carinho, algum tipo de conforto, o tal "amor" que lhes damos.

Mas não são humanos (felizmente) , nunca serão capazes de sentir coisas perversas.

Reagem por motivos básicos. Muitas vezes a resposta mais simples é a acertada: hierarquia, alimento, território.
Não lutam pelo nosso afecto, da mesma forma que os gatos não sentem ciúmes de bebés. são mitos sem fundamento, as razões são sempre básicas.


que tudo corra pelo melhor no futuro Sofia.
An ye harm none, do what ye will
sofiaysabell
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domingo jun 15, 2014 4:49 pm

Netherwing Escreveu:ainda bem que a sofiaysabel está agora mais informada sobre o que tem em casa.

os cães não sentem ciúme, nem remorso, nem desejo de vingança, nem outro tipo de sentimento complexo.
esse tipo de sentimento é exclusivo dos humanos.

o que nos parece causado por ciúme é reação natural a um estimulo externo básico, como por exemplo desafio da hierarquia ( o que parecia ser o caso aqui )

é normal nós tentarmos "colar" as emoções dos animais às nossas e pensar em ciúmes, vingança ou remorsos. mas de facto isso não acontece.

o amor que os cães têm pelo donos, é fidelidade ao lider. nós traduzimos isso como amor, e bem... até porque os donos normais amam os seus cães e esse sentimento faz com que a simbiose entre cão e homem resulte.


foi a necessidade que aproximou os homens dos cães, continua a ser hoje em dia, só mudou o tipo de necessidade.

o que era necessidade de protecção passou a ser necessidade de companhia, hobbie, etc (embora o cão para protecção/guarda ainda seja uma vertente importante)

da parte do cão o que era necessidade de alimento também se transformou, ainda precisam de nós para os alimentar, mas passaram a apreciar a companhia, o carinho, algum tipo de conforto, o tal "amor" que lhes damos.

Mas não são humanos (felizmente) , nunca serão capazes de sentir coisas perversas.

Reagem por motivos básicos. Muitas vezes a resposta mais simples é a acertada: hierarquia, alimento, território.
Não lutam pelo nosso afecto, da mesma forma que os gatos não sentem ciúmes de bebés. são mitos sem fundamento, as razões são sempre básicas.


que tudo corra pelo melhor no futuro Sofia.
É verdade, tudo o que diz soa tristemente (quer dizer, depende do ponto de vista) certo. Nós, para além de pensantes, somos irremediavelmente sentimentais e torna-se difícil que aceitemos os factos: os cães não são humanos, não sentem como nós. Isto vale para o bem e para o mal. Tendemos a tratá-los como pessoas e é duro saber que para eles as relações sociais são mais baseadas no interesse, necessidades e instinto do que em "amor" propriamente dito.

Talvez por ser tão difícil entender a forma como vêem o Mundo e os outros animais, incluindo nós, humanos, tenha sido para mim difícil chegar à génese do problema. Aprendi alguma coisa, para a próxima terei de ser mais "canina" quando analisar um problema de cães :P
Netherwing
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domingo jun 15, 2014 4:54 pm

é isso Sofia :)
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Charlie2
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domingo jun 15, 2014 6:52 pm

sofiaysabell Escreveu:Obrigada. Li atentamente a sua resposta e tudo fez imenso sentido para mim. No início ocultei muita coisa porque, caso contrário, o post seria gigantesco. Muita coisa continua ocultada, eu deixei o essencial para expôr o problema, mas entendo que talvez os pormenores fossem importantes.

Acabo de ler o post que está em moderação e entendo do que fala quando diz que está cansada deste tipo de publicações. Fique também esclarecido que nunca foi minha intenção aborrecer ninguém, tão pouco vir para aqui ser casmurra agarrada ao meu orgulho. A partir do momento em que as acusações são explicadas, como foram agora, deixo de as ver como acusações e passo a vê-las como um alerta para o futuro, e tenho pena que só agora tenham sido expostas essas explicações.

Passando ao que interessa mais, confesso que já aprendi alguma coisa. Sei muitas coisas sobre pastores alemães, mas quando a primeira aqui chegou e até quando o segundo nasceu, eu era meramente uma criança e até agora nunca tinha ponderado como o caráter característico da raça poderia entrar em confronto com o pequeno. A primeira veio para cá para servir de cão de guarda após terríveis assaltos que se tinham passado nesse ano, e apesar de se terem informado (os meus pais), provavelmente não pensaram desse modo e não foram bem aconselhados.

Quanto ao momento em que começaram os ataques, enfim, o mau aconselhamento vinha de alguém com boas referências e pensámos que se diria aquilo e aquilo somente, aquilo somente seria. Nunca ninguém - veterinários incluídos - nos esclareceu melhor. Tentámos impedi-lo sozinhos, mas pronto, talvez devêssemos ter insistido mais.

Os ataques repetiram-se por descuidos normais de qualquer humano. Uma festinha quando pensávamos que os outros não estavam a ver, um desconhecido que chegava e o mimava sem saber. Assim que démos conta que não dávamos conta dos ataques, tomámos a tal medida drástica de o separar definitivamente. Resultou até àquele discuido.

Por fim, quero acrescentar que o próprio pequenote, mesmo após alguns ataques, continuava a meter-se com os grandes sempre que estava com eles. A tentar mostrar a sua superioridade. Suspeitamos que isso tenha sido a causa de ter sido atacado quando ninguém estava por perto pois, por essa causa, já teria sido também atacado pelo cão da vizinha, com quem parecia dar-se bem.

Se adquirir um cão pequeno em breve, então, vou certificar-me de que não entrará em contacto com os grandes quando eu vier a casa, e vou deixá-lo num hotel ou com alguém conhecido nos fins-de-semanas, enquanto que estiver aqui.

Decididamente a sua resposta foi útil e pode ter a certeza de que não me esquecerei dela.

Sinceramente agradecida,
Sofia :D
Sofia não tem nada que agradecer e do fundo do coração fico muito contente por ler esta resposta. Boa sorte com os cães no futuro e sempre que precisar, disponha :wink:
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kitttten
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domingo jun 15, 2014 9:00 pm

A sofia não está a pensar arranjar outro cão de porte mais pequeno que o dos PA pois não?
Quem cala nem sempre consente. Pode ser só preguiça de discutir idiotices.

Nunca discutas com um idiota. Ele arrasta-te até ao nível dele, e depois vence-te em experiência.

http://animalartportugal.blogspot.com/

www.apterrariofilia.org
Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam...
Não é bonito, mas é profundo.

Madalena Marques
sofiaysabell
Membro Júnior
Mensagens: 35
Registado: sábado mai 18, 2013 3:12 pm

segunda jun 16, 2014 8:31 am

kitttten Escreveu:A sofia não está a pensar arranjar outro cão de porte mais pequeno que o dos PA pois não?
Sim, estou, porque vai viver comigo num apartamento pequeno. Se for preciso, sempre que vier cá a casa (onde estão os pastores alemães), deixá-lo-ei com alguém de confiança e virei sem ele. Mas na casa onde vivem os grandes, agora e no futuro, só vivem os grandes mesmo.
rpoeiras
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Registado: segunda fev 24, 2014 3:03 pm
Localização: Max (Rottweiler), Nina (SRD) e Mia (Amstaff)

segunda jun 16, 2014 9:11 am

Bom dia sofiaysabell
sofiaysabell Escreveu:Há pouco tempo o cão mais velho aqui de casa (tinha 17 anos) foi para o céu e foi antes do esperado :cry:
Lamento a sua perda!
sofiaysabell Escreveu: A razão? Foi atacado pelos grandes (dois pastores alemães que também tenho) e não resistiu.

Tudo começou quando um dos grandes (a fémea) se tornou adulta e, muitas das vezes que fazíamos festinhas no pequenino, assim que virávamos as costas, ela atacava-o. O pobrezinho foi parar ao hospital veterinário inúmeras vezes com ferimentos graves, e há medida que o tempo passava e que ficámos com o outro pastor (filho da primeira), os ataques começaram a ser mais frequentes e intensos, pois os dois grandes atacavam em conjunto. Eu era a única que conseguia parar o ataque visto que a minha mãe ficava histérica e só gritava.

Os ataques começaram a acontecer mesmo quando não estávamos ao pé, sempre fora de casa (no jardim), e decidimos separá-los definitivamente (o pequeno ficava SEMPRE em casa, os grandes lá fora).
É uma situação delicada e qualquer conselho dado por mim ou por outra pessoa neste fórum em relação a este assunto é como se estivesse a ter uma consulta de medicina via um forum, há coisas que um profissional precisa de ver pessoalmente, há outras que o paciente não se sabe explicar e neste caso ainda mais grave quando os pacientes são cães. Nos casos que eu pessoalmente tive conhecimento semelhante de alguma forma ao seu, o problema era de falta de liderança e falta de conhecimento da "mente" de matilha e a primeira coisa a lidar é com o facto de que as pessoas nessa casa tem de perceber que não sabem lidar com cães nem educa-los para conviverem em harmonia. Não há nada de errado em não saberem como educar cães, errado é supor que são pessoas experientes quando de facto não o são!
sofiaysabell Escreveu: Quando os trazíamos também para casa, o ambiente era completamente diferente: brincavam todos, os grandes com o pequeno, era adorável. Mas sabíamos que se estivessem juntos na rua o mal ia repetir-se.
Isso pode significar muitas coisas, mas uma delas é estarem fora do seu "território"
sofiaysabell Escreveu: Passou um ano e o pequenote envelheceu muito. Passava tanto tempo em casa que os outros morriam de inveja e até através do vidro se mostravam agressivos. Um dia, alguém se esqueceu da porta aberta e, quando fomos procurar o pequeno, encontrámo-lo caído nas traseiras. Ele tinha sempre uma mantinha vestida, quando o encontrámos a mantinha estava a metros de distância. Foi terrível, todos aqui em casa amamos animais e aquele, especialmente, era como um filho. Segundo o veterinário a morte foi rápida pois ele só estava ferido no pescoço.
O inevitável ocorreu e pouco ou nada tem a ver com a inveja, mas sim com a falta de regras. Só lamento que tenha chegado a esse ponto...
sofiaysabell Escreveu: Entre os grandes (são 3, incluindo outro que sofre de atrofia dos posteriores) nunca ocorre nenhum tipo de ataque (só na brincadeira), agressividade entre eles: 0. Em breve vou para a universidade e penso adotar um cão de pequeno porte adulto para me fazer companhia no apartamento, no entanto, morro de medo de que, cada vez que o trouxer para casa, a história volte a repetir-se.
Se não for feito nada em relação à imposição de regras, vai voltar a acontecer com qualquer cão que incluir na matilha! A solução para este problema é um bom profissional que poderá ir a sua casa ver quais os problemas que acontecem e ensinar-vos. Num caso destes não aconselho a ser autodidacta nem a tomar conselhos de um forum, está em risco a vida de um animal ao fazê-lo, mas como em tudo na vida, só vai depender da sua moralidade!
É muito bem possível adicionar outro animal á "matilha", só tem de arranjar um bom profissional para a ajudar. :wink:
Boa sorte.

Cumprimentos,

Ricardo
ASTAHOLIC
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segunda jun 16, 2014 1:39 pm

Tal como foi referido anteriormente este caso parece-me mais um exemplo de uma disputa na hierarquia dos cães, embora seja complicado avaliar um caso sem o ter presenciado.
Dou-lhe um exemplo que tenho cá em casa com as cadelas da minha mãe, uma Jack Russel e uma rafeira. Ambas são dominantes mas entre elas entendem-se bem, dormem juntas e até comem juntas mas ocasionalmente quando a minha mãe entra na cozinha (local onde costumam estar ou no jardim) elas acabam por se pegar, algo que so acontece com a minha mãe. Já expliquei a minha mãe que ela é que tem que tomar o papel de líder, estar sempre calma quando está próxima de ambas e ser firme com elas porque elas são cadelas muito fáceis de corrigir, tanto que elas não se odeiam porque passam os dias juntas sem qualquer problema.
O Jack Russel tem mimo a mais, nunca foi ensinada e faz tudo o que quer (a minha mãe acha imensa piada ela ser assim... :roll: )
Felizmente a minha mãe já começou a perceber que não pode continuar a ser assim e ultimamente não se tem passado nada :)

Falando um pouco dos meus Amstaffs, tenho uma fêmea e um macho que se dão lindamente, também por já estar estipulado quem manda, a minha fêmea é mais tranquila, o macho mais energético e entendem-se muito bem. Pode às vezes haver uma brigazinha mas não passa de barulho, por causa de um brinquedo ou outra coisa qualquer. Quando estou com ambos eles tentam ter a minha atenção, eu opto sempre por não lhes tocar nem falar enquanto estão demasiado excitados, quando acalmam dou festas e brinco com eles (poderia faze-lo quando estavam mais excitados mas sempre o fiz desta forma, não se pegam de qualquer das maneiras).
Quando saiu de casa deixo-os separados apenas por precaução.
<p>&nbsp;"Vamos agradecer aos idiotas. N&atilde;o fosse por eles n&atilde;o far&iacute;amos tanto sucesso."</p>
<p>"Sou respons&aacute;vel pelo que eu falo, n&atilde;o pelo que voc&ecirc; entende." </p>
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