sábado fev 14, 2015 5:33 pm
Sou absolutamente contra todos os cortes estéticos e a esmagadora maioria dos ditos funcionais.
As orelhas cortavam-se realmente em cães de luta, mas também em cães dedicados à caça grossa, sobretudo a do javali, que é um animal muito agressivo e quando perseguido se atira contra o perseguidor. Daí a achar-se que certos cães ficavam com muito "ar" de ferocidade que se reflectia no dono, foi um passo, e o corte passou de funcional a "estético".
Com as caudas, o mesmo. Era frequente muitos cães que caçavam em matagais cerrados aparecerem com as caudas feridas, criando infecções que obrigavam a cortá-las. Nos cães de luta, também era frequente as caudas serem partidas ou destruídas durante os ataques mútuos. Mais uma vez, o funcional cedeu o lugar ao "estético", passando a ser de regra em algumas raças, sobretudo as criadas de novo pela canicultura.
No entanto, há sempre a possibilidade de um cão nascer anuro (sem cauda) ou com a cauda mais curta e algumas vezes até deformada. Como é evidente, esses casos não entram nesta temática.
Quanto às proibições de sujeitar os cães a amputações estéticas, decorrente da adesão à convenção europeia por parte dos países aderentes à FCI, houve de facto países que rejeitaram uma ou várias dessas proibições, como foi o caso de Portugal, onde é proibido cortar orelhas mas se continua a poder cortar caudas.
Mas também houve países em que os estalões de algumas das suas raças autóctones foram alterados. E nas exposições internacionais os cortes são admitidos, mesmo que proibidos nos países em que elas decorrem, desde que o cão seja originário de um país onde eles sejam permitidos.
<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
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