terça mar 14, 2017 4:56 pm
Eu tive experiência com cachorro de pastor alemão e criança com idade da sua. Em termos de saúde, desde que a criança não faça alergias e o cachorro tenha vacinas e desparasitaçoes em dia e que o limpe com frequência, não há problema. Mas digo-lhe já que é muito difícil no sentido em que perderá muito tempo porque não pode descansar a vigilancia nos primeiros anos. Principalmente se escolher um macho. Eu tinha a tarefa facilitada porque tenho quintal e os cães não têm acesso a toda a casa de modo que quando não tinha tempo para dispender, bastava fechar a porta e pronto; bebé e cão separados. O mais difícil era controlar o desejo de ambos em brincarem um com o outro o que mesmo com vigilancia, às vezes provocava quedas do bebé que ainda não andava bem ou mordidelas que sem serem feitas com maldade (apenas modo do cachorro brincar) deixariam marcas ( a mim deixavam, quanto mais a uma criança). Depois, por volta dos 6-8 meses do cachorro, vem o sentido de posse dos brinquedos e comida. Não se pode descurar vigilancia e treino de ambos; ensinar o cão que o bebé tem prioridade e educar a criança na aproximação ao animal. Não fique com a ideia de que é muito difícil, porque não é. Os pa adoram crianças e o desejo de agradar ao dono é imenso. Mas as crianças têm os seus quereres e são muito mais difíceis de controlar. Tenha a certeza que muitas vezes vai pensar no porquê de ter adquirido o cachorro nesta altura.
Outra coisa: não calcula a imensidão do desgosto, que o miúdo, então com quase 12 anos, teve quando o meu pa morreu. Cresceram juntos e embora tivesse outro pa, mais novo, nada havia que o consolasse. Entrou numa tristeza profunda e acabou por ter que ser acompanhado por um psicólogo. Até hoje, já adulto, nunca mais foi capaz de ter uma ligação tão sólida com um animal. Na altura o psicólogo disse-me que naquela idade, não há como processar devidamente a morte de alguém ou de um animal. A partir dos 13 anos já se é capaz.
Resumindo: Fale com o pediatra primeiro. Na minha opinião, o ideal era o seu bebé já andar, correr e falar desenvoltamente antes de adquirir o seu cachorro pastor alemão
Maria João