Afinal se encontrar um animal sem dono procede-se como...
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Ora bem
Antes de mais se me permitem voltar atrás acho que devem tentar compreender a atitude da Elsa. Sim ,eu já sei que quando alguem aqui vem pedir ajuda em certos termos eu sou um dos inquisidores.
Mas pensem que ao contrário dos encostas, a Elsa tomou uma decisão sobre uma situação criada. Não pediu ajuda a ninguém excepto para encontrar o seu cão. E anda à procura dele pois já colocou em todas as clinicas o anúncio. Para mais é uma pessoa que tem dado um contributo muito positivo neste foruns e não um paraquedista desconhecido... ela gostar de animais não está em causa...
Agora em relação às atitudes que se tomam quando se vê um cão abandonado...
O que se deve fazer?
Antes de mais uma pessoa deve pensar que está a tomar uma responsabilidade. Muita gente ( mas muita mesmo) apanha os animais somente para tentar despejá-los nos veterinários e canis logo a seguir. Estas pessoas nunca podem ficar com o animal um dia ou sequer umas horas e têm mil desculpas para tal. Isso serve de alguma coisa? O transporte de uma animal e alijar para outros a responsabilidade será por si uma boa acção?
Para fazer isso mais vale nem os recolher. Está-se a tentar responsabilizar os outros por uma situação criada por nos...
Recolhendo o animal deve-se isso sim tratar dele ( e aí meus amigos o tratamento sai do bolso de que o apanha. Os profissionais podem ajudar mas tratamento gratuito é absurdo...)
Daí que antes de pensar em recolher cada um deve ter na cabeça se:
1- Tem $ para o recuperar
2 -Tem espaço e condições para o manter para si ou temporariamente até arranjar um dono
3- Tem tempo disponivel para procurar o seu dono
E acho deplorável as pessoas que alimentam o cãozinho e a cadelinha na rua e que depois andam aflitos porque nasceram cãezinhos. Podem ser 20 pessoas a ajudar mas nunca nenhuma tem espaço para lhe dar um lar..
Enfim, talvez valha a pena pensar nisto...
Antes de mais se me permitem voltar atrás acho que devem tentar compreender a atitude da Elsa. Sim ,eu já sei que quando alguem aqui vem pedir ajuda em certos termos eu sou um dos inquisidores.
Mas pensem que ao contrário dos encostas, a Elsa tomou uma decisão sobre uma situação criada. Não pediu ajuda a ninguém excepto para encontrar o seu cão. E anda à procura dele pois já colocou em todas as clinicas o anúncio. Para mais é uma pessoa que tem dado um contributo muito positivo neste foruns e não um paraquedista desconhecido... ela gostar de animais não está em causa...
Agora em relação às atitudes que se tomam quando se vê um cão abandonado...
O que se deve fazer?
Antes de mais uma pessoa deve pensar que está a tomar uma responsabilidade. Muita gente ( mas muita mesmo) apanha os animais somente para tentar despejá-los nos veterinários e canis logo a seguir. Estas pessoas nunca podem ficar com o animal um dia ou sequer umas horas e têm mil desculpas para tal. Isso serve de alguma coisa? O transporte de uma animal e alijar para outros a responsabilidade será por si uma boa acção?
Para fazer isso mais vale nem os recolher. Está-se a tentar responsabilizar os outros por uma situação criada por nos...
Recolhendo o animal deve-se isso sim tratar dele ( e aí meus amigos o tratamento sai do bolso de que o apanha. Os profissionais podem ajudar mas tratamento gratuito é absurdo...)
Daí que antes de pensar em recolher cada um deve ter na cabeça se:
1- Tem $ para o recuperar
2 -Tem espaço e condições para o manter para si ou temporariamente até arranjar um dono
3- Tem tempo disponivel para procurar o seu dono
E acho deplorável as pessoas que alimentam o cãozinho e a cadelinha na rua e que depois andam aflitos porque nasceram cãezinhos. Podem ser 20 pessoas a ajudar mas nunca nenhuma tem espaço para lhe dar um lar..
Enfim, talvez valha a pena pensar nisto...
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e se em vez de um se encontrarem n animais de uma só vez? quando encontrei a carlota, foi uma dificuldade para lhe arranjar dono. é verdade que eu não conhecia as pessoas e como ela parece ser arraçada de fox terrier, muitos queriam-na para a caça. para esses, nunca.
uns dias depois, encontrei uma cadela abandonada com 8 cachorros mesmo junto à igreja de chelas. era tipo pastor alemão e os cachorros, pelo aspecto, iriam ser enormes. que lhes fazer? levar nove cães para um T2 para juntar aos que lá tinha? deixá-los por ali, para serem apedrejados e mal tratados? ou pedir ajuda? pois, foi isto que fiz. contei com o apoio de uma aa que embora não possua muitos meios, parece bastante dinâmica. ao fim de uma semana, tinham arranjado donos para "aquilo" tudo (à excepção de um cachorro que infelizmente não consegui recuperar), incluindo a mãe.
isto, para não falar de pessoas que encontram, quase todos os dias, animais abandonado. nem sequer me refiro aos que andam aos caixotes. falo, por exemplo, daqueles que estão no meio da estrada à espera que um carro lhes passe por cima.
anjaazul
uns dias depois, encontrei uma cadela abandonada com 8 cachorros mesmo junto à igreja de chelas. era tipo pastor alemão e os cachorros, pelo aspecto, iriam ser enormes. que lhes fazer? levar nove cães para um T2 para juntar aos que lá tinha? deixá-los por ali, para serem apedrejados e mal tratados? ou pedir ajuda? pois, foi isto que fiz. contei com o apoio de uma aa que embora não possua muitos meios, parece bastante dinâmica. ao fim de uma semana, tinham arranjado donos para "aquilo" tudo (à excepção de um cachorro que infelizmente não consegui recuperar), incluindo a mãe.
isto, para não falar de pessoas que encontram, quase todos os dias, animais abandonado. nem sequer me refiro aos que andam aos caixotes. falo, por exemplo, daqueles que estão no meio da estrada à espera que um carro lhes passe por cima.
anjaazul
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Eu também já recolhi animais abandonados e procedi na forma como o VascoV descreve. Levei-os para casa e encaminhei o seu tratamento. Alberguei-os, e só depois de arranjar um bom lar, é que foram encaminhados para os seus novos proprietarios.
Quantas vezes não passamos na auto-estrada e temos vontade de rocolher os animais que outros abandonaram ? Eu, sinto uma mágoa enorme ao vê-los ali, esperando os donos. Sabendo que mais tarde ou mais cedo irão ser atropelados. Que posso fazer ? Albergá-los a todos ? Fechar os olhos à situação ? Infelizmente, não tenho condições para ter mais um animal em casa. Infelizmente, ainda não há consciencias neste país para que os proprietarios dos animais sejam punidos ao abandoná-los. Infelizmente, a união faz a força, mas nós, amigos dos animais, não conseguimos fazer força suficiente para alterar as leis e as mentalidades desta sociedade.
Se fosse obrigatorio identificar ( chipar ) um animal, quantos animais abandonados teríamos amanhã nas nossas rua ? A vacina da raiva é obrigatória. E por uma quantia mínima pode-se vacinar os nossos animais no canil municipal. E as restantes vacinas ? E os desparasitantes ? E a dedução das facturas do veterinário no nosso IRS ? E o nosso bem estar ? Infelizmente, mais uma vez, quando toca a valores, a dinheiro, a moeda, tudo fica um pouco mais negro.
Desculpem o desabafo...tenho assistido a muitas cenas tristes, e como podem entender, não podemos chegar a todo o lado. Por vezes, sinto-me impotente perante tudo. Mais uma vez, desculpem o desabafo.
Quantas vezes não passamos na auto-estrada e temos vontade de rocolher os animais que outros abandonaram ? Eu, sinto uma mágoa enorme ao vê-los ali, esperando os donos. Sabendo que mais tarde ou mais cedo irão ser atropelados. Que posso fazer ? Albergá-los a todos ? Fechar os olhos à situação ? Infelizmente, não tenho condições para ter mais um animal em casa. Infelizmente, ainda não há consciencias neste país para que os proprietarios dos animais sejam punidos ao abandoná-los. Infelizmente, a união faz a força, mas nós, amigos dos animais, não conseguimos fazer força suficiente para alterar as leis e as mentalidades desta sociedade.
Se fosse obrigatorio identificar ( chipar ) um animal, quantos animais abandonados teríamos amanhã nas nossas rua ? A vacina da raiva é obrigatória. E por uma quantia mínima pode-se vacinar os nossos animais no canil municipal. E as restantes vacinas ? E os desparasitantes ? E a dedução das facturas do veterinário no nosso IRS ? E o nosso bem estar ? Infelizmente, mais uma vez, quando toca a valores, a dinheiro, a moeda, tudo fica um pouco mais negro.
Desculpem o desabafo...tenho assistido a muitas cenas tristes, e como podem entender, não podemos chegar a todo o lado. Por vezes, sinto-me impotente perante tudo. Mais uma vez, desculpem o desabafo.
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Tanika em relação ao que está escrito a vermelho, Quantos a têm'?? quantos cães estão em casa e nem vacinas tem?? eu recolhi um caniche que estava mal tratado em casa de um familiar meu, e posso dizer que ele tinha 5 anos ( qd o recolhi ) e as únicas vacinas que ele tinha eram as que tinham sido dadas pelo criador....
Tanika Escreveu: Eu também já recolhi animais abandonados e procedi na forma como o VascoV descreve. Levei-os para casa e encaminhei o seu tratamento. Alberguei-os, e só depois de arranjar um bom lar, é que foram encaminhados para os seus novos proprietarios.
Quantas vezes não passamos na auto-estrada e temos vontade de rocolher os animais que outros abandonaram ? Eu, sinto uma mágoa enorme ao vê-los ali, esperando os donos. Sabendo que mais tarde ou mais cedo irão ser atropelados. Que posso fazer ? Albergá-los a todos ? Fechar os olhos à situação ? Infelizmente, não tenho condições para ter mais um animal em casa. Infelizmente, ainda não há consciencias neste país para que os proprietarios dos animais sejam punidos ao abandoná-los. Infelizmente, a união faz a força, mas nós, amigos dos animais, não conseguimos fazer força suficiente para alterar as leis e as mentalidades desta sociedade.
Se fosse obrigatorio identificar ( chipar ) um animal, quantos animais abandonados teríamos amanhã nas nossas rua ? A vacina da raiva é obrigatória. E por uma quantia mínima pode-se vacinar os nossos animais no canil municipal. E as restantes vacinas ? E os desparasitantes ? E a dedução das facturas do veterinário no nosso IRS ? E o nosso bem estar ? Infelizmente, mais uma vez, quando toca a valores, a dinheiro, a moeda, tudo fica um pouco mais negro.
Desculpem o desabafo...tenho assistido a muitas cenas tristes, e como podem entender, não podemos chegar a todo o lado. Por vezes, sinto-me impotente perante tudo. Mais uma vez, desculpem o desabafo.
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- Registado: quinta abr 18, 2002 11:14 am
- Localização: 1 Cão d'Água Português, 2 Rottweilers, 1 Doberman, 1 SRD e 2 gatos
Já perdi a conta aos animais que trouxe para casa.
Devo confessar (se calhar não me vão entender), que quando trago um animal para casa, sinto-me pessimamente comigo própria. Sinto que não fiz nada. E sabem porquê?! Porque todo o processo de modificação do animal, dia após dia, faz-me constatar o sofrimento que teve, enquanto andou pelas ruas. Quanto mais animais recolho, mais sofro pelos que ficam nas ruas. Conseguem entender isto?!!
Compreendo que certas pessoas, não tenham qualquer possibilidade de adoptar um animal.
Levá-lo para um canil, não é solução.
Deixá-lo na rua, é permitir-lhe um destino incerto e na maior parte dos casos, o mais cruel possível.
Eu só a favor da eutanásia nos animais.
Não concordo com os canis a abarrotar de animais, a maior parte deles doentes. Os que lá chegam, ainda com saúde, pouco tempo têm para continuar com ela, pois ficam igualmente doentes.
Quem vai adoptar um animal com sarna?!!
Quem vai adoptar um animal que já tem uns 7 anos, ou mais?!
E mais ainda: são poucas as pessoas que ficam com um animal, até ao fim da vida deste. Já viram que tristeza de vida?!!!
As responsabilidades de ter um cão, a nível de encargos financeiros, estão a aumentar.
Os animais continuam sem direitos e os seus donos (donos responsáveis, leia-se), cada vez mais restringidos e cada vez mais, com deveres acrescidos.
Acham que se está no bom caminho, para que as pessoas não abandonem os animais?!
Acham que se está no bom caminho, para que as pessoas adoptem outros animais?!
Acredito sim, que se nos juntássemos e procedêssemos a uma "limpeza", estaríamos sim, a libertar os animais da desgraça e a dar lugar a que outros, possam ter uma vida mais digna.
E não me falem em amor por animais, porque amar um animal, é ter a coragem de tomar uma decisão, para seu próprio bem, deixando de lado o sofrimento que nós, vamos ter com isso.
Agindo pela razão e colocando um pouco de lado, o nosso coração.
Saudações,
Paula
Devo confessar (se calhar não me vão entender), que quando trago um animal para casa, sinto-me pessimamente comigo própria. Sinto que não fiz nada. E sabem porquê?! Porque todo o processo de modificação do animal, dia após dia, faz-me constatar o sofrimento que teve, enquanto andou pelas ruas. Quanto mais animais recolho, mais sofro pelos que ficam nas ruas. Conseguem entender isto?!!
Compreendo que certas pessoas, não tenham qualquer possibilidade de adoptar um animal.
Levá-lo para um canil, não é solução.
Deixá-lo na rua, é permitir-lhe um destino incerto e na maior parte dos casos, o mais cruel possível.
Eu só a favor da eutanásia nos animais.
Não concordo com os canis a abarrotar de animais, a maior parte deles doentes. Os que lá chegam, ainda com saúde, pouco tempo têm para continuar com ela, pois ficam igualmente doentes.
Quem vai adoptar um animal com sarna?!!
Quem vai adoptar um animal que já tem uns 7 anos, ou mais?!
E mais ainda: são poucas as pessoas que ficam com um animal, até ao fim da vida deste. Já viram que tristeza de vida?!!!
As responsabilidades de ter um cão, a nível de encargos financeiros, estão a aumentar.
Os animais continuam sem direitos e os seus donos (donos responsáveis, leia-se), cada vez mais restringidos e cada vez mais, com deveres acrescidos.
Acham que se está no bom caminho, para que as pessoas não abandonem os animais?!
Acham que se está no bom caminho, para que as pessoas adoptem outros animais?!
Acredito sim, que se nos juntássemos e procedêssemos a uma "limpeza", estaríamos sim, a libertar os animais da desgraça e a dar lugar a que outros, possam ter uma vida mais digna.
E não me falem em amor por animais, porque amar um animal, é ter a coragem de tomar uma decisão, para seu próprio bem, deixando de lado o sofrimento que nós, vamos ter com isso.
Agindo pela razão e colocando um pouco de lado, o nosso coração.
Saudações,
Paula
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Diferenças ou Indiferenças; Perfeito ou Imperfeito; Certo ou Errado; Correcto ou Incorrecto; Agir Bem ou Agir Mal;
O pote rachado - Uma História
Havia na Índia um carregador de água que transportava - em ambas as pontas de uma vara que levava atravessada no pescoço - dois potes grandes de barro.
Um dos potes tinha uma racha e o outro era perfeito.
O pote perfeito chegava sempre cheio ao final do longo caminho que ia do poço até à casa do patrão.
Mas o pote rachado chegava apenas com metade da água.
E assim, durante dois anos, o carregador entregou diariamente um pote e meio de água em casa do seu senhor.
O pote perfeito, é claro, estava orgulhoso do seu trabalho.
O pote rachado, porém, estava envergonhado da sua imperfeição. Sentia-se miserável por apenas ser capaz de realizar metade da tarefa a que estava destinado.
Depois de perceber que, ao longo de dois anos, não tinha passado de uma amarga desilusão, o pote disse um dia ao homem, à beira do poço:
- Estou envergonhado e quero pedir-te desculpa. Durante estes dois anos só entreguei metade da minha carga, porque a minha racha faz com que a água se vá derramando ao longo do caminho. Por causa do meu defeito, tu fazes o teu trabalho e não ganhas todo o salário que os teus esforços mereciam.
O homem ficou triste com a tristeza do velho pote, e disse-lhe com compaixão:
- Quando voltarmos para casa do meu senhor, quero que repares nas flores que se encontram à beira do caminho.
De facto, à medida que iam subindo a montanha, o pote rachado reparou em que havia muitas flores selvagens à beira do caminho e ficou mais animado.
Mas no final do percurso, tendo-se vazado mais uma vez metade da água, o pote sentiu-se mal de novo e voltou a pedir desculpa ao homem pela sua falha.
Então, o homem disse ao pote:
- Reparaste em que, ao longo do caminho, só havia flores de teu lado?
Reparaste também em que, quando vínhamos do poço, todos os dias, tu ias regando essas flores? Ao longo de dois anos, eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Se tu não fosses assim como és, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.
Antº Garcia
O pote rachado - Uma História
Havia na Índia um carregador de água que transportava - em ambas as pontas de uma vara que levava atravessada no pescoço - dois potes grandes de barro.
Um dos potes tinha uma racha e o outro era perfeito.
O pote perfeito chegava sempre cheio ao final do longo caminho que ia do poço até à casa do patrão.
Mas o pote rachado chegava apenas com metade da água.
E assim, durante dois anos, o carregador entregou diariamente um pote e meio de água em casa do seu senhor.
O pote perfeito, é claro, estava orgulhoso do seu trabalho.
O pote rachado, porém, estava envergonhado da sua imperfeição. Sentia-se miserável por apenas ser capaz de realizar metade da tarefa a que estava destinado.
Depois de perceber que, ao longo de dois anos, não tinha passado de uma amarga desilusão, o pote disse um dia ao homem, à beira do poço:
- Estou envergonhado e quero pedir-te desculpa. Durante estes dois anos só entreguei metade da minha carga, porque a minha racha faz com que a água se vá derramando ao longo do caminho. Por causa do meu defeito, tu fazes o teu trabalho e não ganhas todo o salário que os teus esforços mereciam.
O homem ficou triste com a tristeza do velho pote, e disse-lhe com compaixão:
- Quando voltarmos para casa do meu senhor, quero que repares nas flores que se encontram à beira do caminho.
De facto, à medida que iam subindo a montanha, o pote rachado reparou em que havia muitas flores selvagens à beira do caminho e ficou mais animado.
Mas no final do percurso, tendo-se vazado mais uma vez metade da água, o pote sentiu-se mal de novo e voltou a pedir desculpa ao homem pela sua falha.
Então, o homem disse ao pote:
- Reparaste em que, ao longo do caminho, só havia flores de teu lado?
Reparaste também em que, quando vínhamos do poço, todos os dias, tu ias regando essas flores? Ao longo de dois anos, eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Se tu não fosses assim como és, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.
Antº Garcia
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periquito FALCANITO
Madona,
compreendo o que sente e, também eu muitas vezes penso assim.
Mas parece-me detectar um certo desespero nas suas afirmações.
O sentimento de impotência perante a desgraça (para quem com ela contacta directamente) leva-nos muitas vezes a pensar :"mais valia que morressem".
Mas também há o outro lado : canis onde os animais são tratados com dignidade (projecto JAVA, pe), pessoas que adoptam rafeiritos e que os amam (às vezes mais do que os donos de LOP - eu sei, eu conheço casos reais), pessoas como a Madona, a Anja, o Gonçalo e tantos outros deste fórum e fora daqui (veja-se o caso da Lucky) que se desviam do seu caminho, das suas conviniências, para ajudar.
É preciso não perder de vista o outro lado.
Há cada vez mais gente que se conscializa sobre a importância de uma atitude HUMANA para com os animais e, porque não ,para com a natureza.
O próprio futuro da humanidade depende deste crescimento.
Estamos muito longe da vitória.
Mas vamos deixar de lutar ?
Desculpe-me se por acaso a entendi mal.
Perdoem-me os foristas, mais uma vez, o tom maternalista.
compreendo o que sente e, também eu muitas vezes penso assim.
Mas parece-me detectar um certo desespero nas suas afirmações.
O sentimento de impotência perante a desgraça (para quem com ela contacta directamente) leva-nos muitas vezes a pensar :"mais valia que morressem".
Mas também há o outro lado : canis onde os animais são tratados com dignidade (projecto JAVA, pe), pessoas que adoptam rafeiritos e que os amam (às vezes mais do que os donos de LOP - eu sei, eu conheço casos reais), pessoas como a Madona, a Anja, o Gonçalo e tantos outros deste fórum e fora daqui (veja-se o caso da Lucky) que se desviam do seu caminho, das suas conviniências, para ajudar.
É preciso não perder de vista o outro lado.
Há cada vez mais gente que se conscializa sobre a importância de uma atitude HUMANA para com os animais e, porque não ,para com a natureza.
O próprio futuro da humanidade depende deste crescimento.
Estamos muito longe da vitória.
Mas vamos deixar de lutar ?
Desculpe-me se por acaso a entendi mal.
Perdoem-me os foristas, mais uma vez, o tom maternalista.
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Olá
Concordo inteiramente com o Vasco e com a Madona.
Na realidade sinto o mesmo ao acolher um animal, ou mesmo quando passeio nas ruas da mesma cidade. Sinto-me impotente, perante o que vejo.
E sinto-me mal comigo
Penso que por vezes as pessoas não avaliam bem os prós e contras quando adoptam um animal, mais tarde é que se revelam!
Há que ter responsabilidade, afinal de contas os animais estão a nosso cargo.
Cada vez mais o desrespeito para com os animais aumenta.
Beijinhos
Shelly
Concordo inteiramente com o Vasco e com a Madona.
Na realidade sinto o mesmo ao acolher um animal, ou mesmo quando passeio nas ruas da mesma cidade. Sinto-me impotente, perante o que vejo.
E sinto-me mal comigo

Penso que por vezes as pessoas não avaliam bem os prós e contras quando adoptam um animal, mais tarde é que se revelam!
Há que ter responsabilidade, afinal de contas os animais estão a nosso cargo.
Cada vez mais o desrespeito para com os animais aumenta.
Beijinhos
Shelly
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Cara AISD,
Se o projecto JAVA, é um projecto com sucesso, isso só me deixa feliz.
Mas o mesmo não acontece com outros, onde as pessoas, que dizem gostar dos animais, mais tarde acabam por meter dinheiro aos bolsos, à custa do bom coração de gente, que ainda se presta a donativos em dinheiro.
Entretanto, os canis não passam de campos de concentração, onde os animais só aguardam pela morte.
Uma senhora adoptou um cão no Canil da Aroeira. Pouco tempo depois, teve que o abater, pois tinha leushaminiose
Entretanto, já estava apegada ao bicho, obviamente, enquanto que o canil, nem fez o que de mais básico existe: exames, despistes de doenças!
A cadela que eu trouxe de lá, vinha com os ossos a perfurar a pele e com otites. O exame de Leushaminiose, deu duvidoso.
Poupem-me à falsa moral!
O canil da União Zoófila, até tem condições razoáveis, mas apenas desde há seis anos para cá, porque viveu momentos dolorosos.
Os animais são adoptados e muitas das vezes devolvidos. São deixados à porta, ou atirados como sacos de lixo, lá para dentro.
Não há condições para recolher mais animais, pois está sobrelotado.
E as ruas, sobrelotadas estão.
Terão, todos aqueles animais, a possibilidade de terem um lar?!!
Ou terão apenas uma dúzia, correndo ainda o risco de serem devolvidos?
Reparem, se eu levar mais algum animal para casa, as minhas outras quatro cadelas, vão ficar prejudicadas, pois terei ainda menos tempo, para poder distribuir atenção e carinho por todas, para não falar de outros encargos, como sejam veterinários, comida, etc. E eu, ADORO-AS todas e o tempo, não me chega para mostrar isso, a cada uma delas.
Não sei se me fiz entender, com este exemplo.
Proporcionar uma vida digna, aos animais, implica ter que reduzir em grande, o número os abandonados e reduzir, significa, por muito que me doa, dar-lhes o sono eterno. Como seria, se tivesse que ser eu, a aplicar essa injecção?!!! Não quero nem pensar. Mas não é o meu sofrimento, que está em causa, mas sim o dos animais.
Perdoem-me amigos, mas não chegamos para todos. Somos tão poucos!
Um abraço a todos,
Paula
Se o projecto JAVA, é um projecto com sucesso, isso só me deixa feliz.
Mas o mesmo não acontece com outros, onde as pessoas, que dizem gostar dos animais, mais tarde acabam por meter dinheiro aos bolsos, à custa do bom coração de gente, que ainda se presta a donativos em dinheiro.
Entretanto, os canis não passam de campos de concentração, onde os animais só aguardam pela morte.
Uma senhora adoptou um cão no Canil da Aroeira. Pouco tempo depois, teve que o abater, pois tinha leushaminiose
Entretanto, já estava apegada ao bicho, obviamente, enquanto que o canil, nem fez o que de mais básico existe: exames, despistes de doenças!
A cadela que eu trouxe de lá, vinha com os ossos a perfurar a pele e com otites. O exame de Leushaminiose, deu duvidoso.
Poupem-me à falsa moral!
O canil da União Zoófila, até tem condições razoáveis, mas apenas desde há seis anos para cá, porque viveu momentos dolorosos.
Os animais são adoptados e muitas das vezes devolvidos. São deixados à porta, ou atirados como sacos de lixo, lá para dentro.
Não há condições para recolher mais animais, pois está sobrelotado.
E as ruas, sobrelotadas estão.
Terão, todos aqueles animais, a possibilidade de terem um lar?!!
Ou terão apenas uma dúzia, correndo ainda o risco de serem devolvidos?
Reparem, se eu levar mais algum animal para casa, as minhas outras quatro cadelas, vão ficar prejudicadas, pois terei ainda menos tempo, para poder distribuir atenção e carinho por todas, para não falar de outros encargos, como sejam veterinários, comida, etc. E eu, ADORO-AS todas e o tempo, não me chega para mostrar isso, a cada uma delas.
Não sei se me fiz entender, com este exemplo.
Proporcionar uma vida digna, aos animais, implica ter que reduzir em grande, o número os abandonados e reduzir, significa, por muito que me doa, dar-lhes o sono eterno. Como seria, se tivesse que ser eu, a aplicar essa injecção?!!! Não quero nem pensar. Mas não é o meu sofrimento, que está em causa, mas sim o dos animais.
Perdoem-me amigos, mas não chegamos para todos. Somos tão poucos!
Um abraço a todos,
Paula
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Olá
Tens toda a razão Madona! Somos tão poucos!!!
E cada vez mais a irresponsabilidade das pessoas aumenta.
Parece que cada vez está pior a situação.
Todos os dias nos deparamos com situações tão críticas. E não falo só em animais abandonados. E aqueles que embora tendo dono vivem em condiçoes lamentáveis??
Pois é, escusado será dizer que quando tenho oportunidade de ter uns dedinhos de conversa com certas pessoas não poupo esforços... se é que me entendem!
Penso que, mesmo sendo poucos ,temos de tentar "contagiar" o resto do mundo. Sei que parece uma utopia mas... devagar enche a galinha o papo.
E não podemos desistir! Lamento muito que certas associações de defesa de animais pensem muito em "desviar" subtilmente os euros de quem só quer ajudar os animais mas ... penso que nem todas serão assim. Eu acredito que existem bons profissionais!
Beijinhos
Shelly
Tens toda a razão Madona! Somos tão poucos!!!
E cada vez mais a irresponsabilidade das pessoas aumenta.
Parece que cada vez está pior a situação.
Todos os dias nos deparamos com situações tão críticas. E não falo só em animais abandonados. E aqueles que embora tendo dono vivem em condiçoes lamentáveis??
Pois é, escusado será dizer que quando tenho oportunidade de ter uns dedinhos de conversa com certas pessoas não poupo esforços... se é que me entendem!
Penso que, mesmo sendo poucos ,temos de tentar "contagiar" o resto do mundo. Sei que parece uma utopia mas... devagar enche a galinha o papo.
E não podemos desistir! Lamento muito que certas associações de defesa de animais pensem muito em "desviar" subtilmente os euros de quem só quer ajudar os animais mas ... penso que nem todas serão assim. Eu acredito que existem bons profissionais!
Beijinhos
Shelly
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Querida Shelly,
Existem bons profissionais, mas existem poucas pessoas honestas.
Eu sou incansável a contagiar quem me rodeia e acredite, que tenho bastante sucesso. Desculpem a ausência de modéstia, mas parece-me, que quanto mais queremos, mais conseguimos!! É o poder da natureza!
Desistir?!! Jamais! Nem da minha posição, nem da minha luta. O que tenho feito, considero ser uma gota d'água no oceano, mas aguardo quem partilhe na íntegra, esta minha filosofia e nos juntemos, para que em número cada vez maior, possamos fazer algo.
Eu não me fico pelas palavras, preciso de estar em campo.
Um grande abraço,
Paula
Existem bons profissionais, mas existem poucas pessoas honestas.
Eu sou incansável a contagiar quem me rodeia e acredite, que tenho bastante sucesso. Desculpem a ausência de modéstia, mas parece-me, que quanto mais queremos, mais conseguimos!! É o poder da natureza!
Desistir?!! Jamais! Nem da minha posição, nem da minha luta. O que tenho feito, considero ser uma gota d'água no oceano, mas aguardo quem partilhe na íntegra, esta minha filosofia e nos juntemos, para que em número cada vez maior, possamos fazer algo.
Eu não me fico pelas palavras, preciso de estar em campo.
Um grande abraço,
Paula
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pois, de facto, não sei se a solução é abater ou impedir a reprodução dos animais. quanto mais animais houver, maiores são as probabilidades de serem abandonados. mas pelos vistos, o abandono não ocorre só entre rafeiros, bate também à porta dos outros. mas desde que os cifrões luzam à frente dos olhos, qualquer um cria animais. é um círculo vicioso. depois, há a ignorância. muita gente não sabe ou tem preconceitos em operar os animais. os preços, também, são incomportáveis para muitos, embora saiba, por experiência, que há quem nem se dê ao trabalho de operar os animais, mesmo sendo à borla.
os animais continuam a ser coisas na lei e o mesmo se passa com muita gente. os que se preocupam com a saúde e bem estar dos animais, são geralmente apelidados de loucos, ociosos, etc. com esta mentalidade, o que se espera?
de facto, o problema não passa só pelos abandonados. se calhar, em alguns casos, ainda é o melhor. isso, em comparação, com animais que passam um vida presos por correntes, sem se poderem mexer, defender, procurar abrigo e comida .... não sei. também é impossível, recolher todos os animais. eu não podia deixar ficar o max no meio da estrada. para além do mais, estava sarnento. mas nem se imagina o transtorno que a presença dele tem causado. mas agora, vou dá-lo? depois de tanto trabalho? para o porem, eventualmente na rua ou ficar preso o resto da vida?com o serafim neste estado, acho que fico doida, ainda, com a agravente de ter prazos para entregar um trabalho. se não o entregar, estão-se bem nas tintas. rua comigo. e depois? enfim, é-se preso por ter cão e preso por não ter.
os animais continuam a ser coisas na lei e o mesmo se passa com muita gente. os que se preocupam com a saúde e bem estar dos animais, são geralmente apelidados de loucos, ociosos, etc. com esta mentalidade, o que se espera?
de facto, o problema não passa só pelos abandonados. se calhar, em alguns casos, ainda é o melhor. isso, em comparação, com animais que passam um vida presos por correntes, sem se poderem mexer, defender, procurar abrigo e comida .... não sei. também é impossível, recolher todos os animais. eu não podia deixar ficar o max no meio da estrada. para além do mais, estava sarnento. mas nem se imagina o transtorno que a presença dele tem causado. mas agora, vou dá-lo? depois de tanto trabalho? para o porem, eventualmente na rua ou ficar preso o resto da vida?com o serafim neste estado, acho que fico doida, ainda, com a agravente de ter prazos para entregar um trabalho. se não o entregar, estão-se bem nas tintas. rua comigo. e depois? enfim, é-se preso por ter cão e preso por não ter.
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- Registado: terça jun 04, 2002 1:33 pm
- Localização: Juca(cão rottweiler) e partilho a lucy(da minha mãe) do lucas e do puto
Olá!...
É realmente difícil refletir a fundo neste problema.
A primeira vez que me fui a um canil foi à mais de 15 anos (era uma miúda), e fui para levar um cão, que estava na estrada num aspecto lastimável. Esse cão, não teve lugar em casa para se juntar à mais dois e um gato. Não havia meio de convencer ninguém a adotá-lo...estava complicado!
Na escola, a professora disse que era melhor levar-lo para o canil, que era o sítio onde recolhem animais sem dono... foi o que fiz.
Só no dia a seguir, não fosse alguém lá em casa mudar de opinião. Todos os que tinha encotrado tinha arranjado novo dono, para ele estava difícil.
Quando fui ao canil, vi todas aquelas grades tanto animal a maioria era muribunda e outros não estavam em tão mau estado,o Homem disse "chegadinhos de fresco", ladravam compulsivamente.Os pobres, "nem sabem o que os espera", dizia repetidamente; atrevi-me aperguntar o que queria dizer... ele disse: "Que era ficar como os outros;(moribundos), até que se resolva dar-lhe o fim. A esse desgraçado vai parar ao mesmo... não tenha ilusões...
Virou-me as costas, e lamentou-se.
Um dia dou em doido... já não posso mais suportar!...não tem "sentido" nenhum a minha vida; à mais de trinta anos, menina...
É mesmo o corredor para a morte, Madona, realmente devia ser feito uma "triagem", pois não há quem os salve a todos. Nessa altura já tinha essa dura ideia. O "meu" estava à porta, com olhos amedrontados e cabeça baixa e eu bem aflita; o pânico de todos, até aquele homem; estava como os cães, a sua expressão o sítio onde estava... já me doía a garganta, longe estava de o deixar alí.
"Sentido", vamos para casa?!
E foi o meu amigo de 40kg, durante muito tempo. O resto da família, adorava-o.
Mas nunca mais voltei, a apanhar da rua nenhum, não quis durante muito tempo, ir a nenhum canil. Mas não me esqueço do brilho dos olhos do homem.
E sempre que lá fui, em adulta pergunto qual é o animal com hipóteses?!
Já me conhecem e levam -me por aqueles corredores de tremendo pânico, a garganta a doer da mesma maneira(de à 15 anos atrás), olho, pego, levo e trato. Mas é realmente perturbável. Tenho todos de baixo dos meus cuidados, principalmente o económico, que pesa muito. O carinho, é partilhado por muitos, e todos vivem redeados de atenção numa casa com uma mata para correr, quintal e a porta aberta de casa, passeios para todos à praia, o meu Juca para mimá-los e um grupo que não contribuido muito ou nada com euros; faz muito por eles.
Mas o último é o "LUCAS" é claro amoroso; apesar de não ter trazido um monte de doenças e estar a ser o mais económico, já lá vai muito euro.
Lá se vai a viagem ou o relógio para mãe, etc. mas pelo "sentido" da minha vida tem de ser assim...
Mas eu sou a favor da "limpeza" a que a Madona se referiu. Porque estou consciente do cenário que vai com poucas melhoras e lentas. Eu quando vou de vulutária fico rouca ulgum tempo, o que para o meu trabalho é "férias" pagas por mim, que não tenho quem me as pague, mas por outro lado, também não me despedem.
E vou vivendo bem, e mais tarde. Repito tudo assim que reúna condições.
Agora julgo importante seguir o Lucas.
Não ponho de parte a hipótese, de um dia ter um canil; e não ficar rouca depois de lá sair.
Perdoem-me mas eu tive um amigo que foi o "Sentido", era o meu carinho; partiu já velhinho ao meu colo. Muita lição de vida apredi com ele(não a escrever ao computador; esta é a brincar). Agora o meu mais que tudo, é o meu Juca. Que adoro muito. É o meu companheiro e eu sou dele.
SENTIDO
Susana.
É realmente difícil refletir a fundo neste problema.
A primeira vez que me fui a um canil foi à mais de 15 anos (era uma miúda), e fui para levar um cão, que estava na estrada num aspecto lastimável. Esse cão, não teve lugar em casa para se juntar à mais dois e um gato. Não havia meio de convencer ninguém a adotá-lo...estava complicado!
Na escola, a professora disse que era melhor levar-lo para o canil, que era o sítio onde recolhem animais sem dono... foi o que fiz.
Só no dia a seguir, não fosse alguém lá em casa mudar de opinião. Todos os que tinha encotrado tinha arranjado novo dono, para ele estava difícil.
Quando fui ao canil, vi todas aquelas grades tanto animal a maioria era muribunda e outros não estavam em tão mau estado,o Homem disse "chegadinhos de fresco", ladravam compulsivamente.Os pobres, "nem sabem o que os espera", dizia repetidamente; atrevi-me aperguntar o que queria dizer... ele disse: "Que era ficar como os outros;(moribundos), até que se resolva dar-lhe o fim. A esse desgraçado vai parar ao mesmo... não tenha ilusões...
Virou-me as costas, e lamentou-se.
Um dia dou em doido... já não posso mais suportar!...não tem "sentido" nenhum a minha vida; à mais de trinta anos, menina...
É mesmo o corredor para a morte, Madona, realmente devia ser feito uma "triagem", pois não há quem os salve a todos. Nessa altura já tinha essa dura ideia. O "meu" estava à porta, com olhos amedrontados e cabeça baixa e eu bem aflita; o pânico de todos, até aquele homem; estava como os cães, a sua expressão o sítio onde estava... já me doía a garganta, longe estava de o deixar alí.
"Sentido", vamos para casa?!
E foi o meu amigo de 40kg, durante muito tempo. O resto da família, adorava-o.
Mas nunca mais voltei, a apanhar da rua nenhum, não quis durante muito tempo, ir a nenhum canil. Mas não me esqueço do brilho dos olhos do homem.
E sempre que lá fui, em adulta pergunto qual é o animal com hipóteses?!
Já me conhecem e levam -me por aqueles corredores de tremendo pânico, a garganta a doer da mesma maneira(de à 15 anos atrás), olho, pego, levo e trato. Mas é realmente perturbável. Tenho todos de baixo dos meus cuidados, principalmente o económico, que pesa muito. O carinho, é partilhado por muitos, e todos vivem redeados de atenção numa casa com uma mata para correr, quintal e a porta aberta de casa, passeios para todos à praia, o meu Juca para mimá-los e um grupo que não contribuido muito ou nada com euros; faz muito por eles.
Mas o último é o "LUCAS" é claro amoroso; apesar de não ter trazido um monte de doenças e estar a ser o mais económico, já lá vai muito euro.
Lá se vai a viagem ou o relógio para mãe, etc. mas pelo "sentido" da minha vida tem de ser assim...
Mas eu sou a favor da "limpeza" a que a Madona se referiu. Porque estou consciente do cenário que vai com poucas melhoras e lentas. Eu quando vou de vulutária fico rouca ulgum tempo, o que para o meu trabalho é "férias" pagas por mim, que não tenho quem me as pague, mas por outro lado, também não me despedem.
E vou vivendo bem, e mais tarde. Repito tudo assim que reúna condições.
Agora julgo importante seguir o Lucas.
Não ponho de parte a hipótese, de um dia ter um canil; e não ficar rouca depois de lá sair.
Perdoem-me mas eu tive um amigo que foi o "Sentido", era o meu carinho; partiu já velhinho ao meu colo. Muita lição de vida apredi com ele(não a escrever ao computador; esta é a brincar). Agora o meu mais que tudo, é o meu Juca. Que adoro muito. É o meu companheiro e eu sou dele.
SENTIDO
Susana.
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- Membro
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- Registado: terça jun 04, 2002 1:33 pm
- Localização: Juca(cão rottweiler) e partilho a lucy(da minha mãe) do lucas e do puto
Olá!...
É realmente difícil refletir a fundo neste problema.
A primeira vez que me fui a um canil foi à mais de 15 anos (era uma miúda), e fui para levar um cão, que estava na estrada num aspecto lastimável. Esse cão, não teve lugar em casa para se juntar à mais dois e um gato. Não havia meio de convencer ninguém a adotá-lo...estava complicado!
Na escola, a professora disse que era melhor levar-lo para o canil, que era o sítio onde recolhem animais sem dono... foi o que fiz.
Só no dia a seguir, não fosse alguém lá em casa mudar de opinião. Todos os que tinha encotrado tinha arranjado novo dono, para ele estava difícil.
Quando fui ao canil, vi todas aquelas grades tanto animal a maioria era muribunda e outros não estavam em tão mau estado,o Homem disse "chegadinhos de fresco", ladravam compulsivamente.Os pobres, "nem sabem o que os espera", dizia repetidamente; atrevi-me aperguntar o que queria dizer... ele disse: "Que era ficar como os outros;(moribundos), até que se resolva dar-lhe o fim. A esse desgraçado vai parar ao mesmo... não tenha ilusões...
Virou-me as costas, e lamentou-se.
Um dia dou em doido... já não posso mais suportar!...não tem "sentido" nenhum a minha vida; à mais de trinta anos, menina...
É mesmo o corredor para a morte, Madona, realmente devia ser feito uma "triagem", pois não há quem os salve a todos. Nessa altura já tinha essa dura ideia. O "meu" estava à porta, com olhos amedrontados e cabeça baixa e eu bem aflita; o pânico de todos, até aquele homem; estava como os cães, a sua expressão o sítio onde estava... já me doía a garganta, longe estava de o deixar alí.
"Sentido", vamos para casa?!
E foi o meu amigo de 40kg, durante muito tempo. O resto da família, adorava-o.
Mas nunca mais voltei, a apanhar da rua nenhum, não quis durante muito tempo, ir a nenhum canil. Mas não me esqueço do brilho dos olhos do homem.
E sempre que lá fui, em adulta pergunto qual é o animal com hipóteses?!
Já me conhecem e levam -me por aqueles corredores de tremendo pânico, a garganta a doer da mesma maneira(de à 15 anos atrás), olho, pego, levo e trato. Mas é realmente perturbável. Tenho todos de baixo dos meus cuidados, principalmente o económico, que pesa muito. O carinho, é partilhado por muitos, e todos vivem redeados de atenção numa casa com uma mata para correr, quintal e a porta aberta de casa, passeios para todos à praia, o meu Juca para mimá-los e um grupo que não contribuido muito ou nada com euros; faz muito por eles.
Mas o último é o "LUCAS" é claro amoroso; apesar de não ter trazido um monte de doenças e estar a ser o mais económico, já lá vai muito euro.
Lá se vai a viagem ou o relógio para mãe, etc. mas pelo "sentido" da minha vida tem de ser assim...
Mas eu sou a favor da "limpeza" a que a Madona se referiu. Porque estou consciente do cenário que vai com poucas melhoras e lentas. Eu quando vou de vulutária fico rouca ulgum tempo, o que para o meu trabalho é "férias" pagas por mim, que não tenho quem me as pague, mas por outro lado, também não me despedem.
E vou vivendo bem, e mais tarde. Repito tudo assim que reúna condições.
Agora julgo importante seguir o Lucas.
Não ponho de parte a hipótese, de um dia ter um canil; e não ficar rouca depois de lá sair.
Perdoem-me mas eu tive um amigo que foi o "Sentido", era o meu carinho; partiu já velhinho ao meu colo. Muita lição de vida apredi com ele(não a escrever ao computador; esta é a brincar). Agora o meu mais que tudo, é o meu Juca. Que adoro muito. É o meu companheiro e eu sou dele.
SENTIDO
Susana.
É realmente difícil refletir a fundo neste problema.
A primeira vez que me fui a um canil foi à mais de 15 anos (era uma miúda), e fui para levar um cão, que estava na estrada num aspecto lastimável. Esse cão, não teve lugar em casa para se juntar à mais dois e um gato. Não havia meio de convencer ninguém a adotá-lo...estava complicado!
Na escola, a professora disse que era melhor levar-lo para o canil, que era o sítio onde recolhem animais sem dono... foi o que fiz.
Só no dia a seguir, não fosse alguém lá em casa mudar de opinião. Todos os que tinha encotrado tinha arranjado novo dono, para ele estava difícil.
Quando fui ao canil, vi todas aquelas grades tanto animal a maioria era muribunda e outros não estavam em tão mau estado,o Homem disse "chegadinhos de fresco", ladravam compulsivamente.Os pobres, "nem sabem o que os espera", dizia repetidamente; atrevi-me aperguntar o que queria dizer... ele disse: "Que era ficar como os outros;(moribundos), até que se resolva dar-lhe o fim. A esse desgraçado vai parar ao mesmo... não tenha ilusões...
Virou-me as costas, e lamentou-se.
Um dia dou em doido... já não posso mais suportar!...não tem "sentido" nenhum a minha vida; à mais de trinta anos, menina...
É mesmo o corredor para a morte, Madona, realmente devia ser feito uma "triagem", pois não há quem os salve a todos. Nessa altura já tinha essa dura ideia. O "meu" estava à porta, com olhos amedrontados e cabeça baixa e eu bem aflita; o pânico de todos, até aquele homem; estava como os cães, a sua expressão o sítio onde estava... já me doía a garganta, longe estava de o deixar alí.
"Sentido", vamos para casa?!
E foi o meu amigo de 40kg, durante muito tempo. O resto da família, adorava-o.
Mas nunca mais voltei, a apanhar da rua nenhum, não quis durante muito tempo, ir a nenhum canil. Mas não me esqueço do brilho dos olhos do homem.
E sempre que lá fui, em adulta pergunto qual é o animal com hipóteses?!
Já me conhecem e levam -me por aqueles corredores de tremendo pânico, a garganta a doer da mesma maneira(de à 15 anos atrás), olho, pego, levo e trato. Mas é realmente perturbável. Tenho todos de baixo dos meus cuidados, principalmente o económico, que pesa muito. O carinho, é partilhado por muitos, e todos vivem redeados de atenção numa casa com uma mata para correr, quintal e a porta aberta de casa, passeios para todos à praia, o meu Juca para mimá-los e um grupo que não contribuido muito ou nada com euros; faz muito por eles.
Mas o último é o "LUCAS" é claro amoroso; apesar de não ter trazido um monte de doenças e estar a ser o mais económico, já lá vai muito euro.
Lá se vai a viagem ou o relógio para mãe, etc. mas pelo "sentido" da minha vida tem de ser assim...
Mas eu sou a favor da "limpeza" a que a Madona se referiu. Porque estou consciente do cenário que vai com poucas melhoras e lentas. Eu quando vou de vulutária fico rouca ulgum tempo, o que para o meu trabalho é "férias" pagas por mim, que não tenho quem me as pague, mas por outro lado, também não me despedem.
E vou vivendo bem, e mais tarde. Repito tudo assim que reúna condições.
Agora julgo importante seguir o Lucas.
Não ponho de parte a hipótese, de um dia ter um canil; e não ficar rouca depois de lá sair.
Perdoem-me mas eu tive um amigo que foi o "Sentido", era o meu carinho; partiu já velhinho ao meu colo. Muita lição de vida apredi com ele(não a escrever ao computador; esta é a brincar). Agora o meu mais que tudo, é o meu Juca. Que adoro muito. É o meu companheiro e eu sou dele.
SENTIDO
Susana.
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- Registado: sexta mai 10, 2002 3:46 pm
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periquito FALCANITO
Cara Madona, caros foristas,
é realmente uma luta difícil, contra a desonestidade, contra o egoísmo, contra a indiferença.
Não sei dizer o quanto vos admiro (eu faço tão pouco).
Por motivos particulares (os mesmos que me levam a nunca me ter identificado) não tenho disponibilidade nem de tempo, nem de dedicação, nem estou disposta a aparecer em público (há, sejamos honestos, também um bom pedaço de egoismo) para proceder como vocês.
Se estiverem dispostos a fazer alguma coisa (tipo JAVA, sei lá, estou a pensar no canil da Aroeira,não sei o que se poderá fazer...) já sabem que não me podem pedir tempo, nem dedicação.
Mas podem pedir dinheiro, algum apoio jurídico, algum apoio na comunicação social.
No que eu puder, estou disponível.
Continuo a insistir em vir a este fórum porque no deserto que são os sentimentos verdadeiros e a coragem neste mundo, sempre me aquece a alma.
Obrigada
é realmente uma luta difícil, contra a desonestidade, contra o egoísmo, contra a indiferença.
Não sei dizer o quanto vos admiro (eu faço tão pouco).
Por motivos particulares (os mesmos que me levam a nunca me ter identificado) não tenho disponibilidade nem de tempo, nem de dedicação, nem estou disposta a aparecer em público (há, sejamos honestos, também um bom pedaço de egoismo) para proceder como vocês.
Se estiverem dispostos a fazer alguma coisa (tipo JAVA, sei lá, estou a pensar no canil da Aroeira,não sei o que se poderá fazer...) já sabem que não me podem pedir tempo, nem dedicação.
Mas podem pedir dinheiro, algum apoio jurídico, algum apoio na comunicação social.
No que eu puder, estou disponível.
Continuo a insistir em vir a este fórum porque no deserto que são os sentimentos verdadeiros e a coragem neste mundo, sempre me aquece a alma.
Obrigada