Epidemia de Leishmaniose?
Moderador: mcerqueira
Sinceramente começo a ficar muito preocupada com esta doença.
Aparentemente está a atingir cada vez mais cães de dia para dia.
Será que estamos perante uma epidemia?
Quais as melhores medidas para nos defendermos?
Será que não será possível atacar directamente o transmissor desta doença: o mosquito?
O que é que estão a fazer neste momento as autoridades portuguesas e comunitárias?
Aparentemente está a atingir cada vez mais cães de dia para dia.
Será que estamos perante uma epidemia?
Quais as melhores medidas para nos defendermos?
Será que não será possível atacar directamente o transmissor desta doença: o mosquito?
O que é que estão a fazer neste momento as autoridades portuguesas e comunitárias?
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 706
- Registado: quarta dez 12, 2001 9:17 pm
- Localização: Dogue de Bordéus
- Contacto:
Não estará equivocada,é que se assim fosse o que estava a administrar ao seu cão seria uma vacina para a doênça,que é coisa que ainda não há.Aos meus dou um comprimido mensal para impedir a doença...
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 2243
- Registado: sábado mai 03, 2003 8:51 pm
- Localização: Micas, Lia, João, Ciro, Quim, Ri-te, Simão, Perdida, Margarida, Preta, Formiga, Náná, Doce, + 24
- Contacto:
Esse comprimidinho é para evitar dirofilariose que é a tal do mosquitinho que dá origem à minhoquitaigualdade Escreveu: Pois é,na minha zona tb morreu um Labrador e estão mais 4 cães internados.
Aos meus dou um comprimido mensal para impedir a doença...
Guida

Boas,Guida__F Escreveu: Sinceramente começo a ficar muito preocupada com esta doença.
Aparentemente está a atingir cada vez mais cães de dia para dia.
Será que estamos perante uma epidemia?
Quais as melhores medidas para nos defendermos?
Será que não será possível atacar directamente o transmissor desta doença: o mosquito?
O que é que estão a fazer neste momento as autoridades portuguesas e comunitárias?
Todos estamos preocupados e de facto o vector (flebótomo) parece estar a expandir-se no território nacional.
Não se trata de uma epidemia. A leishnaniose crescente acompanha naturalmente a expansão do dito mosquito. Quanto mais flebótomos existirem, maior o risco de contaminação. É ele o principal vector de transmição da doença. Todas as outras formas de contágio são pouco prováveis.
Quanto á melhor forma de nos defendermos, há a ter em conta 2 situações:
1- Se temos os nossos cães em zona de risco ( região onde abunda o flebótomo, que neste momento parece estar presente em grande parte do território nacional). Segundo os estudos que conheço da Faculdade de Ciencias, as principais zonas tradicionais da doença são: Bacia hidrográfica interior do Rio Douro e bacia do rio Sado. Actualmente existem muitos casos na bacia hidrografica do rio Tejo, Litoral do rio Douro, Lima, Cávado e Minho, bem como a sul no Guadiana.
2- Se temos os nossos cães em zonas não consideradas de risco. Neste caso parecem estar menos presentes os flebótomos no litoral centro oeste, na zona oeste do algarve e no alentejo interior.
Há a referir que o flebótomo embora necessite de águas mais ou menos paradas para se reproduzir, necessita também de zonas de vegetação fresca e sombria enquanto insecto adulto. Também se trata de um insecto com um raio de acção relativamente reduzido, sendo que se não houver condições propensas, ele não progride.
Também este mosquito apenas transmite a doença se estiver em contacto com um animal infectado em fase "visivel" da mesma. Ou seja, nem todos os cães portadores de leishmanias são potenciais transmissores (teoricamente num local onde não haja cães contaminados, mesmo que existam flebótomos, a doença não se propaga).
Para prevenir este flagelo há 2 hipóteses:
1- Fazer como muita gente faz - Não deixar o cão na rua durante o crepusculo ( altura de maior actividade do insecto) mantendo o cão em casa ou em canis equipados com rede mosquiteira ou com bons repelentes de insectos.
2- Utilizar produtos nos cães com acção insecticida e repelente: Pulvex, Scalibor.
Nenhum destes pontos é 100% eficaz, porque o insecto é demasiado pequeno e "fura" as barreiras, ou porque a eficácia dos insecticidas não garantem eficácia na totalidade.
Atacar o vector principal parece-me ilógico, praticamente impossível.
Acabariamos por copiar as alarvidades que se fizeram para o cambate á malária, secando paúis, pantanos, açoriando todas as zonas humidas, etc.
Não foi por isso que o vector da mesma deixou de existir.
Na minha modesta opinião, há que combater o agente patogénico - a leishmania. E apenas vejo uma solução: uma vacina! Embora esteja um pouco reticente em relação a vacinas contra protozoários, mas isso é mania minha (a Sealords poderá pronunciar-se sobre este "capítulo").
As autoridades Portuguesas, pelo que sei, parece que continuam com estudos. Nada mais sei.
As autoridades comunitárias, como não se trata de uma doença do norte da europa, mas sobretudo mediterrânica, creio que se estão a borrifar (se estiver errado, retiro o que disse).
PS: A leishmaniose é sobretudo típica de "cães de rua" em zona de risco.
Tive 2 casos de leishmaniose aqui no burgo, ambos importados, e nenhum dos meus cães sofre de tal doença.
Um dos casos já aqui relatado, refere-se a uma cadela Husky que viveu 7 anos, sendo diagnosticado leishmaniose aos 4 meses. Foi mãe 2 vezes e morreu com enfarte do miocardio completamente assintomática da doença.
A outra, uma Dobermann, infelizmente teve que ser abatida aos 3 anos por já estar em fase "crónica" e não ter respondido aos tratamentos.
Alô Elsa, Sealords, Vasco e demais pessoal com bases científicas para dar umas achegas neste tópico.
<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 706
- Registado: quarta dez 12, 2001 9:17 pm
- Localização: Dogue de Bordéus
- Contacto:
Sei que o Laboratório FortDoge(não sei se é assim ..)nos E.U.A já tem uma vacina há algums meses.Tb sei que continuam em testes nomeadamente no Brasil.
Agora o grande problema é mesmo os protozoários,que podem ser diferentes dos de cá da Europa,e aí....
Agora o grande problema é mesmo os protozoários,que podem ser diferentes dos de cá da Europa,e aí....

-
- Membro Veterano
- Mensagens: 2243
- Registado: sábado mai 03, 2003 8:51 pm
- Localização: Micas, Lia, João, Ciro, Quim, Ri-te, Simão, Perdida, Margarida, Preta, Formiga, Náná, Doce, + 24
- Contacto:
Ainda estamos na parte burocratica (patentes e afins) . O 1º contemplado vai ser a Grécia e depois vêm os restantes paises mediterranicos ( Espanha, Italia, etc e claro Portugal está incluido mas não tá para breve 
Sandra Albuquerque

Sandra Albuquerque
O problema é que o período do crepúsculo é o único em que que o meu pai pode levar o Snoopy à praia sem o risco de ele saltar sobre os turistas.
Por acaso sabem se estes mosquitos encontram-se perto mar?
É que já ouve uma cadela do prédio que morreu com esta doença.
Por acaso sabem se estes mosquitos encontram-se perto mar?
É que já ouve uma cadela do prédio que morreu com esta doença.
O mar não é o ambiente decerto propício a este mosquito.Guida__F Escreveu: O problema é que o período do crepúsculo é o único em que que o meu pai pode levar o Snoopy à praia sem o risco de ele saltar sobre os turistas.
Por acaso sabem se estes mosquitos encontram-se perto mar?
É que já ouve uma cadela do prédio que morreu com esta doença.

<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
A "nossa" leishmania infantum (já nem se é assim que se escreve...) é endémica das zonas mediterrânicas e diferentes das tropicais. Daí que uma vacina desenvolvida no Brasil, pe, não fazer efeito em Portugal.xabita Escreveu: Sei que o Laboratório FortDoge(não sei se é assim ..)nos E.U.A já tem uma vacina há algums meses.Tb sei que continuam em testes nomeadamente no Brasil.
Agora o grande problema é mesmo os protozoários,que podem ser diferentes dos de cá da Europa,e aí....![]()
<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 8292
- Registado: quarta abr 30, 2003 9:05 pm
A vacina está neste momento a ser submetida para aprovação no Infarmed.É tudo o que sei. Tendo em vista o periodo loooooongo que este leva para aprovar qualquer coisinha ainda deve demorar.
No entanto mesmo vacinando não deixarei de usar as coleiras Scalibor.
Uma coisa que me faz espécie é o facto de no Brasil usar-se uma planta ( citronela) que repele os insectos para afastar os mesmos dos canis e até agora não cosneguir encontrar quem a comercialize ou conheça.
No entanto mesmo vacinando não deixarei de usar as coleiras Scalibor.
Uma coisa que me faz espécie é o facto de no Brasil usar-se uma planta ( citronela) que repele os insectos para afastar os mesmos dos canis e até agora não cosneguir encontrar quem a comercialize ou conheça.
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 818
- Registado: segunda jan 01, 2001 12:00 am
- Localização: 1 cão d'água português; 1 Castro-Weiler e 3 gatos.
Bem, sobre a vacina não tenho mais a acrescentar.
Tenho este artigo de 2001, bastante detalhado sobre a doença, mas está em inglês:
http://www.ivis.org/advances/Infect_Dis ... m.asp?LA=1
Tenho este artigo de 2001, bastante detalhado sobre a doença, mas está em inglês:
http://www.ivis.org/advances/Infect_Dis ... m.asp?LA=1
aí entramos no meu campo Vasco se está a falar de citronela de java eu trato-lhe do assunto ! tem é que me dizer quantos pés é que precisa !CasadeAnaval Escreveu: A vacina está neste momento a ser submetida para aprovação no Infarmed.É tudo o que sei. Tendo em vista o periodo loooooongo que este leva para aprovar qualquer coisinha ainda deve demorar.
No entanto mesmo vacinando não deixarei de usar as coleiras Scalibor.
Uma coisa que me faz espécie é o facto de no Brasil usar-se uma planta ( citronela) que repele os insectos para afastar os mesmos dos canis e até agora não cosneguir encontrar quem a comercialize ou conheça.
Abraço
Nelson