Onde se le ingenuidade, leia-se arrogancia!!!

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Moderador: mcerqueira

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anacmar
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terça jul 02, 2002 11:52 am

Na maioria dos casos em que cães atacam pessoas até as ferirem gravemente ou mesmo matarem, não é possível falar-se de ingenuidade dos donos.
Pode falar-se de ingenuidade, ou melhor desconhecimento, quando há situações em que os donos "herdam" cães que já têm tais antecedentes e que os ignoram (os antecedentes). Mas não é possível falar-se de ingenuidade sob pena de passarmos a sancionar os donos de cães que atacam pessoas ou mesmo outros animais sem haver qualquer justificação para tal.
O que se passa é que muitos donos, sobretudo no caso de cães de raça
de médio ou grande porte, exibem-nos como animais de culto e que lhes dão até um certo "estatuto social" (ponho entre aspas porque estatuto assim não é social nem é nada. Só no cérebro de alguns novos ricos é que o estatuto social provém do exibicionismo, da ostentação). Não é preciso ir aos EUA para ver esse tipo de donos e os correspondentes animais. Há um sujeitinho, provavelmente nazi ou provavelmente não (porque o nazismo é apenas uma explicação para a boçalidade interior de certos indivíduos), que exibe o seu cão Rottweiler no Parque Eduardo VII e que uma vez deixou o seu cão atacar um mais pequeno e comê-lo mesmo ali, sem ter feito qualquer gesto para o impedir!!! A dona do cão, como poderão imaginar, ficou absolutamente aterrorizada!!! As pessoas que ocorreram ainda tentaram apanhar o fascitóide mas já nao foram a tempo.
Eu tenho um Husky que só "ataca" para se defender e em situações muito extremas e no entanto já vi Huskies a serem maltratados a pontapé.
É claro que os Huskies maltratados a pontapé e constantemente aprisionados, não resultam seguramente em cães muito dóceis.

Concordo absolutamente que os donos sejam os primeiros a ser julgados e condenados se for caso disso. Toda a gente que adquire um cão ou que o adopta de alguma forma, deve ter consciencia das implicações e das suas responsabilidades. Mesmo quando se trata de uma mordidela em plena rua, sem que as pessoas estejam a fazer qualquer mal ao animal, devem os donos ser punidos de uma forma exemplar. Não é justificável que os donos se safem apenas com um pedido de desculpas. É preciso
que os donos sejam punidos exemplarmente, quer seja através de multas (nos casos menos graves), quer através de sanções mais graves que podem ir até à probiçâo dessas pessoas de possuirem cães.
Poderão alguns, precipitadamente, pensar que isso seria injusto para os respectivos donos ou que ajudaria a criar uma psicose contra os cães e os respectivos donos. Pelo contrário: essa psicose já existe mas não é criada pelo facto de haver multas ou sanções aos donos mas precisamente pela impunidade dos donos, pela sua irresponsabilização!!!
Onde não há multas nem sanções, os donos exibem os seus cães de raça
de uma forma arrogante e pretensiosa. Permitem que os seus cães amendrontem outras pessoas sem fazerem qualquer gesto para o evitar.
E tais atitudes criam um mal estar contra os próprios animais e ajudam a criar esse clima de psicose contra ambos.
Se os donos de animais querem efectivamente protegê-los de uma eventual psicose (na Alemanha a psicose já inclusive levou a que a polícia invada o domicilio das pessoa para retirar de lá os animais à força), devem ser os primeiros a condenar a atitude de certos donos e a defender as multas e sanções para todos aqueles que permitem que os seus animais ataquem ou amendrontem as pessoas na via pública. Caso contrário as injustiças judiciais, as perseguições policiais e a psicose colectiva contra os animais e os seus donos vai acabar por se generalizar a toda a sociedade.
Eu possuo vários cães, saio com eles frequentemente, deixo-os em liberdade pelos parques e passeios e até hoje nunca molestaram ninguém!!! E são animais de médio/grande porte. Por outro lado temos de ter consciencia de que só a sua presença pode amendrontar, as pessoas não são obrtigadas a saber que os nossos animais são dóceis, somos nós que temos de evitar que, mesmo nessas circunstancias, a sua própria presença seja intimidatória para outros. Como fazer? Simplesmente não ignorando isso, chamando-os, fazendo-lhes ver, tal como a uma criança, que não devem "incomodar" a pessoa, partindo sempre do principio de que nem sequer é admissível que a pessoa tenha os seus direitos de liberdade violados. É ao dono que cabe entender que tais direitos são muitas vezes violados simplesmente pelo facto de deixar o seu cãozinho incomodar outras pessoas, mais grave ainda de as amendrontar ou atacar, sem qualquer justificação.
Se quisermos evitar o crescimento desse clima de psicose social contra os cães (e sobretudo os cães de médio e grande porte), temos de fazer algo nomeadamente na crítica e na condenação clara de certos donos.
Aliás como sucede com outras situações. Não é crível que se condene um automóvel veloz (por exemplo entregando-o à sucata), pelo facto de os seus donos o usarem irresponsavelmente, muitas vezes como uma arma letal, contra outros cidadãos. São em geral os donos e não os carros que são julgados e muitas vezes jutamente condenados.

Este tema é necessáriamente controverso (são muitos os pontos de vista e muitas as perspectivas de ver a questão) e por isso devíamos começar a discuti-lo antes que seja tarde, antes que os talk-shows sobre os dejectos dos caezinhos (no nosso país não houve ainda talk-shows sobre a "nova constituição europeia" mas sobre os dejectos dos caezinhos nos passeios já houve vários), se venham a transformar (num país em que a psicose do antrax atingiu o plano da anedota e do ridículo) em talk-shows sobre o que fazer aos animais e em seguida sobre os métodos do seu extermínio.
PauloC
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terça jul 02, 2002 1:22 pm

Concordo!
aisd
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periquito FALCANITO

terça jul 02, 2002 2:27 pm

Faço minhas as suas palavras.
Já agora devo dizer que este fim-de-semana o tema cães perigosos foi longamente discutido entre os meus amigos e chegou-se à conclusão
1- que leis que onerem os possuidores de cães ditos perigosos, correm o risco de apenas onerar os cidadãos honestos e responsáveis, deixando na mesma os marginais e irresponsáveis, que continuarão a usar e abusar destes cães para fins ilícitos.
2- que é indispensável criar leis que criminalizem o dono de qualquer cão que seja agressivo ou ameaçador para outros animais ou pessoas.E que estas leis devem ser duras (naturalmente em função do prejuízo causado).
Visto que eu fui uma das pessoas que concordaram com estes pontos de vista, venho comunicar aos foristas que anulo as minhas propostas anteriores.
A vantagem da discussão é vermos os nossos erros e sermos suficientemente adultos para corrigirmos os nossos pontos de vista.
Espero que desta conversa resultem alguns efeitos.
Madonna
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terça jul 02, 2002 2:29 pm

Eu também concordo!

Paula
fang
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De Acordo!!!
<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
shelly
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terça jul 02, 2002 5:08 pm

OLá


Não poderia estar mais de acordo! :D
superpato
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terça jul 02, 2002 9:20 pm

nao concordo. axo ke todos os kaes devem de ter respeito do ppl pelo que fazem
navegante
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sábado jul 06, 2002 1:52 pm

tudo bla bla bla

:evil: :evil: :evil:
anacmar
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domingo jul 07, 2002 10:19 am

[quote=superpato]
nao concordo. axo ke todos os kaes devem de ter respeito do ppl pelo que fazem
[/quote]

R: Não concorda mas acho que é elementar dizer porquê. Caso contrário, ninguém percebe a divergência. Não acha que em português "axo" deve ler-se "acho" e por aí adiante? Eu não sei o que significa em português, o termo "ppl" (mesmo na Internet, o português continua a ser uma língua e já havia ultrapassado o plano primata há muitos séculos, se é que alguma vez o foi como agora).
Kaes foi para poupar o quê? Em português, "cães" também agora se escreve "kaes"?
Para além do portugalês, ou talvez por causa disso, fiquei sem saber o que não concorda no meu artigo. Faça favor de explicar porque eu gostava muito de poder polemizar consigo sobre este assunto. Faça pois esse favor, mas em português.
Cumprimentos
Carlos Santos
anacmar
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domingo jul 07, 2002 10:35 am

[quote=navegante]
tudo bla bla bla

evil evil evil
[/quote]


R: Em geral quando não se concorda escreve-se ou diz-se algo e porquê.
Ora v. limita-se a dizer "tudo bla bla bla" sem explicar mais nada. Fica-se pois sem saber em que é que não concorda ou se o "seu" problema é de falta de argumentos ou mesmo falta de vocabulário. Como é sabido, o português anda muito por baixo nas escolas e o resultado está à vista. Em vez da resposta argumentada, limita-se tudo a um "tudo bla bla bla" sem acrescentar mais nada. Além da falta de respeito (estou convencido que não o diria à minha frente), em nada contribue para o esclarecimento do que quer que seja. É muito fácil dizer isso e não dizer porque é que é "bla bla bla".
Facilidades é o que vem mais à mão (e ao "espírito"). Eu também posso utlizar facilidades, do género "v. é um burro", "v. é um parolo", "v. é um novo rico e por isso se sentiu atingido pelo meu artigo". Mas como não sou v., não utlizo tais "argumentos". Acho que de facto o meu artigo lhe acertou em cheio no estômago mas não vou ao ponto de lhe chamar parolo por não saber dizer mais nada senão um simples "tudo bla bla bla". Seria injusto, não acha?

Não seria mais correcto da sua parte explicar porque não concorda e permitir assim que discussão do tema viesse a esclarecer algo sobre o mesmo. Assim não ficámos a saber em que é que não concorda uma vez que para si é "tudo bla bla bla". Então porque não nos brinda com algo que não o seja? Vá lá, faça um esforço e puxe pelo seu vocabulário.

Sans rancune
Carlos Santos
anacmar
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domingo jul 07, 2002 11:05 am

[quote=aisd]
Faço minhas as suas palavras.
Já agora devo dizer que este fim-de-semana o tema cães perigosos foi longamente discutido entre os meus amigos e chegou-se à conclusão
1- que leis que onerem os possuidores de cães ditos perigosos, correm o risco de apenas onerar os cidadãos honestos e responsáveis, deixando na mesma os marginais e irresponsáveis, que continuarão a usar e abusar destes cães para fins ilícitos.

R: Sim, haverá naturalmente injustiças e a paranóia contra os cães em geral, não será evitada. Contudo é preciso fazer algo para que a psicose contra os cãe se os seus donos não se transforme numa violação de princípios fundamentais de uma sociedade democrática. Se não se fizer nada contra os donos que estimulam a agressividade nos seus cães, serão sobretudo os animais a pagar por isso. Portanto o facto de as leis irem prejudicar outros donos, isso será inevitável pois o simples facto de terem esse tipo de cães, vai levar a que muita "gentinha" se julgue no direito de os julgar e condenar, por tudo e por nada, basta que saiam à rua ou defequem no passeio. Contudo não estabelecer multas para os casos de agressão a pessoas é continuar a favorecer a arrogancia ea impunidade de alguns donos.

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2- que é indispensável criar leis que criminalizem o dono de qualquer cão que seja agressivo ou ameaçador para outros animais ou pessoas.E que estas leis devem ser duras (naturalmente em função do prejuízo causado).

R: Aqui concordo totalmente embora me pareça contraditório com a conclusão anterior.

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Visto que eu fui uma das pessoas que concordaram com estes pontos de vista, venho comunicar aos foristas que anulo as minhas propostas anteriores.
A vantagem da discussão é vermos os nossos erros e sermos suficientemente adultos para corrigirmos os nossos pontos de vista.
Espero que desta conversa resultem alguns efeitos.
[/quote]

R: Sim, concordo em absoluto. Aliás a discussão é isso mesmo. Por vezes há pessoas que usam o termo "discussão"para dizer "eu não quro discutir".
Julgam que o termo discussão quer dizer violência verbal. Não necessariamente. O Prof. Agostinho da Silva costumava apelar para a etimologia da palavra para dizer que discussão é sobretudo conversa. E é pela conversa que ficamos a entendermo-nos melhor. A não ser assim a humanidade nem sequer teria sobrevido às primeiras dificuldades.
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